PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
17 de dezembro de 2019
Terça da III semana do Advento
TERÇA-FEIRA
da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Gen 49, 2. 8-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17
Ev Mt 1, 1-17
* 83.º aniversário natalício do Papa Francisco (1936).
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Gen 49, 2. 8-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17
Ev Mt 1, 1-17
* 83.º aniversário natalício do Papa Francisco (1936).
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Is 49, 13
Alegrem-se os Céus, exulte a terra:
o Senhor visitará o seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, criador e redentor do género humano, que no seio da bem-aventurada Virgem Maria quisestes realizar o grande mistério da encarnação do Verbo, ouvi a nossa oração e concedei que o vosso Filho Unigénito, feito homem como nós, nos torne participantes da sua vida divina. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Alegrem-se os Céus, exulte a terra:
o Senhor visitará o seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, criador e redentor do género humano, que no seio da bem-aventurada Virgem Maria quisestes realizar o grande mistério da encarnação do Verbo, ouvi a nossa oração e concedei que o vosso Filho Unigénito, feito homem como nós, nos torne participantes da sua vida divina. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
As leituras entre os dias 17 e 24 utilizam-se nos dias a que são atribuídas. Mas se forem omitidas em razão do domingo ocorrente, podem adiar-se ou antecipar-se para outro dia, especialmente em vez de leituras que nesse ano porventura se façam no domingo.
LEITURA I Gen 49, 2.8-10
«O ceptro não se afastará de Judá»
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, Jacob chamou os seus filhos e disse-lhes: «Reuni-vos e escutai, filhos de Jacob. escutai Israel, vosso pai. Judá, os teus irmãos hão de louvar-te, a tua mão pesará sobre a cabeça dos teus inimigos e os filhos de teu pai hão de inclinar- se diante de ti. Judá, tu és um leão novo: voltaste, meu filho, com a tua presa. Ele dobra o joelho e deita-se como o leão, ou como a leoa: quem o fará levantar-se? O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comando de entre os seus pés, até que venha Aquele a quem pertence e a quem os povos hão de obedecer».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.3-4ab.7-8.17 (R. cf. 7)
Refrão: Nos dias do Senhor nascerá a justiça e a paz para sempre. Repete-se
Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão
Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes. Refrão
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra. Refrão
O seu nome será eternamente bendito
e durará tanto como a luz do sol;
nele serão abençoadas todas as nações,
todos os povos o hão-de bendizer. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Ó Sabedoria do Altíssimo,
que tudo governais com firmeza e suavidade:
vinde ensinar-nos o caminho da salvação. Refrão
EVANGELHO Mt 1, 1-17
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, os dons da vossa Igreja e pela celebração destes sagrados mistérios dai-nos como alimento o pão do Céu. Por Nosso Senhor.
Prefácio do Advento II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Ageu 2, 8
Eis que vem o desejado de todos os povos
e encherá de glória o templo do Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus omnipotente, que nos alimentais com o pão da vida, concedei-nos que, inflamados pelo fogo do vosso Espírito, brilhemos como lâmpadas resplandecentes quando vier o Se¬nhor. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«A
Igreja não tem necessidade de recorrer a sistemas e ideologias».
João Paulo II
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS Gen 49, 2.8-10 Começamos
estes dias que preparam imediatamente o Natal do Senhor pelo anúncio que vem do
longínquo tempo dos Patriarcas do povo de Deus. Na bênção de Jacob aos seus
filhos antes de morrer, tem especial importância a bênção dada a Judá, chefe da
tribo donde descende Jesus, e, por isso, se atribui a Jesus o que Jacob disse
de Judá quando exclamou: “Judá é um leão.” O leão é o animal forte. No
Apocalipse, um dos anciãos exclama a propósito d’Aquele que é capaz de abrir o
livro dos sete selos, Jesus, o Salvador: “O leão da tribo de Judá venceu!” É já
uma aclamação da vitória pascal do Senhor e para a qual o Advento já nos
encaminha.
Mt 1, 1-17: As promessas de Deus feitas aos antepassados atravessam as gerações, onde haverá membros do povo eleito e estrangeiros, santos e pecadores, e vêm a realizar-se finalmente em Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho do homem, Salvador universal. Esta leitura, parecendo, à primeira vista, simples enumeração de nomes, é um testemunho eloquente da fidelidade de Deus à sua aliança com os homens. Ainda que estes O abandonem, Ele não os abandonará.
AGENDA DO DIA
10.00 horas: Reuniã0
arciprestal em Nisa
15.30 horas: Funeral
em Nisa na Salavessa
18.00 horas: Missa
em Nisa
18.00 horas: Missa
em Alpalhão
21.00 horas:
Confissões em Nisa.
