segunda-feira, 30 de setembro de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Terça, 01 de outubro de 2019











Terça da XXVI semana do tempo comum








TERÇA-FEIRA da semana XXVI

S. Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Zac 8, 20-23; Sal 86 (87), 1-3. 4-5. 6-7
Ev Lc 9, 51-56


* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja – FESTA
* No Instituto Missionário da Consolata – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira Universal das Missões e do Instituto – FESTA
* Nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus e nas Irmãs Missionárias Combonianas – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira Universal das Missões – FESTA
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira Universal das Missões – FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – S. Teresa do Menino Jesus, Padroeira Universal das Missões – FESTA
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – I Vésp. dos Santos Anjos da Guarda.




S. TERESA DO MENINO JESUS, virgem e doutora da Igreja


Nota Histórica
Nasceu em Alençon (França) no ano 1873. Entrou ainda muito jovem no mosteiro das Carmelitas de Lisieux e exercitou se de modo singular na humildade, simplicidade evangélica e confiança em Deus, virtudes que também procurou inculcar especialmente nas noviças do seu mosteiro. Morreu a 30 de Setembro de 1897, oferecendo a sua vida pela salvação das almas e pela Igreja.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Deut 32, 10-12
O Senhor protegeu-a e ensinou-a,
guardou-a como a menina dos seus olhos.
Como a águia, estendendo as asas,
o Senhor tomou-a a seu cuidado.
Só o Senhor a conduzia.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que abris as portas do vosso reino aos pequeninos e humildes, fazei que sigamos confiadamente o caminho espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus, para que, por sua intercessão, cheguemos à revelação da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 66, 10-14c
«Farei correr para Jerusalém a paz como um rio»


Leitura do Livro de Isaías

Alegrai-vos com Jerusalém, exultai com ela, todos vós que a amais. Com ela enchei-vos de júbilo, todos vós que participastes no seu luto. Assim podereis beber e saciar-vos com o leite das suas consolações, podereis deliciar-vos no seio da sua magnificência. Porque assim fala o Senhor: «Farei correr para Jerusalém a paz como um rio e a riqueza das nações como torrente transbordante. Os seus meninos de peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos. Como a mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém sereis consolados». Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a verdura, retomarão vigor os vossos membros. A mão do Senhor manifestar-se-á aos seus servos.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 130 (131), 1.2 e 3
Refrão: Guardai-me na vossa paz, Senhor.


Senhor, não se eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.

Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.


ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se


Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão


EVANGELHO Mt 18, 1-5
«Vede bem: não desprezeis um só destes pequeninos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas que realizastes em Santa Teresa do Menino Jesus, humildemente Vos pedimos, Senhor, que aceiteis a oferta do nosso ministério, como aceitastes os méritos da sua vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 18, 3
Se não vos tornardes como as crianças,
não entrareis no reino dos Céus, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a comunhão deste divino sacramento acenda em nós o fogo da caridade que levou Santa Teresa a consagrar-se inteiramente a Vós e a implorar da vossa misericórdia a salvação de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



ORAÇÃO DA CORAGEM

«Senhor, dai-me coragem!
A coragem da iniciativa
e a coragem da disciplina

A coragem da persistência
e da adaptação contínua

A coragem de muitas vezes estar só
e a de recomeçar sempre
com os que ficam
ou com os que chegam.

A coragem de ter paciência
apesar dos abandonos…
e a de ser senhor de mim.

A coragem de encontrar tempo
bastante para contemplar
e para orar!»




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS :

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


09.00 horas: Funeral em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Escola de Cursilhistas em Nisa - Calvário




