segunda-feira, 8 de setembro de 2014

 
 
PARÓQUIA DE ALMODÔVAR


Terça, 09 de setembro de 2014


  Esquema da página:

  Liturgia do dia
  Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
  Atividades paroquiais
   


Terça da XXIII semana do tempo comum



Terça
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S. Pedro Claver, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha

L 1 1 Cor 6, 1-11; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b
Ev Lc 6, 12-19
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S. Pedro Claver, presbítero


Nota histórica:

Pedro Claver nasceu em Verdú (Espanha) no ano de 1580; começou em 1596 os estudos de Letras e Artes na Universidade de Barcelona e em 1602 entrou na Companhia de Jesus. Na sua vocação missionária exerceu notável influência S. Afonso Rodriguez, porteiro do Colégio de Maiorca. Ordenado sacerdote em 1616 na missão da Colômbia, aí exerceu até à morte o apostolado entre os escravos negros, conforme o voto a que se tinha obrigado de ser «escravo dos negros para sempre». Debilitadas as forças, morreu em Cartagena (Colômbia) a 8 de Setembro de 1654.


I –missa DA MEMÓRIA: 

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 4, 18; cf. Is 61, 1
O Espírito do Senhor está sobre mim.
Ele me ungiu e me enviou a anunciar a boa nova aos pobres,
a sarar os corações atribulados, a proclamar a redenção aos cativos e a liberdade aos prisioneiros.

ORAÇÃO
Por intercessão de São Pedro Claver, que por vosso amor se fez escravo dos escravos concedei-nos, Senhor, que reconheçamos em todos os homens a dignidade de filhos vossos e trabalhemos esforçadamente pela sua salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURAS Da féria – cf. abaixo - (ou do Comum dos Pastores)


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a nossa oblação com a bênção do Espírito Santo e aceitai-a benignamente pela salvação dos povos para os quais São Pedro Claver se tornou ministro de Cristo Jesus, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 9, 22b
Fiz-me tudo para todos, para salvar a todos.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por este sacrifício redentor de vosso Filho, que tomou sobre Si as nossas fraquezas, acendei, Senhor, em nossos corações o fogo da vossa caridade, para que, tornando-nos fracos para os fracos, os ganhemos a todos para Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


II – MISSA DA FÉRIA:

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 118, 137.124
Vós sois justo, Senhor, e são retos os vossos julgamentos.
Tratai o vosso servo segundo a vossa bondade.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que nos enviastes o Salvador
e nos fizestes vossos filhos adotivos,
atendei com paternal bondade as nossas súplicas
e concedei que, pela nossa fé em Cristo,
alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I - 1 Cor 6, 1-11
«Um irmão leva seu irmão diante de um tribunal de infiéis!»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: Quando algum de vós tem uma questão com outro, como ousais levá-la para ser julgada pelos pagãos e não pelo povo santo? Não sabeis que havemos de julgar o mundo? E se é por vós que o mundo será julgado, seríeis indignos de julgar questões de menor importância? Não sabeis que havemos de julgar os anjos? Quanto mais os assuntos desta vida! No entanto, quando tendes estas queixas, escolheis como juízes aqueles que não têm autoridade na Igreja. Para vossa vergonha o digo. Não há então no meio de vós um único homem sábio, para poder julgar entre os seus irmãos? Mas como é que um irmão entra em litígio com o seu irmão e isto diante dos infiéis? De qualquer modo, já é para vós humilhação bastante que tenhais questões uns com os outros. Não seria melhor sofrer uma injustiça e permitir ser defraudado? Mas sois vós que praticais a injustiça e defraudais os outros, e isto com os vossos irmãos! Não sabeis que os injustos não receberão como herança o reino de Deus? Não tenhais ilusões: nem os imorais, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados, nem os pervertidos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os ébrios, nem os caluniadores, nem os salteadores receberão como herança o reino de Deus. E assim eram alguns de vós. Mas fostes purificados, fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 149, 1-2.3-4.5-6a e 9b (R. 4a)
Refrão: O Senhor ama o seu povo. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei. Refrão

Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória. Refrão

Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis. Refrão

ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor. Refrão

EVANGELHO Lc 6, 12-19
«Passou a noite em oração.
E escolheu doze, a quem chamou apóstolos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus. Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos: Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia. Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados. Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía d’Ele uma força que a todos sarava.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz,
fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente
e que a nossa participação nos sagrados mistérios
reforce os laços da nossa unidade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 41, 2-3
Como suspira o veado pela corrente das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
A minha alma tem sede do Deus vivo.

