PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
23 de setembro de 2019
SEGUNDA-FEIRA
da semana XXV
S. Pio de Pietrelcina, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
L 1 Esdr 1, 1-6; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Lc 8, 16-18
* Na Diocese de Lamego – Aniversário da Ordenação episcopal de D. António José da Rocha Couto (2007).
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – Encontro do Corpo de S. Clara de Assis – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Pio de Pietrelcina, presbítero, da I Ordem – MO
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
L 1 Esdr 1, 1-6; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Lc 8, 16-18
* Na Diocese de Lamego – Aniversário da Ordenação episcopal de D. António José da Rocha Couto (2007).
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – Encontro do Corpo de S. Clara de Assis – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Pio de Pietrelcina, presbítero, da I Ordem – MO
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor.
Quando chamar por Mim nas suas tribulações,
Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que fizestes consistir a plenitude da lei
no vosso amor e no amor do próximo,
dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento,
para alcançarmos a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Esdras 1, 1-6
«Quem de entre vós faz parte do povo do Senhor
suba a Jerusalém para construir o templo do Senhor»
Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor.
Quando chamar por Mim nas suas tribulações,
Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que fizestes consistir a plenitude da lei
no vosso amor e no amor do próximo,
dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento,
para alcançarmos a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Esdras 1, 1-6
«Quem de entre vós faz parte do povo do Senhor
suba a Jerusalém para construir o templo do Senhor»
Início do Livro de Esdras
No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: «Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, entregou-me todos os reinos da terra e Ele próprio me encarregou de Lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. Quem de entre vós faz parte do seu povo? O seu Deus esteja com ele e suba a Jerusalém de Judá, para construir o templo do Senhor, o Deus de Israel, que habita em Jerusalém. E todos os sobreviventes do povo, onde quer que residam, devem ser ajudados pelos habitantes do lugar, com prata, ouro, bens e rebanhos, e também com oferendas voluntárias, para o templo de Deus, que habita em Jerusalém». Então levantaram-se os chefes de familia de Judá e de Benjamim, os sacerdotes e os levitas, enfim, todos os que o Senhor inspirou para reconstruir o templo do Senhor em Jerusalém. Todos os seus vizinhos os ajudaram em tudo, com prata, ouro, bens, rebanhos e objetos preciosos, e também com toda a espécie de ofertas voluntárias.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.3a)
Refrão: O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo. Repete-se
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo. Refrão
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria. Refrão
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria. Refrão
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas. Refrão
ALELUIA Mt 5, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. Refrão
EVANGELHO Lc 8, 16-18
«A lâmpada coloca-se num candelabro,
para que os que entram vejam a luz»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma lâmpada para a cobrir com uma vasilha ou a colocar debaixo da cama, mas coloca-a num candelabro, para que os que entram vejam a luz. Não há nada oculto que não se torne manifesto, nem secreto que não seja conhecido à luz do dia. Portanto, tende cuidado com a maneira como ouvis. Pois àquele que tem, dar-se-á; mas àquele que não tem, até o que julga ter lhe será tirado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja,
para que receba nestes santos mistérios
os bens em que pela fé acredita.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 118, 4-5
Promulgastes, Senhor,
os vossos preceitos para se cumprirem fielmente.
Fazei que os meus passos sejam firmes
na observância dos vossos mandamentos.
Ou Jo 10, 14
Eu sou o Bom Pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça
aqueles que alimentais nos sagrados mistérios,
para que os frutos de salvação
que recebemos neste sacramento
se manifestem em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo..
«Ser cristão não é
comparável a algo para ser usado em privado.»
Bento
XVI
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS
: Esdras 1, 1-6 : Começamos
hoje a leitura do Livro de Esdras. Nele se refere como um grupo de judeus,
depois do cativeiro de Babilónia, regressou a Jerusalém. A reconstrução do
templo vai ser a sua tarefa principal. Aquele tempo doloroso, que foi o do
exílio, não lhes podia ter feito esquecer o templo, onde, de novo, a comunidade
do povo de Deus iria celebrar o seu Senhor..
