quarta-feira, 5 de dezembro de 2018







PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 06 de dezembro de 2018








Quinta da I semana do Advento
Ofício:  I semana do Advento ou da memória






QUINTA-FEIRA da semana I

S. Nicolau, bispo – MF
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.

L 1 Is 26, 1-6; Sal 117 (118), 1 e 8-9. 19-21. 25-27a
Ev Mt 7, 21. 24-27


* Na Ordem Beneditina – S. Sabas, abade – MF; S. Nicolau, bispo – MF



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 118, 151-152
Vós estais perto, Senhor;
a vossa palavra é caminho da verdade.
São firmes todos os vossos mandamentos.
Vós existis desde toda a eternidade.


ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, o vosso poder e vinde socorrer-nos: apressai misericordioso e propício a salvação que os nossos pecados retardam. Por Nosso Senhor.


LEITURA I Is 26, 1-6
«Entrará um povo justo, que pratica a fidelidade»

Leitura do Livro de Isaías

Naquele dia, cantarão este hino na terra de Judá: «Nós temos uma cidade forte; muralhas e fortificações foram postas para nos proteger. Abri as portas para que entre um povo justo, um povo que pratica a fidelidade. O seu coração está firme: dar-lhe-eis a paz, porque em Vós tem confiança». Confiai sempre no Senhor, porque o Senhor é a nossa fortaleza eterna. Humilhou os habitantes das alturas, abateu a cidade inacessível, derrubou-a por terra, arrasou-a até ao solo. Ela é calcada aos pés, os pés dos infelizes, os passos dos pobres.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1.8-9.19-21.25-27a
Refrão: Bendito o que vem em nome do Senhor. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos poderosos. Refrão

Abri-me as portas da justiça:
entrarei para dar graças ao Senhor.
Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.
Eu Vos dou graças porque me ouvistes
e fostes o meu salvador. Refrão

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. Refrão


ALELUIA Is 55, 6
Refrão: Aleluia Repete-se

Procurai o Senhor, enquanto Se pode encontrar,
invocai-O, enquanto está perto. Refrão


EVANGELHO Mt 7, 21.24-27
«Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, estes dons que recebemos da vossa bondade e fazei que os sagrados mistérios que celebramos no tempo presente sejam para nós penhor de salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio I do Advento I


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Tito 2, 12-13
Vivamos neste mundo com justiça e piedade,
na esperança da manifestação gloriosa do nosso Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei frutificar em nós, Senhor, os mistérios que celebramos, pelos quais, durante a nossa vida na terra, nos ensinais a amar os bens do Céu e a viver para os valores eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«O amor sem confiança é como uma flor sem perfume»





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA:

 
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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: Is 26, 1-6: A dura experiência do exílio do povo de Deus em Babilónia e depois a experiência do regresso à sua terra de Judá fez sentir a esse povo que o seu grande defensor é o Senhor, que pode n’Ele confiar, que Ele é o seu rochedo inabalável. O Advento, que anuncia e celebra a vinda do Senhor ao encontro dos homens para os salvar, quer fazer brotar em nosso coração a confiança e a fidelidade, porque elas são atitudes fundamentais de um povo justo.


Mt 7, 21.24-27: A fidelidade na esperança e a coragem de se manter vigilante na expectativa da vinda do Senhor são por Ele mesmo comparadas à firmeza da casa construída sobre a rocha. A imagem da rocha, para significar a fidelidade de Deus e a confiança que n’Ele se pode ter, é frequente na Sagrada Escritura. Sobre a rocha está construída a Igreja, e sobre o rochedo, a que a leitura anterior comparava o próprio Senhor, se há de apoiar a construção da vida de cada cristão, para que, ao chegar o Natal, o Senhor possa encontrar para Si uma casa, e não apenas uma gruta, e, na sua última vinda, sejamos acolhidos, com Ele, na casa do Pai.

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA

09.30 horas: Funeral na capela do Mártir e Santo
11.00 horas: Missa no Lar de  Amieira do Tejo
15.00 horas: Confissões e Missa em Montalvão
17.00 horas: Adoração ao Santíssimo na Igreja do Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Nisa






A VOZ DO PASTOR

ADVENTO EM DINAMISMOS DA HERANÇA E DE MUDANÇA

Mudam os tempos, mudam as pessoas, mudam os gostos, mudam as prioridades, mudam as relações, mudam as estratégias, mudam as pedagogias … tudo parece mudar! E neste frenesim de mudança, com as suas notas de esforço e surpresa, de novidade e apreensão, de possibilidade e adequação, vivemos tempos de necessário discernimento e escolha. É que, entre todas as mudanças que acontecem, há o que passa e o que permanece, há o bom e o menos bom, o supérfluo e o essencial. O que permanece, o que é bom e essencial, é também herança de quem nos precedeu. Herança e mudança são, desta forma, os ritmos de quem tenta acertar o passo com a vida, com a história e com a própria fé. Se doutras heranças alguém pode falar e usufruir, a nossa verdadeira herança, aquela de que falamos e nos privilegia, é o próprio Deus que Se revela e nos dá Cristo Jesus. Todos somos herdeiros, com Cristo, dos bens de Deus Pai, herdeiros de bens que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem o coração humano percebeu o que Deus tem preparado para aqueles que O amam (cf. 1 Cor 2,9). Esta herança de Deus Pai implica determinação e mudança. E a força dessa mudança e determinação está precisamente na Promessa que nos foi feita e se realiza plenamente em Cristo Jesus.

