terça-feira, 23 de janeiro de 2018

   


PARÓQUIAS DE NISA





Quarta, 24 de janeiro de 2018









Quarta da III semana do tempo comum







QUARTA-FEIRA da semana III
S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 2 Sam 7, 4-17; Sal 88 (89), 4-5. 27-28. 29-30
Ev Mc 4, 1-20





S. FRANCISCO DE SALES, bispo e doutor da Igreja

Nota Histórica:

Nasceu na Sabóia no ano 1567. Ordenado sacerdote, trabalhou muito pela restauração da fé católica na sua pátria. Eleito bispo de Genebra, mostrou-se verdadeiro pastor do clero e dos fiéis, instruindo-os com os seus escritos e obras, feito modelo para todos. Morreu em Lião a 28 de Dezembro de 1622, mas foi sepultado definitivamente em Annecy a 24 de Janeiro do ano seguinte.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 3, 15
Eu vos darei pastores segundo o meu coração,
que vos apascentem com sabedoria e prudência.


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que, para a salvação das almas, quisestes que São Francisco de Sales se fizesse tudo para todos, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo, dêmos testemunho do vosso amor ao serviço dos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Sam 7, 4-17
«Estabelecerei em teu lugar um descendente que há de nascer de ti
e consolidarei a tua realeza»

Leitura do Segundo Livro de Samuel

Naqueles dias, o Senhor falou a Natã, dizendo: «Vai dizer ao meu servo David: Assim fala o Senhor: Pensas edificar um palácio para Eu habitar? Desde o dia em que tirei Israel do Egipto até hoje, nunca habitei numa casa, mas andava de um lado para o outro numa tenda e num tabernáculo. Durante o tempo em que peregrinei com todos os filhos de Israel, perguntei porventura a alguns dos juízes de Israel, a quem estabeleci como pastores do meu povo: ‘Porque não Me construís uma casa de cedro?’ Eis o que dirás ao meu servo David: Assim fala o Senhor do Universo: Tirei-te das pastagens onde guardavas os rebanhos, para seres o chefe do meu povo de Israel. Estive contigo em toda a parte por onde andaste e exterminei diante de ti todos os teus inimigos. Dar-te-ei um nome tão ilustre como o nome dos grandes da terra. Prepararei um lugar para o meu povo de Israel e nele o instalarei para que habite nesse lugar, sem que jamais tenha receio e sem que os maus tornem a oprimi-lo como outrora, quando Eu constituía juízes no meu povo de Israel. Farei que vivas seguro de todos os teus inimigos. E o Senhor anuncia que te vai fazer uma casa: Quando chegares ao termo dos teus dias e fores repousar com os teus pais, estabelecerei em teu lugar um descendente que há-de nascer de ti e consolidarei a sua realeza. Ele construirá um palácio ao meu nome e Eu consolidarei para sempre o seu trono real. Serei para ele um pai e ele será para Mim um filho. Se praticar o mal, corrigi-lo-ei com varas de homens, com castigo de homens. Mas não retirarei dele a minha misericórdia, como fiz a Saul que afastei da minha presença. A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de Mim. O teu trono será firme para sempre». Natã comunicou fielmente a David todas as palavras desta revelação.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 4-5.27-28.29-30 (R. 29a)
Refrão: A minha aliança com ele será eterna. Repete-se


Concluí uma aliança com o meu eleito,
fiz um juramento a David, meu servo:
«Conservarei a tua descendência para sempre,
estabelecerei o teu trono por todas as gerações». Refrão

Ele Me invocará: «Vós sois meu pai,
meu Deus, meu Salvador».
E Eu farei dele o primogénito,
o mais alto entre os reis da terra. Refrão

Assegurar-lhe-ei para sempre o meu favor,
a minha aliança com ele será irrevogável.
Conservarei a sua descendência eternamente
e o seu trono terá a duração dos céus. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo:
quem O encontra permanece para sempre. Refrão



