PARÓQUIAS
DE NISA
Terça, 18 de dezembro de 2018
Terça, 18 de dezembro de 2018
Terça da III semana do
Advento
Ofício da féria - III semana do Advento
TERÇA-FEIRA da semana III
Roxo –
Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Jer 23, 5-8; Sal 71 (72), 2. 12-13. 18-19
Ev Mt 1, 18-25
* Na Arquidiocese de Évora (Sé) – Pode celebrar-se a memória da Expectação da Virgem Santa Maria.
Missa da féria, pf. II do Advento.
L 1 Jer 23, 5-8; Sal 71 (72), 2. 12-13. 18-19
Ev Mt 1, 18-25
* Na Arquidiocese de Évora (Sé) – Pode celebrar-se a memória da Expectação da Virgem Santa Maria.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA
Eis que vem Jesus Cristo, nosso Rei,
o Cordeiro anunciado por João Baptista.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus omnipotente, que o esperado nascimento do vosso Filho Unigénito nos liberte da antiga escravidão do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 23, 5-8
«Farei surgir para David um rebento justo»
Leitura do Livro de Jeremias
Eis que vem Jesus Cristo, nosso Rei,
o Cordeiro anunciado por João Baptista.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei-nos, Deus omnipotente, que o esperado nascimento do vosso Filho Unigénito nos liberte da antiga escravidão do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 23, 5-8
«Farei surgir para David um rebento justo»
Leitura do Livro de Jeremias
«Dias virão – diz o Senhor – em que farei surgir para David um rebento justo. Será um verdadeiro rei e governará com sabedoria: há de exercer no país o direito e a justiça. Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Este será o seu nome: ‘O Senhor é a nossa justiça’. Por isso, dias virão – oráculo do Senhor – em que já não se dirá: ‘Vive o Senhor, que fez sair os filhos de Israel da terra do Egipto’; mas sim ‘Vive o Senhor, que fez sair e regressar os descendentes da casa de Israel da região do norte e de todos os países em que os tinha dispersado, para poderem habitar na sua própria terra’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.12-13.18-19 (R. cf. 7)
Refrão: Nos dias do Senhor,
nascerá a justiça e a paz para sempre. Repete-se
Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão
Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos. Refrão
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel:
só Ele faz maravilhas.
Bendito para sempre o seu nome glorioso:
toda a terra se encha da sua glória. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Ó Chefe da casa de Israel,
que no Sinai destes a Lei a Moisés:
vinde resgatar-nos com o poder do vosso braço. Refrão
EVANGELHO Mt 1, 18-25
Jesus nascerá de Maria, desposada com José, filho de David
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício que celebramos, Senhor, tornai-nos dignos de estar na vossa presença, para podermos participar na vida eterna do vosso Filho, que nos libertou da morte, assumindo a nossa condição mortal. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Advento II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 1, 23
O seu nome será Emanuel, Deus-connosco.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ajudai-nos, Senhor, a receber a vossa misericórdia no templo vivo da vossa Igreja e a preparar dignamente as próximas solenidades da nossa redenção. Por Nosso Senhor.
«Quando Deus muda os
nossos planos, é porque algo vai melhorar».
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do
dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra
de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra
LEITURA: Jer 23, 5-8: Jesus é descendente do rei David. O
que a David foi prometido realizar-se-á em Jesus. Ele é o Cristo, o Ungido, o
Messias. Ele é o Rei justo, o Rei segundo os desígnios de Deus, que são
desígnios de santidade e de justiça. A libertação pascal realizada no Êxodo, na
saída do Egipto, será ainda mais perfeitamente realizada na Páscoa de Jesus
Cristo. Ele é o Cordeiro Pascal, Ele reunirá em Si todos os povos da terra.
Mt 1, 18-25: O evangelista põe em relevo a conceção
virginal de Jesus e, por outro lado, a sua descendência de David, por S. José.
Este, ao pôr-Lhe o nome, confiou-Lhe o sinal da filiação da Casa de David, de
quem ele, José, era descendente. Os desígnios de Deus não seguem a lógica
humana. Para os aceitarmos é preciso muita atenção a Deus e até o sofrimento da
obscuridade da fé.
