PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 17 de maio de
2018
Quinta da VII semana
da Páscoa
QUINTA-FEIRA da semana VII
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 At 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
Ev Jo 17, 20-26
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 At 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
Ev Jo 17, 20-26
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Hebr 4,
16
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.
ORAÇÃO
Concedei, Senhor, aos vossos fiéis os dons do Espírito Santo, para que Ele nos transforme interiormente e crie em nós um coração novo, agradável a vossos olhos e dócil à vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 22, 30; 23, 6-11
«É necessário que dês testemunho também em Roma»
Como aconteceu com Jesus, o fim de Paulo será também cair nas mãos do tribunal, onde mais se hão-de manifestar os ódios dos homens do que a justiça de Deus; ou antes, esta triunfará, mas por outros caminhos. Julgado em Jerusalém por acusações dos judeus, Paulo recebe do Senhor a revelação de que ele está destinado a levar o testemunho do Evangelho à própria cidade de Roma, nesse tempo o centro do império romano e do mundo. Paulo continua a ser o “vaso de eleição” que há de levar o nome do Senhor diante dos reis pagãos.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.
ORAÇÃO
Concedei, Senhor, aos vossos fiéis os dons do Espírito Santo, para que Ele nos transforme interiormente e crie em nós um coração novo, agradável a vossos olhos e dócil à vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 22, 30; 23, 6-11
«É necessário que dês testemunho também em Roma»
Como aconteceu com Jesus, o fim de Paulo será também cair nas mãos do tribunal, onde mais se hão-de manifestar os ódios dos homens do que a justiça de Deus; ou antes, esta triunfará, mas por outros caminhos. Julgado em Jerusalém por acusações dos judeus, Paulo recebe do Senhor a revelação de que ele está destinado a levar o testemunho do Evangelho à própria cidade de Roma, nesse tempo o centro do império romano e do mundo. Paulo continua a ser o “vaso de eleição” que há de levar o nome do Senhor diante dos reis pagãos.
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para comparecer diante deles. Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é pela nossa esperança na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado». Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se. De facto os saduceus dizem que não há ressurreição, nem Anjos, nem espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa. Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo que lhe falou?». A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar testemunho também em Roma».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 1-2a.5.7-8.9-10.11 (R. 1 ou Aleluia)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. Repete-se
Ou: Guardai-me, Senhor: esperei em Vós. Repete-se
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino. Refrão
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção. Refrão
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão
ALELUIA Jo 17, 21
Refrão: Aleluia Repete-se
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste. Refrão
EVANGELHO Jo 17, 20-26
«Sejam consumados na unidade»
A unidade das Pessoas divinas é a fonte e o modelo da unidade entre os cristãos. O Filho de Deus feito homem é o primeiro Homem, Cabeça da humanidade nova, Centro da unidade de todos os homens, Mediador da união entre os homens e Deus. Foi para estabelecer esta união que Jesus Se ofereceu na Cruz; por ela Ele orou e continua a orar junto do Pai.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons, que Vos oferecemos como sacrifício espiritual, e fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal ou da Ascensão
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 16, 7
Em verdade vos digo:
É melhor para vós que Eu vá deste mundo para o Pai.
Se Eu não for para o Pai, diz o Senhor,
não virá sobre vós o Espírito Santo. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos pedimos, Senhor, que a participação nestes santos mistérios ilumine a nossa inteligência e fortaleça a nossa vontade, a fim de podermos viver em plenitude as riquezas do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Por maior que seja a dor ou a tristeza, nada vos faça esquecer que
Cristo ressuscitou».
Teresa de Calcutá
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que
leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que
leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que
leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA: - Jesus, antes da sua
partida, reza ao Pai por aqueles que irão acreditar por intermédio dos seus
discípulos. Pede pela comunhão entre os crentes e pela permanência do seu amor
entre eles. Jesus, através da sua oração como que antevê as dificuldades. É por
isso que os coloca diante do Pai.
MEDITAÇÃO: Reconhecer a
fragilidade dos laços comunitários e discernir tudo aquilo que debilita ou
fortalece a comunhão, é tarefa dos discípulos. Que outros cheguem à fé através
do testemunho de vida dos crentes, não depende só da graça do Senhor, ma também
da coerência e da santidade daqueles que acreditam n’Ele.
ORAÇÃO: Perante as debilidades,
Senhor, concede-nos a Tua força. Perante o erro e a dúvida, mostra-nos os teus
caminhos, Senhor
Cf.Guía Bíblica 2018,
pg 20. Verbo Divino, Estella 2017
AGENDA
16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo e oração comunitária do Terço.
