PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta, 06 de dezembro de 2018
Quinta, 06 de dezembro de 2018
Quinta da I semana do
Advento
Ofício: I semana do Advento ou da memória
QUINTA-FEIRA
da semana I
S.
Nicolau, bispo – MF
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.
L 1 Is 26, 1-6; Sal 117 (118), 1 e 8-9. 19-21. 25-27a
Ev Mt 7, 21. 24-27
* Na Ordem Beneditina – S. Sabas, abade – MF; S. Nicolau, bispo – MF
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.
L 1 Is 26, 1-6; Sal 117 (118), 1 e 8-9. 19-21. 25-27a
Ev Mt 7, 21. 24-27
* Na Ordem Beneditina – S. Sabas, abade – MF; S. Nicolau, bispo – MF
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo
118, 151-152
Vós estais perto, Senhor;
a vossa palavra é caminho da verdade.
São firmes todos os vossos mandamentos.
Vós existis desde toda a eternidade.
ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, o vosso poder e vinde socorrer-nos: apressai misericordioso e propício a salvação que os nossos pecados retardam. Por Nosso Senhor.
LEITURA I Is 26, 1-6
«Entrará um povo justo, que pratica a fidelidade»
Leitura do Livro de Isaías
Vós estais perto, Senhor;
a vossa palavra é caminho da verdade.
São firmes todos os vossos mandamentos.
Vós existis desde toda a eternidade.
ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, o vosso poder e vinde socorrer-nos: apressai misericordioso e propício a salvação que os nossos pecados retardam. Por Nosso Senhor.
LEITURA I Is 26, 1-6
«Entrará um povo justo, que pratica a fidelidade»
Leitura do Livro de Isaías
Naquele dia, cantarão este hino na terra de Judá: «Nós temos uma cidade forte; muralhas e fortificações foram postas para nos proteger. Abri as portas para que entre um povo justo, um povo que pratica a fidelidade. O seu coração está firme: dar-lhe-eis a paz, porque em Vós tem confiança». Confiai sempre no Senhor, porque o Senhor é a nossa fortaleza eterna. Humilhou os habitantes das alturas, abateu a cidade inacessível, derrubou-a por terra, arrasou-a até ao solo. Ela é calcada aos pés, os pés dos infelizes, os passos dos pobres.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1.8-9.19-21.25-27a
Refrão: Bendito o que vem em nome do Senhor. Repete-se
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos poderosos. Refrão
Abri-me as portas da justiça:
entrarei para dar graças ao Senhor.
Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.
Eu Vos dou graças porque me ouvistes
e fostes o meu salvador. Refrão
Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. Refrão
ALELUIA Is 55, 6
Refrão: Aleluia Repete-se
Procurai o Senhor, enquanto Se pode encontrar,
invocai-O, enquanto está perto. Refrão
EVANGELHO Mt 7, 21.24-27
«Aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, estes dons que recebemos da vossa bondade e fazei que os sagrados mistérios que celebramos no tempo presente sejam para nós penhor de salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio I do Advento I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Tito 2, 12-13
Vivamos neste mundo com justiça e piedade,
na esperança da manifestação gloriosa do nosso Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei frutificar em nós, Senhor, os mistérios que celebramos, pelos quais, durante a nossa vida na terra, nos ensinais a amar os bens do Céu e a viver para os valores eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O amor sem confiança
é como uma flor sem perfume»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do
dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra
de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra
LEITURA:
________________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO: Is 26, 1-6: A dura experiência do exílio do povo de
Deus em Babilónia e depois a experiência do regresso à sua terra de Judá fez
sentir a esse povo que o seu grande defensor é o Senhor, que pode n’Ele
confiar, que Ele é o seu rochedo inabalável. O Advento, que anuncia e celebra a
vinda do Senhor ao encontro dos homens para os salvar, quer fazer brotar em
nosso coração a confiança e a fidelidade, porque elas são atitudes fundamentais
de um povo justo.
Mt
7, 21.24-27: A
fidelidade na esperança e a coragem de se manter vigilante na expectativa da
vinda do Senhor são por Ele mesmo comparadas à firmeza da casa construída sobre
a rocha. A imagem da rocha, para significar a fidelidade de Deus e a confiança
que n’Ele se pode ter, é frequente na Sagrada Escritura. Sobre a rocha está
construída a Igreja, e sobre o rochedo, a que a leitura anterior comparava o
próprio Senhor, se há de apoiar a construção da vida de cada cristão, para que,
ao chegar o Natal, o Senhor possa encontrar para Si uma casa, e não apenas uma
gruta, e, na sua última vinda, sejamos acolhidos, com Ele, na casa do Pai.
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
09.30 horas: Funeral
na capela do Mártir e Santo
11.00 horas: Missa no
Lar de Amieira do Tejo
15.00 horas:
Confissões e Missa em Montalvão
17.00 horas: Adoração
ao Santíssimo na Igreja do Espírito Santo
18.00 horas: Missa em
Nisa
A VOZ DO PASTOR
Mudam
os tempos, mudam as pessoas, mudam os gostos, mudam as prioridades, mudam as relações,
mudam as estratégias, mudam as pedagogias … tudo parece mudar! E neste frenesim
de mudança, com as suas notas de esforço e surpresa, de novidade e apreensão,
de possibilidade e adequação, vivemos tempos de necessário discernimento e
escolha. É que, entre todas as mudanças que acontecem, há o que passa e o que
permanece, há o bom e o menos bom, o supérfluo e o essencial. O que permanece,
o que é bom e essencial, é também herança de quem nos precedeu. Herança e
mudança são, desta forma, os ritmos de quem tenta acertar o passo com a vida,
com a história e com a própria fé. Se doutras heranças alguém pode falar e
usufruir, a nossa verdadeira herança, aquela de que falamos e nos privilegia, é
o próprio Deus que Se revela e nos dá Cristo Jesus. Todos somos herdeiros, com
Cristo, dos bens de Deus Pai, herdeiros de bens que nem os olhos viram, nem os
ouvidos escutaram, nem o coração humano percebeu o que Deus tem preparado para
aqueles que O amam (cf. 1 Cor 2,9). Esta herança de Deus Pai implica determinação
e mudança. E a força dessa mudança e determinação está precisamente na Promessa
que nos foi feita e se realiza plenamente em Cristo Jesus.
