PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda-feira,
02 de dezembro de 2019
Segunda da I semana do Advento
SEGUNDA-FEIRA
da semana I
Roxo – Ofício da féria
Missa da féria, pf. I do Advento.
Toma-se o Leccionário ferial (Advento – IV).
L 1 Is 4, 2-6; Sal 121 (122),1-2.3-4ab.4cd-5.6-7.8-9
Ev Mt 8, 5-11
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Ângela Astorch, virgem, da II Ordem – MF
Missa da féria, pf. I do Advento.
Toma-se o Leccionário ferial (Advento – IV).
L 1 Is 4, 2-6; Sal 121 (122),1-2.3-4ab.4cd-5.6-7.8-9
Ev Mt 8, 5-11
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Ângela Astorch, virgem, da II Ordem – MF
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Jer 31,
10; Is 35, 4
Ouvi, ó povos, a palavra do Senhor e proclamai-a até
aos confins da terra. Não temais. Deus vem salvar-nos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, fazei-nos esperar ansiosamente a vinda do vosso Filho, para que, quando Ele bater à nossa porta, nos encontre vigilantes na oração e alegres no seu louvor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 2, 1-5
O Senhor chama todos os povos à paz eterna do reino de Deus
Leitura do Livro de Isaías
Ouvi, ó povos, a palavra do Senhor e proclamai-a até
aos confins da terra. Não temais. Deus vem salvar-nos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, fazei-nos esperar ansiosamente a vinda do vosso Filho, para que, quando Ele bater à nossa porta, nos encontre vigilantes na oração e alegres no seu louvor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 2, 1-5
O Senhor chama todos os povos à paz eterna do reino de Deus
Leitura do Livro de Isaías
Visão de Isaías, filho de Amós, acerca de Judá e de Jerusalém: Sucederá, nos dias que hão de vir, que o monte do templo do Senhor se há de erguer no cimo das montanhas e se elevará no alto das colinas. Ali afluirão todas as nações e muitos povos acorrerão, dizendo: «Vinde, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacob. Ele nos ensinará os seus caminhos e nós andaremos pelas suas veredas. De Sião há de vir a lei e de Jerusalém a palavra do Senhor». Ele será juiz no meio das nações e árbitro de povos sem número. Converterão as espadas em relhas de arado e as lanças em foices. Não levantará a espada nação contra nação, nem mais se hão de preparar para a guerra. Vinde, ó casa de Jacob, caminhemos à luz do Senhor.
Palavra do Senhor.
No Ano A, em vez da leitura anterior, pode utilizar-se- a seguinte:
LEITURA I Is 4, 2-6
«Será a alegria dos sobreviventes»
Leitura do Livro de Isaías
Naquele dia, o gérmen do Senhor será o ornamento e a glória dos sobreviventes de Israel, o fruto da terra será o seu esplendor e alegria. Os que restarem em Sião e os sobreviventes de Jerusalém serão chamados santos, serão todos inscritos para a vida em Jerusalém. Quando o Senhor tiver lavado as impurezas das filhas de Sião e limpado o sangue do meio de Jerusalém, com o sopro da sua justiça, um sopro abrasador, Ele criará sobre todo o espaço do monte Sião e sobre as suas assembleias uma nuvem de fumo durante o dia e um esplendor de fogo ardente durante a noite. Por cima de tudo, a glória do Senhor será uma cobertura e uma tenda, para fazer sombra contra o calor do dia e servir de refúgio e abrigo contra a chuva e a tempestade.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-4a.(4b-7).8-9 (R. cf. 1)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se
(As estrofes terceira e quarta são facultativas)
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. Refrão
Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor. Refrão
Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David. Refrão
Pedi a paz para Jerusalém:
vivam seguros quantos te amam.
Haja paz dentro dos teus muros,
tranquilidade em teus palácios. Refrão
Por amor dos meus irmãos e amigos,
pedirei a paz para ti.
Por amor da casa do Senhor nosso Deus,
pedirei para ti todos os bens. Refrão
ALELUIA cf. Salmo 79, 4
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde libertar-nos, Senhor, nosso Deus;
mostrai-nos o vosso rosto e seremos salvos. Refrão
EVANGELHO Mt 8, 5-11
«Do Oriente e do Ocidente virão muitos para o reino dos Céus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um ‘Vai’ e ele vai; a outro ‘Vem’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, estes dons que recebemos da vossa bondade e fazei que os sagrados mistérios que celebramos no tempo presente sejam para nós penhor de salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Advento I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 105, 4-5; Is 38, 3
Vinde visitar-nos, Senhor, e dai-nos a paz,
para que nos alegremos de todo o coração na vossa presença.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei frutificar em nós, Senhor, os mistérios que celebramos, pelos quais, durante a nossa vida na terra, nos ensinais a amar os bens do Céu e a viver para os valores eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Anunciamos o Advento de Cristo. Não, porém,
um só, mas também o segundo».
