domingo, 16 de dezembro de 2018







PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 17 de dezembro de 2018










Segunda da III semana do Advento
Ofício da féria -  III semana do Advento






SEGUNDA-FEIRA da semana III
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. II do Advento.

Abandonam-se as leituras indicadas para os dias feriais da III semana do Advento, e tomam-se as leituras dos dias do mês.

L 1 Gen 49, 2. 8-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17
Ev Mt 1, 1-17

* 82.º aniversário natalício do Papa Francisco (1936).



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Is 49, 13
Alegrem-se os Céus, exulte a terra:
o Senhor visitará o seu povo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus, criador e redentor do género humano, que no seio da bem-aventurada Virgem Maria quisestes realizar o grande mistério da encarnação do Verbo, ouvi a nossa oração e concedei que o vosso Filho Unigénito, feito homem como nós, nos torne participantes da sua vida divina. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
As leituras entre os dias 17 e 24 utilizam-se nos dias a que são atribuídas. Mas se forem omitidas em razão do domingo ocorrente, podem adiar-se ou antecipar-se para outro dia, especialmente em vez de leituras que nesse ano porventura se façam no domingo.


LEITURA I Gen 49, 2.8-10
«O ceptro não se afastará de Judá»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Jacob chamou os seus filhos e disse-lhes: «Reuni-vos e escutai, filhos de Jacob. escutai Israel, vosso pai. Judá, os teus irmãos hão de louvar-te, a tua mão pesará sobre a cabeça dos teus inimigos e os filhos de teu pai hão de inclinar- se diante de ti. Judá, tu és um leão novo: voltaste, meu filho, com a tua presa. Ele dobra o joelho e deita-se como o leão, ou como a leoa: quem o fará levantar-se? O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comando de entre os seus pés, até que venha Aquele a quem pertence e a quem os povos hão de obedecer».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 71 (72), 2.3-4ab.7-8.17 (R. cf. 7)
Refrão: Nos dias do Senhor
nascerá a justiça e a paz para sempre. Repete-se


Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade. Refrão

Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes. Refrão

Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra. Refrão

O seu nome será eternamente bendito
e durará tanto como a luz do sol;
nele serão abençoadas todas as nações,
todos os povos o hão de bendizer. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se

Ó Sabedoria do Altíssimo,
que tudo governais com firmeza e suavidade:
vinde ensinar-nos o caminho da salvação. Refrão


EVANGELHO Mt 1, 1-17
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David.



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, os dons da vossa Igreja e pela celebração destes sagrados mistérios dai-nos como alimento o pão do Céu. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Advento II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Ageu 2, 8
Eis que vem o desejado de todos os povos
e encherá de glória o templo do Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus omnipotente, que nos alimentais com o pão da vida, concedei-nos que, inflamados pelo fogo do vosso Espírito, brilhemos como lâmpadas resplandecentes quando vier o Se¬nhor. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Má notícia é que o tempo voa… Boa notícia é que tu és o piloto».





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA: Gen 49, 2.8-10: Começamos estes dias que preparam imediatamente o Natal do Senhor pelo anúncio que vem do longínquo tempo dos Patriarcas do povo de Deus. Na bênção de Jacob aos seus filhos antes de morrer, tem especial importância a bênção dada a Judá, chefe da tribo donde descende Jesus, e, por isso, se atribui a Jesus o que Jacob disse de Judá quando exclamou: “Judá é um leão.” O leão é o animal forte. No Apocalipse, um dos anciãos exclama a propósito d’Aquele que é capaz de abrir o livro dos sete selos, Jesus, o Salvador: “O leão da tribo de Judá venceu!” É já uma aclamação da vitória pascal do Senhor e para a qual o Advento já nos encaminha.

Mt 1, 1-17: As promessas de Deus feitas aos antepassados atravessam as gerações, onde haverá membros do povo eleito e estrangeiros, santos e pecadores, e vêm a realizar-se finalmente em Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho do homem, Salvador universal. Esta leitura, parecendo, à primeira vista, simples enumeração de nomes, é um testemunho eloquente da fidelidade de Deus à sua aliança com os homens. Ainda que estes O abandonem, Ele não os abandonará.

