PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
21 de dezembro de 2019
Sábado da III semana do Advento
SÁBADO
da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Cânt 2, 8-14 ou Sof 3, 14-18a; Sal 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21
Ev Lc 1, 39-45
* Pode celebrar-se a memória de S. Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja, como se indica na p. 33, n. 8.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Cânt 2, 8-14 ou Sof 3, 14-18a; Sal 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21
Ev Lc 1, 39-45
* Pode celebrar-se a memória de S. Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja, como se indica na p. 33, n. 8.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Is 7, 14; 8, l0
Eis que vem o Senhor omnipotente:
o seu nome será Emanuel, Deus-connosco.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, a oração do vosso povo, que se alegra com a vinda do vosso Filho na humildade da nossa carne, e concedei-nos o dom da vida eterna quando Ele vier na sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Como primeira leitura propõem-se neste dia dois textos à escolha.
LEITURA I Cant 2, 8-14
O meu amado vem, transpondo os montes
Leitura do Cântico dos Cânticos
Eis que vem o Senhor omnipotente:
o seu nome será Emanuel, Deus-connosco.
ORAÇÃO COLECTA
Atendei, Senhor, a oração do vosso povo, que se alegra com a vinda do vosso Filho na humildade da nossa carne, e concedei-nos o dom da vida eterna quando Ele vier na sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Como primeira leitura propõem-se neste dia dois textos à escolha.
LEITURA I Cant 2, 8-14
O meu amado vem, transpondo os montes
Leitura do Cântico dos Cânticos
Eis a voz do meu amado! Ele aí vem, transpondo os montes, saltando sobre as colinas. O meu amado é semelhante a uma gazela ou ao filhinho da corça. Ei-lo detrás do nosso muro, a olhar pela janela, a espreitar através das grades. O meu amado ergue a voz e diz-me: «Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. Já passou o inverno, já se foram e cessaram as chuvas. Desabrocharam as flores sobre a terra; chegou o tempo das canções e já se ouve nos nossos campos a voz da rola. Na figueira começam a brotar os primeiros figos e a vinha em flor exala o seu perfume. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo das encostas escarpadas, mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz. A tua voz é suave e o teu rosto é encantador».
Palavra do Senhor.
Em vez desta leitura pode utilizar-se a seguinte:
LEITURA I Sof 3, 14-18a
«O Senhor, rei de Israel, está no meio de ti»
Leitura da Profecia de Sofonias
Clama jubilosamente, filha de Sião; solta brados de alegria, Israel. Exulta, rejubila de todo o coração, filha de Jerusalém. O Senhor revogou a sentença que te condenava, afastou os teus inimigos. O Senhor, Deus de Israel, está no meio de ti e já não temerás nenhum mal. Naquele dia, dir-se-á a Jerusalém: «Não temas, Sião, não desfaleçam as tuas mãos. O Senhor teu Deus está no meio de ti, como poderoso salvador. Por causa de ti, Ele enche-Se de júbilo, renova-te com o seu amor, exulta de alegria por tua causa, como nos dias de festa».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 2-3.11-12.20-21 (R. 1a.3a)
Refrão: Alegrai-vos, justos, no Senhor,
cantai-Lhe um cântico novo. Repete-se
Louvai o Senhor com a cítara,
cantai-Lhe salmos ao som da harpa.
Cantai-Lhe um cântico novo,
cantai-Lhe com arte e com alma. Refrão
O desígnio do Senhor permanece eternamente
e os projetos do seu coração por todas as gerações.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança. Refrão
A nossa alma espera o Senhor,
Ele é o nosso amparo e protetor.
N’Ele se alegra o nosso coração,
em seu nome santo pomos a nossa confiança. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Ó Emanuel, nosso rei e legislador,
esperança das nações e salvador do mundo:
vinde salvar-nos, Senhor, nosso Deus. Refrão
EVANGELHO Lc 1, 39-45
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja e transformai-os com o vosso poder, em sacramento da nossa salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Advento II ou II/A
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc l, 45
Bendita sejais, ó Virgem Maria,
que acreditastes na palavra do Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pela participação neste divino sacramento, protegei sempre o vosso povo, Senhor, para que, consagrando-se inteiramente ao vosso serviço, alcance a salvação da alma e do corpo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de
dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso».
Santa Teresa de Calcutá
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita, situa
o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS Cant
2, 8-14: Depois da
Anunciação, ontem, celebramos, hoje, a Visitação. A visita do “amado” do
Cântico dos Cânticos, comparado à gazela que salta alegre pelos montes, é
figura da visita de Boas-Novas que Deus pressurosamente quer fazer chegar ao
seu povo na pessoa de seu Filho, que Maria traz em seu ventre e leva a casa de
João Baptista.
Ou:
Sof 3, 14-18a :Outro profeta oferece outra imagem de mesmo mistério:
Visitando os homens na Encarnação de seu Filho, Deus ficou para sempre com eles
e é para eles causa de imensa alegria e princípio de renovação.
Lc 1, 39-45: A Encarnação do Filho de Deus é a maior e a mais significativa das “visitações” de Deus ao seu povo. É preciso entendê-lo como o entendeu Isabel, que, por isso, saúda Maria como a mais feliz de todas as mulheres; senti-lo como o sentiu João, que, por isso, exultou de alegria ainda no ventre da mãe.