A VOZ DO PASTOR



DE FÁTIMA A CERNACHE - DE CERNACHE A LISIEUX

Vamos começar o mês de outubro, o mês missionário. Acolhendo a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, e a pretexto dos cem anos da Carta Apostólica “Maximum illud” de 30 de novembro de 1919, o Papa Francisco proclamou o mês de outubro de 2019 como Mês Missionário Extraordinário. Fazer despertar uma maior consciência da missão e dar maior impulso à paixão missionária na vida pastoral são objetivos a fomentar. A Conferência Episcopal Portuguesa, acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco, decidiu viver este mês missionário extraordinário como etapa final de um ano missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019. Reuniram-se documentos, deram-se pistas de ação e cada diocese, cada arciprestado, cada paróquia, cada família, cada movimento e serviço de apostolado foi assumindo o desafio como entendeu e pôde, com mais ou menos sucesso, com certeza. Dentro da programação nacional, no dia 20 deste mês de outubro, Dia Mundial das Missões, terá lugar a Peregrinação Nacional a Fátima, à qual se associará também a Peregrinação Nacional do Movimento do Apostolado da Oração, em comemoração dos seus 175 anos de existência. Nesse mesmo dia, de tarde, os Bispos Portugueses que puderem estar, bem como autoridades civis e o Povo de Deus, irão a Cernache do Bonjardim, na Sertã, terra desta Diocese de Portalegre-Castelo Branco, prestar homenagem à missionação portuguesa. O monumento evocativo nascerá em frente ao Seminário das Missões em Cernache do Bonjardim. Será uma estátua, prestando homenagem a D. António Barroso que foi bispo na África, na Índia e no Porto e está a caminho dos altares, onde também constará o nome dos outros 319 padres que, como ele, se formaram neste Seminário e se espalharam pelo mundo, tendo também presente todos os missionários portugueses que, partindo deste país, se lançaram nesta aventura de ir anunciar o Evangelho. Este Seminário, desde que foi ordenada a sua construção por Decreto de 10 de março de 1791, para prover os padres das igrejas do Priorado do Crato a que Cernache do Bonjardim pertencia, teve uma história atribulada na qual muitos se acharam no direito de lá meter o bedelho sem terem sido chamados! Ai se aquelas paredes falassem!...

Mas voltando ao mês de outubro, sabemos que ele começa com a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus, Santa Terezinha de Lisieux, que sem nunca ter saído do convento, em 1927 foi declarada Patrona Universal das Missões Católicas. E São João Paulo II, em 1997, declarou-a Doutora da Igreja. Para ela, ser missionário não era uma questão geográfica, mas uma questão de amor, e este amor tem um rosto e um nome, é Jesus: "Jesus, a minha alegria é amar-te", é contemplar o outro na pessoa de Jesus. Por isso, dizia: “No coração da Igreja, serei o amor”. Escreveu três manuscritos que, publicados em 1898 com o título de História de uma Alma, se tornaram um dos maiores best sellers da história, são a sua autobiografia, um manual de santidade. Aí, ela ensina que o segredo da santidade não está em fazer coisas grandes e espetaculares. Está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia: “Pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”. Não querendo ser santa apenas pela metade e considerando que a vida é apenas um sonho do qual brevemente acordaremos, Terezinha viveu apenas 24 anos, escolhendo tudo, o amor. Seus pais, Louis Martin e Zélia Guerin, foram canonizados em 18 de outubro de 2015, tornando-se o primeiro casal a serem ambos declarados santos na mesma data e celebração. A sua festa litúrgica celebra-se em 12 de julho, dia de aniversário do seu matrimónio.

Para melhor percebermos a vocação de Santa Terezinha, transcrevo um pouco da sua autobiografia onde nos relata o seu sonho e como conseguiu concretizá-lo:

“Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo...Queria ser missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê-lo sido desde o princípio do mundo e continuar até à consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota.

Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta. Casualmente fixei-me nos capítulos XII e XIII da primeira epístola aos Coríntios; e li no primeiro que nem todos podem ser ao mesmo tempo de Apóstolos, Profetas, Doutores, etc... que a Igreja é formada por membros diferentes e que os olhos não podem ao mesmo tempo ser as mãos. A resposta era clara, mas não satisfazia completamente os meus desejos e não me trazia a paz.

Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: “Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente”. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.

Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguiria reconhecer-me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar-me com todos eles. A caridade ofereceu-me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno.

Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho”.
Ser discípulo é, de facto, levar aos outros o amor de Jesus, com fervor, com alegria e naturalidade. Como afirmou Bento XVI, “os tempos em que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos, chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja e solidário com a complexa transformação do mundo”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 27-09-2019.




domingo, 29 de setembro de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 30 de setembro de 2019








Segunda da XXVI semana do tempo comum







SEGUNDA-FEIRA da semana XXVI

S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Zac 8, 1-8; Sal 101 (102), 16-18. 19-21. 29 e 22-23
Ev Lc 9, 46-50




S. JERÓNIMO, presbítero e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Josué 1, 8
A palavra de Deus esteja sempre nos teus lábios,
medita nela dia e noite, para observares
tudo o que está escrito na lei,
e serás feliz em todos os teus caminhos.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que destes ao presbítero São Jerónimo o dom de saborear a Sagrada Escritura e de a viver intensamente, fazei que o vosso povo se alimente cada vez mais com a vossa palavra e encontre nela a fonte da verdadeira vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Tim 3, 14-17
«Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo

Caríssimo: Permanece firme no que aprendeste e aceitaste como certo, sabendo de quem o aprendeste. Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras; elas podem dar-te a sabedoria que leva à salvação, pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar, persuadir, corrigir e formar segundo a justiça. Assim o homem de Deus será perfeito, bem preparado para todas as boas obras.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 9 e 10.11 e 12.13 e 14 (R.12b)
Refrão: Ensinai-me, Senhor,
o caminho dos vossos mandamentos.


