domingo, 29 de setembro de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 30 de setembro de 2019








Segunda da XXVI semana do tempo comum







SEGUNDA-FEIRA da semana XXVI

S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Zac 8, 1-8; Sal 101 (102), 16-18. 19-21. 29 e 22-23
Ev Lc 9, 46-50




S. JERÓNIMO, presbítero e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Josué 1, 8
A palavra de Deus esteja sempre nos teus lábios,
medita nela dia e noite, para observares
tudo o que está escrito na lei,
e serás feliz em todos os teus caminhos.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que destes ao presbítero São Jerónimo o dom de saborear a Sagrada Escritura e de a viver intensamente, fazei que o vosso povo se alimente cada vez mais com a vossa palavra e encontre nela a fonte da verdadeira vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Tim 3, 14-17
«Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo

Caríssimo: Permanece firme no que aprendeste e aceitaste como certo, sabendo de quem o aprendeste. Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras; elas podem dar-te a sabedoria que leva à salvação, pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar, persuadir, corrigir e formar segundo a justiça. Assim o homem de Deus será perfeito, bem preparado para todas as boas obras.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 9 e 10.11 e 12.13 e 14 (R.12b)
Refrão: Ensinai-me, Senhor,
o caminho dos vossos mandamentos.


Como há-de o jovem manter puro o seu caminho?
Guardando as vossas palavras.
De todo o coração Vos procuro,
não me deixeis afastar dos vossos mandamentos.

Conservo a vossa palavra dentro do coração,
para não pecar contra Vós.
Bendito sejais, Senhor,
ensinai-me os vossos decretos.

Enuncio com os meus lábios
todos os juízos da vossa boca.
Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.


ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia Repete-se

O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão


EVANGELHO Lc 9, 46-50
«Quem for o mais pequeno entre vós, esse será o maior»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, que, a exemplo de São Jerónimo, depois de termos meditado na vossa palavra, nos aproximemos dignamente do vosso altar para Vos oferecer o sacrifício da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jer 15, 16
Alimentei-me com a vossa palavra
e o meu coração exultou de alegria,
porque sobre mim foi invocado o vosso nome,
Senhor Deus do universo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Este alimento que recebemos, Senhor, ao celebrar com alegria a festa de São Jerónimo, desperte os corações dos vossos fiéis, para que, meditando sempre na Sagrada Escritura, vejam o caminho a seguir e, seguindo-o fielmente, alcancem a vida Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



«Gastarei o meu tempo no céu a fazer o bem na terra»

Sta. Teresa de Lisieux



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Lc 9, 46-50: Com o exemplo da criança ensina Jesus aos seus discípulos o sentido da humildade, bem necessário para eles poderem compreender a hora da Paixão, em que Jesus dará a vida por todos os homens, e não apenas por eles, até então ainda muito fechados sobre si próprios e pouco acolhedores para com os outros.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


Todo o dia: Peregrinação das viúvas a Fátima
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário





A VOZ DO PASTOR



DE FÁTIMA A CERNACHE - DE CERNACHE A LISIEUX

Vamos começar o mês de outubro, o mês missionário. Acolhendo a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, e a pretexto dos cem anos da Carta Apostólica “Maximum illud” de 30 de novembro de 1919, o Papa Francisco proclamou o mês de outubro de 2019 como Mês Missionário Extraordinário. Fazer despertar uma maior consciência da missão e dar maior impulso à paixão missionária na vida pastoral são objetivos a fomentar. A Conferência Episcopal Portuguesa, acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco, decidiu viver este mês missionário extraordinário como etapa final de um ano missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019. Reuniram-se documentos, deram-se pistas de ação e cada diocese, cada arciprestado, cada paróquia, cada família, cada movimento e serviço de apostolado foi assumindo o desafio como entendeu e pôde, com mais ou menos sucesso, com certeza. Dentro da programação nacional, no dia 20 deste mês de outubro, Dia Mundial das Missões, terá lugar a Peregrinação Nacional a Fátima, à qual se associará também a Peregrinação Nacional do Movimento do Apostolado da Oração, em comemoração dos seus 175 anos de existência. Nesse mesmo dia, de tarde, os Bispos Portugueses que puderem estar, bem como autoridades civis e o Povo de Deus, irão a Cernache do Bonjardim, na Sertã, terra desta Diocese de Portalegre-Castelo Branco, prestar homenagem à missionação portuguesa. O monumento evocativo nascerá em frente ao Seminário das Missões em Cernache do Bonjardim. Será uma estátua, prestando homenagem a D. António Barroso que foi bispo na África, na Índia e no Porto e está a caminho dos altares, onde também constará o nome dos outros 319 padres que, como ele, se formaram neste Seminário e se espalharam pelo mundo, tendo também presente todos os missionários portugueses que, partindo deste país, se lançaram nesta aventura de ir anunciar o Evangelho. Este Seminário, desde que foi ordenada a sua construção por Decreto de 10 de março de 1791, para prover os padres das igrejas do Priorado do Crato a que Cernache do Bonjardim pertencia, teve uma história atribulada na qual muitos se acharam no direito de lá meter o bedelho sem terem sido chamados! Ai se aquelas paredes falassem!...

Mas voltando ao mês de outubro, sabemos que ele começa com a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus, Santa Terezinha de Lisieux, que sem nunca ter saído do convento, em 1927 foi declarada Patrona Universal das Missões Católicas. E São João Paulo II, em 1997, declarou-a Doutora da Igreja. Para ela, ser missionário não era uma questão geográfica, mas uma questão de amor, e este amor tem um rosto e um nome, é Jesus: "Jesus, a minha alegria é amar-te", é contemplar o outro na pessoa de Jesus. Por isso, dizia: “No coração da Igreja, serei o amor”. Escreveu três manuscritos que, publicados em 1898 com o título de História de uma Alma, se tornaram um dos maiores best sellers da história, são a sua autobiografia, um manual de santidade. Aí, ela ensina que o segredo da santidade não está em fazer coisas grandes e espetaculares. Está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia: “Pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”. Não querendo ser santa apenas pela metade e considerando que a vida é apenas um sonho do qual brevemente acordaremos, Terezinha viveu apenas 24 anos, escolhendo tudo, o amor. Seus pais, Louis Martin e Zélia Guerin, foram canonizados em 18 de outubro de 2015, tornando-se o primeiro casal a serem ambos declarados santos na mesma data e celebração. A sua festa litúrgica celebra-se em 12 de julho, dia de aniversário do seu matrimónio.

Para melhor percebermos a vocação de Santa Terezinha, transcrevo um pouco da sua autobiografia onde nos relata o seu sonho e como conseguiu concretizá-lo:

“Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo...Queria ser missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê-lo sido desde o princípio do mundo e continuar até à consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota.

Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta. Casualmente fixei-me nos capítulos XII e XIII da primeira epístola aos Coríntios; e li no primeiro que nem todos podem ser ao mesmo tempo de Apóstolos, Profetas, Doutores, etc... que a Igreja é formada por membros diferentes e que os olhos não podem ao mesmo tempo ser as mãos. A resposta era clara, mas não satisfazia completamente os meus desejos e não me trazia a paz.

Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: “Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente”. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.

Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguiria reconhecer-me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar-me com todos eles. A caridade ofereceu-me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno.

Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho”.
Ser discípulo é, de facto, levar aos outros o amor de Jesus, com fervor, com alegria e naturalidade. Como afirmou Bento XVI, “os tempos em que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos, chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja e solidário com a complexa transformação do mundo”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 27-09-2019.




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