quinta-feira, 6 de dezembro de 2018







PARÓQUIAS DE NISA


Sexta 07 de dezembro de 2018








Sexta da I semana do Advento
Ofício:  da memória (de manhã)






SEXTA-FEIRA da semana I

S. Ambrósio, bispo e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. I do Advento.

L 1 Is 29, 17-24; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14
Ev Mt 9, 27-31


* Nas Dioceses de Cabo Verde – I Vésp. da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria.
* I Vésp. da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria.



S. AMBRÓSIO, bispo e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nascido em Tréveris, cerca do ano 340, de uma família romana, fez os seus estudos em Roma e iniciou em Sírmio a carreira pública. Em 374, vivendo em Milão, foi inesperadamente eleito para bispo da cidade e recebeu a ordenação em 7 de Dezembro. Fiel cumpridor do seu dever, distinguiu-se sobretudo na caridade para com todos, como verdadeiro pastor e mestre dos fiéis. Defendeu corajosamente os direitos da Igreja; com seus escritos e sua atividade ilustrou a verdadeira doutrina contra o arianismo. Morreu no Sábado Santo, em 4 de Abril de 397.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Dan 12, 3
Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento
e os que ensinam à multidão os caminhos da justiça
brilharão como estrelas por toda a eternidade.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos destes em Santo Ambrósio um mestre insigne da fé católica e um exemplo de apostólica fortaleza, fazei surgir na Igreja homens segundo o vosso coração, que a governem com firmeza e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 29, 17-24
«Nesse dia os olhos dos cegos hão de ver»


Leitura do Livro de Isaías

Assim fala o Senhor Deus: Daqui a muito pouco tempo, não há de o Líbano transformar-se num jardim e o jardim parecer uma floresta? Nesse dia, os surdos ouvirão ler as palavras do livro; libertos da escuridão e das trevas, os olhos dos cegos tornarão a ver. Os humildes alegrar-se-ão cada vez mais no Senhor e os mais pobres dos homens rejubilarão no Santo de Israel. O tirano deixará de existir, o escarnecedor desaparecerá e serão exterminados os que só pensam no mal: aqueles que fazem condenar os outros pelas suas palavras, os que armam ciladas no tribunal a quem promove a justiça e sem razão arruínam o justo. Por isso, o Senhor, que libertou Abraão, assim fala à casa de Jacob: ‘Doravante Jacob não terá de que se envergonhar, o seu rosto não voltará a empalidecer, porque, ao verem no meio dele os seus filhos, obras das minhas mãos, proclamarão santo o meu nome’. Proclamarão a santidade do Santo de Jacob e temerão o Deus de Israel. Os espíritos desnorteados aprenderão a sabedoria e os murmuradores hão-de aceitar a instrução».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. 1a)
Refrão: O Senhor é a minha luz e a minha salvação. Repete-se


O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Refrão

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor. Refrão

ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
O Senhor virá com poder e majestade
e iluminará os olhos dos seus fiéis. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 27-31
Dois cegos acreditam em Jesus e são curados


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós». Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor». Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé». E abriram-se os seus olhos. Jesus advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado, para que ninguém o saiba». Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela terra.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Desça sobre nós, Senhor, o vosso Espírito Santo, na celebração dos divinos mistérios, e nos ilumine com a luz da fé que levou Santo Ambrósio a anunciar ao mundo a vossa glória. Por Nosso Senhor.

Prefácio do Advento I

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Le 12,42)
Este é o servo fiel e prudente,
que o Senhor pôs à frente da sua família,
para dar a seu tempo a cada um a sua medida de trigo.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,, que nos fortalecestes neste divino sacramento, ajudei-nos a seguir de tal modo os ensinamentos de Santo Ambrósio, que, progredindo corajosamente nos vossos caminhos, nos preparemos para a alegria do banquete eterno. Por Nosso Senhor.



«A amizade é como o café: uma vez frio já não volta ao sabor original»





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA:

 
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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: Is 29, 17-24: A renovação do povo de Deus é frequentemente apresentada em comparações tiradas da renovação da natureza e da melhoria das situações materiais ou morais. Com tais imagens exprime-se o ambiente de felicidade e de alegria, de paz e de santidade, de renovação e de restauração que o Senhor quer enviar ao seu povo, para que ele reencontre os caminhos da sabedoria.
 
Mt 9, 27-31: O que a leitura anterior anunciava, Jesus agora o realiza no Evangelho: “os olhos dos cegos tornarão a ver”. Há uma continuidade constante em toda a história da salvação, porque Deus é sempre o mesmo, e sempre igual é a sua vontade de vir ao encontro dos cegos, que somos nós todos. Estes “últimos tempos”, que Jesus inaugurou com a sua vinda no mistério de Encarnação, são particularmente significativos desta vontade de Deus sobre os homens. Curando os cegos, Jesus revela-Se como a própria luz de Deus enviada ao mundo, ao mesmo tempo que manifesta a vontade divina de iluminar a nossa cegueira. Esta luz há-de finalmente brilhar em todo o seu esplendor, quando Ele vier no fim destes nossos tempos, que o Advento prepara.

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA

09.30 horas: Funeral em Alpalhão
17 horas: Reunião do AO em Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.