Como há-de o jovem manter puro o seu caminho?
Guardando as vossas palavras.
De todo o coração Vos procuro,
não me deixeis afastar dos vossos mandamentos.

Conservo a vossa palavra dentro do coração,
para não pecar contra Vós.
Bendito sejais, Senhor,
ensinai-me os vossos decretos.

Enuncio com os meus lábios
todos os juízos da vossa boca.
Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.


ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia Repete-se

O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão


EVANGELHO Lc 9, 46-50
«Quem for o mais pequeno entre vós, esse será o maior»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, que, a exemplo de São Jerónimo, depois de termos meditado na vossa palavra, nos aproximemos dignamente do vosso altar para Vos oferecer o sacrifício da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jer 15, 16
Alimentei-me com a vossa palavra
e o meu coração exultou de alegria,
porque sobre mim foi invocado o vosso nome,
Senhor Deus do universo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Este alimento que recebemos, Senhor, ao celebrar com alegria a festa de São Jerónimo, desperte os corações dos vossos fiéis, para que, meditando sempre na Sagrada Escritura, vejam o caminho a seguir e, seguindo-o fielmente, alcancem a vida Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



«Gastarei o meu tempo no céu a fazer o bem na terra»

Sta. Teresa de Lisieux



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Lc 9, 46-50: Com o exemplo da criança ensina Jesus aos seus discípulos o sentido da humildade, bem necessário para eles poderem compreender a hora da Paixão, em que Jesus dará a vida por todos os homens, e não apenas por eles, até então ainda muito fechados sobre si próprios e pouco acolhedores para com os outros.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


Todo o dia: Peregrinação das viúvas a Fátima
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário





A VOZ DO PASTOR



DE FÁTIMA A CERNACHE - DE CERNACHE A LISIEUX

Vamos começar o mês de outubro, o mês missionário. Acolhendo a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, e a pretexto dos cem anos da Carta Apostólica “Maximum illud” de 30 de novembro de 1919, o Papa Francisco proclamou o mês de outubro de 2019 como Mês Missionário Extraordinário. Fazer despertar uma maior consciência da missão e dar maior impulso à paixão missionária na vida pastoral são objetivos a fomentar. A Conferência Episcopal Portuguesa, acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco, decidiu viver este mês missionário extraordinário como etapa final de um ano missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019. Reuniram-se documentos, deram-se pistas de ação e cada diocese, cada arciprestado, cada paróquia, cada família, cada movimento e serviço de apostolado foi assumindo o desafio como entendeu e pôde, com mais ou menos sucesso, com certeza. Dentro da programação nacional, no dia 20 deste mês de outubro, Dia Mundial das Missões, terá lugar a Peregrinação Nacional a Fátima, à qual se associará também a Peregrinação Nacional do Movimento do Apostolado da Oração, em comemoração dos seus 175 anos de existência. Nesse mesmo dia, de tarde, os Bispos Portugueses que puderem estar, bem como autoridades civis e o Povo de Deus, irão a Cernache do Bonjardim, na Sertã, terra desta Diocese de Portalegre-Castelo Branco, prestar homenagem à missionação portuguesa. O monumento evocativo nascerá em frente ao Seminário das Missões em Cernache do Bonjardim. Será uma estátua, prestando homenagem a D. António Barroso que foi bispo na África, na Índia e no Porto e está a caminho dos altares, onde também constará o nome dos outros 319 padres que, como ele, se formaram neste Seminário e se espalharam pelo mundo, tendo também presente todos os missionários portugueses que, partindo deste país, se lançaram nesta aventura de ir anunciar o Evangelho. Este Seminário, desde que foi ordenada a sua construção por Decreto de 10 de março de 1791, para prover os padres das igrejas do Priorado do Crato a que Cernache do Bonjardim pertencia, teve uma história atribulada na qual muitos se acharam no direito de lá meter o bedelho sem terem sido chamados! Ai se aquelas paredes falassem!...

