terça-feira, 4 de dezembro de 2018







PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 05 de dezembro de 2018








Quarta da I semana do Advento
Ofício:  I semana do Advento ou da memória






QUARTA-FEIRA da semana I

S. Frutuoso, S. Martinho de Dume e S. Geraldo, bispos – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. I do Advento.

L 1 Is 25, 6-10a; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
Ev Mt 15, 29-37


* Na Arquidiocese de Braga – S. Geraldo, bispo de Braga, Padroeiro principal da cidade. Em Braga – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Arquidiocese – MO
* Na Diocese de Bragança-Miranda – SS. Frutuoso, Martinho de Dume e Geraldo, bispos – MO
* Na Ordem Carmelita – B. Bartolomeu Fanti, presbítero – MF
* Na Ordem Franciscana (Comunidade de Braga) – S. Geraldo, bispo – SOLENIDADE
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Filipe Rinaldi, presbítero – MO; no Instituto Secular Voluntárias de D. Bosco – FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.



SS. MARTINHO DE DUME, FRUTUOSO e GERALDO, bispos

Nota Histórica
Martinho, oriundo da Panónia, nasceu no princípio do século VI e foi, ainda novo, para a Palestina. Era um homem de grande erudição e «por inspiração divina», como ele mesmo afirmava, veio para a Galiza cerca do ano 550. Converteu os suevos do arianismo à fé católica e fixou-se em Dume; aí fundou um mosteiro de que foi eleito bispo. Em 569 ficou a ser também bispo metropolita de Braga. Com a sua virtude e saber, diz S. Isidoro, a Igreja floresceu na Galiza. Morreu no dia 20 de Março do ano 579.

Frutuoso nasceu no princípio do século VII, de nobre família visigótica. Fundou numerosos mosteiros, que muito contribuíram para a educação da juventude, como centros de vida religiosa e cultural. Nomeado arcebispo de Braga, a fama da sua santidade e sabedoria estendeu-se a toda a Península Hispânica. Morreu cerca do ano 666.
 
Geraldo nasceu na Gália, de nobre família; professou no mosteiro de Moissac onde desempenhou os cargos de bibliotecário, mestre dos oblatos e cantor. O bispo Bernardo de Toledo conseguiu levá-lo para a sua catedral para aí exercer as funções de mestre e de cantor. Eleito bispo de Braga, exerceu grande actividade na reorganização da diocese, na promoção da vida monástica, na reforma litúrgica e pastoral, bem como na aplicação da disciplina eclesiástica. Morreu a 5 de Dezembro de 1108.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA

Vós estais perto, Senhor; a vossa palavra é caminho da verdade.
São firmes todos os vossos mandamentos.
Vós existis desde toda a eternidade.

ORAÇÃO
Deus, inspirador dos pastores da Igreja e luz de todos os povos, que chamastes os santos bispos Martinho, Frutuoso e Geraldo para ensinar ao vosso povo os mistérios do reino, concedei-nos que, animados pelo seu exemplo e iluminados pela sua doutrina, cheguemos ao esplendor eterno da vossa glória. Por Nosso Senhor.


LEITURA I Is 25, 6-10a
O Senhor convida para o seu banquete
e enxuga as lágrimas de todas as faces


Leitura do Livro de Isaías

Sobre este monte, o Senhor do Universo há de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos. Sobre este monte, há de tirar o véu que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações; Ele destruirá a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo. Porque o Senhor falou. Dir-se-á naquele dia: «Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação; é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança. Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou. A mão do Senhor pousará sobre este monte».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 6cd )
Refrão: Habitarei para sempre na casa do Senhor.  Repete-se

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança. Refrão

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda. Refrão

A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se

O Senhor vem salvar o seu povo:
felizes os que estão preparados para ir ao seu encontro.
Refrão


EVANGELHO Mt 15, 29-37
Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
 
Naquele tempo, foi Jesus para junto do mar da Galileia e, subindo ao monte, sentou-Se. Veio ter com Ele uma grande multidão, trazendo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, que lançavam a seus pés. Ele curou-os, de modo que a multidão ficou admirada, ao ver os mudos a falar, os aleijados a ficar sãos, os coxos a andar e os cegos a ver; e todos davam glória ao Deus de Israel. Então Jesus, chamando a Si os discípulos, disse-lhes: «Tenho pena desta multidão, porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam no caminho». Disseram-Lhe os discípulos: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?» Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Eles responderam-Lhe: «Sete, e alguns peixes pequenos». Jesus ordenou então às pessoas que se sentassem no chão. Depois tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão. Todos comeram até ficarem saciados. E com os pedaços que sobraram encheram sete cestos.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Olhai com bondade, Senhor, para os dons que trazemos ao vosso altar
na memória dos santos bispos Frutuoso, Martinho e Geraldo, para que
nos alcancem o perdão dos pecados e deem glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor.

