PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda.
21 de maio de 2018
Segunda da VII semana do tempo
comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana VII
Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da
Igreja – MO
Br. – Ofício da memória
(Semana III do Saltério).
Gen 3, 9-15.20 ou Act 1 , 12- 14; Sl 86 (87), 1-2. 3 et 5. 6-7
Ev Jo 19, 25-34
Br. – Ofício da memória
(Semana III do Saltério).
Gen 3, 9-15.20 ou Act 1 , 12- 14; Sl 86 (87), 1-2. 3 et 5. 6-7
Ev Jo 19, 25-34
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 12,
6
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 3, 13-18
«Se guardais no coração espírito de discórdia,
não vos orgulheis»
São os nossos actos que revelam o que nos vai no coração: a sabedoria, animada pelo amor, ou a falsa sabedoria, inspirada no orgulho e amor próprio. Esta falsa sabedoria é raiz de males que se afirmam pela violência e pela arrogância, ao passo que do amor nascem a justiça e a paz, dons que descem do alto.
Leitura da Epístola de São Tiago
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 3, 13-18
«Se guardais no coração espírito de discórdia,
não vos orgulheis»
São os nossos actos que revelam o que nos vai no coração: a sabedoria, animada pelo amor, ou a falsa sabedoria, inspirada no orgulho e amor próprio. Esta falsa sabedoria é raiz de males que se afirmam pela violência e pela arrogância, ao passo que do amor nascem a justiça e a paz, dons que descem do alto.
Leitura da Epístola de São Tiago
Caríssimos: Quem é sábio e inteligente mostre com o seu bom procedimento os frutos da sua sabedoria vivida com modéstia. Mas se guardais no coração inveja mal entendida e espírito de discórdia, não vos orgulheis nem mintais contra a verdade. Esta sabedoria não desce do alto: é terrena, animal e diabólica. Porque, onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más ações. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia. O fruto da justiça semeia-se na paz para aqueles que praticam a paz.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 B (19B), 8.9.10.15 (R. 9 a)
Refrão: Os preceitos do Senhor são retos
e alegram o coração. Repete-se
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples. Refrão
Os preceitos do Senhor são retos
e alegram o coração;
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos. Refrão
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são retos. Refrão
Aceitai as palavras da minha boca
e os pensamentos do meu coração
estejam na vossa presença:
Vós, Senhor, sois o meu amparo e redentor. Refrão
ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão
EVANGELHO Mc 9, 14-29
«Eu creio, Senhor, mas ajuda a minha pouca fé»
Nesta cena, que envolve a cura de uma criança epiléptica, pode notar-se o contraste entre a fé do pai da criança e a pouca fé dos discípulos, que o Senhor lastima e procura fortalecer. Em contrapartida, é admirável a oração simples e confiante do pai, que se apresenta como homem de pouca fé, mas que pede para ser nela fortalecido. Só a humildade e a confiança, como aquelas que inspiraram a oração daquele pai aflito, são caminho que leva à fé.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus desceu do monte, com Pedro, Tiago e João. Ao chegarem junto dos outros discípulos, viram uma grande multidão à sua volta e os escribas a discutir com eles. Logo que viu Jesus, a multidão ficou surpreendida e correu a saudá-l’O. Jesus perguntou-lhes: «Que estais a discutir?». Alguém Lhe respondeu do meio da multidão: «Mestre, eu trouxe-Te o meu filho, que tem um espírito mudo. Quando o espírito se apodera dele, lança-o por terra, e ele começa a espumar, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram». Tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Oh geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». Levaram-no para junto d’Ele. Quando viu Jesus, o espírito sacudiu fortemente o menino, que caiu por terra e começou a rebolar-se espumando. Jesus perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». O homem respondeu-lhe: «Desde pequeno. E muitas vezes o tem lançado ao fogo e à agua para o matar. Mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e socorre-nos». Jesus disse: «Se posso?... Tudo é possível a quem acredita». Logo o pai do menino exclamou: «Eu creio, mas ajuda a minha pouca fé». Ao ver que a multidão corria para junto d’Ele, Jesus falou severamente ao espírito impuro: «Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: sai deste menino e nunca mais entres nele». O espírito, soltando um grito, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitas pessoas afirmavam que tinha morrido. Mas Jesus tomou-o pela mão e levantou-o, e ele pôs-se de pé. Quando Jesus entrou em casa, os discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque não pudemos nós expulsá-lo?». Jesus respondeu-lhes: «Este género de espíritos não se pode fazer sair, a não ser pela oração».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que celebremos dignamente estes divinos mistérios,
de modo que os dons oferecidos para vossa glória
sejam para nós fonte de eterna salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós.
Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.
Ou cf. Jo 11, 27
Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo,
o Salvador do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus omnipotente,
que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O jejum é
para a alma o que os olhos são para o
corpo».
Mahatman Gandhi
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: Os escribas e as pessoas do povo
discutiam acerca da impossibilidade dos discípulos em curar um endemoniado. Vendo a cena. Jesus
aponta-lhes a pouca fé. O milagre realiza-se devido à intervenção de Jesus mas
também porque aquele que duvidou pediu que lhe aumentasse a fé.
MEDITAÇÃO: O episódio recorda-nos que só
interessam duas coisas para experimentar a graça de Deus: a presença de Jesus e
uma fé profunda, que me leve a acreditar até ao impossível. Como posso
descrever a minha fé: forte, débil ou assim assim? Que hábitos me ajudam no
crescimento da fé e quais me prejudicam?
ORAÇÃO: Peço-te, Senhor que aumentes a minha fé, que
afastes de mim tudo aquilo que não me permite ver-te mas que possa te descobrir em cada esquina.
Cf.Guía Bíblica 2018,. Verbo Divino, Estella 2017
AGENDA
21.00 horas: Oração de
louvor no Calvário.
A VOZ DO PASTOR
ILUMINAR CRISES, ANGÚSTIAS E DIFICULDADES
Em
plena Semana da Vida, celebrámos o Dia Internacional da Família. Em sinal de
presença e de interesse pelo bem das famílias, convido-os a lerem comigo,
sintetizando, uns números da Exortação do Papa Francisco sobre a Alegria do
Amor. Há famílias que, treinadas e testadas no caminho do amor, “já
envelheceram o vinho novo do noivado”. Numa fidelidade “cheia de sacrifícios e
alegrias”, tudo foi amadurecendo e, hoje, os seus olhos “brilham com a contemplação
dos filhos de seus filhos”. Eles “foram capazes de superar, juntos, as crises e
os momentos de angústia, sem fugir aos desafios nem esconder as dificuldades”
(AL 231).
As
crises da família fazem “parte da sua dramática beleza”. E uma crise superada leva
“a melhorar, sedimentar e maturar o vinho da união”, há "uma aprendizagem,
que permite incrementar a intensidade da vida comum ou, pelo menos, a encontrar
um novo sentido para a experiência matrimonial. É preciso não se resignar de
modo algum a uma curva descendente, a uma inevitável deterioração, a uma
mediocridade que se tem de suportar” (AL 232). Muitas vezes, quando surge uma
crise, “a reação imediata é resistir, pôr-se à defesa por sentir que escapa ao
próprio controle, por mostrar a insuficiência da própria maneira de viver, e
isto incomoda. Então usa-se o método de negar os problemas, escondê-los,
relativizar a sua importância, apostar apenas em que o tempo passe”. Isso,
porém, não resolve, “adia a solução e leva a gastar muitas energias num ocultamento
inútil que complicará ainda mais as coisas. Os vínculos vão-se deteriorando e
consolida-se um isolamento que danifica a intimidade”, a comunicação deixa de
existir, e assim, “pouco a pouco, aquela que era «a pessoa que amo» passa a ser
«quem me acompanha sempre na vida», a seguir, será apenas «o pai ou a mãe dos
meus filhos», e, por fim, “um estranho” (AL 233). Nesta situação, os cônjuges
tendem a isolar-se “para não mostrar o que sentem, trancam-se num silêncio
mesquinho e enganador”, quando precisavam mesmo de “criar espaços para
comunicar de coração a coração”. Mas se nunca se aprendeu a fazê-lo, torna-se
“ainda mais difícil comunicar num momento de crise”. Comunicar é “uma
verdadeira arte que se aprende em tempos calmos, para se pôr em prática nos
tempos borrascosos.” (AL 234).