Lc
8, 16-18: A luz ocupa lugar de relevo em toda a linguagem da
Sagrada Escritura e sobretudo no Novo Testamento. Deus é luz; Cristo
apresenta-Se como a luz; os cristãos são filhos da luz. As suas obras devem,
pois, ser luminosas capazes de iluminar. E o cristão não deve furtar-se a
comunicar a luz que traz em si.
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
21.00 horas: Missa
no Calvário. Começo das atividades dos cursilhistas.
A VOZ DO PASTOR
CAMINHOS DE SANTIAGO E PEREGRINAÇÕES
Foi
em Santiago do Cacém, Diocese de Beja, que teve lugar a cerimónia de lançamento
dos “Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo”. O ato teve lugar na igreja matriz,
junto ao castelo. Uma bela igreja, sofrida no tempo com o terramoto de 1755 e
por mais dois incêndios, ela continua a desafiar os séculos. Tem três naves,
elementos de gótico e barroco, painéis de azulejo, talha dourada e com o detrás
para a frente. O que antigamente era a capela-mor com abóbada e cruzaria de
ogivas, virou a coro alto e entrada principal da igreja, ao cimo de uma bela
escadaria. O fundo da igreja permitiu rasgar uma nova capela-mor nos fins do
século XVIII e no dealbar do XIX, junto da qual permaneceu a torre sineira. Se
a orientação do templo foi invertida, não prejudicou a sua harmonia interna nem
o seu espaço envolvente. Enriqueceu a beleza paisagística do local donde se
avista a cidade aos pés, a longa planície, o porto de Sines e o mar. Santiago
ainda por lá combate os mouros num interessante alto-relevo gótico do século
XIV.
A
sessão foi muito concorrida, solene e promissora. Teve a presença de
responsáveis pela iniciativa e gente envolvida na área do turismo e do
religioso, quer da Galiza quer de Portugal.
Desde que colocou os pés neste vale de lágrimas, o homem,
embora sentindo o nascimento como entrada e a morte como saída, sempre se teve
como peregrino a percorrer os caminhos do tempo e do espaço, sobretudo até
dentro de si próprio. Este peregrinar em direção ao seu interior é quase sempre
o caminho mais difícil de percorrer, o mais longo e mais longínquo, há quem
desista ou erre os azimutes!... Foi assim desde Adão e Eva que até entraram por
atalhos solavancados, virando as costas ao verdadeiro trajeto. E assim foi
acontecendo no peregrinar do povo e de cada indivíduo através da história. Ora
se enganava e desviava, ora sentia a necessidade de se reencontrar no certo e
essencial, removendo os equívocos do coração e ingressando na rota que o
conduziria à meta pela justiça e fidelidade. Tal como outrora, também hoje isso
acontece. E neste peregrinar, a eficácia foi e é tanto maior quanto mais se
percebia e percebe que o próprio Senhor Se fez peregrino com cada um e a todos
chama à comunhão na gratuidade e na misericórdia.
Hoje
existem muitos outros caminheiros à procura de “metas diferentes, através do
turismo, da exploração científica e do comércio”, do desporto, etc. São
fenómenos complexos que embora, aqui ou ali, possam ser “causa de injustiça, de
exploração das pessoas, de erosão das culturas ou de devastação da natureza”,
conservam “em si valores de pesquisa, de progresso e de promoção da mútua
compreensão entre os povos, que merecem ser fomentados”. A informática e o virtual
vão rasgando outras estradas para o peregrinar humano, com muitos riscos e
deformações, é verdade, mas também com enormes e latentes virtualidades. Sim,
todos os caminhos podem ser sublimes para quem, de coração sincero, procura o
sentido da vida e das coisas: Deus serve-Se de tudo para Se fazer encontrado.
Faz-nos tropeçar n’Ele, mas disfarçamos, sentimo-nos demasiadamente importantes
e seguros nas nossas peneiras, não queremos dar sinais de tais fraquezas!...
Quando
Jesus entrou na história, a sua vida foi-se desenrolando pelos caminhos da Sua
terra, constituindo uma verdadeira peregrinação em direção a Jerusalém, à meta
da cruz e da glória pascal. A etapa definitiva, porém, teve lugar no dia da
Ascensão, no dia da subida à plenitude da comunhão com Deus.
