segunda-feira, 16 de dezembro de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Terça, 17 de dezembro de 2019











Terça da III semana do Advento





TERÇA-FEIRA da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.

L 1 Gen 49, 2. 8-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17
Ev Mt 1, 1-17


* 83.º aniversário natalício do Papa Francisco (1936).

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Is 49, 13
Alegrem-se os Céus, exulte a terra:
o Senhor visitará o seu povo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus, criador e redentor do género humano, que no seio da bem-aventurada Virgem Maria quisestes realizar o grande mistério da encarnação do Verbo, ouvi a nossa oração e concedei que o vosso Filho Unigénito, feito homem como nós, nos torne participantes da sua vida divina. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

As leituras entre os dias 17 e 24 utilizam-se nos dias a que são atribuídas. Mas se forem omitidas em razão do domingo ocorrente, podem adiar-se ou antecipar-se para outro dia, especialmente em vez de leituras que nesse ano porventura se façam no domingo.


LEITURA I Gen 49, 2.8-10
«O ceptro não se afastará de Judá»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Jacob chamou os seus filhos e disse-lhes: «Reuni-vos e escutai, filhos de Jacob. escutai Israel, vosso pai. Judá, os teus irmãos hão de louvar-te, a tua mão pesará sobre a cabeça dos teus inimigos e os filhos de teu pai hão de inclinar- se diante de ti. Judá, tu és um leão novo: voltaste, meu filho, com a tua presa. Ele dobra o joelho e deita-se como o leão, ou como a leoa: quem o fará levantar-se? O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comando de entre os seus pés, até que venha Aquele a quem pertence e a quem os povos hão de obedecer».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.3-4ab.7-8.17 (R. cf. 7)
Refrão: Nos dias do Senhor nascerá a justiça e a paz para sempre. Repete-se

Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão

Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes. Refrão
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra. Refrão

O seu nome será eternamente bendito
e durará tanto como a luz do sol;
nele serão abençoadas todas as nações,
todos os povos o hão-de bendizer. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se

Ó Sabedoria do Altíssimo,
que tudo governais com firmeza e suavidade:
vinde ensinar-nos o caminho da salvação. Refrão


EVANGELHO Mt 1, 1-17
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, os dons da vossa Igreja e pela celebração destes sagrados mistérios dai-nos como alimento o pão do Céu. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Advento II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Ageu 2, 8
Eis que vem o desejado de todos os povos
e encherá de glória o templo do Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus omnipotente, que nos alimentais com o pão da vida, concedei-nos que, inflamados pelo fogo do vosso Espírito, brilhemos como lâmpadas resplandecentes quando vier o Se¬nhor. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«A Igreja não tem necessidade de recorrer a sistemas e ideologias».
João Paulo II







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

LEITURAS Gen 49, 2.8-10 Começamos estes dias que preparam imediatamente o Natal do Senhor pelo anúncio que vem do longínquo tempo dos Patriarcas do povo de Deus. Na bênção de Jacob aos seus filhos antes de morrer, tem especial importância a bênção dada a Judá, chefe da tribo donde descende Jesus, e, por isso, se atribui a Jesus o que Jacob disse de Judá quando exclamou: “Judá é um leão.” O leão é o animal forte. No Apocalipse, um dos anciãos exclama a propósito d’Aquele que é capaz de abrir o livro dos sete selos, Jesus, o Salvador: “O leão da tribo de Judá venceu!” É já uma aclamação da vitória pascal do Senhor e para a qual o Advento já nos encaminha.

Mt 1, 1-17: As promessas de Deus feitas aos antepassados atravessam as gerações, onde haverá membros do povo eleito e estrangeiros, santos e pecadores, e vêm a realizar-se finalmente em Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho do homem, Salvador universal. Esta leitura, parecendo, à primeira vista, simples enumeração de nomes, é um testemunho eloquente da fidelidade de Deus à sua aliança com os homens. Ainda que estes O abandonem, Ele não os abandonará.


AGENDA DO DIA


10.00 horas: Reuniã0 arciprestal em Nisa
15.30 horas: Funeral em Nisa na Salavessa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas: Confissões em Nisa.





A VOZ DO PASTOR


DO PRESÉPIO À RESPONSABILIDADE SOCIAL

A democracia é simpática, é um valor, favorece o exercício da cidadania, “assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios governantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torna oportuno” (Encíclica Centesimus Annus,46). No entanto, embora não seja de louvar, hoje existe um certo desencanto e desinteresse dos cidadãos pela política. São muitas as causas que podem levar alguém a deixar cair os braços e optar pelo absentismo e abandono, negando o próprio contributo para uma sociedade sempre necessitada de renovação e crescimento. De facto, há desvios que “geram, com o tempo, desconfiança e apatia e consequentemente diminuição da participação política e do espírito cívico no seio da população que se sente prejudicada e desiludida” (id. 47).