Mas voltando ao mês de outubro, sabemos que ele começa com a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus, Santa Terezinha de Lisieux, que sem nunca ter saído do convento, em 1927 foi declarada Patrona Universal das Missões Católicas. E São João Paulo II, em 1997, declarou-a Doutora da Igreja. Para ela, ser missionário não era uma questão geográfica, mas uma questão de amor, e este amor tem um rosto e um nome, é Jesus: "Jesus, a minha alegria é amar-te", é contemplar o outro na pessoa de Jesus. Por isso, dizia: “No coração da Igreja, serei o amor”. Escreveu três manuscritos que, publicados em 1898 com o título de História de uma Alma, se tornaram um dos maiores best sellers da história, são a sua autobiografia, um manual de santidade. Aí, ela ensina que o segredo da santidade não está em fazer coisas grandes e espetaculares. Está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia: “Pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”. Não querendo ser santa apenas pela metade e considerando que a vida é apenas um sonho do qual brevemente acordaremos, Terezinha viveu apenas 24 anos, escolhendo tudo, o amor. Seus pais, Louis Martin e Zélia Guerin, foram canonizados em 18 de outubro de 2015, tornando-se o primeiro casal a serem ambos declarados santos na mesma data e celebração. A sua festa litúrgica celebra-se em 12 de julho, dia de aniversário do seu matrimónio.

Para melhor percebermos a vocação de Santa Terezinha, transcrevo um pouco da sua autobiografia onde nos relata o seu sonho e como conseguiu concretizá-lo:

“Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo...Queria ser missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê-lo sido desde o princípio do mundo e continuar até à consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota.

Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta. Casualmente fixei-me nos capítulos XII e XIII da primeira epístola aos Coríntios; e li no primeiro que nem todos podem ser ao mesmo tempo de Apóstolos, Profetas, Doutores, etc... que a Igreja é formada por membros diferentes e que os olhos não podem ao mesmo tempo ser as mãos. A resposta era clara, mas não satisfazia completamente os meus desejos e não me trazia a paz.

Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: “Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente”. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.

Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguiria reconhecer-me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar-me com todos eles. A caridade ofereceu-me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno.

Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho”.
Ser discípulo é, de facto, levar aos outros o amor de Jesus, com fervor, com alegria e naturalidade. Como afirmou Bento XVI, “os tempos em que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos, chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja e solidário com a complexa transformação do mundo”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 27-09-2019.




sábado, 28 de setembro de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Domingo, 29 de setembro de 2019








XXVI Domingo do tempo comum







DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Am 6, 1a. 4-7; Sal 145 (146), 7. 8. 9. 10
L 2 1 Tim 6, 11-16
Ev Lc 16, 19-31


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Vitalino Fernandes Dantas, Bispo Emérito de Beja (1996).
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – S. Miguel, Titular da Igreja Concatedral de Castelo Branco – SOLENIDADE; ofertório a favor do Instituto Diocesano do Clero (IDC).
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Dan 3, 31.29.30.43.42
Vós sois justo, Senhor, em tudo o que fizestes.
Pecámos contra Vós, não observámos
os vossos mandamentos.
Mas para glória do vosso nome,
mostrai-nos a vossa infinita misericórdia.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que dais a maior prova do vosso poder
quando perdoais e Vos compadeceis,
derramai sobre nós a vossa graça,
para que, correndo prontamente para os bens prometidos,
nos tornemos um dia participantes da felicidade celeste.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Am 6, 1a.4-7
«Agora acabará o bando dos voluptuosos»


Leitura da Profecia de Amós

Eis o que diz o Senhor omnipotente: «Ai daqueles que vivem comodamente em Sião e dos que se sentem tranquilos no monte da Samaria. Deitados em leitos de marfim, estendidos nos seus divãs, comem os cordeiros do rebanho e os vitelos do estábulo. Improvisam ao som da lira e cantam como David as suas próprias melodias. Bebem o vinho em grandes taças e perfumam-se com finos unguentos, mas não os aflige a ruína de José. Por isso, agora partirão para o exílio à frente dos deportados e acabará esse bando de voluptuosos».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 145 (146), 7-10 (R.1b)

Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos. Refrão

O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos. Refrão

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores. Refrão

O Senhor reina eternamente.
O teu Deus, ó Sião,
é Rei por todas as gerações. Refrão


LEITURA II 1 Tim 6, 11-16
«Guarda este mandamento, até à aparição do Senhor»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo a Timóteo

Caríssimo: Tu, homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e sobre a qual fizeste tão bela profissão de fé perante numerosas testemunhas. Ordeno-te na presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu testemunho da verdade diante de Pôncio Pilatos: Guarda o mandamento do Senhor, sem mancha e acima de toda a censura, até à aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual manifestará a seu tempo o venturoso e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade e habita uma luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. A Ele a honra e o poder eterno. Amen.