À
semelhança de Cristo, também a Igreja está em constante peregrinação.
Ultrapassando o tempo e as fronteiras, ela anuncia a Palavra de Cristo para
conduzir a todos em direção à cidade futura, em direção ao Reino, já presente e
operante em todo o mundo. No desafio que Jesus nos fez e faz à perfeição,
configura-se o perfil da verdadeira peregrinação. Ao longo dos tempos, este
desejo de perfeição e busca da intimidade divina, fez e faz surgir diversas
experiências de peregrinação, desde a fuga para o deserto até à peregrinação a
lugares significativos e excecionais, cada um com o seu encanto e a sua rica
história. Jerusalém, Roma, Santiago de Compostela e tantos outros santuários e
“fortalezas do espírito e da cultura” que enriquecem a história local, nacional
e internacional, são “lugares que encarnam a memória de grandes santos” e de
Nossa Senhora. Foram e são lugares privilegiados para a cultura do encontro. Do
encontro com Deus, com a Sua Palavra, com a Igreja, com a reconciliação, com
Jesus Eucaristia, com a caridade, com a humanidade, consigo mesmo, com a
natureza, com Maria, a Senhora do Encontro. Este “grande fenómeno que envolve
massas populares, animadas por convicções simples e profundas, alimenta a
espiritualidade, faz aumentar a fé, estimula a caridade, anima a missão da
Igreja”. No entanto, não faltou quem alertasse que “o verdadeiro caminho a
empreender é o que conduz o fiel, da realidade física à espiritual, da vida no
corpo à vida no Senhor”, e não tanto a caminhada de um lugar para o outro.
Martinho Lutero até denunciava que pode acontecer “que alguém faça a
peregrinação a Roma e gaste cinquenta e cem florins e até mais, e deixe a
esposa e os filhos e talvez um seu próximo em casa, à mercê da miséria”.
Nos
últimos tempos, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco foram peregrinos
dos grandes santuários internacionais, tornando-se peregrinos do próprio mundo,
como que a dar um sinal de um caminhar mais vasto e universal da humanidade ao
encontro de si própria. O homem sempre foi e continua a ser “um viandante que
tem sede de novos horizontes e fome de paz e de justiça, investigador da
verdade, desejoso de amor, aberto ao absoluto e ao infinito”. Ao encaminhar-se
para metas positivas de vária ordem e natureza, a humanidade enfrenta novos
obstáculos e também muitos dos antigos. Por isso, é normal que ela “experimente
também o cansaço e nutra o desejo de um lugar, que possa ser um santuário onde
repousar, um espaço de liberdade que torne possível o diálogo consigo mesmo,
com os outros e com Deus. A peregrinação do cristão acompanha esta busca da
humanidade e oferece-lhe a segurança da meta, a presença do Senhor”.
Para
nós, os crentes, a peregrinação é “uma manifestação cultural a ser realizada
com fidelidade à tradição, com sentimento religioso intenso e como atuação da
sua existência pascal. A dinâmica própria da peregrinação revela algumas etapas
que se tornam um paradigma de toda a vida de fé: “a partida” torna manifesta a
sua decisão de avançar até à meta e de conseguir os objetivos espirituais da
sua vocação batismal; “o caminho” condu-lo à solidariedade com os irmãos e à
preparação necessária para o encontro com o seu Senhor; “a visita ao santuário”
convida-o à escuta da palavra de Deus e à celebração sacramental; “o retorno”,
por fim, recorda-lhe a sua missão no mundo, como testemunha da salvação e
construtor da paz”.
Estando
a experimentar um novo impulso, a peregrinação reclama uma pastoral com “uma
clara fundamentação teológica que a justifique”, tornando-a “uma profunda e
amadurecida experiência de fé”. Sobre a Peregrinação e o Santuário, aconselho a
ler os documentos publicados em 1999 pelo Conselho Pontifício para a Pastoral
dos Emigrantes e Itinerantes, intitulado “A Peregrinação no Grande Jubileu do
Ano 2000 - O Santuário, memória, presença e profecia do Deus vivo”. Foram
publicados num pequeno volume pela Ed. Paulinas, em junho de 1999, e foi deles
que me servi na elaboração deste texto.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 20-09-2019.
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