quinta-feira, 13 de dezembro de 2018







PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 14 de dezembro de 2018








Sexta da II semana do Advento
Ofício da memória -  II semana do Advento







SEXTA-FEIRA da semana II

S. João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. I do Advento.

L 1 Is 48, 17-19; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Mt 11, 16-19

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja – FESTA e SOLENIDADE.



S. JOÃO DA CRUZ, presbítero e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nasceu em Fontiveros, província de Ávila (Espanha) pelo ano de 1542. Depois de ter passado algum tempo na Ordem dos Carmelitas, foi o primeiro entre os seus irmãos de Religião que, a partir de 1568, persuadido por Santa Teresa de Jesus, se declarou a favor da reforma da sua Ordem, e suportou, por isso, inumeráveis sofrimentos e trabalhos. Morreu em Úbeda no ano 1591, com grande fama de santidade e sabedoria, de que dão testemunho os seus escritos espirituais.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Gal 6, 14
Toda a minha glória está na cruz
de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por Ele o mundo está crucificado para mim
e eu para o mundo.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que inspirastes ao presbítero São João da Cruz a perfeita abnegação de si mesmo e o ardente amor à cruz, concedei que, imitando o seu exemplo, cheguemos à contemplação eterna da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Cor 2, 1-10a
«Falamos da sabedoria de Deus, misteriosa e oculta»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com sublimidade de linguagem ou de sabedoria a anunciar-vos o mistério de Deus. Pensei que, entre vós, não devia saber nada senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Apresentei-me diante de vós cheio de fraqueza e de temor e a tremer deveras. A minha palavra e a minha pregação não se basearam na linguagem convincente da sabedoria humana, mas na poderosa manifestação do Espírito Santo, para que a vossa fé não se fundasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus. Nós falamos de sabedoria entre os perfeitos, mas de uma sabedoria que não é deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que vão ser destruídos. Falamos da sabedoria de Deus, misteriosa e oculta, que já antes dos séculos Deus tinha destinado para a nossa glória. Nenhum dos príncipes deste mundo a conheceu; porque se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Mas, como está escrito, «nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam». Mas a nós Deus o revelou por meio do Espírito Santo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 36 (37), 3-4.5-6.30-31 (R. 30a)
Refrão: A boca do justo proclama a sabedoria.


Confia no Senhor e pratica o bem,
possuirás a terra e viverás tranquilo.
Põe no Senhor as tuas delícias,
e Ele satisfará os anseios do teu coração.

Confia ao Senhor o teu destino
e tem confiança, que Ele atuará.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e como o sol do meio-dia os teus direitos.

A boca do justo profere a sabedoria
e a sua língua proclama a justiça.
A lei de Deus está no seu coração
e não vacila nos seus passos.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Senhor está perto, ide ao seu encontro;
Ele é o príncipe da paz. Refrão



EVANGELHO Mt 11, 16-19
Não ouvem João nem o Filho do homem

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo: ‘Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes’. Veio João Baptista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus todo-poderoso, olhai para as ofertas que Vos apresentamos na festa de São João da Cruz e fazei que, celebrando o memorial da paixão do Senhor, conformemos a nossa vida com estes santos mistérios. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 16, 24
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que de modo admirável revelastes no presbítero São João o mistério da cruz, concedei-nos que, fortalecidos por este sacrifício, vivamos fielmente unidos a Cristo e trabalhemos na Igreja pela salvação do mundo. Por Nosso Senhor. 




«Não julgues cada dia por aquilo que colhes mas por aquilo que semeaste».





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA: 

Mt 11, 16-19: O lamento de Deus no Antigo Testamento em relação ao povo do tempo dos profetas, encontramo-lo agora na boca do próprio Jesus em relação à gente do seu tempo, que podia escutar da própria boca do Filho de Deus a palavra da vida, e não a sabia apreciar. Com toda a sorte de desculpas, os ouvintes de Jesus esquivavam-se a escutá-l’O e a segui-l’O. Mas a Sabedoria de Deus, que encarnou em Jesus Cristo, triunfará da indiferença superficial dos que não Lhe prestam atenção, como crianças desatentas e caprichosas.

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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA

15.00 horas: Atendimento em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa.