Há
crises mais ou menos comuns em todas as famílias: “quando é preciso aprender a
conciliar as diferenças e a desligar-se dos pais; ou a crise da chegada do
filho, com os seus novos desafios emotivos; a crise de educar uma criança, que
altera os hábitos do casal; a crise da adolescência do filho, que exige muitas
energias, desestabiliza os pais e às vezes contrapõem-nos entre si; a crise do
«ninho vazio», que obriga o casal a fixar de novo o olhar um no outro; a crise
causada pela velhice dos pais dos cônjuges, que requer mais presença,
solicitude e decisões difíceis. São situações exigentes, que provocam temores,
sentimentos de culpa, depressões ou cansaços que podem afetar gravemente a
união” (AL 235).
A
estas, juntam-se as “crises pessoais com incidência no casal, relacionadas com
dificuldades económicas, laborais, afetivas, sociais, espirituais. E
acrescentam-se circunstâncias inesperadas, que podem alterar a vida familiar e
exigir um caminho de perdão e reconciliação” (AL 236).
Frequentemente,
“quando um cônjuge sente que não recebe o que deseja, ou não se realiza o que
sonhava”, pensa que isso lhe é “suficiente para pôr termo ao matrimónio”, não
havendo, assim, “matrimónio que dure”. Não raro, “para decidir que tudo acabou,
basta uma desilusão, a ausência num momento em que se precisava do outro, um
orgulho ferido ou um temor indefinido. Há situações próprias da inevitável
fragilidade humana, a que se atribui um peso emotivo demasiado grande”. Assim,
por exemplo, “a sensação de não ser completamente correspondido, os ciúmes, as
diferenças que podem surgir entre os dois, a atração suscitada por outras
pessoas, os novos interesses que tendem a apoderar-se do coração, as mudanças
físicas do cônjuge e tantas outras coisas que, mais do que atentados contra o
amor, são oportunidades que convidam a recriá-lo uma vez mais” (AL 237).
Importante é que se tenha “a maturidade necessária para voltar a escolher o
outro como companheiro de estrada, para além dos limites da relação”, que se
aceite, com realismo, que não se pode “satisfazer todos os sonhos acalentados”,
que se evite pensar que são “os únicos mártires”, que apreciem “as pequenas ou
limitadas possibilidades que lhes oferece a vida em família”, que apostem “em
fortalecer o vínculo numa construção que exigirá tempo e esforço”, que
reconheçam “que cada crise é como um novo «sim» que torna possível o amor
renascer reforçado, transfigurado, amadurecido, iluminado” (AL 238).
Muitas
das dificuldades surgem nas famílias “quando um dos seus membros não amadureceu
a sua maneira de relacionar-se, porque não curou feridas dalguma etapa da sua
vida”, quando a infância e a adolescência foram mal vividas no relacionamento
com os seus pais e irmãos e nunca se sentiu amado, quando não amadureceu
normalmente… Tudo isso acaba “por afetar o matrimónio”, compromete a
“capacidade de confiar e entregar-se”, tudo “reaparece e danifica a vida
conjugal” e as crises tornam-se mais frequentes e mais dolorosas. Por vezes “as
pessoas precisam de realizar aos quarenta anos um amadurecimento atrasado que
deveria ter sido alcançado no fim da adolescência. Às vezes ama-se com um amor
egocêntrico próprio da criança, fixado numa etapa onde a realidade é distorcida
e se vive o capricho de que tudo deva girar à volta do próprio eu. É um amor
insaciável, que grita e chora quando não obtém aquilo que deseja. Outras vezes
ama-se com um amor fixado na fase da adolescência, caracterizado pelo
confronto, a crítica ácida, o hábito de culpar os outros, a lógica do sentimento
e da fantasia, onde os outros devem preencher os nossos vazios ou apoiar os
nossos caprichos (AL 239). “Isto exige que se reconheça a necessidade de ser
curado, que se peça com insistência a graça de perdoar e perdoar-se, que se
aceite ajuda, se procurem motivações positivas e se tente sempre de novo. Cada
um deve ser muito sincero consigo mesmo, para reconhecer que o seu modo de
viver o amor tem estas imaturidades. Por mais evidente que possa parecer que
toda a culpa seja do outro, nunca é possível superar uma crise esperando que
apenas o outro mude. É preciso também questionar-se a si mesmo sobre as coisas
que poderia pessoalmente amadurecer ou curar para favorecer a superação do
conflito” (AL 240).
Antonino
Dias
Portalegre,
18-05-2018.
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