quinta-feira, 16 de agosto de 2012


pARÓQUIA DE ALMODÔVAR

Sexta, 17 de Agosto


A alegria dos que entram no templo Salmo 99
Aclamai o Senhor, terra inteira, *
        servi o Senhor com alegria, †
        vinde a Ele com cânticos de júbilo.
Sabei que o Senhor é Deus, *
        Ele nos fez, a Ele pertencemos, †
        somos o seu povo, ovelhas do seu rebanho.
Entrai pelas suas portas, dando graças, *
        penetrai em seus átrios com hinos de louvor, †
        glorificai-O, bendizei o seu nome.
Porque o Senhor é bom, *
        eterna é a sua misericórdia, †
        a sua fidelidade estende-se de geração em geração.

LAUDES, sexta – III semana


A glória de Deus consiste no ser humano vivendo em plenitude”. Santo Ireneu


Homilia do Papa no dia do Corpo de Deus

Prezados irmãos e irmãs!
Esta tarde gostaria de meditar convosco sobre dois aspetos, ligados entre si, do Mistério eucarístico: o culto da Eucaristia e a sua sacralidade. É importante retomá-los em consideração para os preservar de visões incompletas do próprio Mistério, como aquelas que se relevaram no passado recente.
Antes de tudo, uma reflexão sobre o valor do culto eucarístico, em particular da adoração do Santíssimo Sacramento. É a experiência que, também esta tarde, nós viveremos após a Missa, antes da procissão, durante a sua realização e no seu encerramento. Uma interpretação unilateral do Concílio Vaticano II tinha penalizado esta dimensão, limitando praticamente a Eucaristia ao momento celebrativo. Com efeito, foi muito importante reconhecer a centralidade da celebração, no qual o Senhor convoca o seu povo, o reúne ao redor da dúplice mesa da Palavra e do Pão de vida, o alimenta e o une a Si no ofertório do Sacrifício. Esta valorização da assembleia litúrgica, em que o Senhor age e realiza o seu mistério de comunhão, permanece obviamente válida, mas ela deve ser recolocada no equilíbrio justo. Com efeito — como acontece com frequência — para ressaltar um aspeto termina-se por sacrificar outro. Neste caso, a justa evidência conferida à celebração da Eucaristia prejudicou a adoração, como gesto de fé e de oração dirigido ao Senhor Jesus, realmente presente no Sacramento do altar. Este desequilíbrio teve repercussões inclusive na vida espiritual dos fiéis. Com efeito, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia unicamente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar da sua presença o resto do tempo e do espaço existenciais. E assim compreende-se menos o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e connosco, uma presença concreta, próxima, no meio das nossas casas, como «Coração vibrante» da cidade, do povoado, do território com as suas várias expressões e atividades. O Sacramento da Caridade de Cristo deve permear toda a vida quotidiana.
Na realidade, é errado opor a celebração à adoração, como se uma com a outra estivessem em concorrência. É precisamente o contrário: o culto do Santíssimo Sacramento constitui como que o «ambiente» espiritual em cujo contexto a comunidade pode celebrar bem e na verdade a Eucaristia. A ação litúrgica só pode expressar o seu pleno significado e valor se for precedida, acompanhada e seguida por esta atitude interior de fé e de adoração. O encontro com Jesus na Santa Missa realiza-se verdadeira e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que no Sacramento Ele habita a sua casa, nos espera, nos convida à sua mesa e depois, quando a assembleia se dissolve, permanece connosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e acompanha-nos com a sua intercessão, continuando a receber os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai.
A este propósito, apraz-me sublinhar a experiência que juntos viveremos também esta noite. No momento da adoração, nós estamos todos no mesmo plano, de joelhos diante do Sacramento do Amor. O sacerdócio comum e o ministerial encontram-se unidos no culto eucarístico. É uma experiência muito bonita e significativa, que vivemos várias vezes na Basílica de São Pedro e também nas inesquecíveis vigílias com os jovens — recordo, por exemplo, as de Köln, London, Zagreb e Madrid. É evidente para todos que estes momentos de vigília eucarística preparam a celebração da Santa Missa e predispõem os corações para o encontro, de tal modo ele seja ainda mais fecundo. Estarmos todos em silêncio prolongado diante do Senhor presente no seu Sacramento é uma das experiências mais autênticas do nosso ser Igreja, que é acompanhado de maneira complementar pela celebração da Eucaristia, ouvindo a Palavra de Deus, cantando, aproximando-nos juntos da mesa do Pão de Vida. Comunhão e contemplação não se podem separar, pois caminham juntas. Para me comunicar verdadeiramente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la e fitá-la com amor. O amor autêntico e a amizade verdadeira vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes e repletos de respeito e de veneração, de tal maneira que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial. E infelizmente, se falta esta dimensão, também a própria comunhão sacramental pode tornar-se, da nossa parte, um gesto superficial. No entanto, na comunhão autêntica, preparada pelo diálogo da oração e da vida, nós podemos dirigir ao Senhor palavras de confiança, como aquelas que há pouco ressoaram no Salmo responsorial: «Senhor, sou teu servo, filho da tua serva; / quebraste as minhas cadeias. / Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor / invocando, Senhor, o teu nome» (Sl 115, 16-17).
Agora gostaria de passar brevemente ao segundo aspeto: a sacralidade da Eucaristia. Também aqui ressentimos, no passado recente, de um determinado desentendimento a respeito da mensagem autêntica da Sagrada Escritura. A novidade cristã em relação ao culto foi influenciada por uma certa mentalidade secularista dos anos sessenta e setenta do século passado. É verdade, e permanece sempre válido, que o centro do culto já não se encontra nos ritos e nos sacrifícios antigos, mas no próprio Cristo, na sua pessoa, na sua vida e no seu mistério pascal. E todavia, desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado já não existe, mas que ele encontrou o seu cumprimento em Jesus Cristo, Amor divino encarnado. A Carta aos Hebreus, que ouvimos esta tarde na segunda Leitura, fala-nos precisamente da novidade do sacerdócio de Cristo, «Sumo Sacerdote dos bens futuros» (Hb 9, 11), mas não afirma que o sacerdócio terminou. Cristo «é Mediador de uma nova aliança» (Hb 9, 15), estabelecida no seu sangue, que purifica «a nossa consciência das obras mortas» (Hb 9, 14). Ele não aboliu o sagrado, mas completou-o, inaugurando um novo culto, que é sem dúvida plenamente espiritual, mas que no entanto, enquanto estivermos a caminho no tempo, ainda se serve de sinais e de ritos, que só virão a faltar no final, na Jerusalém celeste, onde já não haverá templo algum (cf. Ap 21, 22). Graças a Cristo, a sacralidade é mais verdadeira, mais intensa e, como acontece no caso dos mandamentos, também mais exigente! Não é suficiente a observância ritual, mas exigem-se a purificação do coração e o compromisso da vida.
Apraz-me ressaltar também que o sagrado tem uma função educativa, e inevitavelmente o seu desaparecimento empobrece a cultura, em particular a formação das novas gerações. Se, por exemplo, em nome de uma fé secularizada que já não precisa de sinais sagrados, fosse abolida esta procissão urbana do Corpus Christi, o perfil espiritual de Roma ficaria «nivelado» e por isso a nossa consciência pessoal e comunitária seria debilitada. Ou então, pensemos numa mãe e num pai que, em nome de uma fé dessacralizada, privassem os próprios filhos de toda a ritualidade religiosa: na realidade, acabariam por deixar este campo livre aos numerosos sucedâneos presentes na sociedade consumista, a outros ritos e sinais, que mais facilmente poderiam tornar-se ídolos. Deus, nosso Pai, não agiu assim com a humanidade: mandou o seu Filho ao mundo não para abolir, mas para levar a cumprimento também o sagrado. No ápice desta missão, na última Ceia, Jesus instituiu o Sacramento do seu Corpo e do seu Sangue, o Memorial do seu Sacrifício pascal. Agindo deste modo, Ele pôs-se no lugar dos sacrifícios antigos, mas fê-lo no âmbito de um rito, que ordenou aos Apóstolos que perpetuassem como sinal supremo do verdadeiro Sagrado, que é Ele mesmo. Caros irmãos e irmãs, é com esta fé que nós celebramos hoje e cada dia o Mistério eucarístico e que O adoramos como Centro da nossa vida e âmago do mundo! Amém.
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LITURGIA DA PALAVRA


