PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta-feira,
06 de dezembro de 2019
Sexta da I semana do Advento
SEXTA-FEIRA
da semana I
S. Nicolau, bispo – MF
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.
L 1 Is 29, 17-24; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14
Ev Mt 9, 27-31
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.
L 1 Is 29, 17-24; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14
Ev Mt 9, 27-31
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
O Senhor virá no esplendor da sua glória
visitar o seu povo e dar-lhe a paz e a vida eterna.
ORAÇÃO COLECTA
Mostrai, Senhor, o vosso poder e vinde em nosso auxílio: libertai-nos dos perigos que nos ameaçam por causa dos nossos pecados e salvai-nos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 29, 17-24
«Nesse dia os olhos dos cegos hão de ver»
Leitura do Livro de Isaías
O Senhor virá no esplendor da sua glória
visitar o seu povo e dar-lhe a paz e a vida eterna.
ORAÇÃO COLECTA
Mostrai, Senhor, o vosso poder e vinde em nosso auxílio: libertai-nos dos perigos que nos ameaçam por causa dos nossos pecados e salvai-nos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 29, 17-24
«Nesse dia os olhos dos cegos hão de ver»
Leitura do Livro de Isaías
Assim fala o Senhor Deus: Daqui a muito pouco tempo, não há-de o Líbano transformar-se num jardim e o jardim parecer uma floresta? Nesse dia, os surdos ouvirão ler as palavras do livro; libertos da escuridão e das trevas, os olhos dos cegos tornarão a ver. Os humildes alegrar-se-ão cada vez mais no Senhor e os mais pobres dos homens rejubilarão no Santo de Israel. O tirano deixará de existir, o escarnecedor desaparecerá e serão exterminados os que só pensam no mal: aqueles que fazem condenar os outros pelas suas palavras, os que armam ciladas no tribunal a quem promove a justiça e sem razão arruínam o justo. Por isso, o Senhor, que libertou Abraão, assim fala à casa de Jacob: ‘Doravante Jacob não terá de que se envergonhar, o seu rosto não voltará a empalidecer, porque, ao verem no meio dele os seus filhos, obras das minhas mãos, proclamarão santo o meu nome’. Proclamarão a santidade do Santo de Jacob e temerão o Deus de Israel. Os espíritos desnorteados aprenderão a sabedoria e os murmuradores hão de aceitar a instrução».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. 1a)
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação. Repete-se
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Refrão
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
O Senhor virá com poder e majestade
e iluminará os olhos dos seus fiéis. Refrão
EVANGELHO Mt 9, 27-31
Dois cegos acreditam em Jesus e são curados
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós». Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor». Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé». E abriram-se os seus olhos. Jesus advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado, para que ninguém o saiba». Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela terra.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para as nossas humildes ofertas e orações e, como diante de Vós não temos méritos, ajudai-nos com a vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Advento I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Filip 3, 20-21
Esperamos o nosso salvador, Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo mortal
à imagem do seu corpo glorioso.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Saciados com o alimento espiritual, humildemente Vos pedimos, Senhor, que, pela participação neste sacramento, nos ensineis a apreciar com sabedoria os bens da terra e a amar os bens do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« O importante não é o que tu podes
fazer, mas o que Deus faz contigo quando te colocas em Suas mãos».
Anónimo
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I - Is 29, 17-24: A renovação do povo de
Deus é frequentemente apresentada em comparações tiradas da renovação da
natureza e da melhoria das situações materiais ou morais. Com tais imagens
exprime-se o ambiente de felicidade e de alegria, de paz e de santidade, de
renovação e de restauração que o Senhor quer enviar ao seu povo, para que ele
reencontre os caminhos da sabedoria.