São Cirilo de
Jerusalém (sec. IV)
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS - I Is 2, 1-5: O livro de Isaías vai acompanhar-nos
ao longo de todo o Advento. Embora todo o livro se chame de Isaías, ele não é
todo de um só autor; mas a sua mensagem é toda ela uma mensagem de esperança
voltada para o Messias, que virá da parte de Deus como salvação, não só para o
povo judeu, mas para todas as nações. O “monte do Senhor” e o “templo” a que se
refere a leitura antecipam a imagem da Igreja, a comunidade dos discípulos de
Jesus Cristo, que acolhe todos os que procuram o Senhor e donde irradia para
todos os homens a luz que lhes pode mostrar o caminho.
Ou:
Is
4, 2-6: O Advento não quebra o ritmo em que o final do Tempo
Comum nos vinha mantendo, antes o intensifica, a saber, põe-se na expectativa
do Dia do Senhor, o Dia da sua vinda gloriosa. Este Dia é o dia da libertação
do Universo, da vida no seu pleno esplendor que o profeta apresenta com imagens
maravilhosas. Algumas destas imagens são imitadas do Êxodo, a passagem da Terra
da escravidão para a da liberdade. O Advento prepara-nos para essa última vinda
do Senhor, que a próxima celebração do Natal simboliza, prepara e garante.
Rom
13, 11-14: É preciso conservar sempre a consciência
de que o Senhor vem, de que a sua vinda está agora mais perto ainda do que no
momento em que, pelo batismo, entramos na comunidade do povo de Deus. Cada ano
nos leva mais ao encontro do Senhor que vem. Foram as palavras da segunda parte
desta leitura que decidiram S. Agostinho a dar o passo decisivo da sua
conversão (Confiss. 8,12).
Mt
8, 5-11: Desde o primeiro dia ferial do Advento fica
sublinhada a ideia do universalismo do reino de Deus; ele vem para todos os
homens. A primeira vinda do Filho de Deus foi resposta às promessas de Deus a
Abraão e à sua descendência, o povo de Israel, embora se destinasse já a todos
os homens. A última vinda, que o Advento também prepara, fará sentar à mesa do
reino de Deus, com Abraão e os seus descendentes, homens vindos de todos os
povos, desde que animados da fé do centurião, que era de origem pagã.
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
21.00 horas: Oração
de louvor no Calvário
A VOZ DO PASTOR
ADVENTO: DO POPULISMO
AO PRESÉPIO
O tempo
do Advento conduz-nos ao Natal. Se tem o sabor da expectativa, da esperança, da
preparação e da partida ao encontro de quem se espera, também tem o sabor da
vida que se disponibiliza, do coração que se abre, das rotinas que se
transformam para acolher bem quem chega.
Quem está diante de nós
para ser acolhido e Aquele de Quem vamos ao encontro, é Jesus Cristo. Já não é
um desconhecido, é verdade. D’Ele já sabemos o que a história nos conta, o que
os Evangelhos e a Comunidade Cristã nos testemunham, o que a fé e a oração nos
dão a saborear de confiança e de sabedoria. Mesmo assim, Jesus Cristo tem
sempre algo de novo a revelar a cada tempo e a cada pessoa. Tem história e é
mistério. É conhecido e sempre surpreendente. Se misturarmos a nossa vida com a
vida de Jesus, crescemos sempre. Aliás, esse é um dos grandes desafios do
Advento. Muitas vezes, talvez procuremos Jesus apenas para que esta ou aquela
situação fique resolvida. Jesus, porém, procura-nos, vem ao nosso encontro para
permanecer sempre connosco.
A universalidade do
acontecimento e do conhecimento de Jesus Cristo poderiam ter feito d’Ele apenas
um fenómeno tipo populista, isto é, um fenómeno que aparecesse, desaparecesse e
se desvanecesse, tão ao jeito dos nossos tempos. Mas, como a vida tem sempre de
ser lida ”por dentro”, percebemos melhor que a universalidade de Jesus Cristo e
do seu mistério é a expressão da verdade fundamental e da sabedoria que contém
para a vida de todos. Jesus não é apenas uma verdade universal. É, sobretudo,
uma verdade que se pode interiorizar e que se pode viver. Tem, nessa medida,
outra substância que não apenas o brilho da aparência. Talvez, por isso, no
meio de todo um universo a contracenar com a cultura light e populista,
tenhamos um pequeno e simples espaço em Belém onde Jesus nasce e por onde Jesus
entra na humanidade. Partindo daí, o horizonte é a humanidade inteira. A
salvação é mais original que o pecado. Sabendo embora que a cultura light se
carateriza pela busca da leveza e com tudo aquilo que isso reclama, também
sabemos que o populismo quase sempre manipula ou mascara os olhares e o
discernimento das prioridades. Parte de generalizações que absolutiza e incute
soluções afuniladas, muitas vezes ao arrepio da realidade. Dá soluções
automáticas e não constrói a consciência de “povo” ou de comunidade. Jesus
Cristo, ao contrário do populismo, é sempre uma história de humanização. Porque
assumiu ser homem, com Ele a humanidade vale muito mais. Assumir significa
“fazer sua” a nossa humanidade.