Ou Jo 8, 12
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue não anda nas trevas,
mas terá a luz da vida.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais e fortaleceis
à mesa da palavra e do pão da vida,
fazei que recebamos de tal modo estes dons do vosso Filho
que mereçamos participar da sua vida imortal.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


«Vale mais um homem senhor de si do que o conquistador de uma cidade».

BÍblia - Provérbios 16,32


MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA


     1. Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
       - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA - 1 Cor 6, 1-11:Depois de um caso escandaloso de imoralidade, agora outro de desavença entre cristãos. Vê-se, por um lado, que as primitivas comunidades cristãs não estavam isentas de exemplos pouco edificantes; mas, por outro lado, observa-se que isso era então considerado indigno de uma comunidade de cristãos. Pode assim ver-se como se tinha então consciência de que a comunidade dos cristãos tinha alguma coisa de muito próprio, diferente de qualquer outro grupo humano ao lado do qual vivesse.

Lc 6, 12-19: Jesus começa a dar um mínimo de organização à sua Igreja, escolhendo os doze Apóstolos de entre os seus discípulos, para os enviar a prolongar a sua missão. “Apóstolo” quer dizer “enviado”. Mas, Jesus acompanha a ação com a oração. Antes da eleição dos Apóstolos, Jesus faz uma longa vigília de oração. O apostolado na Igreja não é organização administrativa nem ação burocrática; é ação do Espírito de Deus, que só à luz da fé pode ser entendida.


Oração: - Senhor,
dai vida ao que em nós é bom.



ATIVIDADES PAROQUIAIS

                                      09.00 horas: Missa em Almodôvar
                                     
                  
          
                                  

INTENÇÕES DO SANTO PADRE

SETEMBRO 2014

Universal
Portadores de deficiência mental
Para que os portadores de deficiência mental recebam o amor e a ajuda que necessitam para levar uma vida digna.
Pela Evangelização
Serviço aos pobres
Para que os cristãos, inspirados pela Palavra de Deus, se comprometam com o serviço aos pobres e aos que sofrem.

A VOZ DO PASTOR:



Reconciliar e perdoar


1. Sentinelas da paz

Semanas atrás o Papa Francisco visitou duas regiões do planeta que desde há muitos anos vivem em permanente tensão, onde, de vez em quando, rebenta um conflito armado e há corte de relações. Refiro-me ao Médio Oriente, sobretudo Israel e Palestina e Extremo Oriente, a Coreia. Essas visitas, repletas de belos discursos e gestos simbólicos parecem ter sido inúteis. O Papa rotulou a situação mundial de início de uma guerra mundial aos pedaços. Para quem viveu os horrores da segunda guerra mundial e sofreu as suas terríveis consequências, deveria tentar tudo para que isso não se tornasse verdade.

Na missa deste último domingo as leituras bíblicas lembraram a missão dos cristãos e da Igreja a este respeito. O profeta Ezequiel dizia que devemos ser sentinelas que advertem os pecadores e transgressores da ordem, pois se não o fizermos somos corresponsáveis pelo mal que acontece e chamados a sofrer também o castigo.

Ao meditar este trecho bíblico, adveio-me o pensamento da inutilidade de tantas esforços e tentativas da Igreja e das organizações internacionais para estabelecer a paz entre os povos e dentro de alguns países profundamente divididos e envolvidos em guerras civis. Será que vamos às causas dos conflitos? Serão inúteis todos os esforços?