_________________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa – Espírito Santo.
A VOZ DO PASTOR
PADRE
EM GREVE - IGREJA FECHADA
Na Revista IHU on-line da página
web do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, vem publicado, em 7 deste mês de
dezembro, um artigo sob o título: Paróquia italiana anuncia que fechará no
Natal: ''Jesus, migrante dos migrantes, foi rejeitado na nossa fronteira''. Aí
se dá conta que o Pároco da Igreja de San Torpete, em Gênova, Itália, por
“objeção de consciência”, irá fechar as portas da igreja desde o dia 24 de
dezembro a 5 de janeiro de 2019. Para além da conivência dos cristãos num Natal
sem Cristo, a causa última que lhe fez saltar a tampa foi o decreto do ministro
do Interior italiano, sobre a questão migratória. O Pe. Paolo Farinella faz
“greve” porque o governo e o Parlamento italianos, “no silêncio total dos
católicos e dos cristãos, às vésperas do Natal, expulsa da Itália aquele Jesus
de Nazaré do qual se gostaria de celebrar o nascimento”.
Depois de fazer o enquadramento
histórico da paróquia, Farinella refere a paróquia de San Torpete como “um
lugar de espiritualidade, de poesia, de cultura, de música e de política com o
seu foco na Eucaristia dominical, frequentada por pessoas de outros bairros da
cidade e de fora de Gênova”. Como “paróquia sem paroquianos”, San Torpete
“tornou-se a paróquia da diáspora dos peregrinos nómadas”. E mais refere: “O
Natal não é mais o Natal cristão: não é mais “memória” do nascimento de Jesus,
mas um cínico fato comercial, misturado com ritos e liturgias repetitivos, “mercadorias
à venda” no pagão “espírito de Natal”, sequestrado pelo mercado neocapitalista.
Os católicos, de fato, não acreditam que o Natal seja a consciência da
“proximidade de Deus” para construir uma nova humanidade universal. Eles se
contentam, culpavelmente, com a fabulazinha inócua do presépio, que, entre
gansos, animais, artesanatos, bonecos e mecanismos de engenharia hidráulica,
faz do “mistério fundamental da fé cristã”, a Encarnação do
Lógos-Verbum-Palavra, um instrumento de alienação em benefício de crianças e
adultos infantis, que, embora batizados, só entram em uma igreja nessa ocasião.
Turistas do religioso folclórico. O “clima de bondade” domina o tempo
natalício, entre papais-noéis, bois, burros, bruxas e gaitas de foles, tanto
que os jornais (como Il Secolo XIX do sábado, 1º de dezembro), falam de
“espírito de Natal”, referindo-se às perspetivas de comércio e de vendas. O
“mistério do Deus que vem” se reduz a uma religião civil e pagã, ocasião de
circunstância da qual Deus é excluído e expulso. As luzes das ruas indicam as
“lojas” como grutas de Belém, com os anjos adorando a mercadoria exposta à
venda, marcada por uma estrela piscante. Os cristãos são cúmplices da
degradação do Natal, porque a memória do nascimento de Jesus não tem nada a ver
com esse Natal, transformado em saga camponesa de montanhas de presentes e
presépios, enquanto, ao lado, “os pobres Cristos” morrem de fome e de frio no
mar, nos bordéis da Líbia, pagos pela Itália, que fomenta as guerras com o
imundo comércio de armas, do qual obtém lucros ilícitos. A comida é jogada
fora, enquanto, nas mesmas ruas, “Jesus, o migrante dos migrantes”, morre de
fome e de frio ao canto de “Tu scendi dalle stelle al freddo e al gelo” [Tu
desces das estrelas ao frio e ao gelo”].
