segunda-feira, 25 de março de 2013



 PARÓQUIA DE ALMODÔVAr

Terça, 26 de Março


Esquema da página:

I.                  Liturgia do dia
II.               Frase do dia
III.           Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
IV.            Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
V.               Atividades da paróquia
VI.            A voz do Pastor.


LITURGIA DIA A DIA
Terça da Semana Santa
Missa

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 26, 12
Não me entregueis, Senhor, ao ódio dos meus adversários: contra mim se levantaram testemunhas falsas, que respiram violência.

ORAÇÃO COLETA
Deus eterno e omnipotente, concedei-nos a graça de celebrar dignamente os mistérios da paixão do Senhor, para merecermos alcançar o seu perdão. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Is 49, 1-6
«Farei de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra»


Leitura do Livro de Isaías

Terras de Além-Mar, escutai-me; povos de longe, prestai atenção. O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome desde o seio de minha mãe. Fez da minha boca uma espada afiada, abrigou-me à sombra da sua mão. Tornou-me semelhante a uma seta aguda, guardou-me na sua aljava. E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória». E eu dizia: «Cansei-me inutilmente, em vão e por nada gastei as minhas forças». Mas o meu direito está no Senhor e a minha recompensa está no meu Deus. E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo, a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob e reconduzir os sobreviventes de Israel. Eu tenho merecimento diante do Senhor e Deus é a minha força. Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Farei de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
Sal. 70 (71), 1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17 (R. cf. 15ab)

Refrão: A minha boca proclamará a vossa salvação. Repete-se

Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me. Refrão

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador. Refrão

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector. Refrão

A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.
Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Salve, Senhor, nosso Rei, obediente ao Pai,
que fostes levado como manso cordeiro
à morte na cruz.
Refrão

EVANGELHO Jo 13, 21-33.36-38
«Um de vós há-de entregar-me...
Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes»
.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, estando Jesus à mesa com os discípulos, sentiu-Se intimamente perturbado e declarou: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me entregará». Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem de quem falava. Um dos discípulos, o predileto de Jesus, estava à mesa, mesmo a seu lado. Simão Pedro fez-lhe sinal e disse: «Pergunta-Lhe a quem Se refere». Ele inclinou-Se sobre o peito de Jesus e perguntou Lhe: «Quem é, Senhor?» Jesus respondeu: «É aquele a quem vou dar este bocado de pão molhado». E, molhando o pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Naquele momento, depois de engolir o pão, Satanás entrou nele. Disse- lhe Jesus: «O que tens a fazer, fá-lo depressa». Mas nenhum dos que estavam à mesa compreendeu porque lhe disse tal coisa. Como Judas era quem tinha a bolsa comum, alguns pensavam que Jesus lhe tinha dito: «Vai comprar o que precisamos para a festa»; ou então, que desse alguma esmola aos pobres. Judas recebeu o bocado de pão e saiu imediatamente. Era noite. Depois de ele sair, Jesus disse: «Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele, também Deus O glorificará em Si mesmo e glorificá l’O-á sem demora. Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Haveis de procurar-Me e, assim como disse aos judeus, também agora vos digo: não podeis ir para onde Eu vou». Perguntou-Lhe Simão Pedro: «Para onde vais, Senhor?». Jesus respondeu: «Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora; seguir-Me-ás depois». Disse-Lhe Pedro: «Senhor, por que motivo não posso seguir-Te agora? Eu darei a vida por Ti». Disse-Lhe Jesus: «Darás a vida por Mim? Em verdade, em verdade te digo: Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor, para a oblação dos vossos filhos: Vós que os fazeis participar neste mistério de salvação, fazei que alcancem a plenitude da vida eterna. Por Nosso Senhor.

Prefácio da Paixão do Senhor II

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 8, 32
Para nos salvar, Deus não poupou o seu próprio Filho.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados, concedei-nos, por este sacramento com que nos alimentais na vida presente, a comunhão convosco na vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Porque preocupar-me? Não assunto meu pensar em mim. Assunto meu é pensar em Deus. É próprio de Deus pensar em mim».

Simone Weil

 

                       Método de oração Bíblica

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.



LEITURA: - Is 49, 1-6: Esta leitura é o ‘Segundo cântico do Servo do Senhor’. Para realizar os seus desígnios de salvação em relação aos homens, Deus chama o seu Servo. E, embora possa vir a parecer que a vida do Servo foi inútil, Deus fez dele a luz para todos os povos da terra. O cântico é posto na boca do próprio Servo, que é Jesus. É Ele quem fala. Embora servo sofredor, Ele é enviado para levar a salvação a toda a terra.

Jo 13, 21-33.36-38: Vão-se acumulando os antecedentes imediatos da Paixão. Jesus anuncia a traição de Judas e a negação de Pedro. Depois da rejeição dos meios oficiais, vem agora a traição e a negação dos seus. Estamos já na última Ceia. S. João vai interpretando os acontecimentos de maneira simbólica: atrás do pão, Satanás entra em Judas; já era noite; a morte de Jesus é a sua glorificação; Pedro segui-l’O-à depois; Jesus está cada vez mais abandonado dos homens, ao mesmo tempo que é o seu Salvador.