EVANGELHO Mt 9, 27-31: O que a leitura anterior anunciava, Jesus agora o realiza no Evangelho: “os olhos dos cegos tornarão a ver”. Há uma continuidade constante em toda a história da salvação, porque Deus é sempre o mesmo, e sempre igual é a sua vontade de vir ao encontro dos cegos, que somos nós todos. Estes “últimos tempos”, que Jesus inaugurou com a sua vinda no mistério de Encarnação, são particularmente significativos desta vontade de Deus sobre os homens. Curando os cegos, Jesus revela-Se como a própria luz de Deus enviada ao mundo, ao mesmo tempo que manifesta a vontade divina de iluminar a nossa cegueira. Esta luz há de finalmente brilhar em todo o seu esplendor, quando Ele vier no fim destes nossos tempos, que o Advento prepara.
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Funeral em Nisa – Misericórdia
1830 horas:
Confissões de crianças em Alpalhão
18.00 horas: Missa
em Nisa
18.00 horas: Missa
em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
ADVENTO: DO POPULISMO
AO PRESÉPIO
O tempo
do Advento conduz-nos ao Natal. Se tem o sabor da expectativa, da esperança, da
preparação e da partida ao encontro de quem se espera, também tem o sabor da
vida que se disponibiliza, do coração que se abre, das rotinas que se
transformam para acolher bem quem chega.
Quem está diante de nós
para ser acolhido e Aquele de Quem vamos ao encontro, é Jesus Cristo. Já não é
um desconhecido, é verdade. D’Ele já sabemos o que a história nos conta, o que
os Evangelhos e a Comunidade Cristã nos testemunham, o que a fé e a oração nos
dão a saborear de confiança e de sabedoria. Mesmo assim, Jesus Cristo tem
sempre algo de novo a revelar a cada tempo e a cada pessoa. Tem história e é
mistério. É conhecido e sempre surpreendente. Se misturarmos a nossa vida com a
vida de Jesus, crescemos sempre. Aliás, esse é um dos grandes desafios do
Advento. Muitas vezes, talvez procuremos Jesus apenas para que esta ou aquela
situação fique resolvida. Jesus, porém, procura-nos, vem ao nosso encontro para
permanecer sempre connosco.
A universalidade do
acontecimento e do conhecimento de Jesus Cristo poderiam ter feito d’Ele apenas
um fenómeno tipo populista, isto é, um fenómeno que aparecesse, desaparecesse e
se desvanecesse, tão ao jeito dos nossos tempos. Mas, como a vida tem sempre de
ser lida ”por dentro”, percebemos melhor que a universalidade de Jesus Cristo e
do seu mistério é a expressão da verdade fundamental e da sabedoria que contém
para a vida de todos. Jesus não é apenas uma verdade universal. É, sobretudo,
uma verdade que se pode interiorizar e que se pode viver. Tem, nessa medida,
outra substância que não apenas o brilho da aparência. Talvez, por isso, no
meio de todo um universo a contracenar com a cultura light e populista,
tenhamos um pequeno e simples espaço em Belém onde Jesus nasce e por onde Jesus
entra na humanidade. Partindo daí, o horizonte é a humanidade inteira. A
salvação é mais original que o pecado. Sabendo embora que a cultura light se
carateriza pela busca da leveza e com tudo aquilo que isso reclama, também
sabemos que o populismo quase sempre manipula ou mascara os olhares e o
discernimento das prioridades. Parte de generalizações que absolutiza e incute
soluções afuniladas, muitas vezes ao arrepio da realidade. Dá soluções
automáticas e não constrói a consciência de “povo” ou de comunidade. Jesus
Cristo, ao contrário do populismo, é sempre uma história de humanização. Porque
assumiu ser homem, com Ele a humanidade vale muito mais. Assumir significa
“fazer sua” a nossa humanidade.
Então é hoje que
queremos acolher Jesus. Por muito ou pouco “passado” que tenhamos, por muito ou
pouco “futuro” que esperemos, é “hoje” que Jesus vem ao nosso encontro. É hoje
que O queremos acolher. Ele é sempre nosso contemporâneo. Como diz o Papa
Francisco, dirigindo-se particularmente aos jovens, nós somos o “hoje” e o
“agora” de Deus.