EVANGELHO Mc 4, 1-20
«O semeador saiu a semear»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo à beira mar. Veio reunir-se junto d’Ele tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava em terra, junto ao mar. Ensinou-lhes então muitas coisas em parábolas. E dizia-lhes no Seu ensino: «Escutai: Saiu o semeador a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram as aves e comeram-na. Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; logo brotou, porque a terra não era funda. Mas, quando o sol nasceu, queimou-se e, como não tinha raiz, secou. Outra parte caiu entre espinhos; os espinhos cresceram e sufocaram-na e não deu fruto. Outras sementes caíram em boa terra e começaram a dar fruto, que vingou e cresceu, produzindo trinta, sessenta e cem por um». E Jesus acrescentava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando ficou só, os que O seguiam e os Doze começaram a interrogá-l’O acerca das parábolas. Jesus respondeu-lhes: «A vós foi dado a conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes propõe em parábolas, para que, ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam; senão, convertiam-se e seriam perdoados». Disse-lhes ainda: «Se não compreendeis esta parábola, como haveis de compreender as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os que estão à beira do caminho, onde a palavra foi semeada, são aqueles que a ouvem, mas logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. Os que recebem a semente em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria; mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem imediatamente. Outros há que recebem a semente entre espinhos. Esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e todas as outras ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica sem dar fruto. E os que receberam a palavra em boa terra são aqueles que ouvem a palavra, a aceitam e frutificam, dando trinta, sessenta ou cem por um».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício que Vos oferecemos, acendei em nós, Senhor, o fogo do Espírito Santo que abrasava o coração manso e humilde de São Francisco de Sales. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por esta comunhão do vosso sacramento, concedei-nos, Senhor, que, imitando na terra a caridade e a mansidão de São Francisco de Sales, alcancemos também com ele a glória do Céu. Por Nosso Senhor..




«Devemos deixar-nos conduzir e dirigir como crianças pela mão da providência de Deus que nos guia e cuida de nós».

Santo Arnaldo Janssen





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: 2 Sam 7, 4-17: Esta leitura é a célebre profecia do profeta Natã que já foi lida no tempo do Natal. David pensa em construir uma casa, um templo, para aí colocar a arca da Aliança, sinal da presença de Deus no meio do seu povo. Mas, por sua vez, Deus promete a David que será Ele que lhe construirá uma Casa, isto é, uma descendência, uma dinastia, que há de ser eterna, promessa que se realizará no Filho da Virgem Maria, Jesus Cristo, Filho de Deus e Filho de David.
 
Mc 4, 1-20: A parábola do semeador abre a secção das parábolas evangélicas. Longa, cheia de pormenores, primeiro dita, depois explicada, esta parábola procura sublinhar a importância que tem o tornar-se discípulo na escola de Jesus para poder compreender-se o que é o Reino de Deus e nele entrar. A parábola sublinha, ao mesmo tempo, a exigência de uma boa terra para se receber a sementeira da palavra de Deus, e a força e vitalidade dessa mesma palavra, que, desde que a terra onde é semeada a saiba receber, sempre dá fruto abundante.

 ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a verdade.





AGENDA


15.30.30: horas: Funeral em Nisa
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa e catequese em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa –Espírito Santo




