quinta-feira, 19 de dezembro de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Sexta-feira, 20  de dezembro de 2019











Sexta da III semana do Advento





SEXTA-FEIRA da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.

L 1 Is 7, 10-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
Ev Lc 1, 26-38


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Is 11, 1; 40, 5; Lc 3, 6
Florescerá um ramo da raiz de Jessé:
a glória do Senhor encherá a terra inteira
e todo o homem verá a salvação de Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que pela anunciação do Anjo quisestes que a Virgem Imaculada se tornasse Mãe do vosso Verbo e, envolvida na luz do Espírito Santo, fosse consagrada templo da divindade, ajudai-nos a ser humildes como ela, para cumprirmos fielmente a vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 7, 10-14
«A virgem conceberá»


Leitura do Livro de Isaías

Naqueles dias, o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem: «Pede um sinal ao Senhor teu Deus, quer nas profundezas do abismo, quer lá em cima nas alturas». Acaz respondeu: «Não pedirei, não porei o Senhor à prova». Então Isaías disse: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens para quererdes também molestar o meu Deus? Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. 7c e 10b)
Refrão: O Senhor virá: Ele é o rei da glória. Repete-se

Ou: Venha o Senhor: é Ele o rei glorioso. Repete-se

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas. Refrão

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Refrão

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Ó Chave da casa de David, que abris
e ninguém pode fechar, fechais e ninguém pode abrir:
vinde libertar os que vivem no cativeiro das trevas
e nas sombras da morte. Refrão


EVANGELHO Lc 1, 26-38
«Conceberás e darás à luz um Filho»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, da descendência de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?» O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para este admirável sacramento, pelo qual se renova entre nós o único sacrifício de Cristo, e concedei que, pela participação nestes santos mistérios, recebamos na fé os bens que esperamos. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Advento II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc 1, 31
O Anjo do Senhor disse a Maria:
Conceberás e darás à luz um Filho e o seu nome será Jesus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Defendei, Senhor, com a vossa proteção aqueles que alimentais com o pão do Céu, de modo que, ao saborearem os vossos sacramentos, encontrem a alegria da verdadeira paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





« A caridade supera a justiça, porque amar é dar, oferecer ao outro do que é "meu"; mas nunca existe sem a justiça, que induz a dar ao outro o que é "dele", o que lhe pertence em razão do seu ser e do seu agir».

Bento XVI







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

LEITURAS Is 7, 10-14 :Com Jerusalém ameaçada, Deus promete proteção à dinastia de David. Ele próprio Se adianta a oferecer-lhe um sinal da sua presença protetora: uma Virgem conceberá e dará à luz um filho que terá o nome significativo de “Deus connosco”, palavra que há de encontrar a sua realização última na palavra do Anjo Gabriel a Maria, no Evangelho.

Lc 1, 26-38: Na anunciação a Maria, o Anjo retoma as palavras do profeta, e anuncia que Aquele que d’Ela vai nascer é o Messias prometido, o Descendente de David, Aquele que fora anunciado e prometido através de toda a história do povo de Deus, e sobre quem, finalmente, repousará o Espírito de Deus. O Céu faz cair o seu Orvalho; a terra será novo paraíso, na medida em que O acolher. Maria, assim O acolheu, assim O deu depois à luz.


AGENDA DO DIA


18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa





A VOZ DO PASTOR


DO PRESÉPIO À RESPONSABILIDADE SOCIAL

A democracia é simpática, é um valor, favorece o exercício da cidadania, “assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios governantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torna oportuno” (Encíclica Centesimus Annus,46). No entanto, embora não seja de louvar, hoje existe um certo desencanto e desinteresse dos cidadãos pela política. São muitas as causas que podem levar alguém a deixar cair os braços e optar pelo absentismo e abandono, negando o próprio contributo para uma sociedade sempre necessitada de renovação e crescimento. De facto, há desvios que “geram, com o tempo, desconfiança e apatia e consequentemente diminuição da participação política e do espírito cívico no seio da população que se sente prejudicada e desiludida” (id. 47).