Nesta caminhada para a celebração do Natal, construímos o Presépio que nos manifesta a ternura de Deus e nos envolve na história da salvação. Em escolas e universidades, estudam-se muitas pessoas ilustres, o que disseram e fizeram, e bem. Nenhuma, porém, tão ilustre e tão revolucionária como Jesus a influenciar as dinâmicas da história, a promover a dignidade e a convivência humana e o progresso dos povos em amor e paz. Foi o maior líder da história de todos os tempos. É incomparável, mesmo que ignorado por uns e arredado por outros! Empenhou-se como ninguém no bem estar e transformação das pessoas, das famílias e da sociedade. Irradiava simpatia e nunca se desviou da Sua missão e estilo. Ensinava com autoridade, clareza e humildade. Impunha-se pelo exemplo e pela caridade na verdade, sem medo nem demagogias, sem autoritarismos nem pretensões pessoais. Vivia comprometido pelo bem de todos, especialmente com os pobres e marginalizados cuja esperança jamais se frustrará. Passados dois mil anos, a Sua palavra, o Seu projeto e metodologia continuam atuais e atuantes a fascinar discípulos e a inspirar muitos daqueles que O não querem reconhecer. A tudo se sujeitou, tudo fez e suportou. Denunciou o erro e as injustiças sociais, anunciou a verdade e o caminho para que todas as pessoas encontrassem sentido para a vida e fossem respeitadas na sua dignidade, com direitos e deveres. Deixou-nos um desafio: “fazei como Eu fiz, amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. No Natal celebramos, pois, individualmente, em família e na sociedade, o nascimento deste Menino, o Filho de Deus, o Senhor do cosmos e da história, o princípio e o fim. Não é possível celebrar verdadeiramente o Natal esquecendo, negando ou minimizando a pessoa de Jesus para promover e idolatrar, sobretudo junto das crianças, o pai natal e o consumismo, fazendo crescer o egoísmo dos apaparicados e aumentando a tristeza dos pais e de outros que, materialmente, nada têm para dar nem as crianças algo para receber. Celebrar o Natal é pôr-se a caminho e deixar-se encontrar por Jesus, é converter-se, é renovar-se, é rasgar horizontes mais solidários e fraternos, é mudar a história da sua própria vida e, pensando sobretudo nos que não têm voz, é comprometer-se na construção do bem comum, com criatividade, inteligência e disponibilidade.

Se todo o cidadão está desafiado à participação e deve fazer-se protagonista na construção da causa pública, com muita mais razão um cristão deve sentir essa alegria e responsabilidade, esse direito e dever. São Paulo VI, na continuidade do Concílio Vaticano II, afirmava que o cristão tem como campo da sua ação evangelizadora “o mundo vasto e complicado da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos “mass media” e, ainda, outras realidades abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento” (Ex. Evangelii Nuntiandi, 70). E São João Paulo II acentuava que, para animar cristãmente a ordem temporal, os cristãos não podem “abdicar da participação na «política», ou seja, da múltipla e variada ação económica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem comum (...) todos e cada um têm o direito e o dever de participar na política, embora em diversidade e complementaridade de formas, níveis, funções e responsabilidades. As acusações de arrivismo, idolatria de poder, egoísmo e corrupção que muitas vezes são dirigidas aos homens do governo, do parlamento, da classe dominante ou partido político, bem como a opinião muito difusa de que a política é um lugar de necessário perigo moral, não justificam minimamente nem o ceticismo nem o absentismo dos cristãos pela coisa pública” (Ex. Christifideles Laici, 42).

Os tempos mudam, é verdade. Deus, porém, não muda, nem Ele nem os Seus planos. Na fé encontraremos o essencial que nos faz entender e caminhar por caminhos que libertam e ajudam a libertar. Descobrir e ajudar a descobrir a dignidade de cada pessoa humana é tarefa essencial da Igreja, e a Igreja somos todos os batizados. Jesus veio ao nosso encontro e deu-nos o exemplo, anunciou e deu-nos o programa do Seu Reino, convidou-nos a ser verdadeiros cidadãos desse Reino, apontou-nos prioridades e pistas para o caminho, sugeriu-nos meios, prometeu estar sempre connosco.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-12-2019.



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