A VOZ DO PASTOR
DO PRESÉPIO À RESPONSABILIDADE
SOCIAL
A
democracia é simpática, é um valor, favorece o exercício da cidadania,
“assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos
governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios
governantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torna oportuno”
(Encíclica Centesimus Annus,46). No entanto, embora não seja de louvar, hoje
existe um certo desencanto e desinteresse dos cidadãos pela política. São muitas
as causas que podem levar alguém a deixar cair os braços e optar pelo
absentismo e abandono, negando o próprio contributo para uma sociedade sempre
necessitada de renovação e crescimento. De facto, há desvios que “geram, com o
tempo, desconfiança e apatia e consequentemente diminuição da participação
política e do espírito cívico no seio da população que se sente prejudicada e
desiludida” (id. 47).
Nesta
caminhada para a celebração do Natal, construímos o Presépio que nos manifesta
a ternura de Deus e nos envolve na história da salvação. Em escolas e
universidades, estudam-se muitas pessoas ilustres, o que disseram e fizeram, e
bem. Nenhuma, porém, tão ilustre e tão revolucionária como Jesus a influenciar
as dinâmicas da história, a promover a dignidade e a convivência humana e o
progresso dos povos em amor e paz. Foi o maior líder da história de todos os
tempos. É incomparável, mesmo que ignorado por uns e arredado por outros! Empenhou-se
como ninguém no bem estar e transformação das pessoas, das famílias e da
sociedade. Irradiava simpatia e nunca se desviou da Sua missão e estilo. Ensinava
com autoridade, clareza e humildade. Impunha-se pelo exemplo e pela caridade na
verdade, sem medo nem demagogias, sem autoritarismos nem pretensões pessoais.
Vivia comprometido pelo bem de todos, especialmente com os pobres e
marginalizados cuja esperança jamais se frustrará. Passados dois mil anos, a
Sua palavra, o Seu projeto e metodologia continuam atuais e atuantes a fascinar
discípulos e a inspirar muitos daqueles que O não querem reconhecer. A tudo se
sujeitou, tudo fez e suportou. Denunciou o erro e as injustiças sociais,
anunciou a verdade e o caminho para que todas as pessoas encontrassem sentido
para a vida e fossem respeitadas na sua dignidade, com direitos e deveres.
Deixou-nos um desafio: “fazei como Eu fiz, amai-vos uns aos outros como Eu vos
amei”. No Natal celebramos, pois, individualmente, em família e na sociedade, o
nascimento deste Menino, o Filho de Deus, o Senhor do cosmos e da história, o
princípio e o fim. Não é possível celebrar verdadeiramente o Natal esquecendo,
negando ou minimizando a pessoa de Jesus para promover e idolatrar, sobretudo
junto das crianças, o pai natal e o consumismo, fazendo crescer o egoísmo dos
apaparicados e aumentando a tristeza dos pais e de outros que, materialmente,
nada têm para dar nem as crianças algo para receber. Celebrar o Natal é pôr-se
a caminho e deixar-se encontrar por Jesus, é converter-se, é renovar-se, é rasgar
horizontes mais solidários e fraternos, é mudar a história da sua própria vida
e, pensando sobretudo nos que não têm voz, é comprometer-se na construção do
bem comum, com criatividade, inteligência e disponibilidade.
Se
todo o cidadão está desafiado à participação e deve fazer-se protagonista na
construção da causa pública, com muita mais razão um cristão deve sentir essa
alegria e responsabilidade, esse direito e dever. São
Paulo VI, na continuidade do Concílio Vaticano II, afirmava que o cristão tem
como campo da sua ação evangelizadora “o mundo vasto e complicado da política, da
realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das
artes, da vida internacional, dos “mass media” e, ainda, outras realidades
abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das
crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento” (Ex. Evangelii
Nuntiandi, 70). E São João Paulo II acentuava que, para animar cristãmente a
ordem temporal, os cristãos não podem “abdicar da participação na «política»,
ou seja, da múltipla e variada ação económica, social, legislativa,
administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e institucionalmente o
bem comum (...) todos e cada um têm o direito e o dever de participar na
política, embora em diversidade e complementaridade de formas, níveis, funções
e responsabilidades. As acusações de arrivismo, idolatria de poder, egoísmo e
corrupção que muitas vezes são dirigidas aos homens do governo, do parlamento,
da classe dominante ou partido político, bem como a opinião muito difusa de que
a política é um lugar de necessário perigo moral, não justificam minimamente
nem o ceticismo nem o absentismo dos cristãos pela coisa pública” (Ex. Christifideles
Laici, 42).
Os
tempos mudam, é verdade. Deus, porém, não muda, nem Ele nem os Seus planos. Na
fé encontraremos o essencial que nos faz entender e caminhar por caminhos que
libertam e ajudam a libertar. Descobrir e ajudar a descobrir a dignidade de
cada pessoa humana é tarefa essencial da Igreja, e a Igreja somos todos os
batizados. Jesus veio ao nosso encontro e deu-nos o exemplo, anunciou e deu-nos
o programa do Seu Reino, convidou-nos a ser verdadeiros cidadãos desse Reino, apontou-nos
prioridades e pistas para o caminho, sugeriu-nos meios, prometeu estar sempre
connosco.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-12-2019.
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