A VOZ DO PASTOR
FAKE NEWS: NOTÍCIAS
FRAUDULENTAS
D. Antonino Dias,
Bispo de Portalegre-Castelo Branco
Somos seres de
comunhão, de relação, de interdependência com os outros a quem nos dizemos e
eles se nos dizem. Comunicar-se é socializar-se, é impossível viver sem
comunicar. Muitas vezes, o que a palavra não diz é dito por outras formas de
linguagem. Ora, a missão da Igreja também é comunicar, servindo-se de todos os
meios possíveis. Sempre tomou isso a peito, mesmo que, por vezes, o pudesse
fazer melhor e mais eficazmente. O Concílio Vaticano II, através do
Decreto Inter Mirifica, estabeleceu o Dia Mundial das Comunicações
Sociais, tendo como objetivo primordial chamar a atenção para o vasto e
complexo fenómeno dos meios de comunicação social. Quem primeiro comemorou o
Dia Mundial das Comunicações Sociais foi o Papa Paulo VI, em 7 de Maio de 1967,
já lá vão 51 anos. Desde então, em cada ano, os Papas que se têm sucedido, têm
publicado uma bela Mensagem, regra geral na festa de São Francisco de Sales,
dia 24 de janeiro, padroeiro dos jornalistas.
Este ano, o Papa
Francisco também publicou uma Mensagem sob o tema: “A verdade vos tornará
livres” (Jo 8, 32) – Fake news e jornalismo de paz”. Vou procurar resumi-la
na certeza de que muitos dos amigos leitores já a leram ou irão ler, basta
perguntar por ela a sua excelência o senhor doutor Google que sabe tudo e tem
tudo à mão de semear, não sei se também tem algumas fake news...
A expressão fake news,
normalmente “alude a informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou
distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua
divulgação pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e
favorecer lucros económicos”. Estas informações apresentam-se “como
plausíveis”, são “falsas mas verosímeis”, “capciosas”, “hábeis a capturar a
atenção dos destinatários”. Elas apoiam-se “sobre estereótipos e preconceitos
generalizados no seio dum certo tecido social”. Exploram “emoções imediatas e
fáceis de suscitar”, levando facilmente a que se “morda a isca”. Difundem-se
rapidamente graças ao “uso manipulador das redes sociais e das lógicas que
subjazem ao seu funcionamento”, de forma que “ganham tal visibilidade que os próprios
desmentidos categorizados dificilmente conseguem circunscrever os seus danos”.
Muitas vezes, as
pessoas, “dentro de ambientes digitais homogéneos e impermeáveis a perspetivas
e opiniões divergentes”, acabam por se “tornar atores involuntários na difusão
de opiniões tendenciosas e infundadas”, revelando “a presença de atitudes
simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco
de se dilatar a arrogância e o ódio”.
A desinformação,
escondida “por detrás de milhões de milhões de perfis digitais”, baseia-se
“muitas vezes sobre discursos variegados, deliberadamente evasivos e
subtilmente enganadores, valendo-se por vezes de mecanismos refinados”. É uma
espécie de lógica que se poderia definir “como a «lógica da serpente», capaz de
se camuflar e morder em qualquer lugar”. É a lógica da serpente do Livro do
Génesis (cf. 3, 1-15): sedução, argumentação falsa e aliciante.
A lógica das fake news
torna-as “frequentemente virais, ou seja, propagam-se com grande rapidez e de
forma dificilmente controlável, não tanto pela lógica de partilha que
carateriza os meios de comunicação social como sobretudo pelo fascínio que
detêm sobre a avidez insaciável que facilmente se acende no ser humano. As
próprias motivações económicas e oportunistas da desinformação têm a sua raiz
na sede de poder, ter e gozar, que, em última instância, nos torna vítimas de
um embuste muito mais trágico do que cada uma das suas manifestações: o embuste
do mal, que se move de falsidade em falsidade para nos roubar a liberdade do
coração”.
Francisco cita
Dostoevskij que, neste sentido, deixou escrito algo de notável: «Quem mente a
si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder
distinguir a verdade dentro de si mesmo nem ao seu redor, e assim começa a
deixar de ter estima de si mesmo e dos outros. Depois, dado que já não tem
estima de ninguém, cessa também de amar, e então na falta de amor, para se
sentir ocupado e distrair, abandona-se às paixões e aos prazeres triviais e,
por culpa dos seus vícios, torna-se como uma besta; e tudo isso deriva do
mentir contínuo aos outros e a si mesmo» (Os irmãos Karamazov, II, 2)”.
Para nos defendermos
contra o vírus das falsidades é preciso deixar-nos “purificar pela verdade” e,
atraídos pelo bem e livres de ambição, sermos “responsáveis no uso da
linguagem”.
O Papa Francisco
convida “a que se promova um jornalismo de paz, sem entender, com esta
expressão, um jornalismo «bonzinho», que negue a existência de problemas graves
e assuma tons melífluos. Pelo contrário, penso num jornalismo sem fingimentos,
hostil às falsidades, a slogans sensacionais e a declarações bombásticas; um
jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todas
as pessoas, especialmente àquelas – e no mundo, são a maioria – que não têm
voz; um jornalismo que não se limite a queimar notícias, mas se comprometa na
busca das causas reais dos conflitos, para favorecer a sua compreensão das
raízes e a sua superação através do aviamento de processos virtuosos; um
jornalismo empenhado a indicar soluções alternativas às escalation do clamor e
da violência verbal”.
Antonino Dias
Vila de Rei, 11-05-2018.
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