PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta-feira,
19 de dezembro de 2019
Quinta da III semana do Advento
QUINTA-FEIRA
da semana III do Advento
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Jz 13, 2-7. 24-25a; Sal 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17
Ev Lc 1, 5-25
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Jz 13, 2-7. 24-25a; Sal 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17
Ev Lc 1, 5-25
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Hebr 10,
37
Aquele que há de vir não tardará.
Nunca mais haverá temor na nossa terra,
porque Ele é o Salvador do mundo.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que revelastes ao mundo o esplendor da vossa glória pelo nascimento do Filho da Virgem Maria, concedei-nos a graça de celebrar o grande mistério da encarnação com verdadeira fé e sincera piedade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jz 13, 2-7.24-25a
É anunciado pelo Anjo o nascimento de Sansão
Aquele que há de vir não tardará.
Nunca mais haverá temor na nossa terra,
porque Ele é o Salvador do mundo.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que revelastes ao mundo o esplendor da vossa glória pelo nascimento do Filho da Virgem Maria, concedei-nos a graça de celebrar o grande mistério da encarnação com verdadeira fé e sincera piedade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jz 13, 2-7.24-25a
É anunciado pelo Anjo o nascimento de Sansão
Leitura do Livro dos Juízes
Naqueles dias, vivia em Soreá um homem da tribo de Dã, chamado Manoé, cuja mulher, sendo estéril, não tinha filhos. O Anjo do Senhor apareceu a essa mulher e disse-lhe: «És estéril e sem filhos, mas conceberás e darás à luz um filho. Agora tem cuidado: não bebas vinho nem outra bebida alcoólica, nem comas nada impuro, porque vais conceber e dar à luz um filho. A navalha não tocará na sua cabeça, porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus». A mulher foi dizer ao marido: «Veio ter comigo um homem de Deus. Tinha o aspeto de um Anjo do Senhor, cheio de majestade. Não lhe perguntei donde vinha, nem ele me revelou o seu nome. Mas disse-me: «Conceberás e darás à luz um filho. Agora não bebas vinho nem outra bebida alcoólica e não comas nada impuro, porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno até ao dia da sua morte». A mulher deu à luz um filho e pôs-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu e o Senhor abençoou-o.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 70 (71), 3-4a.5-6ab.16-17 (R. cf. 8ab)
Refrão: A minha boca cantará a vossa glória. Repete-se
Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador. Refrão
Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protetor. Refrão
Meu Deus, hei de narrar os vossos feitos grandiosos,
recordarei, Senhor, a vossa justiça sem igual.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Ó rebento da raiz de Jessé,
sinal erguido diante dos povos:
vinde libertar-nos, não tardeis mais. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 5-25
É anunciado pelo Anjo Gabriel o nascimento de João Baptista
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel. Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor. Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada. Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe, coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso. Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso. Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor. Mas o Anjo disse lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João. Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão-de alegrar-se com o seu nascimento, porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor». Zacarias disse ao Anjo: «Como hei-de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?». O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova. Mas tu vais guardar silêncio, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto aconteça, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão a seu tempo. Entretanto, o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário. Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo. Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa. Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo: «Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para os dons que trazemos ao vosso altar: santificai a oferta da nossa pobreza com o poder do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Advento II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 1, 78-79
O Senhor nos visitará como sol nascente,
para dirigir os nossos passos no caminho da paz.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos damos graças, Deus omnipotente, pelos dons que recebemos e Vos pedimos que acendais em nós a esperança dos bens prometidos, para que possamos celebrar, com espírito renovado, o nascimento do nosso Salvador, Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Quando vos convido a ser santos, peço que não se conformem em ser
de segunda linha, mas que aspirem a um “horizonte maior. Não se conformem em
ser medíocres.
Bento XVI
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS
Jz 13, 2-7.24-25a: O
nascimento de João Baptista em circunstâncias extraordinárias (II Leitura)
atraiu o de Sansão (I leitura) em circunstâncias semelhantes. Em ambos os casos
é de Deus que vem a salvação. O que aos homens é impossível é possível para
Deus. Mas não se trata apenas de uma afirmação de poder, como de alguma coisa
que nos possa esmagar; em Deus, o poder é a força do seu amor.
Lc
1, 5-25 : Na aurora do Novo Testamento, o anúncio do
nascimento do Precursor manifesta, mais ainda que o do nascimento de Sansão, os
insondáveis caminhos de Deus, sempre cheios de misericórdia e portadores da
salvação para os homens. Esta só não atingirá quem não a acolher na fé, como, a
princípio, aconteceu com Zacarias, que, por isso, ficou mudo.