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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA

21.00 horas: Oração de louvor no Calvário




A VOZ DO PASTOR


PADRE EM GREVE - IGREJA FECHADA

Na Revista IHU on-line da página web do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, vem publicado, em 7 deste mês de dezembro, um artigo sob o título: Paróquia italiana anuncia que fechará no Natal: ''Jesus, migrante dos migrantes, foi rejeitado na nossa fronteira''. Aí se dá conta que o Pároco da Igreja de San Torpete, em Gênova, Itália, por “objeção de consciência”, irá fechar as portas da igreja desde o dia 24 de dezembro a 5 de janeiro de 2019. Para além da conivência dos cristãos num Natal sem Cristo, a causa última que lhe fez saltar a tampa foi o decreto do ministro do Interior italiano, sobre a questão migratória. O Pe. Paolo Farinella faz “greve” porque o governo e o Parlamento italianos, “no silêncio total dos católicos e dos cristãos, às vésperas do Natal, expulsa da Itália aquele Jesus de Nazaré do qual se gostaria de celebrar o nascimento”.

Depois de fazer o enquadramento histórico da paróquia, Farinella refere a paróquia de San Torpete como “um lugar de espiritualidade, de poesia, de cultura, de música e de política com o seu foco na Eucaristia dominical, frequentada por pessoas de outros bairros da cidade e de fora de Gênova”. Como “paróquia sem paroquianos”, San Torpete “tornou-se a paróquia da diáspora dos peregrinos nómadas”. E mais refere: “O Natal não é mais o Natal cristão: não é mais “memória” do nascimento de Jesus, mas um cínico fato comercial, misturado com ritos e liturgias repetitivos, “mercadorias à venda” no pagão “espírito de Natal”, sequestrado pelo mercado neocapitalista. Os católicos, de fato, não acreditam que o Natal seja a consciência da “proximidade de Deus” para construir uma nova humanidade universal. Eles se contentam, culpavelmente, com a fabulazinha inócua do presépio, que, entre gansos, animais, artesanatos, bonecos e mecanismos de engenharia hidráulica, faz do “mistério fundamental da fé cristã”, a Encarnação do Lógos-Verbum-Palavra, um instrumento de alienação em benefício de crianças e adultos infantis, que, embora batizados, só entram em uma igreja nessa ocasião. Turistas do religioso folclórico. O “clima de bondade” domina o tempo natalício, entre papais-noéis, bois, burros, bruxas e gaitas de foles, tanto que os jornais (como Il Secolo XIX do sábado, 1º de dezembro), falam de “espírito de Natal”, referindo-se às perspetivas de comércio e de vendas. O “mistério do Deus que vem” se reduz a uma religião civil e pagã, ocasião de circunstância da qual Deus é excluído e expulso. As luzes das ruas indicam as “lojas” como grutas de Belém, com os anjos adorando a mercadoria exposta à venda, marcada por uma estrela piscante. Os cristãos são cúmplices da degradação do Natal, porque a memória do nascimento de Jesus não tem nada a ver com esse Natal, transformado em saga camponesa de montanhas de presentes e presépios, enquanto, ao lado, “os pobres Cristos” morrem de fome e de frio no mar, nos bordéis da Líbia, pagos pela Itália, que fomenta as guerras com o imundo comércio de armas, do qual obtém lucros ilícitos. A comida é jogada fora, enquanto, nas mesmas ruas, “Jesus, o migrante dos migrantes”, morre de fome e de frio ao canto de “Tu scendi dalle stelle al freddo e al gelo” [Tu desces das estrelas ao frio e ao gelo”].

