PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 29 de dezembro de 2018
Sábado, 29 de dezembro de 2018
Sábado na oitava de Natal
Ofício como nos dias 27 e 29
SÁBADO,
5º dia da Oitava do Natal
Branco – Ofício como
nos dias 25 e 29. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 3-11; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 5b-6
Ev Lc 2, 22-35
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial e no primeiro aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Tomás Becket (de Cantuária), bispo e mártir, como se indica na p. 33, n. 8.
* I Vésp. da Sagrada Família – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 3-11; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 5b-6
Ev Lc 2, 22-35
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial e no primeiro aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Tomás Becket (de Cantuária), bispo e mártir, como se indica na p. 33, n. 8.
* I Vésp. da Sagrada Família – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e invisível, que iluminastes as trevas do mundo com a luz da vossa vinda, lançai sobre nós um olhar de paz, para podermos louvar dignamente o glorioso nascimento do vosso Filho Unigénito, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 3-11
«Quem ama o seu irmão permanece na luz»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e invisível, que iluminastes as trevas do mundo com a luz da vossa vinda, lançai sobre nós um olhar de paz, para podermos louvar dignamente o glorioso nascimento do vosso Filho Unigénito, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 3-11
«Quem ama o seu irmão permanece na luz»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-l’O mas não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guarda a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito. Nisto reconhecemos que estamos n’Ele. Quem diz que permanece n’Ele deve também proceder como Ele procedeu. Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. No entanto, é um mandamento novo que vos escrevo – o que é verdadeiro n’Ele e em vós –, porque as trevas estão a passar e já brilha a luz verdadeira. Quem diz que está na luz e odeia o seu irmão ainda se encontra nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e não há nele ocasião de pecado. Mas quem odeia o seu irmão encontra-se nas trevas, caminha nas trevas e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2a.2b-3.5b-6 (R. 11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a terra. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. Refrão
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas. Refrão
Foi o Senhor quem fez os céus:
diante d’Ele a honra e a majestade,
no seu templo o poder e o esplendor. Refrão
ALELUIA Lc 2, 32
Refrão: Aleluia Repete-se
Luz para se revelar às nações
e glória do vosso povo Israel. Refrão
EVANGELHO Lc 2, 22-35
«Luz para se revelar às nações»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».
Palavra da salvação.
Não se diz o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, a oblação que trazemos ao vosso altar nesta admirável permuta de dons, de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes, mereçamos receber-Vos a Vós mesmo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Natal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 1, 78
Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,
das alturas nos visitou o sol nascente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja constantemente fortalecida pela comunhão nos vossos santos mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Não
tenhas medo de estender a tua mão a quem dela necessite; não hesites em aceitar
a mão estendida para te ajudar».
João XXIII
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: 1 Jo 2, 3-11 : O acontecimento
do Natal é a manifestação aos homens do amor de Deus por eles. Acreditar em
Jesus é acreditar no amor de Deus e acolher este amor, para com ele amar os
seus irmãos. Não se tem fé viva, se a fé não leva a amar os outros, à imitação
do que Deus faz para com os homens. É este o mandamento por excelência que o
Senhor nos deixou: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós
mesmos”.
Lc 2,
22-35: O primeiro acontecimento do Novo Testamento, que já se orientava
para o nascimento de Jesus, a anunciação a Zacarias (dia 19), situava-se no
templo: no templo terminam hoje os episódios da infância do Senhor, com o
encontro de Jesus e de Simeão. Simeão, como já Zacarias o tinha feito, proclama
o Senhor como luz, porque Ele vem como Luz de Deus para iluminar os homens, os
libertar das trevas e os transferir para a Luz do Reino de Deus.
______________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
11.30 horas: Funeral
em Gáfete
15.00 horas: Missa na
Falagueira
16.00 horas: Missa no
Monte Claro
18.00 horas Missa em
Nisa
18.00 horas Missa em
Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
«A BOA POLÍTICA ESTÁ AO
SERVIÇO DA PAZ»
Mensagem do Papa Francisco
para a celebração do Dia Mundial da Paz
1º de janeiro de 2019
1. «A paz esteja nesta casa!»
Jesus,
ao enviar em missão os seus discípulos, disse-lhes: «Em qualquer casa em que
entrardes, dizei primeiro: “A paz esteja nesta casa!” E, se lá houver um homem
de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós» (Lc 10,
5-6).
Oferecer
a paz está no coração da missão dos discípulos de Cristo. E esta oferta é feita
a todos os homens e mulheres que, no meio dos dramas e violências da história
humana, esperam na paz.[1]
A «casa», de que fala Jesus, é cada família, cada comunidade, cada país, cada
continente, na sua singularidade e história; antes de mais nada, é cada pessoa,
sem distinção nem discriminação alguma. E é também a nossa «casa comum»: o
planeta onde Deus nos colocou a morar e do qual somos chamados a cuidar com
solicitude.
