PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
03 de setembro de 2019
Terça da XXII semana do tempo comum
Ofício do domingo
TERÇA-FEIRA
da semana XXII
S. Gregório Magno, papa e doutor da
Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Tes 5, 1-6. 9-11; Sal 26 (27), 1. 4. 13. 14
Ev Lc 4, 31-37
* Na Diocese do Algarve – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Neto Quintas (2000).
* Na Ordem Beneditina – S. Gregório Magno – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – I Vésp. de Nossa Senhora da Consolação.
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Tes 5, 1-6. 9-11; Sal 26 (27), 1. 4. 13. 14
Ev Lc 4, 31-37
* Na Diocese do Algarve – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Neto Quintas (2000).
* Na Ordem Beneditina – S. Gregório Magno – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – I Vésp. de Nossa Senhora da Consolação.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam.
ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) 1 Tes 5, 1-6.9-11
«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para àqueles que Vos invocam.
ORAÇÃO COLECTA
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) 1 Tes 5, 1-6.9-11
«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos: Sobre o tempo e a ocasião da vinda do Senhor, não precisais que vos escreva, pois vós próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão noturno.
E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína, como as dores da mulher que está para ser mãe, e não poderão escapar. Mas vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não somos da noite nem das trevas. Por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios. Deus não nos destinou para sofrermos a sua ira, mas para alcançarmos a salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, a fim de que, velando ou dormindo, vivamos em união com Ele. Por isso, animai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já fazeis.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. cf. 13)
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos. Repete-se
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei-de temer?
O Senhor é a defesa da minha vida:
de quem hei-de ter medo? Refrão
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Refrão
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem confiança e confia no Senhor. Refrão
ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Apareceu no meio de nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão
EVANGELHO Lc 4, 31-37
«Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque falava com autoridade. Encontrava-se então na sinagoga um homem que tinha um espírito de demónio impuro, que bradou com voz forte: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus». Disse-lhe Jesus em tom severo: «Cala-te e sai desse homem». O demónio, depois de o ter arremessado para o meio dos presentes, saiu dele sem lhe fazer mal nenhum. Todos se encheram de assombro e diziam entre si: «Que palavra esta! Ordena com autoridade e poder aos espíritos impuros e eles saem!». E a fama de Jesus espalhava-se por todos os lugares da região.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!
Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.
«Se
queres ir depressa vai sozinho; se queres ir longe vai com companhia»
Provérbio africano
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS
1 Tes 5, 1-6.9-:A vinda do Senhor é
certa, embora seja incerta a sua hora. Assim, esta há-de ser aguardada na
vigilância, como em vigília de oração, na esperança e na alegria, como por quem
espera a hora da salvação.
Lc 4, 31-37 : De Nazaré, Jesus desce até
Cafarnaum, na beira do lago. Mais tarde será aí a sua cidade habitual. Ao
sábado, lá está na celebração da Palavra na sinagoga e ensina o povo, que se
encanta com as suas palavras e o seu poder revelado na cura do possesso.
Palavras e ações, tudo são palavras da Palavra, que é o Verbo, o Filho de Deus,
que o Pai envia ao mundo.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
Funeral em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
A VOZ DO PASTOR
Ao longo da história, sempre existiram pessoas a despertar e a manter viva
a consciência coletiva. Atentas aos sinais dos tempos, sem preconceitos, sabem
apreciar e interpretar os fenómenos sociais e os seus impactos no futuro. Por
isso, sem subserviências e com olhos de ver, tornam-se críticos mordazes do
poder e da governança e nada moles na forma de o fazer. Procuram sacudir, fazer
acordar, forçar a inversão das coisas. Não são pessoas frustradas ou de mal com
a vida, são profetas, e basta!... Por isso, embora sejam indispensáveis no
desenrolar da História, não raro, tornam-se antipáticos, fazem aquecer os
fusíveis dos dormentes e instalados nas suas seguranças, ao ponto de serem
fortemente admoestados, silenciados, perseguidos, presos... Vivem convictos de
que o poder não pertence à essência da humanidade. Mesmo que constituídas em
autoridade, as pessoas são relativas, e quem o tem, exerce um poder delegado e
em função do bem comum. Exerce-o não só para cuidar da prosperidade económica e
do bem estar social, mas também para que a pessoa se realize em plenitude. E a
pessoa aspira à imortalidade, tem dentro de si ambições de infinito, parece-lhe
impossível que para lá do horizonte da História e da complexidade majestosa e
bela do universo, não haja algo que corresponda a esta sua ânsia interior de
sobrevivência e sentido. Para nós, os crentes, a história caminha, de facto, em
direção aos Novos Céus e à Nova Terra (cf. Ap 21,1). Em direção a uma realidade
que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem qualquer mente humana,
por mais sagaz que seja, pode sequer
imaginar! (cf. 1Cor 2,9).
O sentido último da existência de qualquer autoridade é servir, rasgando
horizontes de alegria e de verdadeira esperança. Não se trata de querer
teocracias ou regimes sagrados. Tampouco se trata de querer ferir a justa
autonomia das realidades terrenas ou de querer que todos pensem e digam a mesma
coisa ou governem de igual forma. Trata-se de um exercício do poder que seja
capaz de promover o bem comum de forma verdadeiramente solidária e fraterna, na
justiça e na paz. Que faça convergir as energias de todos os cidadãos no bom
uso da sua liberdade e na consciência do próprio dever e sentido de
responsabilidade. Esta missão de congregar e conduzir o povo à alegria de viver
com esperança, se reclama competência, também exige humildade e respeito por
todos, tendo presente que todas as formas de absolutismo significam retrocesso
e fiasco. Quando se tem consciência do exercício do poder como responsabilidade
delegada e se age em conformidade, todos, crentes e não crentes, poderemos ir
petiscando, desde já, um pouquinho dessa vida que nós, os crentes, esperamos
viver em plenitude nos Novos Céus e na Nova Terra, onde também esperamos ver,
com grande júbilo e satisfação, os Tomés de hoje, emocionalmente deslumbrados e
a confessar: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28).