A PALAVRA DO PASTOR
D. Antonino, Bispo de Portalegre-Castelo Branco

O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO

A Federação Luterana Mundial e o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, na conclusão do ano da Comemoração comum da Reforma, publicaram, em 31 de outubro último, um comunicado final conjunto, verdadeiro sinal de esperança nos caminhos do ecumenismo mundial. Assim se vai construindo “um vínculo cada vez mais estreito de consenso espiritual e de testemunho comum ao serviço do Evangelho”, até porque, aquilo que nos une é muito mais forte e muito mais importante do que aquilo que, porventura, nos queira dividir. Como cristãos, não devemos ignorar este movimento mundial que rasga caminhos em direção à construção da unidade na verdade. Até ao dia 25 deste mês, dia da Festa Litúrgica da Conversão de S. Paulo, estamos a viver a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Para nos ajudar a sintonizar com tal causa, torno presente o texto desse comunicado final:
“Hoje, 31 de outubro de 2017, último dia da Comemoração comum da Reforma, damos graças pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da Reforma; tratou-se de uma comemoração partilhada não só entre nós mas também com os nossos parceiros ecuménicos a nível mundial. Ao mesmo tempo, pedimos perdão pelas nossas culpas e pelo modo com que os cristãos feriram o Corpo do Senhor e se ofenderam reciprocamente nos quinhentos anos desde o início da Reforma até hoje.
Nós, luteranos e católicos, estamos profundamente agradecidos pelo caminho ecuménico que empreendemos juntos nos últimos cinquenta anos. Esta peregrinação, apoiada pela nossa oração comum, pelo culto divino e pelo diálogo ecuménico, levou à superação de preconceitos, à intensificação da compreensão recíproca e à obtenção de acordos teológicos decisivos. À luz de tão grandes bênçãos ao longo do nosso percurso, elevemos os nossos corações no louvor a Deus uno e trino pela graça recebida.
Hoje queremos recordar um ano marcado por eventos ecuménicos de importância incisiva, iniciado a 31 de outubro de 2016 com a oração conjunta luterano-católica celebrada em Lund, na Suécia, na presença dos nossos parceiros ecuménicos. O Papa Francisco e o Bispo Munib A. Younan, então Presidente da Federação Luterana Mundial, durante aquela função litúrgica por eles presidida, assinaram uma declaração comum, comprometendo-se a prosseguir juntos o caminho ecuménico rumo à unidade pela qual Cristo rezou (cf. João 17, 21). No mesmo dia, também o nosso serviço comum a favor de quantos necessitam da nossa ajuda e solidariedade foi fortalecido graças a uma carta de intenções assinada pela Caritas Internationalis e pela Lutheran World Federation World Service.
O Papa Francisco e o Presidente Yuonan declararam juntos: «Muitos membros das nossas comunidades aspiram receber a Eucaristia numa mesa única, como expressão concreta da plena unidade. Fazemos experiência da dor de quantos partilham toda a sua vida, mas não podem partilhar a presença redentora de Deus na mesa eucarística. Reconhecemos a nossa comum responsabilidade pastoral de responder à sede e à fome espirituais do nosso povo de ser um em Cristo. Desejamos ardentemente que esta ferida no Corpo de Cristo seja curada. Este é o objetivo dos nossos esforços ecuménicos, que queremos fazer progredir, inclusive renovando o nosso compromisso pelo diálogo teológico». Entre as bênçãos recebidas durante o ano da Comemoração, há o facto que, pela primeira vez, luteranos e católicos viram a Reforma de uma perspetiva ecuménica. Isto tornou possível uma nova compreensão dos eventos do século XVI que provocaram a nossa separação. Reconhecemos que, se é verdade que não se pode mudar o passado, é verdade também que o seu impacto hodierno sobre nós pode ser transformado de modo que se torne um impulso para o crescimento da comunhão e um sinal de esperança para o mundo: a esperança de superar a divisão e a fragmentação. Mais uma vez, sobressaiu claramente que aquilo que nos une é muito superior ao que nos separa.
Sentimo-nos felizes por a Declaração conjunta sobre a doutrina da justificação, assinada solenemente pela Federação Luterana Mundial e pela Igreja romano-católica em 1999, ter sido assinada também pelo Conselho Metodista Mundial em 2006 e, durante esse ano de Comemoração da Reforma, pela Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas. Hoje mesmo, a Declaração foi aceite e recebida pela Comunhão Anglicana durante uma cerimónia solene na Abadia de Westminster. Sobre esta base as nossas comunidades cristãs podem construir um vínculo cada vez mais estreito de consenso espiritual e de testemunho comum ao serviço do Evangelho. Olhamos com satisfação para as numerosas iniciativas de oração comum e de culto divino que luteranos e católicos partilharam juntamente com os seus parceiros ecuménicos em várias partes do mundo, assim como para os encontros teológicos e as importantes publicações que deram substância a este ano de Comemoração.
Com o olhar dirigido para o futuro, comprometemo-nos a prosseguir o nosso caminho comum, guiados pelo Espírito de Deus, rumo à crescente unidade desejada pelo nosso Senhor Jesus Cristo. Com a ajuda de Deus e num espírito de oração, pretendemos discernir a nossa interpretação de Igreja, Eucaristia e Ministério, esforçando-nos para chegar a um consenso substancial a fim de superar as diferenças que até agora são fonte de divisão entre nós. Com profunda alegria e gratidão, confiemos no facto de «que aquele que iniciou em vós esta obra excelente lhe dará o cumprimento até o dia de Jesus Cristo» (Filipenses 1, 6).”
Antonino Dias
Portalegre - 19-01-2018



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