Eis,
pois, os meus votos no início do novo ano: «A paz esteja nesta casa!»
2. O desafio da boa política
A
paz parece-se com a esperança de que fala o poeta Carlos Péguy;[2]
é como uma flor frágil, que procura desabrochar por entre as pedras da violência.
Como sabemos, a busca do poder a todo o custo leva a abusos e injustiças. A
política é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem,
mas, quando aqueles que a exercem não a vivem como serviço à coletividade
humana, pode tornar-se instrumento de opressão, marginalização e até
destruição.
«Se
alguém quiser ser o primeiro – diz Jesus – há de ser o último de todos e o
servo de todos» (Mc 9, 35). Como assinalava o Papa São Paulo VI, «tomar a sério
a política, nos seus diversos níveis – local, regional, nacional e mundial – é
afirmar o dever do homem, de todos os homens, de reconhecerem a realidade
concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para
procurarem realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade».[3]
Com
efeito, a função e a responsabilidade política constituem um desafio permanente
para todos aqueles que recebem o mandato de servir o seu país, proteger as
pessoas que habitam nele e trabalhar para criar as condições dum futuro digno e
justo. Se for implementada no respeito fundamental pela vida, a liberdade e a
dignidade das pessoas, a política pode tornar-se verdadeiramente uma forma
eminente de caridade.
3.
Caridade e virtudes humanas para uma política ao serviço dos direitos humanos e
da paz
O
Papa Bento XVI recordava que «todo o cristão é chamado a esta caridade,
conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na pólis.
(…) Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência
superior à do empenho simplesmente secular e político. (…) A ação do homem
sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a
edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a
história da família humana».[4]
Trata-se de um programa no qual se podem reconhecer todos os políticos, de
qualquer afiliação cultural ou religiosa, que desejam trabalhar juntos para o
bem da família humana, praticando as virtudes humanas que subjazem a uma boa
ação política: a justiça, a equidade, o respeito mútuo, a sinceridade, a
honestidade, a fidelidade.
A
propósito, vale a pena recordar as «bem-aventuranças do político», propostas
por uma testemunha fiel do Evangelho, o Cardeal vietnamita Francisco Xavier
Nguyen Van Thuan, falecido em 2002:
Bem-aventurado
o político que tem uma alta noção e uma profunda consciência do seu papel.
Bem-aventurado
o político de cuja pessoa irradia a credibilidade.
Bem-aventurado
o político que trabalha para o bem comum e não para os próprios interesses.
Bem-aventurado
o político que permanece fielmente coerente.
Bem-aventurado
o político que realiza a unidade.
Bem-aventurado
o político que está comprometido na realização duma mudança radical.
Bem-aventurado
o político que sabe escutar.
Bem-aventurado
o político que não tem medo.[5]
Cada
renovação nos cargos eletivos, cada período eleitoral, cada etapa da vida
pública constitui uma oportunidade para voltar à fonte e às referências que
inspiram a justiça e o direito. Duma coisa temos a certeza: a boa política está
ao serviço da paz; respeita e promove os direitos humanos fundamentais, que são
igualmente deveres recíprocos, para que se teça um vínculo de confiança e
gratidão entre as gerações do presente e as futuras.
4. Os vícios da política
A
par das virtudes, não faltam infelizmente os vícios, mesmo na política, devidos
quer à inépcia pessoal quer às distorções no meio ambiente e nas instituições.
Para todos, está claro que os vícios da vida política tiram credibilidade aos
sistemas dentro dos quais ela se realiza, bem como à autoridade, às decisões e
à ação das pessoas que se lhe dedicam. Estes vícios, que enfraquecem o ideal
duma vida democrática autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em
perigo a paz social: a corrupção – nas suas múltiplas formas de apropriação indevida
dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas –, a negação do direito,
a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a
justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da «razão de
Estado», a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa
a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do
lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio.
5.
A boa política promove a participação dos jovens e a confiança no outro
Quando
o exercício do poder político visa apenas salvaguardar os interesses de certos
indivíduos privilegiados, o futuro fica comprometido e os jovens podem ser
tentados pela desconfiança, por se verem condenados a permanecer à margem da
sociedade, sem possibilidades de participar num projeto para o futuro. Pelo
contrário, quando a política se traduz, concretamente, no encorajamento dos
talentos juvenis e das vocações que requerem a sua realização, a paz propaga-se
nas consciências e nos rostos. Torna-se uma confiança dinâmica, que significa
«fio-me de ti e creio contigo» na possibilidade de trabalharmos juntos pelo bem
comum. Por isso, a política é a favor da paz, se se expressa no reconhecimento
dos carismas e capacidades de cada pessoa. «Que há de mais belo que uma mão
estendida? Esta foi querida por Deus para dar e receber. Deus não a quis para
matar (cf. Gn 4, 1-16) ou fazer sofrer, mas para cuidar e ajudar a viver.