Em 2018, não se pode celebrar o Natal também por “objeção de consciência” ao Decreto-Lei n. 113/2018, despudoradamente conhecido como “decreto de segurança”, embora seja um decreto de insegurança máxima e de afronta aos valores e aos sentimentos mais profundos da Democracia e do Direito. Por trás de palavras bombásticas, confusas e imorais, esconde-se a vontade determinada de atacar “os Migrantes”, justamente às vésperas daquele Natal que celebra o nascimento de Jesus, migrante perseguido pela polícia de Herodes, que fugiu da perseguição, que foi acolhido no Egito e que voltou a se estabelecer em Nazaré, depois de uma viagem alucinante e perigosa através do deserto de Neguev. Tudo isso ocorre no silêncio cúmplice de um mundo católico que exalta um ministro que balança um presépio de plástico, que sacode um evangelho falso e ilude com o terço nas mãos, sem provocar um regurgito de vômito dos chamados católicos de salão. O Papa Francisco os chama de “cristãos de pastelaria”. Neste ano de 2018, se Jesus, com Maria e José, se apresentasse entre nós para celebrar o seu nascimento, com o decreto imundo de Salvini, ele seria detido na fronteira e enviado de volta por ser um migrante económico, por não ter uma permissão de residência e porque na Palestina há uma guerra “velha” desde 1948. Exaltando Salvini, homem inculto, sem qualquer senso do Estado e do Direito, os católicos são cúmplices de crimes de lesa humanidade e de “deicídio”, porque, cada vez que se comete um erro no plano do Direito contra a pessoa do pobre, faz-se isso diretamente contra Jesus na carne viva dos migrantes.

Com que direito cristãos podem pretender celebrar o Natal daquele Jesus que o seu país, sem qualquer resistência ou protesto deles, expulsa o Homem no Filho de Deus?

A poucos dias da aprovação dessa lei com o voto positivo do senhor [Luigi] Di Maio [vice-primeiro-ministro italiano], que se deixa fotografar ao beijar o sangue de São Januário (pobre dele!), como é possível abrir as igrejas e se entreter com canções de ninar, “Tu scendi dalle stelle”, cantos gregorianos, presépios infames, quando, do lado de fora, o verdadeiro Cristo é ofendido, torturado, estuprado, vilipendiado, vendido, esbofeteado, morto, como o “Homem das Dores” do profeta Isaías? (Is 53).

O “decreto Salvini” é inconstitucional, e “primeiro os italianos” é um opróbrio jurídico que rasga séculos de conquistas da civilização jurídica. Enquanto esperamos a decisão da Suprema Corte que não chegará antes de dois anos, o Direito definha, a Democracia está ferida, a Constituição, dilacerada, e os cristãos... não têm vergonha de assistir e de ser coniventes com esse massacre contra cada “homem que vem a este mundo”. Só nos resta assumir o único gesto de dignidade que sobrou: a nossa consciência oposta como bastião de objeção total com ato público, radical, disruptivo e inequívoco: a Igreja de San Torpete em Gênova ficará fechada, porque um Natal sem Cristo, um Natal sem Deus é um Natal sem Homem.

Que a igreja, fechada por fracasso, possa estimular o pensamento e a reflexão dos fiéis e daqueles que têm consciência de que o Natal é “Deus-connosco-Emmanuel”. As celebrações serão retomadas com a Epifania (6 de janeiro de 2019), a “manifestação do Senhor aos povos do mundo”, festa de universalidade sem fronteiras, realizada por “uma grande multidão, que ninguém podia contar: gente de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7, 9). Não celebrem o meu nascimento – diz Jesus – porque Eu-sou desde sempre. Em vez disso, celebrem o renascimento de vocês como criaturas novas: convertam-se e voltem ao Evangelho (Mc 1, 15)”.
……
Esta atitude sacode-nos, convida-nos a acordar. Também nós precisamos de nos centralizar no que é importante, tornando-nos mais fraternos e solidários. Não podemos ser coniventes na degradação do Natal do Senhor e na banalização das suas consequências, tanto na vida pessoal e familiar, como na vida profissional e social!...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-12-2018.



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