segunda-feira, 29 de setembro de 2014

 
 
PARÓQUIA DE ALMODÔVAR


Terça, 30 de setembro de 2014


Novo endereço a partir de 2014.10.02: Paróquia de Nisa


  Esquema da página:

  Liturgia do dia
  Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
  Atividades paroquiais
   


Terça da XXVI semana do tempo comum



SEGUNDA
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S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.


L 1 Job 3, 1-3. 11-17. 20-23; Sal 87 (88), 2-3. 4-5. 6. 7-8
Ev Lc 9, 51-56
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S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja

Nota histórica:

Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi batizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu se em Belém, onde continuou a tomar parte muito ativa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Josué 1, 8
A palavra de Deus esteja sempre nos teus lábios,
medita nela dia e noite, para observares
tudo o que está escrito na lei,
e serás feliz em todos os teus caminhos.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que destes ao presbítero São Jerónimo o dom de saborear a Sagrada Escritura e de a viver intensamente, fazei que o vosso povo se alimente cada vez mais com a vossa palavra e encontre nela a fonte da verdadeira vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 2 Tim 3, 14-17
«Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo a Timóteo

Caríssimo: Permanece firme no que aprendeste e aceitaste como certo, sabendo de quem o aprendeste. Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras; elas podem dar-te a sabedoria que leva à salvação, pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura, inspirada por Deus, é útil para ensinar, persuadir, corrigir e formar segundo a justiça. Assim o homem de Deus será perfeito, bem preparado para todas as boas obras.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 9 e 10.11 e 12.13 e 14 (R.12b)
Refrão: Ensinai-me, Senhor,
o caminho dos vossos mandamentos.


Como há-de o jovem manter puro o seu caminho?
Guardando as vossas palavras.
De todo o coração Vos procuro,
não me deixeis afastar dos vossos mandamentos.

Conservo a vossa palavra dentro do coração,
para não pecar contra Vós.
Bendito sejais, Senhor,
ensinai-me os vossos decretos.

Enuncio com os meus lábios
todos os juízos da vossa boca.
Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.
___________

LEITURAS DA FÉRIA:

LEITURA I Job 3, 1-3.11-17.20-23
«Porque se dá luz ao infeliz?»

Leitura do Livro de Job

Job abriu a boca e amaldiçoou o dia do seu nascimento. Tomou a palavra e disse: «Desapareça o dia em que eu nasci e a noite em que se anunciou: ‘Foi concebido um homem’. Porque não morri no ventre de minha mãe, ou não expirei ao sair do seio materno? Porque houve dois joelhos para me acolherem e dois seios para me amamentarem? Estaria agora deitado e tranquilo, dormiria o sono da morte e teria descanso, como os reis e os grandes da terra, que edificaram os seus túmulos sumptuosos, ou como os poderosos, que possuem ouro e enchem de prata os seus mausoléus. Ou porque não fui eu como o aborto escondido, que já não existiria, como as crianças que não chegaram a ver a luz? Ali acaba a agitação dos maus, aí repousam os homens extenuados. Porque se dá luz ao infeliz e vida aos corações amargurados, que suspiram pela morte que tarda em chegar e a procuram mais avidamente que um tesouro? Ficariam contentes diante de um túmulo, exultariam à vista de um sepulcro. Porque se dá vida ao homem que não vê o seu caminho e que Deus cerca por todos os lados?».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 87 (88), 2-3.4-5.6.7-8 (R. 3a)
Refrão: Senhor, chegue até Vós a minha súplica. Repete-se

Senhor Deus, meu Salvador,
dia e noite clamo na vossa presença.
Chegue até Vós a minha oração,
inclinai o ouvido ao meu clamor. Refrão

A minha alma está saturada de sofrimento,
a minha vida chegou às portas da morte.
Sou contado entre os que descem à sepultura,
sou um homem já sem forças. Refrão

Estou abandonado entre os mortos,
como os caídos que jazem no sepulcro,
de quem já não Vos lembrais
e que foram sacudidos da vossa mão. Refrão

Lançastes-me na cova mais profunda,
nas trevas do abismo.
Pesa sobre mim a vossa ira,
todas as vossas ondas caíram sobre mim. Refrão

ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão


EVANGELHO Lc 9, 51-56
«Tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, que, a exemplo de São Jerónimo, depois de termos meditado na vossa palavra, nos aproximemos dignamente do vosso altar para Vos oferecer o sacrifício da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jer 15, 16
Alimentei-me com a vossa palavra
e o meu coração exultou de alegria,
porque sobre mim foi invocado o vosso nome,
Senhor Deus do universo.
_________


«A palavra de Deus é viva e atual».


MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA


     1. Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
       - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA: Job 3, 1-3.11-17.20-23:A primeira reação de Job perante o sofrimento é o pessimismo. Todos podemos ser tentados a esta atitude, que, além de ser já em si sinal de fraqueza, é geradora de novas limitações. Apesar de tudo, Job continua sempre com Deus no horizonte da sua vida destroçada e d’Ele continua a esperar a resposta sonhada, que, a seu tempo, chegará.

Lc 9, 51-56:A segunda parte do Evangelho de S. Lucas começa com a resolução de Jesus de subir a Jerusalém, para aí sofrer a paixão. Será um gesto de pura misericórdia da sua parte, como ele se anuncia desde já com a atitude que toma em relação às cidades da Samaria que O não querem acolher.

Oração: Senhor, fazei que o vosso povo se alimente cada vez mais com a vossa palavra.


ATIVIDADES PAROQUIAIS

                    09.00 horas: Missa em Almodôvar. Início da catequese
                                                          
                    
          
                                  

INTENÇÕES DO SANTO PADRE

SETEMBRO 2014

Universal
Portadores de deficiência mental
Para que os portadores de deficiência mental recebam o amor e a ajuda que necessitam para levar uma vida digna.