Tudo isto vem a propósito do profeta Elias e da sua ação. Outrora, o grande
império do rei Salomão, por razões da fragilidade humana, dividira-se em dois
reinos. Cada um sem qualquer projeção política e ambos sempre mal servidos. O
profeta Elias constata o mal estar do povo e confronta-se com os desmandos
governativos do rei Acab. Acab tinha-se casado com uma princesa fenícia que
logo arrasta consigo os costumes e a religião dos fenícios, onde o deus Baal
era considerado o senhor da fertilidade e da vida. No entanto, em vez da vida
que o povo esperava, o país, para além da incompetência governativa, sofre uma
terrível seca e, consequentemente, a ruina do povo. Elias mostra que se a
situação se deve à débil governança sem justiça e sem direito, também se deve
ao facto de terem voltado as costas ao Deus da Aliança. Surge assim um forte
quiproquó entre Elias e o rei Acab e os profetas de Baal subservientes ao poder
do rei. Elias desmascara os deuses falsos e aqueles que os servem. Esforça-se
por levar o povo à redescoberta da verdade e a fazer com que ele escolha, de
novo, o Deus que dá a vida e não os ídolos que provocam a morte. O rei Acab não
gostou da festa, saiu ao encontro de Elias considerando-o a ruína de Israel e
com vontade de lhe cortar o pescoço. Elias, porém, responde que «Não, eu não
sou a ruína de Israel. Pelo contrário, tu e a casa de teu pai é que o sois,
por terdes abandonado os preceitos do Senhor”.
Empoleirados nas suas certezas, travam-se de razões e fazem uma aposta
para fazer valer cada um a sua razão e a sua força. Assim, o rei Acab convocou
a sua malta e todos os profetas de Baal e de Achera, centenas deles. Elias, o
único profeta do Senhor que ainda restava, aproximou-se deles e chama-os a
atenção pelo facto de viverem na indecisão, com um pé dentro e outro fora: “Até
quando coxeareis com as duas pernas? Se Javé é o Deus verdadeiro, segui a Javé.
Se é Baal, segui a Baal!» O povo não respondeu a esta tirada de Elias, não
sabia o que responder. Então, Elias coloca sobre a mesa os dados da aposta, um
momento com certo humor que até podemos imaginar e espreitar da nossa janela.
Elias pediu dois novilhos para que eles escolhessem um, o preparassem e colocassem
sobre a lenha, mas sem lhe chegar fogo. Elias ficaria com o outro,
prepará-lo-ia e colocá-lo-ia sobre a lenha, também sem lhe chegar fogo.
Invocariam então, cada um o seu Deus e aquele que respondesse enviando o fogo
para consumir a vítima seria reconhecido como o único Deus verdadeiro. Todos
acharam muito bem. Com certeza que apertaram a mão ou trocaram outro gesto
habitual a selar a aposta. E lá chegou a hora do ajuste de contas. As centenas
de profetas de Baal, ligados ao rei Acab, depois de terem preparado as coisas,
foram os primeiros a invocar o seu deus, Baal. Invocaram-no “desde manhã até ao
meio-dia, gritando: «Baal, escuta-nos!» Mas nenhuma voz se ouviu, nem houve
quem respondesse. E dançavam à volta do altar que tinham
levantado. Quando era já meio-dia, Elias começou a escarnecer deles,
dizendo: «Gritai com mais força! Talvez esse deus esteja entretido com alguma
conversa! Ou então estará ocupado, ou anda de viagem. Talvez esteja a dormir! É
preciso acordá-lo!» Então eles gritavam em voz alta, feriam-se, segundo
o seu costume, com espadas e lanças, até ficarem cobertos de sangue. Passado
o meio-dia, continuaram enfurecidos, até à hora em que era habitual fazer-se
a oblação. Mas não se ouviu resposta nem qualquer sinal de atenção”.
Chegou então a vez de Elias invocar o seu Deus. Todo o povo se aproximou
dele enquanto ele preparava as coisas. Erigiu um altar ao nome do Senhor e
cavou um sulco em volta do altar. Dispôs a lenha e colocou o novinho já
esquartejado e pronto sobre ela, e disse-lhes: «Enchei quatro talhas de
água e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha.» Depois acrescentou:
«Tornai a fazer o mesmo.» Tendo eles repetido o gesto, acrescentou: «Fazei-o
pela terceira vez.» Eles obedeceram. A água correu à volta do altar até o
sulco ficar completamente cheio. À hora do sacrifício, o profeta Elias
aproximou-se, dizendo: «Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra
hoje que és Tu o Deus em Israel, que eu sou o teu servo; às tuas ordens é que eu
fiz tudo isto. Responde-me, Senhor, responde-me! Que este povo reconheça
que Tu, Senhor, é que és Deus, aquele que lhes converte os corações.» De
repente, o fogo do Senhor caiu do céu e consumiu o holocausto, a lenha, as
pedras, a lama e até mesmo a própria água do sulco. Ao ver isto, o povo
prostrou-se de rosto por terra, exclamando: «O Senhor é que é Deus! O Senhor é
que é Deus!» (1Reis 18).
Perante tantos deuses que o mundo de hoje nos oferece e entroniza, é bom
que não nos deixemos coxear com as duas pernas, que não andemos também nós com
um pé dentro e outro fora...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 30-08-2019
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