A VOZ DO PASTOR


FELIZ ENCONTRO NA ALEGRIA DA PALAVRA

No final do Ano da Misericórdia, o Papa Francisco achou conveniente «que cada comunidade pudesse, num domingo do Ano Litúrgico, renovar o compromisso em prol da difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um Domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus». Entre nós, e em cada ano, o Domingo dedicado inteiramente à Palavra é o III Domingo do Advento, o Domingo da Alegria. De forma pedagógica, e a partir já deste II Domingo do Advento, não faltarão dinâmicas e criatividade para enriquecer tal iniciativa em cada comunidade cristã. Porque a Igreja vive da Palavra de Deus, a Palavra de Deus tem de ecoar na Igreja, no seu ensinamento, em toda a sua vida. O Deus da Bíblia é o Deus que fala, o Deus que intervém na História, muitas vezes e de muitos modos. É o Deus que não desiste de nos chamar à salvação. O Deus que tem nos profetas as testemunhas e os intérpretes mais qualificados da Sua Palavra e dos acontecimentos históricos pelos quais fala ao Seu povo. Nos últimos tempos, porém, o Filho deste Deus que falou e fala, fez-se homem, é o Verbo, é a Palavra incarnada, é Cristo Jesus. É o enviado como homem aos homens para testemunhar tudo quanto viu e ouviu da parte do Pai, quem O vê, vê o Pai. Os Apóstolos, por sua vez, sempre se apresentaram como testemunhas das palavras e dos acontecimentos que Jesus disse e fez. E é pelo acolhimento da Palavra e do testemunho de Deus em Jesus Cristo, que o encontro com Deus acontece. A palavra é um facto interpessoal, um ser-para-o-outro, interpela, é algo vivo, dá a conhecer o mistério de uma pessoa a outra, põe-nos em comunicação através de conteúdos e gestos vários. No entanto, o ponto mais alto da comunicação interpessoal feita pela palavra é o da Palavra eterna. Esta, de tal modo se entregou aos homens que Ela própria se tornou Homem. Incarnou em Jesus Cristo, tornou-Se próxima de cada homem, entrou na história, nessa história que ao longo dos tempos preparou, anunciou e prefigurou Aquele que haveria de vir. Mas os Seus não O receberam, recusaram o diálogo, recusaram receber a Palavra em que Deus se queria manifestar, enfraqueceram a comunicação que Deus quis estabelecer com o homem. Quando meramente religioso, o homem prefere dialogar com os seus próprios ídolos, prefere fazer súplicas, em monólogo, a um Deus transcendente e distante, sem encontro, sem afeto, sem consequências. O verdadeiro cristão, porém, sabe que é precisamente na ausência de comunicação do homem com Deus que se situa o "fracasso” e a tragédia da cruz. Sabe que só a Palavra encurta a distância entre Deus e o homem, tornando-O o Emanuel, o Deus-connosco, o Deus que nos trata como amigos, o Deus que Se revela na e pela Palavra, o Deus que comunica ao homem o mistério da Sua Pessoa para tornar o homem participante da vida divina. O cristão sabe que a Palavra mais perfeita e mais significativa alguma vez dita por Deus à humanidade está na oferta de Cristo, como Palavra e como Vida, na Cruz. Sim, se a Cruz significa a tragédia do corte da relação entre Deus que fala e o homem que não escuta nem aceita, Ela também exprime a plenitude do amor de Deus pela humanidade. Merece, por isso, uma resposta pronta, alegre e vital da parte do cristão, peregrino que é neste mundo em direção à Pátria definitiva. Aí, sim, aí, nesse encontro final, nesse conhecimento perfeito do Emissor divino com o recetor humano, aí viver-se-á a verdadeira dimensão do amor (cf. H. Alves, Doc. da Igreja sobre a Bíblia desde 160 a 2010, Dif. Bíblica, 2011, Introdução).
Podem perguntar: mas se é Deus que toma a iniciativa de estabelecer o contacto com o homem, se é Ele que desce até nós, se é Ele que inicia o diálogo, se é Ele quem primeiro nos dirige a Palavra e de forma progressiva ao longo da história, se é Ele que Se comunica de forma mais perfeita em Cristo Palavra incarnada, como é que esta Palavra que vem de Deus até ao homem pode subir do homem até Deus? Sim, como é que isso acontece? Só acontecerá depois de ter sido posta em prática pelo homem no amor aos outros. Só o amor aos irmãos pode ter eco no coração de Deus que é amor e misericórdia.
Maria Imaculada acolheu a Palavra e aderiu à vontade de Deus. Pelo Espírito Santo tornou-se Mãe de Jesus e associou-Se à Sua obra redentora. É nossa Mãe na ordem da graça, é Mãe da Igreja. Diante do Presépio, diante do Menino, de Maria e de José, deixemo-nos encontrar por Jesus que vem ao nosso encontro, contemplemos a sua extraordinária condescendência, humildade e simplicidade. E, sobretudo, deixemo-nos de peneiras!...

Antonino Dias
Portalegre, 07-12-2018.



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