terça-feira, 22 de maio de 2018






PARÓQUIAS DE NISA





Quarta, 23 de maio de 2018











Quarta da VII semana do tempo comum







QUARTA-FEIRA da semana VII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Tg 4, 13-17; Sal 48 (49), 2-3. 6-7. 8-10. 11
Ev Mc 9, 38-40




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 12, 6
Eu confio, Senhor, na vossa bondade.
O meu coração alegra-se com a vossa salvação.
Cantarei ao Senhor por tudo o que Ele fez por mim.

ORAÇÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso,
que, meditando continuamente nas realidades espirituais,
pratiquemos sempre, em palavras e obras, o que Vos agrada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Tg 4, 13-17
«Que vem a ser, afinal, a vossa vida?
Deveríeis antes dizer: ‘Se o Senhor quiser’»


A vida do homem é, por experiência quotidiana e universal, como um fumo que se esvai. Para que a fé se enraíze na vida, deve contar com esta fragilidade humana e levar-nos a pormo-nos nas mãos de Deus.

Leitura da Epístola de São Tiago

Caríssimos: Agora, escutai-me, vós que dizeis: «Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, onde passaremos um ano, fazendo negócio e tirando lucro». Mas vós não sabeis o que traz o dia de amanhã. Que vem a ser, afinal, a vossa vida? Sois como a neblina que aparece um momento e se esvai em seguida. Deveríeis antes dizer: «Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo». Mas ao contrário, envaideceis-vos com a vossa arrogância. Toda a presunção desse género é má. Assim, quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 48 (49), 2-3.6-7.8-10.11 (R. Mt 5, 3)
Refrão: Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Repete-se

Povos todos, escutai,
habitantes do mundo inteiro, prestai ouvidos,
humildes e poderosos,
ricos e pobres, todos juntos. Refrão

Porque hei-de inquietar-me nos dias maus,
quando me cerca a iniquidade dos perseguidores,
dos que confiam na sua opulência
e se vangloriam na sua grande riqueza? Refrão

O homem não pode pagar o seu resgate,
não pode pagar a Deus a sua redenção.
É muito caro o resgate da sua vida
e ele nunca pagará o suficiente,
para prolongar indefinidamente a sua vida
e não experimentar a corrupção da morte. Refrão

Vê que morrem os sábios
como perecem o ignorante e o insensato
e deixam a outros a sua riqueza. Refrão


ALELUIA Jo 14, 6
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor:
Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Refrão


EVANGELHO Mc 9, 38-40
«Quem não é contra nós é por nós»


A escola de Jesus não é fechada nem exclusivista. Ele é, realmente, o Caminho e a Verdade; e todo aquele que procede bem e de boa fé já avança pelos seus caminhos, mesmo que o não saiba. E aqueles que já têm a graça de O conhecer hão de de olhar com simpatia os que se esforçam por ir ao seu encontro, para que finalmente todos venham a reunir-se no mesmo e único redil do único Pastor.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor,
que celebremos dignamente estes divinos mistérios,
de modo que os dons oferecidos para vossa glória
sejam para nós fonte de eterna salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós.
Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.

Ou cf. Jo 11, 27
Senhor, eu creio que sois Cristo, Filho de Deus vivo,
o Salvador do mundo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Deus omnipotente,
que este sacramento de salvação
seja para nós penhor seguro de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








 « O homem  amolda-se à imagem daquilo em que acredita. Serás  segundo aquilo em que acreditas».


Baghavad Gita






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: Os discípulos achavam estranho que outros que não pertenciam ao grupo, também fizessem milagres em nome de Jesus. Mas Ele próprio se encarregou de corrigir este ponto de vista que se orientava para o exclusivismo. Jesus não é propriedade de ninguém: nem da comunidade nem dos crentes.

MEDITAÇÃO: Não é por invocar o nome de Jesus que acontecem os milagres, mas sim, se em seu nome se pede com fé e perseverança, Ele nunca defrauda. Conheço não crentes que, pelo seu atuar, honram a Deus como se fossem crentes?
 

ORAÇÃO: Dá-nos, Senhor, um coração grande, aberto para contemplar a tua presença mesmo fora da Igreja.


Cf.Guía Bíblica 2018,. Verbo Divino, Estella 2017





AGENDA



11.00 horas: Funeral em Nisa. Misericórdia
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Oração comunitária do terço em Nisa.






A VOZ DO PASTOR



ILUMINAR CRISES, ANGÚSTIAS E DIFICULDADES

Em plena Semana da Vida, celebrámos o Dia Internacional da Família. Em sinal de presença e de interesse pelo bem das famílias, convido-os a lerem comigo, sintetizando, uns números da Exortação do Papa Francisco sobre a Alegria do Amor. Há famílias que, treinadas e testadas no caminho do amor, “já envelheceram o vinho novo do noivado”. Numa fidelidade “cheia de sacrifícios e alegrias”, tudo foi amadurecendo e, hoje, os seus olhos “brilham com a contemplação dos filhos de seus filhos”. Eles “foram capazes de superar, juntos, as crises e os momentos de angústia, sem fugir aos desafios nem esconder as dificuldades” (AL 231).