LEITURA I    Ez 16, 1-15.60.63 

«Confiaste na tua formosura, que era perfeita, graças ao esplendor com que Eu te tinha revestido, para te prostituires»

Leitura da Profecia de Ezequiel

O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Filho do homem, mostra a Jerusalém as suas acções abomináveis e diz-lhe: Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: Pela tua origem e nascimento, és da terra de Canaã. O teu pai era amorreu e a tua mãe hitita. Quando nasceste, no dia em que vieste ao mundo, não te cortaram o cordão, nem te banharam para seres purificada; não te fizeram as fricções de sal, nem te envolveram em panos. Ninguém lançou sobre ti um olhar compassivo; ninguém te prestou esses cuidados, nem teve pena de ti. No dia em que nasceste, foste deixada no meio do campo, pela repugnância que inspiravas. Quando passei junto de ti, vi que te revolvias no teu sangue. E, vendo-te ensanguentada, Eu disse-te: ‘Quero que vivas’; e fiz-te crescer como a erva dos campos. Cresceste, ganhaste corpo e chegaste à idade florida. Formaram-se os teus seios, cresceram os teus cabelos, mas estavas nua. Passei de novo junto de ti e vi que tinhas chegado à idade dos amores. Estendi sobre ti a aba do meu manto e escondi a tua nudez. Fiz então um juramento e estabeleci uma aliança contigo, – diz o Senhor Deus – e ficaste a pertencer-Me. Lavei-te com água, limpei-te do sangue que te cobria e ungi-te com óleo. Vesti-te com roupas bordadas, calcei-te sandálias de fino cabedal, dei-te uma faixa de linho e um manto de seda. Adornei-te com jóias, coloquei braceletes nos teus pulsos e um colar ao teu pescoço. Pus-te um anel no nariz, brincos nas orelhas e um precioso diadema na cabeça. Tinhas adornos de ouro e de prata, os teus vestidos eram de linho fino, de seda e tecidos bordados, e o teu alimento era a flor da farinha, mel e azeite. Tornaste-te cada vez mais bela e chegaste a ser rainha. A tua fama divulgou-se entre as nações, por causa da tua formosura, que era perfeita, graças ao esplendor com que Eu te tinha revestido, – diz o Senhor Deus –. Mas tu confiaste na tua beleza e aproveitaste a tua fama para te prostituires com todos os que passavam. Eu, porém, lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo nos dias da tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna, de modo que te lembres do passado e te humilhes e não voltes a abrir a boca de vergonha, quando Eu te perdoar o que fizeste – diz o Senhor Deus».

