PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta,
27 de setembro de 2019
Sexta da XXV semana do
tempo comum
SEXTA-FEIRA
da semana XXV
S. Vicente de Paulo, presbítero –
MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ag 1, 15b – 2, 9; Sal 42 (43), 1. 2. 3. 4
Ev Lc 9, 18-22
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Vicente de Paulo, presbítero, Fundador da Congregação da Missão e das Filhas da Caridade – SOLENIDADE
* No Instituto das Irmãs da Misericórdia de Verona – S. Vicente de Paulo, presbítero, Padroeiro do Instituto – FESTA
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ag 1, 15b – 2, 9; Sal 42 (43), 1. 2. 3. 4
Ev Lc 9, 18-22
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Vicente de Paulo, presbítero, Fundador da Congregação da Missão e das Filhas da Caridade – SOLENIDADE
* No Instituto das Irmãs da Misericórdia de Verona – S. Vicente de Paulo, presbítero, Padroeiro do Instituto – FESTA
S. VICENTE DE PAULO,
presbítero
Nota
Histórica
Nasceu
na Aquitânia em 1581. Completados os estudos e ordenado sacerdote, exerceu o
ministério paroquial em Paris. Fundou a Congregação da Missão, destinada à
formação do clero e ao serviço dos pobres; com a ajuda de S. Luísa de Marillac
instituiu também a Congregação das Filhas da Caridade. Morreu em Paris no ano
1660.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Lc 4, 18 (cf.
Is 61, 1)
O Espírito do Senhor está sobre mim.
Ele me ungiu e me enviou a anunciar
a boa nova aos pobres,
a sarar os corações atribulados.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, Deus de bondade, que enriquecestes o presbítero São Vicente de Paulo com virtudes apostólicas para se entregar ao serviço dos pobres e à formação dos pastores do vosso povo, concedei-nos que, animados pelo mesmo espírito, amemos o que ele amou e pratiquemos o que ele ensinou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Cor 1, 26-31
«Deus escolheu o que é fraco aos olhos do mundo»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
O Espírito do Senhor está sobre mim.
Ele me ungiu e me enviou a anunciar
a boa nova aos pobres,
a sarar os corações atribulados.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, Deus de bondade, que enriquecestes o presbítero São Vicente de Paulo com virtudes apostólicas para se entregar ao serviço dos pobres e à formação dos pastores do vosso povo, concedei-nos que, animados pelo mesmo espírito, amemos o que ele amou e pratiquemos o que ele ensinou. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Cor 1, 26-31
«Deus escolheu o que é fraco aos olhos do mundo»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Vede quem sois vós, os que Deus chamou: não há muitos sábios, naturalmente falando, nem muitos influentes, nem muitos bem-nascidos. Mas Deus escolheu o que é louco aos olhos do mundo para confundir os sábios; escolheu o que é fraco para confundir o forte; escolheu o que é vil e desprezível, o que nada vale aos olhos do mundo, para reduzir a nada aquilo que vale, a fim de que nenhuma criatura se possa gloriar diante de Deus. É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual Se tornou para nós sabedoria de Deus, justiça, santidade e redenção. Deste modo, conforme está escrito, «quem se gloria deve gloriar-se no Senhor».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 1-2.3-4.5-6.7-8.9 (R.cf. la)
Refrão: Feliz o homem que espera no Senhor.
Ou: Aleluia.
Feliz o homem que teme ao Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
será abençoada a geração dos justos.
Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.
Brilha diante dos rectos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.
Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Este jamais será abalado:
o justo deixará memória eterna.
Ele não receia más notícias,
seu coração está firme, confiado no Senhor.
O seu coração é inabalável, nada teme,
e verá os adversários confundidos.
Reparte com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre
e pode levantar a cabeça com dignidade.
ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão
EVANGELHO Lc 9, 18-22
«És o Messias de Deus.