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Funeral em Tolosa
11.00 horas: Festa
de Natal no Lar de Tolosa
12.00 horas: Funeral em Tolosa
18.00 horas: Missa
em Nisa
A VOZ DO PASTOR
DO PRESÉPIO À RESPONSABILIDADE
SOCIAL
A
democracia é simpática, é um valor, favorece o exercício da cidadania,
“assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos
governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios
governantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torna oportuno”
(Encíclica Centesimus Annus,46). No entanto, embora não seja de louvar, hoje
existe um certo desencanto e desinteresse dos cidadãos pela política. São
muitas as causas que podem levar alguém a deixar cair os braços e optar pelo
absentismo e abandono, negando o próprio contributo para uma sociedade sempre
necessitada de renovação e crescimento. De facto, há desvios que “geram, com o
tempo, desconfiança e apatia e consequentemente diminuição da participação
política e do espírito cívico no seio da população que se sente prejudicada e
desiludida” (id. 47).
Nesta
caminhada para a celebração do Natal, construímos o Presépio que nos manifesta
a ternura de Deus e nos envolve na história da salvação. Em escolas e
universidades, estudam-se muitas pessoas ilustres, o que disseram e fizeram, e
bem. Nenhuma, porém, tão ilustre e tão revolucionária como Jesus a influenciar
as dinâmicas da história, a promover a dignidade e a convivência humana e o
progresso dos povos em amor e paz. Foi o maior líder da história de todos os
tempos. É incomparável, mesmo que ignorado por uns e arredado por outros!
Empenhou-se como ninguém no bem estar e transformação das pessoas, das famílias
e da sociedade. Irradiava simpatia e nunca se desviou da Sua missão e estilo.
Ensinava com autoridade, clareza e humildade. Impunha-se pelo exemplo e pela
caridade na verdade, sem medo nem demagogias, sem autoritarismos nem pretensões
pessoais. Vivia comprometido pelo bem de todos, especialmente com os pobres e
marginalizados cuja esperança jamais se frustrará. Passados dois mil anos, a
Sua palavra, o Seu projeto e metodologia continuam atuais e atuantes a fascinar
discípulos e a inspirar muitos daqueles que O não querem reconhecer. A tudo se
sujeitou, tudo fez e suportou. Denunciou o erro e as injustiças sociais,
anunciou a verdade e o caminho para que todas as pessoas encontrassem sentido
para a vida e fossem respeitadas na sua dignidade, com direitos e deveres.
Deixou-nos um desafio: “fazei como Eu fiz, amai-vos uns aos outros como Eu vos
amei”. No Natal celebramos, pois, individualmente, em família e na sociedade, o
nascimento deste Menino, o Filho de Deus, o Senhor do cosmos e da história, o
princípio e o fim. Não é possível celebrar verdadeiramente o Natal esquecendo,
negando ou minimizando a pessoa de Jesus para promover e idolatrar, sobretudo
junto das crianças, o pai natal e o consumismo, fazendo crescer o egoísmo dos
apaparicados e aumentando a tristeza dos pais e de outros que, materialmente,
nada têm para dar nem as crianças algo para receber. Celebrar o Natal é pôr-se
a caminho e deixar-se encontrar por Jesus, é converter-se, é renovar-se, é
rasgar horizontes mais solidários e fraternos, é mudar a história da sua
própria vida e, pensando sobretudo nos que não têm voz, é comprometer-se na
construção do bem comum, com criatividade, inteligência e disponibilidade.
Se
todo o cidadão está desafiado à participação e deve fazer-se protagonista na
construção da causa pública, com muita mais razão um cristão deve sentir essa
alegria e responsabilidade, esse direito e dever. São
Paulo VI, na continuidade do Concílio Vaticano II, afirmava que o cristão tem
como campo da sua ação evangelizadora “o mundo vasto e complicado da política,
da realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das
artes, da vida internacional, dos “mass media” e, ainda, outras realidades
abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das
crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento” (Ex.
Evangelii Nuntiandi, 70). E São João Paulo II acentuava que, para animar
cristãmente a ordem temporal, os cristãos não podem “abdicar da participação na
«política», ou seja, da múltipla e variada ação económica, social, legislativa,
administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e
institucionalmente o bem comum (...) todos e cada um têm o direito e o
dever de participar na política, embora em diversidade e complementaridade de
formas, níveis, funções e responsabilidades. As acusações de arrivismo,
idolatria de poder, egoísmo e corrupção que muitas vezes são dirigidas aos
homens do governo, do parlamento, da classe dominante ou partido político, bem
como a opinião muito difusa de que a política é um lugar de necessário perigo
moral, não justificam minimamente nem o ceticismo nem o absentismo dos cristãos
pela coisa pública” (Ex. Christifideles Laici, 42).
Os
tempos mudam, é verdade. Deus, porém, não muda, nem Ele nem os Seus planos. Na
fé encontraremos o essencial que nos faz entender e caminhar por caminhos que
libertam e ajudam a libertar. Descobrir e ajudar a descobrir a dignidade de
cada pessoa humana é tarefa essencial da Igreja, e a Igreja somos todos os
batizados. Jesus veio ao nosso encontro e deu-nos o exemplo, anunciou e deu-nos
o programa do Seu Reino, convidou-nos a ser verdadeiros cidadãos desse Reino,
apontou-nos prioridades e pistas para o caminho, sugeriu-nos meios, prometeu
estar sempre connosco.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-12-2019.
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