Nesta caminhada para a celebração do Natal, construímos o Presépio que nos manifesta a ternura de Deus e nos envolve na história da salvação. Em escolas e universidades, estudam-se muitas pessoas ilustres, o que disseram e fizeram, e bem. Nenhuma, porém, tão ilustre e tão revolucionária como Jesus a influenciar as dinâmicas da história, a promover a dignidade e a convivência humana e o progresso dos povos em amor e paz. Foi o maior líder da história de todos os tempos. É incomparável, mesmo que ignorado por uns e arredado por outros! Empenhou-se como ninguém no bem estar e transformação das pessoas, das famílias e da sociedade. Irradiava simpatia e nunca se desviou da Sua missão e estilo. Ensinava com autoridade, clareza e humildade. Impunha-se pelo exemplo e pela caridade na verdade, sem medo nem demagogias, sem autoritarismos nem pretensões pessoais. Vivia comprometido pelo bem de todos, especialmente com os pobres e marginalizados cuja esperança jamais se frustrará. Passados dois mil anos, a Sua palavra, o Seu projeto e metodologia continuam atuais e atuantes a fascinar discípulos e a inspirar muitos daqueles que O não querem reconhecer. A tudo se sujeitou, tudo fez e suportou. Denunciou o erro e as injustiças sociais, anunciou a verdade e o caminho para que todas as pessoas encontrassem sentido para a vida e fossem respeitadas na sua dignidade, com direitos e deveres. Deixou-nos um desafio: “fazei como Eu fiz, amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. No Natal celebramos, pois, individualmente, em família e na sociedade, o nascimento deste Menino, o Filho de Deus, o Senhor do cosmos e da história, o princípio e o fim. Não é possível celebrar verdadeiramente o Natal esquecendo, negando ou minimizando a pessoa de Jesus para promover e idolatrar, sobretudo junto das crianças, o pai natal e o consumismo, fazendo crescer o egoísmo dos apaparicados e aumentando a tristeza dos pais e de outros que, materialmente, nada têm para dar nem as crianças algo para receber. Celebrar o Natal é pôr-se a caminho e deixar-se encontrar por Jesus, é converter-se, é renovar-se, é rasgar horizontes mais solidários e fraternos, é mudar a história da sua própria vida e, pensando sobretudo nos que não têm voz, é comprometer-se na construção do bem comum, com criatividade, inteligência e disponibilidade.

Se todo o cidadão está desafiado à participação e deve fazer-se protagonista na construção da causa pública, com muita mais razão um cristão deve sentir essa alegria e responsabilidade, esse direito e dever. São Paulo VI, na continuidade do Concílio Vaticano II, afirmava que o cristão tem como campo da sua ação evangelizadora “o mundo vasto e complicado da política, da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos “mass media” e, ainda, outras realidades abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento” (Ex. Evangelii Nuntiandi, 70). E São João Paulo II acentuava que, para animar cristãmente a ordem temporal, os cristãos não podem “abdicar da participação na «política», ou seja, da múltipla e variada ação económica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem comum (...) todos e cada um têm o direito e o dever de participar na política, embora em diversidade e complementaridade de formas, níveis, funções e responsabilidades. As acusações de arrivismo, idolatria de poder, egoísmo e corrupção que muitas vezes são dirigidas aos homens do governo, do parlamento, da classe dominante ou partido político, bem como a opinião muito difusa de que a política é um lugar de necessário perigo moral, não justificam minimamente nem o ceticismo nem o absentismo dos cristãos pela coisa pública” (Ex. Christifideles Laici, 42).

Os tempos mudam, é verdade. Deus, porém, não muda, nem Ele nem os Seus planos. Na fé encontraremos o essencial que nos faz entender e caminhar por caminhos que libertam e ajudam a libertar. Descobrir e ajudar a descobrir a dignidade de cada pessoa humana é tarefa essencial da Igreja, e a Igreja somos todos os batizados. Jesus veio ao nosso encontro e deu-nos o exemplo, anunciou e deu-nos o programa do Seu Reino, convidou-nos a ser verdadeiros cidadãos desse Reino, apontou-nos prioridades e pistas para o caminho, sugeriu-nos meios, prometeu estar sempre connosco.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-12-2019.




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