Então é hoje que
queremos acolher Jesus. Por muito ou pouco “passado” que tenhamos, por muito ou
pouco “futuro” que esperemos, é “hoje” que Jesus vem ao nosso encontro. É hoje
que O queremos acolher. Ele é sempre nosso contemporâneo. Como diz o Papa
Francisco, dirigindo-se particularmente aos jovens, nós somos o “hoje” e o
“agora” de Deus.
“Se és jovem em idade,
mas te sentes frágil, cansado ou desiludido, pede a Jesus que te renove. Com
Ele, não se extingue a esperança. E o mesmo podes fazer, se te sentires imerso
nos vícios, em maus hábitos, no egoísmo ou na comodidade mórbida. Cheio de
vida, Jesus quer ajudar-te para que valha a pena ser jovem. Assim, não privarás
o mundo daquela contribuição que só tu – único e irrepetível, como és – lhe
podes dar” (Francisco, CV, 109).
Ser o “hoje” de Deus
significa que nada do que é humano é estranho a Deus. Então, encontrar-se com
Jesus é reconstruir a vontade, a inteligência, os afetos, tudo. Quando Deus
assume, em Jesus Cristo, a nossa humanidade significa que essa mesma humanidade
é confirmada como o lugar onde Deus habita. E é extraordinário que, com as
nossas fragilidades, Deus constrói uma história de amor. Nasce e atrai a Si,
pastores, magos, homens de boa vontade; percorre os caminhos da Judeia e
Galileia e os que O escutam sentem-se por Ele agarrados, sejam cegos, coxos,
possessos ou gente em busca da verdade; sobe à cruz, ressuscita e faz entender
que Ele é o caminho, a verdade e a vida.
O pequeno e simples espaço de Belém onde Jesus “teima” em nascer pode, pois, ser hoje o coração de tantos, particularmente dos jovens a quem a Igreja quer escutar mais e dedicar maior atenção. Parafraseando o texto da Exortação Cristo Vive, do Papa Francisco, Deus ama-nos, Cristo é o nosso Salvador, Cristo vive. Deixar-se iluminar e transformar pelo encontro com Cristo e com o seu Evangelho é um desafio forte mas que todos, particularmente os jovens, podemos praticar no dia a dia.
O que faria Jesus se
estivesse no meu lugar diante deste problema e por este motivo? Como agiria Ele
confrontado com estes problemas? Que chamamento me faria?
Às interrogações vai
sucedendo, a passo e passo, a resposta da presença de Cristo, presença que
procurei, acolhi e me fez sentir encontrado. “O amor de Deus e a nossa relação
com Cristo vivo não nos impedem de sonhar, não nos pedem para restringir os
nossos horizontes. Pelo contrário, esse amor instiga-nos, estimula-nos,
lança-nos para uma vida melhor e mais bela (...) A inquietude insatisfeita,
juntamente com a admiração pelas novidades que surgem no horizonte, abrem caminho
à ousadia que nos impele a tomar a nossa vida nas próprias mãos e a tornar-nos
responsáveis por uma missão. Esta sã inquietude, que surge especialmente na
juventude, continua a ser a caraterística de qualquer coração que permanece
jovem, disponível, aberto. A verdadeira paz interior convive com esta profunda
insatisfação. Dizia Santo Agostinho: «Senhor, criastes-nos para Vós e o nosso
coração não descansa enquanto não repousar em Vós» (Francisco, Cristo Vive,
138).
E se este Advento
culminasse numa história de amizade mais profunda com Jesus Cristo no Natal? E
se deixássemos crescer ainda mais em nós a vontade de viver de Cristo e de
experimentar os seus caminhos? E se ousássemos mais caminhos de fraternidade? E
se nos comprometêssemos mais e fossemos corajosos anunciadores d’Aquele com
Quem nos comprometemos?
A exuberância das
nossas manifestações exteriores, para ser autêntica, está na saúde da raiz que,
discretamente, nos alimenta porque nos liga ao que pode dar a vida. Vamos,
seguramente, encontrar um lugar, dentro de nós, para acolher Cristo. O lugar
que Maria e José tanto procuraram somos nós!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 29-11-2019.
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