O Advento ajuda-nos a espevitar e a estimular esta nossa consciência, para vivermos na alegria e na seriedade de um testemunho como o testemunho de Jesus Cristo. É um tempo de esperança, de expectativa, de transformação, de desejo. É uma oportunidade pedagógica e sacramental para colocarmos Cristo no centro da nossa vida.

Herdar pode parecer um ato meramente passivo. E conotado com uma certa estagnação, pode até parecer que contraria a mudança. No entanto, receber um bem pelo qual não se trabalhou, é o símbolo de uma vida que se recebe sem se pedir, é o símbolo de algo que se recebe hipoteticamente sem mérito, é um dom. E os dons, pela força da sua gratuidade, ultrapassam barreiras humanas. Assim, herança e mudança andam de mãos dadas como de mãos dadas andam o receber e o dar.

Respondendo à iniciativa do Papa Francisco, a Igreja que está em Portugal resolveu promover, até outubro de 2019, um Ano Missionário. O desafio fundamental desta iniciativa é o da transmissão da fé. Somos convidados a transmitir a herança da fé recebida, desde o vizinho mais próximo até aos povos mais longínquos.

Herança e mudança são, neste contexto, um verdadeiro dinamismo de transmissão da fé. Se Deus se revela sempre na forma da Promessa dos tempos novos e da nova Aliança, a herança da fé recebida tem de ser transmitida. Guardá-la só para si seria infidelidade e infecundidade.

Ora, transmitir não é apenas traduzir. É incarnar. E o tempo de Advento é um tempo favorável para contemplar a incarnação do Verbo e perceber quanto a missão de evangelizar vive deste dinamismo da incarnação. Cristo revela-Se através de atos e palavras, é uma revelação histórica, tem uma estrutura existencial e traduz-se num valor doutrinal. Se, em Cristo, os gestos e as palavras se esclarecem e explicitam mutuamente, na transmissão do Evangelho, os gestos e as palavras, em uníssono, devem ser a expressão da coerência da vida com a fé professada, num dinamismo crescente de unidade e harmonia. Se, em Cristo, a dimensão histórica da incarnação é um dos fatores mais importantes da receção do Seu testemunho e da Sua vida, na missão de evangelizar, a história apresenta-se sempre como espaço de verificação do sentido da verdade evangélica e da sua validade para a vida humana. A missão de evangelizar faz-se na história dos homens, é histórica e constrói história. Se, em Cristo, a relação estabelecida com as multidões, ou com as pessoas, revela a proximidade de Deus à vida humana, na transmissão do Evangelho pela Igreja, a dimensão existencial do encontro é sempre um fator de credibilidade da palavra anunciada. A palavra dita e o encontro realizado são sempre comunhão e comunicação. Missão e transmissão da fé são palavra que comunica, interpela, confidencia, testemunha, manifesta confiança. Aliás, a palavra de confidência vale sempre como testemunho do que é mais importante. Cristo é uma confidência de Deus à humanidade. Se, em Cristo, cada palavra e cada gesto tem a dimensão de um sinal de salvação, na Igreja e na sua missão, cada gesto sacramental é um sinal explícito e evidente de que Deus vem para salvar e reconstruir. Se as verdades ditas e os acontecimentos realizados por Cristo são experiências diante das quais não se pode voltar atrás sob o risco de apagar parte da história, na missão da Igreja, a verdade de Cristo interiorizada e professada como fé, ganha um valor doutrinal na vida da Comunidade. É a fé da Comunidade.

A missão da Igreja – transmitir a herança recebida – tem, então, a dimensão da vida do homem e de todos os lugares onde os homens habitam. As nossas Comunidades necessitam da missão da Igreja que transmite Cristo vivo e experienciado. O mundo necessita da missão da Igreja para ter acesso ao tesouro que é viver de Cristo e dos seus ensinamentos.

Onde há missão existe sempre vocação. O Advento sublinha, por isso, a preparação do coração para receber Cristo e a necessidade da transmissão do dom que recebemos. Acolher a herança reclama mudança na vida. Cristo continua a vir ao encontro de cada homem em cada tempo para com ele construir uma história de humanidade. Ele permanece sempre e para sempre.

Herdeiros dos inimagináveis bens de Deus Pai, aproveitemos, pois, este tempo favorável do Advento para cuidar da mudança do coração, envolvendo as famílias e as comunidades paroquiais, para bem celebrar, em família e na comunidade cristã, o Natal de Jesus que vem pobre, simples e humilde para nos trazer a alegria e para que a nossa alegria seja completa.

Antonino Dias
Portalegre, 30-11-2018.




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