PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 24 de maio de
2018
Quinta da VII semana
do tempo comum
QUINTA-FEIRA
da semana VII
Verde – Ofício da
féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Tg 5, 1-6; Sal 48 (49), 14-15ab. 15cd-16. 17-18. 19-20
Ev Mc 9, 41-50
.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Tg 5, 1-6; Sal 48 (49), 14-15ab. 15cd-16. 17-18. 19-20
Ev Mc 9, 41-50
.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Salmo 12,
6
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 5, 1-6
«O salário de que privastes os trabalhadores clama
e os seus brados chegaram aos ouvidos do Senhor»
Os bens, mesmo os deste mundo, são uma bênção de Deus, mas facilmente se transformam em perigo e até em ocasião de perdição, sobretudo se se tornam instrumento de injustiça, então são, eles próprios que bradam aos céus contra aquele que os utiliza mal e os nega a quem são devidos.
Leitura da Epístola de São Tiago
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.
ORAÇÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Tg 5, 1-6
«O salário de que privastes os trabalhadores clama
e os seus brados chegaram aos ouvidos do Senhor»
Os bens, mesmo os deste mundo, são uma bênção de Deus, mas facilmente se transformam em perigo e até em ocasião de perdição, sobretudo se se tornam instrumento de injustiça, então são, eles próprios que bradam aos céus contra aquele que os utiliza mal e os nega a quem são devidos.
Leitura da Epístola de São Tiago
Agora, vós, ó ricos, chorai e lamentai-vos, por causa das desgraças que vão cair sobre vós. As vossas riquezas estão apodrecidas e as vossas vestes estão comidas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem vai dar testemunho contra vós e devorar a vossa carne como fogo. Acumulastes tesouros no fim dos tempos. Privastes do salário os trabalhadores que ceifaram as vossas terras. O seu salário clama; e os brados dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do Universo. Levastes na terra uma vida regalada e libertina, cevastes os vossos corações para o dia da matança. Condenastes e matastes o justo e ele não vos resiste.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 48 (49), 14-15ab.15cd-16.17-18.19-20 (R. Mt 5, 3)
Refrão: Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Repete-se
Este é o destino dos que em si confiam,
o fim daqueles que se comprazem em suas palavras.
Como rebanho caminham para o abismo
e a morte é o seu pastor. Refrão
Descerão directamente ao sepulcro
e a sua imagem em breve se corromperá.
Deus, porém, me salvará,
porque me livrará das garras do abismo. Refrão
Não te irrites se alguém enriquece
e aumenta a riqueza da sua casa.
Quando morrer, nada levará consigo,
a sua fortuna não o acompanhará. Refrão
Ainda que em vida se felicitasse:
«Louvar-te-ão porque trataste bem de ti»,
não deixará de ir para a companhia de seus pais,
que jamais verão a luz. Refrão
ALELUIA cf. 1 Tes 2, 13
Refrão: Aleluia. Repete-se
Escutai o que diz o Senhor,
não como palavra dos homens,
mas como palavra de Deus. Refrão
EVANGELHO Mc 9, 41-50
«É melhor entrar mutilado na vida
do que ter as duas mãos e ir para a Geena»
Na comunidade cristã, a vida de relação é de importância fundamental. Os outros são sempre o nosso “Próximo”, mesmo quando distantes. Por isso, eles hão de ser sempre o objeto do nosso amor, que os há-de socorrer nas dificuldades e nunca deixar que sejam por nós, de qualquer modo, ofendidos. O escândalo é sempre pecado contra o amor devido ao próximo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. E se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga». Na verdade, todos serão salgados com fogo. O sal é coisa boa; mas se ele perder o sabor, com que haveis de temperá-lo? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que celebremos dignamente estes divinos mistérios,
de modo que os dons oferecidos para vossa glória
sejam para nós fonte de eterna salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós.
Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.
Ou cf. Jo 11, 27
Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo,
o Salvador do mundo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus omnipotente,
que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
« Em Jesus o Verbo se fez carne, palavra corporal vestida de tempo e
de espaço, grito e temor, gesto e ternura».