Pela Evangelização
Serviço aos pobres
Para que os cristãos, inspirados pela Palavra de Deus, se comprometam com o serviço aos pobres e aos que sofrem.

A VOZ DO PASTOR:

Convivência de gerações

1. Inclusão das gerações
No dia 28 de setembro o Papa Francisco convidou os avós a estar com ele, para celebrar o dia a eles dedicado, dizendo que também se incluia no seu número. Entre os convidados estava o Papa emérito, Bento XVI, a quem o Papa saudou com muito carinho, dizendo que sentia a sua presença no Vaticano como tendo em casa o avô sábio. Foi sobretudo emocionante o testemunho de dois idosos do Iraque, contando a brutalidade da guerra, o assassínio da família e a perda de todos os seus bens.

Foi mais um gesto do Papa Francisco, alertando para o valor e a dignidade da pessoa idosa, hoje muitas vezes tratada como algo descartável, esquecida pelos familiares mais novos nos hospitais, nas casas e nos lares, que devem ser casas e não prisões. Assim se perde a memória e as raízes da nossa história e se hipoteca o futuro da sociedade.
No dia 27 celebrámos o Dia Diocesano, com o qual queremos dar um forte impulso ao arranque do ano pastoral. Na nota de abertura do anuário, uma breve introdução ao plano pastoral, pedia a oração pela nomeação do Bispo Coadjutor, que virá a ser o meu sucessor na diocese. A esse propósito alguém me perguntou, qual seria o meu papel quando o Coadjutor se tornasse o bispo diocesano. Respondi como escrevi na nota: importa que ele cresçaa e eu diminua, acrescentando e depois desapareça. Ao que o meu interlocutor respondeu: não deixaremos que desapareça, pois manteve consigo o seu antecessor, D. Manuel Falcão e tratou-o muito bem.

Embora eu saiba que nem todos somos iguais e santos como era D. Manuel Falcão, uma bênção para mim e a diocese, no entanto percebi que há muitas pessoas a compreender a importância dos mais velhos na nossa Igreja e na sociedade e avaliam a nossa missão também a partir do modo como tratamos os mais idosos. Também nisto se verificou a verdade da expressão do Papa: sentia a segurança de ter em casa um avô sábio, experiente e confidente.

Todos, a começar por mim, temos de ajudar as nossas comunidades a integrar os idosos na ação apostólica, presbíteros incluídos, não os atirando para um lar ou residência sacerdotal, sem qualquer função na sociedade e na Igreja. Foi particularmente comovente o testemunho humilde do Cónego Aparício, um dos presbíteros mais significativos na história da nossa diocese, que deixou uma das paróquias mais importantes da cidade de Beja, para assumir a paroquialidade de uma pequena aldeia nas imediações de Beja, a dois meses de completar oitenta anos de vida. Isto é concretizar aquilo que o Papa Francisco chama ir até às periferias geográficas e existenciais, para aí anunciar a boa nova do Evangelho e incluir nesta missão a sabedoria dos mais idosos.

2. Construção de comunidades inclusivas

Na semana passada escrevi que iria continuar as minhas reflexões sobre a construção de comunidades eclesiais abertas e significativas. Na brevidade desta nota quero indicar mais um aspeto desse processo, apontando o gesto papal e as experiências recentes na minha atividade episcopal.
Fez parte da agenda do Dia Diocesano a apresentação dos resultados da prática dominical de acordo com o recenseamento feito a 16 e 17 de novembro de 2013. A partir da constatação da baixa presença nas missas dominicais das pessoas entre os 15 e os 39 anos, perguntava-se aos representantes dos seis arciprestados como proceder para subir a percentagem da sua participação nas eucaristias dominicais, assim como a das pessoas do sexo masculino.
As respostas foram ricas e variadas. É preciso continuar a reflexão e encontrar medidas concretas de ação apostólica nas paróquias e movimentos. Avanço apenas uma de caráter geral. No Alentejo há uma mentalidade e tradição de que a Igreja e a religião são para as crianças e as mulheres, embora os homens respeitem a Igreja e sejam religiosos. A minha sugestão é, para além de uma profunda conversão de todos nós, a mudança no estilo de evangelização e de colaboração daqueles que estão à frente das comunidades e dos que delas fazem parte, sobretudo crianças, mulheres e idosos. Ou seja, trabalhar mais a partir da família e incluir na nossa prática pastoral todas as gerações, com especial atenção para os mais frágeis, crianças e idosos. Encontrar modos de envolver mais a família na catequese, na celebração dos sacramentos, na vivência da caridade, embora compreendendo a menor disponibilidade das pessoas que estão na vida ativa.
Recordo-me do trabalho paroquial da minha juventude sacerdotal. Como as famílias foram interpeladas quando organizamos melhor a catequese paroquial, criamos grupos musicais com os jovens que andavam pelas ruas de viola às costas e se reuniam em pequenos grupos, da visita aos idosos e doentes que ficavam em casa enquanto os filhos saíam de manhã cedo para o trabalho e regressavam a casa muito tarde. Isto foi chamando a atenção das pessoas na vida ativa, a ponto de a encarregada da catequese no Patriarcado, chamada para fazer a preparação das famílias para a festa da primeira comunhão das crianças, ter exclamado admirada: até que enfim encontro uma paróquia onde as crianças têm pais e não somente mães.
Temos de ser criativos e persistentes na evangelização, na inclusão de todas as gerações na sociedade e na ação da Igreja, pois costumes e ambientes arraigados não se mudam numa só geração.

† António Vitalino, Bispo de Beja.


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