O Filho do homem tem de sofrer muito»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de santidade infinita, que concedestes a São Vicente de Paulo a graça de conformar a sua vida com os divinos mistérios que celebrava, fazei que também nós, por este mesmo sacrifício, nos tornemos oblação agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com este divino sacramento, fazei que, animados pelo exemplo de São Vicente de Paulo e auxiliados pela sua proteção, imitemos o vosso Filho, que veio anunciar o Evangelho aos pobres. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Só se vê bem com
o coração. O essencial é invisível aos olhos»
Saint-Exupery
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS
: Lc 9, 18-22: Jesus
é, em Si mesmo, um mistério tal que os próprios Apóstolos só O vão
compreendendo aos poucos. Como nós. Antes de mais é preciso crer que Ele é o
Messias de Deus, o seu Enviado, o seu próprio Filho; mas ao mesmo tempo ser-se
capaz de não se escandalizar com a sua Paixão. E, por fim, acreditar que Ele
ressuscitou e está vivo, e é a nossa esperança.
.
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
10.30 horas: Missa no
Lar de Tolosa
18.00 horas: Missa
em Nisa.
18.00 horas: Missa
em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
CAMINHOS DE SANTIAGO E PEREGRINAÇÕES
Foi
em Santiago do Cacém, Diocese de Beja, que teve lugar a cerimónia de lançamento
dos “Caminhos de Santiago Alentejo e Ribatejo”. O ato teve lugar na igreja
matriz, junto ao castelo. Uma bela igreja, sofrida no tempo com o terramoto de
1755 e por mais dois incêndios, ela continua a desafiar os séculos. Tem três
naves, elementos de gótico e barroco, painéis de azulejo, talha dourada e com o
detrás para a frente. O que antigamente era a capela-mor com abóbada e cruzaria
de ogivas, virou a coro alto e entrada principal da igreja, ao cimo de uma bela
escadaria. O fundo da igreja permitiu rasgar uma nova capela-mor nos fins do
século XVIII e no dealbar do XIX, junto da qual permaneceu a torre sineira. Se
a orientação do templo foi invertida, não prejudicou a sua harmonia interna nem
o seu espaço envolvente. Enriqueceu a beleza paisagística do local donde se
avista a cidade aos pés, a longa planície, o porto de Sines e o mar. Santiago
ainda por lá combate os mouros num interessante alto-relevo gótico do século
XIV.
A
sessão foi muito concorrida, solene e promissora. Teve a presença de
responsáveis pela iniciativa e gente envolvida na área do turismo e do
religioso, quer da Galiza quer de Portugal.
Desde que colocou os pés neste vale de lágrimas, o homem,
embora sentindo o nascimento como entrada e a morte como saída, sempre se teve
como peregrino a percorrer os caminhos do tempo e do espaço, sobretudo até
dentro de si próprio. Este peregrinar em direção ao seu interior é quase sempre
o caminho mais difícil de percorrer, o mais longo e mais longínquo, há quem
desista ou erre os azimutes!... Foi assim desde Adão e Eva que até entraram por
atalhos solavancados, virando as costas ao verdadeiro trajeto. E assim foi
acontecendo no peregrinar do povo e de cada indivíduo através da história. Ora
se enganava e desviava, ora sentia a necessidade de se reencontrar no certo e
essencial, removendo os equívocos do coração e ingressando na rota que o
conduziria à meta pela justiça e fidelidade. Tal como outrora, também hoje isso
acontece. E neste peregrinar, a eficácia foi e é tanto maior quanto mais se
percebia e percebe que o próprio Senhor Se fez peregrino com cada um e a todos
chama à comunhão na gratuidade e na misericórdia.
Hoje
existem muitos outros caminheiros à procura de “metas diferentes, através do
turismo, da exploração científica e do comércio”, do desporto, etc. São
fenómenos complexos que embora, aqui ou ali, possam ser “causa de injustiça, de
exploração das pessoas, de erosão das culturas ou de devastação da natureza”,
conservam “em si valores de pesquisa, de progresso e de promoção da mútua
compreensão entre os povos, que merecem ser fomentados”. A informática e o
virtual vão rasgando outras estradas para o peregrinar humano, com muitos
riscos e deformações, é verdade, mas também com enormes e latentes
virtualidades. Sim, todos os caminhos podem ser sublimes para quem, de coração
sincero, procura o sentido da vida e das coisas: Deus serve-Se de tudo para Se
fazer encontrado. Faz-nos tropeçar n’Ele, mas disfarçamos, sentimo-nos
demasiadamente importantes e seguros nas nossas peneiras, não queremos dar
sinais de tais fraquezas!...
Quando
Jesus entrou na história, a sua vida foi-se desenrolando pelos caminhos da Sua
terra, constituindo uma verdadeira peregrinação em direção a Jerusalém, à meta
da cruz e da glória pascal. A etapa definitiva, porém, teve lugar no dia da
Ascensão, no dia da subida à plenitude da comunhão com Deus.