O
Advento ajuda-nos a espevitar e a estimular esta nossa consciência, para
vivermos na alegria e na seriedade de um testemunho como o testemunho de Jesus
Cristo. É um tempo de esperança, de expectativa, de transformação, de desejo. É
uma oportunidade pedagógica e sacramental para colocarmos Cristo no centro da
nossa vida.
Herdar
pode parecer um ato meramente passivo. E conotado com uma certa estagnação,
pode até parecer que contraria a mudança. No entanto, receber um bem pelo qual
não se trabalhou, é o símbolo de uma vida que se recebe sem se pedir, é o
símbolo de algo que se recebe hipoteticamente sem mérito, é um dom. E os dons,
pela força da sua gratuidade, ultrapassam barreiras humanas. Assim, herança e
mudança andam de mãos dadas como de mãos dadas andam o receber e o dar.
Respondendo
à iniciativa do Papa Francisco, a Igreja que está em Portugal resolveu promover,
até outubro de 2019, um Ano Missionário. O desafio fundamental desta iniciativa
é o da transmissão da fé. Somos convidados a transmitir a herança da fé
recebida, desde o vizinho mais próximo até aos povos mais longínquos.
Herança
e mudança são, neste contexto, um verdadeiro dinamismo de transmissão da fé. Se
Deus se revela sempre na forma da Promessa dos tempos novos e da nova Aliança,
a herança da fé recebida tem de ser transmitida. Guardá-la só para si seria
infidelidade e infecundidade.
Ora,
transmitir não é apenas traduzir. É incarnar. E o tempo de Advento é um tempo
favorável para contemplar a incarnação do Verbo e perceber quanto a missão de
evangelizar vive deste dinamismo da incarnação. Cristo revela-Se através de
atos e palavras, é uma revelação histórica, tem uma estrutura existencial e
traduz-se num valor doutrinal. Se, em Cristo, os gestos e as palavras se
esclarecem e explicitam mutuamente, na transmissão do Evangelho, os gestos e as
palavras, em uníssono, devem ser a expressão da coerência da vida com a fé
professada, num dinamismo crescente de unidade e harmonia. Se, em Cristo, a
dimensão histórica da incarnação é um dos fatores mais importantes da receção
do Seu testemunho e da Sua vida, na missão de evangelizar, a história apresenta-se
sempre como espaço de verificação do sentido da verdade evangélica e da sua
validade para a vida humana. A missão de evangelizar faz-se na história dos
homens, é histórica e constrói história. Se, em Cristo, a relação estabelecida
com as multidões, ou com as pessoas, revela a proximidade de Deus à vida
humana, na transmissão do Evangelho pela Igreja, a dimensão existencial do
encontro é sempre um fator de credibilidade da palavra anunciada. A palavra
dita e o encontro realizado são sempre comunhão e comunicação. Missão e
transmissão da fé são palavra que comunica, interpela, confidencia, testemunha,
manifesta confiança. Aliás, a palavra de confidência vale sempre como
testemunho do que é mais importante. Cristo é uma confidência de Deus à
humanidade. Se, em Cristo, cada palavra e cada gesto tem a dimensão de um sinal
de salvação, na Igreja e na sua missão, cada gesto sacramental é um sinal
explícito e evidente de que Deus vem para salvar e reconstruir. Se as verdades
ditas e os acontecimentos realizados por Cristo são experiências diante das
quais não se pode voltar atrás sob o risco de apagar parte da história, na
missão da Igreja, a verdade de Cristo interiorizada e professada como fé, ganha
um valor doutrinal na vida da Comunidade. É a fé da Comunidade.
A
missão da Igreja – transmitir a herança recebida – tem, então, a dimensão da
vida do homem e de todos os lugares onde os homens habitam. As nossas
Comunidades necessitam da missão da Igreja que transmite Cristo vivo e
experienciado. O mundo necessita da missão da Igreja para ter acesso ao tesouro
que é viver de Cristo e dos seus ensinamentos.
Onde
há missão existe sempre vocação. O Advento sublinha, por isso, a preparação do
coração para receber Cristo e a necessidade da transmissão do dom que recebemos.
Acolher a herança reclama mudança na vida. Cristo continua a vir ao encontro de
cada homem em cada tempo para com ele construir uma história de humanidade. Ele
permanece sempre e para sempre.
Herdeiros
dos inimagináveis bens de Deus Pai, aproveitemos, pois, este tempo favorável do
Advento para cuidar da mudança do coração, envolvendo as famílias e as
comunidades paroquiais, para bem celebrar, em família e na comunidade cristã, o
Natal de Jesus que vem pobre, simples e humilde para nos trazer a alegria e para
que a nossa alegria seja completa.
Antonino
Dias
Portalegre,
30-11-2018.
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