Palavra do Senhor.

Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I  Ez 16, 59-63

 «Lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo
e tu sentirás vergonha»

Leitura da Profecia de Ezequiel

Assim fala o Senhor Deus a Jerusalém: «Procederei contigo como tu procedeste, pois faltaste ao juramento e quebraste a aliança. Mas lembrar-Me-ei da aliança que fiz contigo nos dias da tua juventude e estabelecerei contigo uma aliança eterna. Tu recordarás o teu comportamento e sentirás vergonha, quando Eu te der como filhas as tuas irmãs, as mais velhas e as mais novas do que tu, mas não em virtude da tua aliança. Porque Eu restabelecerei a minha aliança contigo e então reconhecerás que Eu sou o Senhor, de modo que te lembres do passado e te humilhes e não voltes a abrir a boca de vergonha, quando Eu te perdoar o que fizeste – diz o Senhor Deus».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 1c)
Refrão: Passou a vossa ira e Vós me consolastes, Senhor. Repete-se

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação. Refrão

Tirareis água com alegria das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome;
anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. Refrão


ALELUIA cf. 1 Tes 2, 13
Refrão: Aleluia. Repete-se.
Escutai o que diz o Senhor,
não como palavra dos homens,
mas como palavra de Deus. Refrão

EVANGELHO  Mt 19, 3-12

«Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus para O porem à prova e disseram-Lhe: «É permitido ao homem repudiar a sua esposa por qualquer motivo?». Jesus respondeu: «Não lestes que o Criador, no princípio, os fez homem e mulher e disse: ‘Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão os dois uma só carne?’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu». Eles objetaram: «Porque ordenou então Moisés que se desse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher?». Jesus respondeu-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim. E Eu digo-vos: Quem repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, e casar com outra, comete adultério». Disseram-Lhe os discípulos: Se é esta a situação do homem em relação à mulher, não é conveniente casar-se». Jesus respondeu-lhes: «Nem todos compreendem esta linguagem, senão aquele a quem é concedido. Na verdade, há eunucos que nasceram assim do seio materno, outros que foram feitos pelos homens e outros que se tornaram eunucos por causa do reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda».

Palavra da salvação.


II. LECTIO DIVINA

Rezando
- Método de oração Bíblica -

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

2. Meditação: Interiorizar, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

Leitura: - Ez 16, 1-15.60.63 - Propõem-se hoje duas passagens para a primeira leitura, dado o realismo, um tanto cru, da primeira. Em ambas, porém, se faz um apelo ao regresso à fidelidade à aliança que Deus estabeleceu com o seu povo. De origem tão pobre e humilde, Deus faz do seu povo o mais querido para Ele, enriquecido de todos os dons e graças, que só o recordá-lo é um apelo ao regresso e à conversão. Deus ama; em vez de castigar lembra os seus dons, para que essa recordação, além de ser causa de vergonha e humilhação, seja convite ao regresso à fidelidade à aliança, que Deus nunca quebrará.

Mt 19, 3-12 - Jesus afirma a indissolubilidade do matrimónio e exalta o celibato escolhido por amor do reino de Deus, e que é dom do mesmo Deus. O campo onde tão frequentemente se afirma o egoísmo humano, o das opções do coração, é também aquele onde mais se hão-de mostrar as atitudes da fé e do verdadeiro amor, que vencerá toda a espécie de divórcios.

Meditação: - As palavras e vida de Jesus são uma fonte de inspiração para a realização humana, também na valorização dos afetos. Numa sociedade como a nossa, em que tudo, até os afetos se comercializam, só no respeito do outro(a) se encontra o caminho para a perfeita humanização, caminho para a implantação do reino de Deus.

Oração: - Senhor, que foste enviado para reconduzir  tudo para o Pai, concede-nos que sendo teus seguidores na humanidade, nos mergulhemos em Deus segundo a Tua vontade.


III. AGENDA PAROQUIAL



Almodôvar
09.00 horas: Missa

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