Benjamim Gonzalez Buelta
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que
leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que
leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que
leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA: Jesus, antes de morrer reúne-se
com seus discípulos. Na última ceia abençoa o pão e o cálice. Pão e vinho serão
o seu corpo e o seu sangue, os quais repartidos à mesa, se convertem em símbolo
da sua permanente entrega pela humanidade.
MEDITAÇÃO: Revivemos em cada Eucaristia o
gesto de Jesus de querer ficar sempre entre nós no pão e vinho repartidos. O seu
convite em fazer memória não é só repetir os seus gestos e palavras na mesa
eucarística, mas vive-los e incarná-los no dia a dia.
ORAÇÃO: Senhor, que os nossos
gestos e palavras se transformem em ofertas de amor, tal como o foi a tua vida.
Cf.Guía Bíblica 2018,. Verbo Divino,
Estella 2017
AGENDA
10.00 horas: Funeral em Nisa.
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Oração comunitária do terço em Nisa e adoração ao Santíssimo. Ensaio
de canto.
A VOZ DO PASTOR
ILUMINAR CRISES,
ANGÚSTIAS E DIFICULDADES
Em plena Semana da
Vida, celebrámos o Dia Internacional da Família. Em sinal de presença e de interesse
pelo bem das famílias, convido-os a lerem comigo, sintetizando, uns números da
Exortação do Papa Francisco sobre a Alegria do Amor. Há famílias que, treinadas
e testadas no caminho do amor, “já envelheceram o vinho novo do noivado”. Numa
fidelidade “cheia de sacrifícios e alegrias”, tudo foi amadurecendo e, hoje, os
seus olhos “brilham com a contemplação dos filhos de seus filhos”. Eles “foram
capazes de superar, juntos, as crises e os momentos de angústia, sem fugir aos
desafios nem esconder as dificuldades” (AL 231).
As crises da família
fazem “parte da sua dramática beleza”. E uma crise superada leva “a melhorar,
sedimentar e maturar o vinho da união”, há "uma aprendizagem, que permite
incrementar a intensidade da vida comum ou, pelo menos, a encontrar um novo
sentido para a experiência matrimonial. É preciso não se resignar de modo algum
a uma curva descendente, a uma inevitável deterioração, a uma mediocridade que
se tem de suportar” (AL 232). Muitas vezes, quando surge uma crise, “a reação imediata
é resistir, pôr-se à defesa por sentir que escapa ao próprio controle, por
mostrar a insuficiência da própria maneira de viver, e isto incomoda. Então
usa-se o método de negar os problemas, escondê-los, relativizar a sua
importância, apostar apenas em que o tempo passe”. Isso, porém, não resolve,
“adia a solução e leva a gastar muitas energias num ocultamento inútil que
complicará ainda mais as coisas. Os vínculos vão-se deteriorando e consolida-se
um isolamento que danifica a intimidade”, a comunicação deixa de existir, e
assim, “pouco a pouco, aquela que era «a pessoa que amo» passa a ser «quem me
acompanha sempre na vida», a seguir, será apenas «o pai ou a mãe dos meus
filhos», e, por fim, “um estranho” (AL 233). Nesta situação, os cônjuges tendem
a isolar-se “para não mostrar o que sentem, trancam-se num silêncio mesquinho e
enganador”, quando precisavam mesmo de “criar espaços para comunicar de coração
a coração”. Mas se nunca se aprendeu a fazê-lo, torna-se “ainda mais difícil
comunicar num momento de crise”. Comunicar é “uma verdadeira arte que se
aprende em tempos calmos, para se pôr em prática nos tempos borrascosos.” (AL
234).
Há crises mais ou
menos comuns em todas as famílias: “quando é preciso aprender a conciliar as diferenças
e a desligar-se dos pais; ou a crise da chegada do filho, com os seus novos
desafios emotivos; a crise de educar uma criança, que altera os hábitos do
casal; a crise da adolescência do filho, que exige muitas energias,
desestabiliza os pais e às vezes contrapõem-nos entre si; a crise do «ninho
vazio», que obriga o casal a fixar de novo o olhar um no outro; a crise causada
pela velhice dos pais dos cônjuges, que requer mais presença, solicitude e
decisões difíceis. São situações exigentes, que provocam temores, sentimentos
de culpa, depressões ou cansaços que podem afetar gravemente a união” (AL 235).