As crises da família fazem “parte da sua dramática beleza”. E uma crise superada leva “a melhorar, sedimentar e maturar o vinho da união”, há "uma aprendizagem, que permite incrementar a intensidade da vida comum ou, pelo menos, a encontrar um novo sentido para a experiência matrimonial. É preciso não se resignar de modo algum a uma curva descendente, a uma inevitável deterioração, a uma mediocridade que se tem de suportar” (AL 232). Muitas vezes, quando surge uma crise, “a reação imediata é resistir, pôr-se à defesa por sentir que escapa ao próprio controle, por mostrar a insuficiência da própria maneira de viver, e isto incomoda. Então usa-se o método de negar os problemas, escondê-los, relativizar a sua importância, apostar apenas em que o tempo passe”. Isso, porém, não resolve, “adia a solução e leva a gastar muitas energias num ocultamento inútil que complicará ainda mais as coisas. Os vínculos vão-se deteriorando e consolida-se um isolamento que danifica a intimidade”, a comunicação deixa de existir, e assim, “pouco a pouco, aquela que era «a pessoa que amo» passa a ser «quem me acompanha sempre na vida», a seguir, será apenas «o pai ou a mãe dos meus filhos», e, por fim, “um estranho” (AL 233). Nesta situação, os cônjuges tendem a isolar-se “para não mostrar o que sentem, trancam-se num silêncio mesquinho e enganador”, quando precisavam mesmo de “criar espaços para comunicar de coração a coração”. Mas se nunca se aprendeu a fazê-lo, torna-se “ainda mais difícil comunicar num momento de crise”. Comunicar é “uma verdadeira arte que se aprende em tempos calmos, para se pôr em prática nos tempos borrascosos.” (AL 234).

Há crises mais ou menos comuns em todas as famílias: “quando é preciso aprender a conciliar as diferenças e a desligar-se dos pais; ou a crise da chegada do filho, com os seus novos desafios emotivos; a crise de educar uma criança, que altera os hábitos do casal; a crise da adolescência do filho, que exige muitas energias, desestabiliza os pais e às vezes contrapõem-nos entre si; a crise do «ninho vazio», que obriga o casal a fixar de novo o olhar um no outro; a crise causada pela velhice dos pais dos cônjuges, que requer mais presença, solicitude e decisões difíceis. São situações exigentes, que provocam temores, sentimentos de culpa, depressões ou cansaços que podem afetar gravemente a união” (AL 235).

A estas, juntam-se as “crises pessoais com incidência no casal, relacionadas com dificuldades económicas, laborais, afetivas, sociais, espirituais. E acrescentam-se circunstâncias inesperadas, que podem alterar a vida familiar e exigir um caminho de perdão e reconciliação” (AL 236).

Frequentemente, “quando um cônjuge sente que não recebe o que deseja, ou não se realiza o que sonhava”, pensa que isso lhe é “suficiente para pôr termo ao matrimónio”, não havendo, assim, “matrimónio que dure”. Não raro, “para decidir que tudo acabou, basta uma desilusão, a ausência num momento em que se precisava do outro, um orgulho ferido ou um temor indefinido. Há situações próprias da inevitável fragilidade humana, a que se atribui um peso emotivo demasiado grande”. Assim, por exemplo, “a sensação de não ser completamente correspondido, os ciúmes, as diferenças que podem surgir entre os dois, a atração suscitada por outras pessoas, os novos interesses que tendem a apoderar-se do coração, as mudanças físicas do cônjuge e tantas outras coisas que, mais do que atentados contra o amor, são oportunidades que convidam a recriá-lo uma vez mais” (AL 237). Importante é que se tenha “a maturidade necessária para voltar a escolher o outro como companheiro de estrada, para além dos limites da relação”, que se aceite, com realismo, que não se pode “satisfazer todos os sonhos acalentados”, que se evite pensar que são “os únicos mártires”, que apreciem “as pequenas ou limitadas possibilidades que lhes oferece a vida em família”, que apostem “em fortalecer o vínculo numa construção que exigirá tempo e esforço”, que reconheçam “que cada crise é como um novo «sim» que torna possível o amor renascer reforçado, transfigurado, amadurecido, iluminado” (AL 238).

Muitas das dificuldades surgem nas famílias “quando um dos seus membros não amadureceu a sua maneira de relacionar-se, porque não curou feridas dalguma etapa da sua vida”, quando a infância e a adolescência foram mal vividas no relacionamento com os seus pais e irmãos e nunca se sentiu amado, quando não amadureceu normalmente… Tudo isso acaba “por afetar o matrimónio”, compromete a “capacidade de confiar e entregar-se”, tudo “reaparece e danifica a vida conjugal” e as crises tornam-se mais frequentes e mais dolorosas. Por vezes “as pessoas precisam de realizar aos quarenta anos um amadurecimento atrasado que deveria ter sido alcançado no fim da adolescência. Às vezes ama-se com um amor egocêntrico próprio da criança, fixado numa etapa onde a realidade é distorcida e se vive o capricho de que tudo deva girar à volta do próprio eu. É um amor insaciável, que grita e chora quando não obtém aquilo que deseja. Outras vezes ama-se com um amor fixado na fase da adolescência, caracterizado pelo confronto, a crítica ácida, o hábito de culpar os outros, a lógica do sentimento e da fantasia, onde os outros devem preencher os nossos vazios ou apoiar os nossos caprichos (AL 239). “Isto exige que se reconheça a necessidade de ser curado, que se peça com insistência a graça de perdoar e perdoar-se, que se aceite ajuda, se procurem motivações positivas e se tente sempre de novo. Cada um deve ser muito sincero consigo mesmo, para reconhecer que o seu modo de viver o amor tem estas imaturidades. Por mais evidente que possa parecer que toda a culpa seja do outro, nunca é possível superar uma crise esperando que apenas o outro mude. É preciso também questionar-se a si mesmo sobre as coisas que poderia pessoalmente amadurecer ou curar para favorecer a superação do conflito” (AL 240).

Antonino Dias
Portalegre, 18-05-2018.







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