AGENDA DO DIA
09.30horas: Funeral
em Gáfete
12.30 horas: Funeral
em Tolosa
14.00 horas: Funeral
em Nisa
15.00 horas: Missa na
Falagueira
15.30 horas: Missa
no Lar de Arez
15.30 horas:
Encontro no Lar de Gáfete
16.00 horas: Missa
em Monte Claro
16.00 horas: Missa
no Pardo
18.00 horas: Missa
em Nisa
18.00 horas: Missa
em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
DO PRESÉPIO À RESPONSABILIDADE
SOCIAL
A
democracia é simpática, é um valor, favorece o exercício da cidadania,
“assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos
governados a possibilidade quer de escolher e controlar os próprios
governantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torna oportuno”
(Encíclica Centesimus Annus,46). No entanto, embora não seja de louvar, hoje
existe um certo desencanto e desinteresse dos cidadãos pela política. São
muitas as causas que podem levar alguém a deixar cair os braços e optar pelo
absentismo e abandono, negando o próprio contributo para uma sociedade sempre
necessitada de renovação e crescimento. De facto, há desvios que “geram, com o
tempo, desconfiança e apatia e consequentemente diminuição da participação
política e do espírito cívico no seio da população que se sente prejudicada e
desiludida” (id. 47).
Nesta
caminhada para a celebração do Natal, construímos o Presépio que nos manifesta
a ternura de Deus e nos envolve na história da salvação. Em escolas e
universidades, estudam-se muitas pessoas ilustres, o que disseram e fizeram, e
bem. Nenhuma, porém, tão ilustre e tão revolucionária como Jesus a influenciar
as dinâmicas da história, a promover a dignidade e a convivência humana e o
progresso dos povos em amor e paz. Foi o maior líder da história de todos os
tempos. É incomparável, mesmo que ignorado por uns e arredado por outros!
Empenhou-se como ninguém no bem estar e transformação das pessoas, das famílias
e da sociedade. Irradiava simpatia e nunca se desviou da Sua missão e estilo.
Ensinava com autoridade, clareza e humildade. Impunha-se pelo exemplo e pela
caridade na verdade, sem medo nem demagogias, sem autoritarismos nem pretensões
pessoais. Vivia comprometido pelo bem de todos, especialmente com os pobres e
marginalizados cuja esperança jamais se frustrará. Passados dois mil anos, a
Sua palavra, o Seu projeto e metodologia continuam atuais e atuantes a fascinar
discípulos e a inspirar muitos daqueles que O não querem reconhecer. A tudo se
sujeitou, tudo fez e suportou. Denunciou o erro e as injustiças sociais,
anunciou a verdade e o caminho para que todas as pessoas encontrassem sentido
para a vida e fossem respeitadas na sua dignidade, com direitos e deveres.
Deixou-nos um desafio: “fazei como Eu fiz, amai-vos uns aos outros como Eu vos
amei”. No Natal celebramos, pois, individualmente, em família e na sociedade, o
nascimento deste Menino, o Filho de Deus, o Senhor do cosmos e da história, o
princípio e o fim. Não é possível celebrar verdadeiramente o Natal esquecendo,
negando ou minimizando a pessoa de Jesus para promover e idolatrar, sobretudo
junto das crianças, o pai natal e o consumismo, fazendo crescer o egoísmo dos
apaparicados e aumentando a tristeza dos pais e de outros que, materialmente,
nada têm para dar nem as crianças algo para receber. Celebrar o Natal é pôr-se
a caminho e deixar-se encontrar por Jesus, é converter-se, é renovar-se, é
rasgar horizontes mais solidários e fraternos, é mudar a história da sua
própria vida e, pensando sobretudo nos que não têm voz, é comprometer-se na
construção do bem comum, com criatividade, inteligência e disponibilidade.
Se
todo o cidadão está desafiado à participação e deve fazer-se protagonista na
construção da causa pública, com muita mais razão um cristão deve sentir essa
alegria e responsabilidade, esse direito e dever. São
Paulo VI, na continuidade do Concílio Vaticano II, afirmava que o cristão tem
como campo da sua ação evangelizadora “o mundo vasto e complicado da política, da
realidade social e da economia, como também o da cultura, das ciências e das
artes, da vida internacional, dos “mass media” e, ainda, outras realidades
abertas para a evangelização, como sejam o amor, a família, a educação das
crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento” (Ex.
Evangelii Nuntiandi, 70). E São João Paulo II acentuava que, para animar
cristãmente a ordem temporal, os cristãos não podem “abdicar da participação na
«política», ou seja, da múltipla e variada ação económica, social, legislativa,
administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e
institucionalmente o bem comum (...) todos e cada um têm o direito e o
dever de participar na política, embora em diversidade e complementaridade de
formas, níveis, funções e responsabilidades. As acusações de arrivismo,
idolatria de poder, egoísmo e corrupção que muitas vezes são dirigidas aos
homens do governo, do parlamento, da classe dominante ou partido político, bem
como a opinião muito difusa de que a política é um lugar de necessário perigo
moral, não justificam minimamente nem o ceticismo nem o absentismo dos cristãos
pela coisa pública” (Ex. Christifideles Laici, 42).
Os
tempos mudam, é verdade. Deus, porém, não muda, nem Ele nem os Seus planos. Na
fé encontraremos o essencial que nos faz entender e caminhar por caminhos que
libertam e ajudam a libertar. Descobrir e ajudar a descobrir a dignidade de
cada pessoa humana é tarefa essencial da Igreja, e a Igreja somos todos os
batizados. Jesus veio ao nosso encontro e deu-nos o exemplo, anunciou e deu-nos
o programa do Seu Reino, convidou-nos a ser verdadeiros cidadãos desse Reino,
apontou-nos prioridades e pistas para o caminho, sugeriu-nos meios, prometeu
estar sempre connosco.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-12-2019.
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