MEDITAÇÃO: - Quando perdemos o sentido da nossa vida podemos dizer o que João disse a respeito de Judas: “é noite”, fez-se escuro e não podemos ver o caminho. Apoiar em Deus a nossa fraqueza e acreditar na sua força é o modo de nos abrirmos à luz que Ele nos vai oferecendo.

oração: - Senhor, protege a minha vida porque Vos sou fiel.


INTENÇÕES DO SANTO PADRE - MARÇO

Intenção Geral:
Respeito pela natureza
Para que cresça o respeito pela natureza, obra de Deus confiada à nossa responsabilidade.

Intenção Missionária:
Clero anunciador do Evangelho
Para que os bispos, sacerdotes e diáconos sejam anunciadores incansáveis do Evangelho até aos confins da terra.

  ATIVIDADES PAROQUIAIS:
         10.00 horas: Missa em Almodôvar
         17.00 horas: Confissões em Aldeia dos Fernandes.


A palavra do Pastor

Começar tudo de novo
Páscoa 2013

1. Primavera e Páscoa
Todos os anos passamos por quatro estações, muito diferentes entre si, sendo a primavera a que mais maravilhas e beleza nos proporciona. Com exceção dos amantes dos desportos de inverno ou os veraneantes das praias, para a maioria das pessoas é a estação mais desejada. E não preciso de explicar porquê.
Para os judeus e os cristãos é no início desta estação, por altura da lua cheia, que se celebra a festa mais importante da sua fé, a Páscoa, que para uns faz memória da libertação da escravidão no Egito e para os segundos da paixão, morte e ressurreição de Jesus, que reconcilia a humanidade pecadora com Deus, liberta da raiz da escravidão e dá a certeza da possibilidade de uma nova primavera da vida.
Ao constatar tantos sinais de morte, de falta de esperança, de crise na politica, nas finanças, na economia, na sociedade, nas empresas e na família, interrogo-me e grito: quem nos libertará desta escravidão? Levanto os olhos e contemplo um corpo suspenso na cruz. Recordo as narrativas dos Evangelhos sobre a vida do crucificado. Viveu fazendo o bem, falou com autoridade e anunciou um novo Reino, aproximou-se de quem estava doente e curou, usou de misericórdia e não teve receio de chamar pecadores para seus discípulos, acusado e difamado não quis defender-se com os meios humanos, proclamou o perdão e o amor aos inimigos e ao morrer pediu perdão para os algozes. Mataram-no, sendo inocente, mas o seu amor foi mais forte que a morte, porque Deus o ressuscitou, está vivo. Esta é a Páscoa dos cristãos, a aurora dos novos tempos, a primavera de uma vida nova e de uma nova criação. Com a ressurreição de Cristo tudo começa de novo.

2. Chamados e enviados a anunciar novos tempos
A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado, lembrado apenas entre os cristãos, dentro dos templos. O ressuscitado aparece aos seus discípulos atemorizados, dá-lhes o seu Espírito e envia-os a todo o mundo, a anunciar tudo o que ele ensinou e fez, a fazer discípulos, baptizando-os, isto é, inserindo-os na sua morte e ressurreição, para que vivam ao seu modo, amando como ele o fez.
Este fermento de uma nova vida, pessoal e comunitária, continua a levedar as massas, por vezes de modo quase imperceptível e invisível. Com a eleição do novo Papa Francisco tornou-se bem patente. Mesmo os não crentes sentiram a nostalgia de uma nova maneira de ser e de viver, que dá esperança a um mundo acorrentado por inúmeros grilhões, que trazem a humanidade deprimida e a impedem de viver na alegria da fraternidade universal, numa atitude de atenção e cuidado para com a natureza e os mais frágeis, crianças, doentes e idosos.
O desenvolvimento do mundo não é apenas na ordem do progresso económico e tecnológico, mas também na dimensão moral e espiritual. Subsistem algumas fontes de corrupção, vírus mortais da esperança. A afirmação da fé na Páscoa de Jesus Cristo continuará a ser a vacina mais eficaz contra os inimigos de uma vida humana sadia e com sentido de eternidade.
A celebração da nossa fé pascal, na alegria da reconciliação com Deus e uns com os outros, no anúncio e testemunho da misericórdia manifestada em Jesus Cristo e que interpela os seus discípulos a sê-lo também, vai transformando a nossa vida, tornando-a conforme a Ele. É o fermento de uma vida nova, de que a humanidade carece.
Felicito as comunidades do Caminho neo-catecumenal que, nas tardes dos domingos do tempo pascal, estarão no parque de merendas da cidade de Beja a anunciar a alegria da fé, que brota da ressurreição de Jesus. Saúdo também os grupos sinodais espalhados pela diocese, que têm estado a refletir sobre a Igreja que somos e queremos ser, mais próxima de todos, mais simples, desprendida, missionária e alegre, para alimentar a esperança de um mundo deprimido, escravizado pelos poderes financeiro, económico e politico, porque desconhece a energia vital que brota da cruz e da ressurreição de Cristo.
Nesta fé, manifestada e alimentada na memória da paixão, morte e ressurreição de Cristo, desejo a todos os diocesanos, ouvintes e leitores, santa alegria pascal.

† António Vitalino, bispo de Beja






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