Palavra do Senhor.

ALELUIA 2 Cor 8, 9
Refrão: Aleluia. Repete-se

Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se pobre,
para nos enriquecer na sua pobreza. Refrão


EVANGELHO Lc 16, 19-31
«Recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males.
Agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo’. O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de misericórdia infinita, aceitai esta nossa oblação
e fazei que por ela se abra para nós
a fonte de todas as bênçãos.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 118, 9-5
Senhor, lembrai-Vos da palavra que destes ao vosso servo.
A consolação da minha amargura
é a esperança na vossa promessa.

Ou 1 Jo 3, 16
Nisto conhecemos o amor de Deus: Ele deu a vida por nós;
também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que este sacramento celeste
renove a nossa alma e o nosso corpo,
para que, unidos a Cristo neste memorial da sua morte,
possamos tomar parte na sua herança gloriosa.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



«A esperança é o fruto da capacidade de ver que há uma luz apesar de toda a escuridão»

Desmond Tutu



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS : Am 6, 1a.4-7: O Evangelho vai mostrar-nos que a vida deste mundo prepara a do outro mundo; na medida em que vivermos aqui configurados com Cristo, nessa medida nos prepararemos para participar da sua glória. Assim, esta primeira leitura começa por nos pôr de sobreaviso contra as falsas seguranças deste mundo, sobretudo contra as riquezas e os prazeres tidos como ideal, como acontecia com aqueles a quem o profeta aqui se refere.

1 Tim 6, 11-16: A vida é tempo de luta. Para o cristão ela tem de ser conduzida segundo as normas da fé; doutro modo, não seria uma vida cristã. O termo desta luta cristã é a aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo na sua glória, ao encontro de quem caminhamos.

EVANGELHO Lc 16, 19-31 : O contraste entre a vida terrena do rico avarento e a do pobre e depois a vida futura de um e de outro mostra como será o resultado do bom ou mau uso que fizermos dos dons de Deus. É ele, afinal, que dá sentido à vida e lhe garante uma realização feliz ou infeliz, e isto para todo o sempre.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


08.30 horas: Funeral em Gáfete
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Arneiro
15.30 horas: Missa no Cacheiro
18.00 horas: Participação em Castelo Branco





A VOZ DO PASTOR



DE FÁTIMA A CERNACHE - DE CERNACHE A LISIEUX

Vamos começar o mês de outubro, o mês missionário. Acolhendo a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, e a pretexto dos cem anos da Carta Apostólica “Maximum illud” de 30 de novembro de 1919, o Papa Francisco proclamou o mês de outubro de 2019 como Mês Missionário Extraordinário. Fazer despertar uma maior consciência da missão e dar maior impulso à paixão missionária na vida pastoral são objetivos a fomentar. A Conferência Episcopal Portuguesa, acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco, decidiu viver este mês missionário extraordinário como etapa final de um ano missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019. Reuniram-se documentos, deram-se pistas de ação e cada diocese, cada arciprestado, cada paróquia, cada família, cada movimento e serviço de apostolado foi assumindo o desafio como entendeu e pôde, com mais ou menos sucesso, com certeza. Dentro da programação nacional, no dia 20 deste mês de outubro, Dia Mundial das Missões, terá lugar a Peregrinação Nacional a Fátima, à qual se associará também a Peregrinação Nacional do Movimento do Apostolado da Oração, em comemoração dos seus 175 anos de existência. Nesse mesmo dia, de tarde, os Bispos Portugueses que puderem estar, bem como autoridades civis e o Povo de Deus, irão a Cernache do Bonjardim, na Sertã, terra desta Diocese de Portalegre-Castelo Branco, prestar homenagem à missionação portuguesa. O monumento evocativo nascerá em frente ao Seminário das Missões em Cernache do Bonjardim. Será uma estátua, prestando homenagem a D. António Barroso que foi bispo na África, na Índia e no Porto e está a caminho dos altares, onde também constará o nome dos outros 319 padres que, como ele, se formaram neste Seminário e se espalharam pelo mundo, tendo também presente todos os missionários portugueses que, partindo deste país, se lançaram nesta aventura de ir anunciar o Evangelho. Este Seminário, desde que foi ordenada a sua construção por Decreto de 10 de março de 1791, para prover os padres das igrejas do Priorado do Crato a que Cernache do Bonjardim pertencia, teve uma história atribulada na qual muitos se acharam no direito de lá meter o bedelho sem terem sido chamados! Ai se aquelas paredes falassem!...