Prefácio do Advento I

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Ia 15,16)
Não fostes vós que Me escolhestes,
diz o Senhor.
Fui Eu que vos escolhi e vos destinei
para que deis fruto
e o vosso fruto permaneça.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Senhor, que nos renovais com estes santos mistérios, ouvi a nossa
humilde prece e fazei que, a exemplo dos santos bispos Martinho,
Frutuoso e Geraldo, dêmos testemunho da fé que eles professaram
e ponhamos em prática a doutrina que eles ensinaram. Por Nosso
Senhor



«A mente é como um paraquedas: só funciona quando se abre»





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA:

 
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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: Is 25, 6-10a: O reino de Deus é frequentemente comparado na Sagrada Escritura a um banquete. O banquete supõe o convite, a reunião dos convidados, a abundância do que é servido, a intimidade com aquele que convida e entre todos os convivas. Assim é o reino de Deus, onde o banquete é ainda de festa nupcial, de aliança entre Deus e os homens, de vitória da vida sobre tudo o que pudesse ser sinal de morte. O Advento é já celebração do Mistério Pascal: o Senhor vem para salvar.


Mt 15, 29-37: Foi também no monte que Jesus multiplicou os pães e os peixes para matar a fome à multidão, depois de ter curado os doentes. Com estes sinais, o Senhor manifestava que Ele ia já pondo aos homens a mesa do reino dos Céus, que n’Ele o reino dos Céus estava já presente no meio dos homens, como continua hoje a estar, e que n’Ele os homens poderão continuar a encontrar a salvação, que, na sua última vinda, será total e definitiva, e onde todos os que forem chamados a sentar-se à sua mesa comerão “até ficarem saciados”.

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA

10.00 horas: Formação no Gavião
17.00 horas: Missa e confissões em Gáfete
18.00 horas: Missa e confissões em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Reunião com pais dos alunos da catequese em Alpalhão






A VOZ DO PASTOR

ADVENTO EM DINAMISMOS DA HERANÇA E DE MUDANÇA

Mudam os tempos, mudam as pessoas, mudam os gostos, mudam as prioridades, mudam as relações, mudam as estratégias, mudam as pedagogias … tudo parece mudar! E neste frenesim de mudança, com as suas notas de esforço e surpresa, de novidade e apreensão, de possibilidade e adequação, vivemos tempos de necessário discernimento e escolha. É que, entre todas as mudanças que acontecem, há o que passa e o que permanece, há o bom e o menos bom, o supérfluo e o essencial. O que permanece, o que é bom e essencial, é também herança de quem nos precedeu. Herança e mudança são, desta forma, os ritmos de quem tenta acertar o passo com a vida, com a história e com a própria fé. Se doutras heranças alguém pode falar e usufruir, a nossa verdadeira herança, aquela de que falamos e nos privilegia, é o próprio Deus que Se revela e nos dá Cristo Jesus. Todos somos herdeiros, com Cristo, dos bens de Deus Pai, herdeiros de bens que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem o coração humano percebeu o que Deus tem preparado para aqueles que O amam (cf. 1 Cor 2,9). Esta herança de Deus Pai implica determinação e mudança. E a força dessa mudança e determinação está precisamente na Promessa que nos foi feita e se realiza plenamente em Cristo Jesus.

O Advento ajuda-nos a espevitar e a estimular esta nossa consciência, para vivermos na alegria e na seriedade de um testemunho como o testemunho de Jesus Cristo. É um tempo de esperança, de expectativa, de transformação, de desejo. É uma oportunidade pedagógica e sacramental para colocarmos Cristo no centro da nossa vida.