“Se és jovem em idade,
mas te sentes frágil, cansado ou desiludido, pede a Jesus que te renove. Com
Ele, não se extingue a esperança. E o mesmo podes fazer, se te sentires imerso
nos vícios, em maus hábitos, no egoísmo ou na comodidade mórbida. Cheio de
vida, Jesus quer ajudar-te para que valha a pena ser jovem. Assim, não privarás
o mundo daquela contribuição que só tu – único e irrepetível, como és – lhe
podes dar” (Francisco, CV, 109).
Ser o “hoje” de Deus
significa que nada do que é humano é estranho a Deus. Então, encontrar-se com
Jesus é reconstruir a vontade, a inteligência, os afetos, tudo. Quando Deus
assume, em Jesus Cristo, a nossa humanidade significa que essa mesma humanidade
é confirmada como o lugar onde Deus habita. E é extraordinário que, com as
nossas fragilidades, Deus constrói uma história de amor. Nasce e atrai a Si,
pastores, magos, homens de boa vontade; percorre os caminhos da Judeia e
Galileia e os que O escutam sentem-se por Ele agarrados, sejam cegos, coxos,
possessos ou gente em busca da verdade; sobe à cruz, ressuscita e faz entender
que Ele é o caminho, a verdade e a vida.
O pequeno e simples espaço de Belém onde Jesus “teima” em nascer pode, pois, ser hoje o coração de tantos, particularmente dos jovens a quem a Igreja quer escutar mais e dedicar maior atenção. Parafraseando o texto da Exortação Cristo Vive, do Papa Francisco, Deus ama-nos, Cristo é o nosso Salvador, Cristo vive. Deixar-se iluminar e transformar pelo encontro com Cristo e com o seu Evangelho é um desafio forte mas que todos, particularmente os jovens, podemos praticar no dia a dia.
O que faria Jesus se
estivesse no meu lugar diante deste problema e por este motivo? Como agiria Ele
confrontado com estes problemas? Que chamamento me faria?
Às interrogações vai
sucedendo, a passo e passo, a resposta da presença de Cristo, presença que
procurei, acolhi e me fez sentir encontrado. “O amor de Deus e a nossa relação
com Cristo vivo não nos impedem de sonhar, não nos pedem para restringir os
nossos horizontes. Pelo contrário, esse amor instiga-nos, estimula-nos,
lança-nos para uma vida melhor e mais bela (...) A inquietude insatisfeita, juntamente
com a admiração pelas novidades que surgem no horizonte, abrem caminho à
ousadia que nos impele a tomar a nossa vida nas próprias mãos e a tornar-nos
responsáveis por uma missão. Esta sã inquietude, que surge especialmente na
juventude, continua a ser a caraterística de qualquer coração que permanece
jovem, disponível, aberto. A verdadeira paz interior convive com esta profunda
insatisfação. Dizia Santo Agostinho: «Senhor, criastes-nos para Vós e o nosso
coração não descansa enquanto não repousar em Vós» (Francisco, Cristo Vive,
138).
E se este Advento
culminasse numa história de amizade mais profunda com Jesus Cristo no Natal? E
se deixássemos crescer ainda mais em nós a vontade de viver de Cristo e de
experimentar os seus caminhos? E se ousássemos mais caminhos de fraternidade? E
se nos comprometêssemos mais e fossemos corajosos anunciadores d’Aquele com
Quem nos comprometemos?
A exuberância das
nossas manifestações exteriores, para ser autêntica, está na saúde da raiz que,
discretamente, nos alimenta porque nos liga ao que pode dar a vida. Vamos,
seguramente, encontrar um lugar, dentro de nós, para acolher Cristo. O lugar
que Maria e José tanto procuraram somos nós!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 29-11-2019.
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