À
semelhança de Cristo, também a Igreja está em constante peregrinação.
Ultrapassando o tempo e as fronteiras, ela anuncia a Palavra de Cristo para
conduzir a todos em direção à cidade futura, em direção ao Reino, já presente e
operante em todo o mundo. No desafio que Jesus nos fez e faz à perfeição,
configura-se o perfil da verdadeira peregrinação. Ao longo dos tempos, este
desejo de perfeição e busca da intimidade divina, fez e faz surgir diversas
experiências de peregrinação, desde a fuga para o deserto até à peregrinação a
lugares significativos e excecionais, cada um com o seu encanto e a sua rica
história. Jerusalém, Roma, Santiago de Compostela e tantos outros santuários e
“fortalezas do espírito e da cultura” que enriquecem a história local, nacional
e internacional, são “lugares que encarnam a memória de grandes santos” e de
Nossa Senhora. Foram e são lugares privilegiados para a cultura do encontro. Do
encontro com Deus, com a Sua Palavra, com a Igreja, com a reconciliação, com
Jesus Eucaristia, com a caridade, com a humanidade, consigo mesmo, com a
natureza, com Maria, a Senhora do Encontro. Este “grande fenómeno que envolve
massas populares, animadas por convicções simples e profundas, alimenta a
espiritualidade, faz aumentar a fé, estimula a caridade, anima a missão da
Igreja”. No entanto, não faltou quem alertasse que “o verdadeiro caminho a
empreender é o que conduz o fiel, da realidade física à espiritual, da vida no
corpo à vida no Senhor”, e não tanto a caminhada de um lugar para o outro.
Martinho Lutero até denunciava que pode acontecer “que alguém faça a
peregrinação a Roma e gaste cinquenta e cem florins e até mais, e deixe a
esposa e os filhos e talvez um seu próximo em casa, à mercê da miséria”.
Nos
últimos tempos, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco foram peregrinos
dos grandes santuários internacionais, tornando-se peregrinos do próprio mundo,
como que a dar um sinal de um caminhar mais vasto e universal da humanidade ao
encontro de si própria. O homem sempre foi e continua a ser “um viandante que
tem sede de novos horizontes e fome de paz e de justiça, investigador da
verdade, desejoso de amor, aberto ao absoluto e ao infinito”. Ao encaminhar-se
para metas positivas de vária ordem e natureza, a humanidade enfrenta novos
obstáculos e também muitos dos antigos. Por isso, é normal que ela “experimente
também o cansaço e nutra o desejo de um lugar, que possa ser um santuário onde
repousar, um espaço de liberdade que torne possível o diálogo consigo mesmo,
com os outros e com Deus. A peregrinação do cristão acompanha esta busca da
humanidade e oferece-lhe a segurança da meta, a presença do Senhor”.
Para
nós, os crentes, a peregrinação é “uma manifestação cultural a ser realizada
com fidelidade à tradição, com sentimento religioso intenso e como atuação da sua
existência pascal. A dinâmica própria da peregrinação revela algumas etapas que
se tornam um paradigma de toda a vida de fé: “a partida” torna manifesta a sua
decisão de avançar até à meta e de conseguir os objetivos espirituais da sua
vocação batismal; “o caminho” condu-lo à solidariedade com os irmãos e à
preparação necessária para o encontro com o seu Senhor; “a visita ao santuário”
convida-o à escuta da palavra de Deus e à celebração sacramental; “o retorno”,
por fim, recorda-lhe a sua missão no mundo, como testemunha da salvação e
construtor da paz”.
Estando
a experimentar um novo impulso, a peregrinação reclama uma pastoral com “uma
clara fundamentação teológica que a justifique”, tornando-a “uma profunda e
amadurecida experiência de fé”. Sobre a Peregrinação e o Santuário, aconselho a
ler os documentos publicados em 1999 pelo Conselho Pontifício para a Pastoral
dos Emigrantes e Itinerantes, intitulado “A Peregrinação no Grande Jubileu do
Ano 2000 - O Santuário, memória, presença e profecia do Deus vivo”. Foram
publicados num pequeno volume pela Ed. Paulinas, em junho de 1999, e foi deles
que me servi na elaboração deste texto.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 20-09-2019.
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