Em 2018, não se pode celebrar o
Natal também por “objeção de consciência” ao Decreto-Lei n. 113/2018,
despudoradamente conhecido como “decreto de segurança”, embora seja um decreto
de insegurança máxima e de afronta aos valores e aos sentimentos mais profundos
da Democracia e do Direito. Por trás de palavras bombásticas, confusas e
imorais, esconde-se a vontade determinada de atacar “os Migrantes”, justamente
às vésperas daquele Natal que celebra o nascimento de Jesus, migrante
perseguido pela polícia de Herodes, que fugiu da perseguição, que foi acolhido
no Egito e que voltou a se estabelecer em Nazaré, depois de uma viagem
alucinante e perigosa através do deserto de Neguev. Tudo isso ocorre no
silêncio cúmplice de um mundo católico que exalta um ministro que balança um presépio
de plástico, que sacode um evangelho falso e ilude com o terço nas mãos, sem
provocar um regurgito de vômito dos chamados católicos de salão. O Papa
Francisco os chama de “cristãos de pastelaria”. Neste ano de 2018, se Jesus,
com Maria e José, se apresentasse entre nós para celebrar o seu nascimento, com
o decreto imundo de Salvini, ele seria detido na fronteira e enviado de volta
por ser um migrante económico, por não ter uma permissão de residência e porque
na Palestina há uma guerra “velha” desde 1948. Exaltando Salvini, homem
inculto, sem qualquer senso do Estado e do Direito, os católicos são cúmplices
de crimes de lesa humanidade e de “deicídio”, porque, cada vez que se comete um
erro no plano do Direito contra a pessoa do pobre, faz-se isso diretamente
contra Jesus na carne viva dos migrantes.
Com que direito cristãos podem
pretender celebrar o Natal daquele Jesus que o seu país, sem qualquer
resistência ou protesto deles, expulsa o Homem no Filho de Deus?
A poucos dias da aprovação dessa lei
com o voto positivo do senhor [Luigi] Di Maio [vice-primeiro-ministro
italiano], que se deixa fotografar ao beijar o sangue de São Januário (pobre
dele!), como é possível abrir as igrejas e se entreter com canções de ninar,
“Tu scendi dalle stelle”, cantos gregorianos, presépios infames, quando, do
lado de fora, o verdadeiro Cristo é ofendido, torturado, estuprado,
vilipendiado, vendido, esbofeteado, morto, como o “Homem das Dores” do profeta
Isaías? (Is 53).
O “decreto Salvini” é
inconstitucional, e “primeiro os italianos” é um opróbrio jurídico que rasga
séculos de conquistas da civilização jurídica. Enquanto esperamos a decisão da
Suprema Corte que não chegará antes de dois anos, o Direito definha, a
Democracia está ferida, a Constituição, dilacerada, e os cristãos... não têm
vergonha de assistir e de ser coniventes com esse massacre contra cada “homem
que vem a este mundo”. Só nos resta assumir o único gesto de dignidade que
sobrou: a nossa consciência oposta como bastião de objeção total com ato público,
radical, disruptivo e inequívoco: a Igreja de San Torpete em Gênova ficará
fechada, porque um Natal sem Cristo, um Natal sem Deus é um Natal sem Homem.
Que a igreja, fechada por fracasso,
possa estimular o pensamento e a reflexão dos fiéis e daqueles que têm
consciência de que o Natal é “Deus-connosco-Emmanuel”. As celebrações serão
retomadas com a Epifania (6 de janeiro de 2019), a “manifestação do Senhor aos
povos do mundo”, festa de universalidade sem fronteiras, realizada por “uma
grande multidão, que ninguém podia contar: gente de todas as nações, tribos,
povos e línguas” (Ap 7, 9). Não celebrem o meu nascimento – diz Jesus – porque
Eu-sou desde sempre. Em vez disso, celebrem o renascimento de vocês como
criaturas novas: convertam-se e voltem ao Evangelho (Mc 1, 15)”.
……
Esta atitude sacode-nos,
convida-nos a acordar. Também nós precisamos de nos centralizar no que é
importante, tornando-nos mais fraternos e solidários. Não podemos ser
coniventes na degradação do Natal do Senhor e na banalização das suas
consequências, tanto na vida pessoal e familiar, como na vida profissional e
social!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
14-12-2018.
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