A VOZ DO PASTOR

ADVENTO EM DINAMISMOS DA HERANÇA E DE MUDANÇA

Mudam os tempos, mudam as pessoas, mudam os gostos, mudam as prioridades, mudam as relações, mudam as estratégias, mudam as pedagogias … tudo parece mudar! E neste frenesim de mudança, com as suas notas de esforço e surpresa, de novidade e apreensão, de possibilidade e adequação, vivemos tempos de necessário discernimento e escolha. É que, entre todas as mudanças que acontecem, há o que passa e o que permanece, há o bom e o menos bom, o supérfluo e o essencial. O que permanece, o que é bom e essencial, é também herança de quem nos precedeu. Herança e mudança são, desta forma, os ritmos de quem tenta acertar o passo com a vida, com a história e com a própria fé. Se doutras heranças alguém pode falar e usufruir, a nossa verdadeira herança, aquela de que falamos e nos privilegia, é o próprio Deus que Se revela e nos dá Cristo Jesus. Todos somos herdeiros, com Cristo, dos bens de Deus Pai, herdeiros de bens que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem o coração humano percebeu o que Deus tem preparado para aqueles que O amam (cf. 1 Cor 2,9). Esta herança de Deus Pai implica determinação e mudança. E a força dessa mudança e determinação está precisamente na Promessa que nos foi feita e se realiza plenamente em Cristo Jesus.

O Advento ajuda-nos a espevitar e a estimular esta nossa consciência, para vivermos na alegria e na seriedade de um testemunho como o testemunho de Jesus Cristo. É um tempo de esperança, de expectativa, de transformação, de desejo. É uma oportunidade pedagógica e sacramental para colocarmos Cristo no centro da nossa vida.

Herdar pode parecer um ato meramente passivo. E conotado com uma certa estagnação, pode até parecer que contraria a mudança. No entanto, receber um bem pelo qual não se trabalhou, é o símbolo de uma vida que se recebe sem se pedir, é o símbolo de algo que se recebe hipoteticamente sem mérito, é um dom. E os dons, pela força da sua gratuidade, ultrapassam barreiras humanas. Assim, herança e mudança andam de mãos dadas como de mãos dadas andam o receber e o dar.

Respondendo à iniciativa do Papa Francisco, a Igreja que está em Portugal resolveu promover, até outubro de 2019, um Ano Missionário. O desafio fundamental desta iniciativa é o da transmissão da fé. Somos convidados a transmitir a herança da fé recebida, desde o vizinho mais próximo até aos povos mais longínquos.

Herança e mudança são, neste contexto, um verdadeiro dinamismo de transmissão da fé. Se Deus se revela sempre na forma da Promessa dos tempos novos e da nova Aliança, a herança da fé recebida tem de ser transmitida. Guardá-la só para si seria infidelidade e infecundidade.

Ora, transmitir não é apenas traduzir. É incarnar. E o tempo de Advento é um tempo favorável para contemplar a incarnação do Verbo e perceber quanto a missão de evangelizar vive deste dinamismo da incarnação. Cristo revela-Se através de atos e palavras, é uma revelação histórica, tem uma estrutura existencial e traduz-se num valor doutrinal. Se, em Cristo, os gestos e as palavras se esclarecem e explicitam mutuamente, na transmissão do Evangelho, os gestos e as palavras, em uníssono, devem ser a expressão da coerência da vida com a fé professada, num dinamismo crescente de unidade e harmonia. Se, em Cristo, a dimensão histórica da incarnação é um dos fatores mais importantes da receção do Seu testemunho e da Sua vida, na missão de evangelizar, a história apresenta-se sempre como espaço de verificação do sentido da verdade evangélica e da sua validade para a vida humana. A missão de evangelizar faz-se na história dos homens, é histórica e constrói história. Se, em Cristo, a relação estabelecida com as multidões, ou com as pessoas, revela a proximidade de Deus à vida humana, na transmissão do Evangelho pela Igreja, a dimensão existencial do encontro é sempre um fator de credibilidade da palavra anunciada. A palavra dita e o encontro realizado são sempre comunhão e comunicação. Missão e transmissão da fé são palavra que comunica, interpela, confidencia, testemunha, manifesta confiança. Aliás, a palavra de confidência vale sempre como testemunho do que é mais importante. Cristo é uma confidência de Deus à humanidade. Se, em Cristo, cada palavra e cada gesto tem a dimensão de um sinal de salvação, na Igreja e na sua missão, cada gesto sacramental é um sinal explícito e evidente de que Deus vem para salvar e reconstruir. Se as verdades ditas e os acontecimentos realizados por Cristo são experiências diante das quais não se pode voltar atrás sob o risco de apagar parte da história, na missão da Igreja, a verdade de Cristo interiorizada e professada como fé, ganha um valor doutrinal na vida da Comunidade. É a fé da Comunidade.

A missão da Igreja – transmitir a herança recebida – tem, então, a dimensão da vida do homem e de todos os lugares onde os homens habitam. As nossas Comunidades necessitam da missão da Igreja que transmite Cristo vivo e experienciado. O mundo necessita da missão da Igreja para ter acesso ao tesouro que é viver de Cristo e dos seus ensinamentos.

Onde há missão existe sempre vocação. O Advento sublinha, por isso, a preparação do coração para receber Cristo e a necessidade da transmissão do dom que recebemos. Acolher a herança reclama mudança na vida. Cristo continua a vir ao encontro de cada homem em cada tempo para com ele construir uma história de humanidade. Ele permanece sempre e para sempre.

Herdeiros dos inimagináveis bens de Deus Pai, aproveitemos, pois, este tempo favorável do Advento para cuidar da mudança do coração, envolvendo as famílias e as comunidades paroquiais, para bem celebrar, em família e na comunidade cristã, o Natal de Jesus que vem pobre, simples e humilde para nos trazer a alegria e para que a nossa alegria seja completa.

Antonino Dias
Portalegre, 30-11-2018.





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