Herdar pode parecer um ato meramente passivo. E conotado com uma certa estagnação, pode até parecer que contraria a mudança. No entanto, receber um bem pelo qual não se trabalhou, é o símbolo de uma vida que se recebe sem se pedir, é o símbolo de algo que se recebe hipoteticamente sem mérito, é um dom. E os dons, pela força da sua gratuidade, ultrapassam barreiras humanas. Assim, herança e mudança andam de mãos dadas como de mãos dadas andam o receber e o dar.

Respondendo à iniciativa do Papa Francisco, a Igreja que está em Portugal resolveu promover, até outubro de 2019, um Ano Missionário. O desafio fundamental desta iniciativa é o da transmissão da fé. Somos convidados a transmitir a herança da fé recebida, desde o vizinho mais próximo até aos povos mais longínquos.

Herança e mudança são, neste contexto, um verdadeiro dinamismo de transmissão da fé. Se Deus se revela sempre na forma da Promessa dos tempos novos e da nova Aliança, a herança da fé recebida tem de ser transmitida. Guardá-la só para si seria infidelidade e infecundidade.

Ora, transmitir não é apenas traduzir. É incarnar. E o tempo de Advento é um tempo favorável para contemplar a incarnação do Verbo e perceber quanto a missão de evangelizar vive deste dinamismo da incarnação. Cristo revela-Se através de atos e palavras, é uma revelação histórica, tem uma estrutura existencial e traduz-se num valor doutrinal. Se, em Cristo, os gestos e as palavras se esclarecem e explicitam mutuamente, na transmissão do Evangelho, os gestos e as palavras, em uníssono, devem ser a expressão da coerência da vida com a fé professada, num dinamismo crescente de unidade e harmonia. Se, em Cristo, a dimensão histórica da incarnação é um dos fatores mais importantes da receção do Seu testemunho e da Sua vida, na missão de evangelizar, a história apresenta-se sempre como espaço de verificação do sentido da verdade evangélica e da sua validade para a vida humana. A missão de evangelizar faz-se na história dos homens, é histórica e constrói história. Se, em Cristo, a relação estabelecida com as multidões, ou com as pessoas, revela a proximidade de Deus à vida humana, na transmissão do Evangelho pela Igreja, a dimensão existencial do encontro é sempre um fator de credibilidade da palavra anunciada. A palavra dita e o encontro realizado são sempre comunhão e comunicação. Missão e transmissão da fé são palavra que comunica, interpela, confidencia, testemunha, manifesta confiança. Aliás, a palavra de confidência vale sempre como testemunho do que é mais importante. Cristo é uma confidência de Deus à humanidade. Se, em Cristo, cada palavra e cada gesto tem a dimensão de um sinal de salvação, na Igreja e na sua missão, cada gesto sacramental é um sinal explícito e evidente de que Deus vem para salvar e reconstruir. Se as verdades ditas e os acontecimentos realizados por Cristo são experiências diante das quais não se pode voltar atrás sob o risco de apagar parte da história, na missão da Igreja, a verdade de Cristo interiorizada e professada como fé, ganha um valor doutrinal na vida da Comunidade. É a fé da Comunidade.

A missão da Igreja – transmitir a herança recebida – tem, então, a dimensão da vida do homem e de todos os lugares onde os homens habitam. As nossas Comunidades necessitam da missão da Igreja que transmite Cristo vivo e experienciado. O mundo necessita da missão da Igreja para ter acesso ao tesouro que é viver de Cristo e dos seus ensinamentos.

Onde há missão existe sempre vocação. O Advento sublinha, por isso, a preparação do coração para receber Cristo e a necessidade da transmissão do dom que recebemos. Acolher a herança reclama mudança na vida. Cristo continua a vir ao encontro de cada homem em cada tempo para com ele construir uma história de humanidade. Ele permanece sempre e para sempre.

Herdeiros dos inimagináveis bens de Deus Pai, aproveitemos, pois, este tempo favorável do Advento para cuidar da mudança do coração, envolvendo as famílias e as comunidades paroquiais, para bem celebrar, em família e na comunidade cristã, o Natal de Jesus que vem pobre, simples e humilde para nos trazer a alegria e para que a nossa alegria seja completa.

Antonino Dias
Portalegre, 30-11-2018.




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