A Fundação Calouste Gulbenkian concedeu o prémio deste ano de 2014 a uma organização católica conhecida por Comunidade Santo Egídio, movimento nascido há 50 anos, durante o Concílio Vaticano II, no bairro romano de Trastevere e que hoje está espalhado em mais de 70 países, com cerca de 60 mil leigos empenhados em promover o diálogo ecuménico e em apoiar pessoas sem abrigo, idosos, crianças, presidiários, vítimas de guerras e imigrantes, assim como em mediar conflitos através do diálogo, da oração e do testemunho de vida comunitário. É bem conhecido o seu papel na reconciliação dos movimentos armados na guerra civil em Moçambique. Divulgando os valores e princípios de um novo humanismo, esta comunidade acredita que a paz é possível. Aqui está uma maneira de ser sentinela da paz e da reconciliação entre os povos.

Por isso não desiste de acreditar e intervir em situações de conflito. Assim também o Papa Francisco. E nós, como vivemos e agimos face a tantas situações de conflito, a começar pelas nossas famílias e comunidades cristãs? As leituras deste domingo deram-nos matéria para alimentar as nossas convicções e atividades ao longo do ano e da vida. Na carta aos Romanos S. Paulo diz-nos que não devemos ficar a dever nada a ninguém, a não ser o amor de uns para com os outros, no qual consiste o pleno cumprimento dos mandamentos.

E nós, nas empresas, na sociedade, no Estado devemos tantos justos salários e remunerações, sinal de que o amor ao próximo e a justiça andam muito espezinhados.

Mesmo dentro das comunidades cristãs o evangelho de S. Mateus aponta-nos como devemos resolver os nossos conflitos, apenas desistindo quando o prevaricador não quer dar ouvidos a ninguém. Muitas vezes tornamos impossível o diálogo, começando por não ouvir o próprio nem ninguém. Assim é impossível o ministério da reconciliação.

2. Renovar os métodos da nossa pastoral

No sábado, de tarde, reuni com cristãos comprometidos vindos de todos os cantos da nossa diocese, em ordem a iniciar uma ação de formação para os qualificar melhor para a missão da Igreja. Temos de ser criativos na formação e ação dos nossos colaboradores. Pena que muitas vezes não disponibilizamos o nosso tempo para esta qualificação nem encontramos os meios mais adequados para o conseguir. Mas desistir é pecado. Seremos responsabilizados pela omissão de sermos sentinelas e promotores de comunidades que se empenham na reconciliação das pessoas, das famílias e da sociedade. Muitas vezes ficamos no lamento pessimista de que tudo anda mal. Vemos o argueiro na vista dos outros, julgando-os precipitadamente e estamos cegos para as imensas possibilidades de nos convertermos em profetas da esperança, do amor, da justiça e da paz.

A grande renovação da Igreja, isto é, de nós, cristãos batizados e dos frequentadores dos nossos templos, tem de começar pela conversão e renovação pessoal das nossas convicções e atitudes. E, a seguir, estarmos atentos a quem manifesta vontade em caminhar, mas se encontra perplexo, com dúvidas, só e desanimado. É preciso escutar, acompanhar, perguntar sobre as razões profundas do desânimo, iluminar os companheiros de caminho a partir da nossa fé e experiência e reconduzi-los à alegria da comunidade, que celebra e vive a realidade de Cristo ressuscitado. Isto nos mostra o trecho do evangelho de S. Lucas, cap. 24, conhecido por história dos discípulos de Emaús. Este mesmo método de ação segue o Papa Francisco e na sua grande Exortação Apostólica Alegria do Evangelho propõe para toda a Igreja, cuja leitura e reflexão recomendo, não apenas alguns números semanalmente, como o faz o Notícias de Beja, mas como livro que se começa a ler sem intercalar muitos outros.

Por hoje fico-me por aqui. Na nossa caminhada sinodal voltaremos ao assunto.

† António Vitalino, Bispo de Beja.


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