Mas voltando ao mês de outubro, sabemos que ele começa com a memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus, Santa Terezinha de Lisieux, que sem nunca ter saído do convento, em 1927 foi declarada Patrona Universal das Missões Católicas. E São João Paulo II, em 1997, declarou-a Doutora da Igreja. Para ela, ser missionário não era uma questão geográfica, mas uma questão de amor, e este amor tem um rosto e um nome, é Jesus: "Jesus, a minha alegria é amar-te", é contemplar o outro na pessoa de Jesus. Por isso, dizia: “No coração da Igreja, serei o amor”. Escreveu três manuscritos que, publicados em 1898 com o título de História de uma Alma, se tornaram um dos maiores best sellers da história, são a sua autobiografia, um manual de santidade. Aí, ela ensina que o segredo da santidade não está em fazer coisas grandes e espetaculares. Está em fazer com amor as mais pequeninas coisas de cada dia: “Pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”. Não querendo ser santa apenas pela metade e considerando que a vida é apenas um sonho do qual brevemente acordaremos, Terezinha viveu apenas 24 anos, escolhendo tudo, o amor. Seus pais, Louis Martin e Zélia Guerin, foram canonizados em 18 de outubro de 2015, tornando-se o primeiro casal a serem ambos declarados santos na mesma data e celebração. A sua festa litúrgica celebra-se em 12 de julho, dia de aniversário do seu matrimónio.

Para melhor percebermos a vocação de Santa Terezinha, transcrevo um pouco da sua autobiografia onde nos relata o seu sonho e como conseguiu concretizá-lo:

“Não obstante a minha pequenez, quereria iluminar as almas como os Profetas, os Doutores, sentia a vocação de ser Apóstolo...Queria ser missionário, não apenas durante alguns anos mas queria tê-lo sido desde o princípio do mundo e continuar até à consumação dos séculos. Mas acima de tudo, ó meu amado Salvador, quereria derramar o sangue por Vós até à última gota.

Porque durante a oração estes desejos me faziam sofrer um autêntico martírio, abri as epístolas de São Paulo a fim de encontrar uma resposta. Casualmente fixei-me nos capítulos XII e XIII da primeira epístola aos Coríntios; e li no primeiro que nem todos podem ser ao mesmo tempo de Apóstolos, Profetas, Doutores, etc... que a Igreja é formada por membros diferentes e que os olhos não podem ao mesmo tempo ser as mãos. A resposta era clara, mas não satisfazia completamente os meus desejos e não me trazia a paz.

Continuei a ler e encontrei esta frase que me confortou profundamente: “Procurai com ardor os dons mais perfeitos; eu vou mostrar-vos um caminho mais excelente”. E o Apóstolo explica como todos os dons mais perfeitos não são nada sem o amor e que a caridade é o caminho mais excelente que nos leva com segurança até Deus. Finalmente tinha encontrado a tranquilidade.

Ao considerar o Corpo Místico da Igreja, não conseguiria reconhecer-me em nenhum dos membros descritos por São Paulo; melhor, queria identificar-me com todos eles. A caridade ofereceu-me a chave da minha vocação. Compreendi que, se a Igreja apresenta um corpo formado por membros diferentes, não lhe falta o mais necessário e mais nobre de todos; compreendi que a Igreja tem coração, um coração ardente de amor; compreendi que se o amor viesse a extinguir-se, nem os Apóstolos continuariam a anunciar o Evangelho nem os mártires a derramar o seu sangue; compreendi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo e que abrange todos os tempos e lugares, numa palavra, que o amor é eterno.

Então, com a maior alegria da minha alma arrebatada, exclamei: Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a minha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho”.
Ser discípulo é, de facto, levar aos outros o amor de Jesus, com fervor, com alegria e naturalidade. Como afirmou Bento XVI, “os tempos em que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos, chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja e solidário com a complexa transformação do mundo”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 27-09-2019.