Juntamente com o coração e a inteligência, pode, também a mão, tornar-se um
instrumento de diálogo».[6]
Cada
um pode contribuir com a própria pedra para a construção da casa comum. A vida
política autêntica, que se funda no direito e num diálogo leal entre os
sujeitos, renova-se com a convicção de que cada mulher, cada homem e cada
geração encerram em si uma promessa que pode irradiar novas energias relacionais,
intelectuais, culturais e espirituais. Uma tal confiança nunca é fácil de
viver, porque as relações humanas são complexas. Nestes tempos, em particular,
vivemos num clima de desconfiança que está enraizada no medo do outro ou do
forasteiro, na ansiedade pela perda das próprias vantagens, e manifesta-se
também, infelizmente, a nível político mediante atitudes de fechamento ou
nacionalismos que colocam em questão aquela fraternidade de que o nosso mundo
globalizado tanto precisa. Hoje, mais do que nunca, as nossas sociedades
necessitam de «artesãos da paz» que possam ser autênticos mensageiros e
testemunhas de Deus Pai, que quer o bem e a felicidade da família humana.
6. Não à guerra nem à estratégia do
medo
Cem
anos depois do fim da I Guerra Mundial, ao recordarmos os jovens mortos durante
aqueles combates e as populações civis dilaceradas, experimentamos – hoje,
ainda mais que ontem – a terrível lição das guerras fratricidas, isto é, que a
paz não pode jamais reduzir-se ao mero equilíbrio das forças e do medo. Manter
o outro sob ameaça significa reduzi-lo ao estado de objeto e negar a sua
dignidade. Por esta razão, reiteramos que a escalada em termos de intimidação,
bem como a proliferação descontrolada das armas são contrárias à moral e à
busca duma verdadeira concórdia. O terror exercido sobre as pessoas mais
vulneráveis contribui para o exílio de populações inteiras à procura duma terra
de paz. Não são sustentáveis os discursos políticos que tendem a acusar os
migrantes de todos os males e a privar os pobres da esperança. Ao contrário,
deve-se reafirmar que a paz se baseia no respeito por toda a pessoa,
independentemente da sua história, no respeito pelo direito e o bem comum, pela
criação que nos foi confiada e pela riqueza moral transmitida pelas gerações
passadas.
O
nosso pensamento detém-se, ainda e de modo particular, nas crianças que vivem
nas zonas atuais de conflito e em todos aqueles que se esforçam por que a sua
vida e os seus direitos sejam protegidos. No mundo, uma em cada seis crianças
sofre com a violência da guerra ou pelas suas consequências, quando não é
requisitada para se tornar, ela própria, soldado ou refém dos grupos armados. O
testemunho daqueles que trabalham para defender a dignidade e o respeito das
crianças é extremamente precioso para o futuro da humanidade.
7. Um grande projeto de paz
Celebra-se,
nestes dias, o septuagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, adotada após a II Guerra Mundial. A este respeito, recordemos a
observação do Papa São João XXIII: «Quando numa pessoa surge a consciência dos
próprios direitos, nela nascerá forçosamente a consciência do dever: no titular
de direitos, o dever de reclamar esses direitos, como expressão da sua
dignidade; nos demais, o dever de reconhecer e respeitar tais direitos».[7]
Com
efeito, a paz é fruto dum grande projeto político, que se baseia na
responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Mas é também um
desafio que requer ser abraçado dia após dia. A paz é uma conversão do coração
e da alma, sendo fácil reconhecer três dimensões indissociáveis desta paz
interior e comunitária:
-
a paz consigo mesmo, rejeitando a intransigência, a ira e a impaciência e –
como aconselhava São Francisco de Sales – cultivando «um pouco de doçura para
consigo mesmo», a fim de oferecer «um pouco de doçura aos outros»;
-
a paz com o outro: o familiar, o amigo, o estrangeiro, o pobre, o
atribulado..., tendo a ousadia do encontro, para ouvir a mensagem que traz
consigo;
-
a paz com a criação, descobrindo a grandeza do dom de Deus e a parte de
responsabilidade que compete a cada um de nós, como habitante deste mundo,
cidadão e ator do futuro.
A
política da paz, que conhece bem as fragilidades humanas e delas se ocupa, pode
sempre inspirar-se ao espírito do Magnificat que Maria, Mãe de Cristo Salvador
e Rainha da Paz, canta em nome de todos os homens: A «misericórdia [do
Todo-Poderoso] estende-se de geração em geração sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos
de seus tronos e exaltou os humildes (...), lembrado da sua misericórdia, como
tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre» (Lc
1, 50-55).
Vaticano,
8 de dezembro de 2018.
Franciscus
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