A estas, juntam-se as
“crises pessoais com incidência no casal, relacionadas com dificuldades
económicas, laborais, afetivas, sociais, espirituais. E acrescentam-se
circunstâncias inesperadas, que podem alterar a vida familiar e exigir um
caminho de perdão e reconciliação” (AL 236).
Frequentemente,
“quando um cônjuge sente que não recebe o que deseja, ou não se realiza o que
sonhava”, pensa que isso lhe é “suficiente para pôr termo ao matrimónio”, não
havendo, assim, “matrimónio que dure”. Não raro, “para decidir que tudo acabou,
basta uma desilusão, a ausência num momento em que se precisava do outro, um
orgulho ferido ou um temor indefinido. Há situações próprias da inevitável
fragilidade humana, a que se atribui um peso emotivo demasiado grande”. Assim,
por exemplo, “a sensação de não ser completamente correspondido, os ciúmes, as
diferenças que podem surgir entre os dois, a atração suscitada por outras
pessoas, os novos interesses que tendem a apoderar-se do coração, as mudanças
físicas do cônjuge e tantas outras coisas que, mais do que atentados contra o
amor, são oportunidades que convidam a recriá-lo uma vez mais” (AL 237).
Importante é que se tenha “a maturidade necessária para voltar a escolher o
outro como companheiro de estrada, para além dos limites da relação”, que se
aceite, com realismo, que não se pode “satisfazer todos os sonhos acalentados”,
que se evite pensar que são “os únicos mártires”, que apreciem “as pequenas ou
limitadas possibilidades que lhes oferece a vida em família”, que apostem “em
fortalecer o vínculo numa construção que exigirá tempo e esforço”, que
reconheçam “que cada crise é como um novo «sim» que torna possível o amor
renascer reforçado, transfigurado, amadurecido, iluminado” (AL 238).
Muitas das
dificuldades surgem nas famílias “quando um dos seus membros não amadureceu a
sua maneira de relacionar-se, porque não curou feridas dalguma etapa da sua
vida”, quando a infância e a adolescência foram mal vividas no relacionamento
com os seus pais e irmãos e nunca se sentiu amado, quando não amadureceu
normalmente… Tudo isso acaba “por afetar o matrimónio”, compromete a
“capacidade de confiar e entregar-se”, tudo “reaparece e danifica a vida
conjugal” e as crises tornam-se mais frequentes e mais dolorosas. Por vezes “as
pessoas precisam de realizar aos quarenta anos um amadurecimento atrasado que
deveria ter sido alcançado no fim da adolescência. Às vezes ama-se com um amor egocêntrico
próprio da criança, fixado numa etapa onde a realidade é distorcida e se vive o
capricho de que tudo deva girar à volta do próprio eu. É um amor insaciável,
que grita e chora quando não obtém aquilo que deseja. Outras vezes ama-se com
um amor fixado na fase da adolescência, caracterizado pelo confronto, a crítica
ácida, o hábito de culpar os outros, a lógica do sentimento e da fantasia, onde
os outros devem preencher os nossos vazios ou apoiar os nossos caprichos (AL
239). “Isto exige que se reconheça a necessidade de ser curado, que se peça com
insistência a graça de perdoar e perdoar-se, que se aceite ajuda, se procurem
motivações positivas e se tente sempre de novo. Cada um deve ser muito sincero
consigo mesmo, para reconhecer que o seu modo de viver o amor tem estas
imaturidades. Por mais evidente que possa parecer que toda a culpa seja do
outro, nunca é possível superar uma crise esperando que apenas o outro mude. É
preciso também questionar-se a si mesmo sobre as coisas que poderia pessoalmente
amadurecer ou curar para favorecer a superação do conflito” (AL 240).
Antonino Dias
Portalegre, 18-05-2018.
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