PARÓQUIA DE
ALMODÔVAr
Terça, 26 de Março
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Frase do dia
III.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
IV.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente
V.
Atividades da paróquia
VI.
A voz do Pastor.
LITURGIA DIA A DIA
Terça
da Semana Santa
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 26, 12
Não me entregueis, Senhor, ao ódio dos meus adversários: contra mim se levantaram testemunhas falsas, que respiram violência. ORAÇÃO COLETA Deus eterno e omnipotente, concedei-nos a graça de celebrar dignamente os mistérios da paixão do Senhor, para merecermos alcançar o seu perdão. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. LEITURA I Is 49, 1-6
«Farei
de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra» Leitura do Livro de Isaías
Terras de Além-Mar, escutai-me; povos de longe,
prestai atenção. O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome
desde o seio de minha mãe. Fez da minha boca uma espada afiada, abrigou-me à
sombra da sua mão. Tornou-me semelhante a uma seta aguda, guardou-me na sua
aljava. E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha
glória». E eu dizia: «Cansei-me inutilmente, em vão e por nada gastei as
minhas forças». Mas o meu direito está no Senhor e a minha recompensa está no
meu Deus. E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno,
para fazer de mim o seu servo, a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob e
reconduzir os sobreviventes de Israel. Eu tenho merecimento diante do Senhor
e Deus é a minha força. Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servo,
para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de
Israel. Farei de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até
aos confins da terra».
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 70 (71), 1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17 (R. cf. 15ab) Refrão: A minha boca proclamará a vossa salvação. Repete-se Em Vós, Senhor, me refugio, jamais serei confundido. Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me, prestai ouvidos e libertai-me. Refrão Sede para mim um refúgio seguro, a fortaleza da minha salvação. Vós sois a minha defesa e o meu refúgio: meu Deus, salvai-me do pecador. Refrão Sois Vós, Senhor, a minha esperança, a minha confiança desde a juventude. Desde o nascimento Vós me sustentais, desde o seio materno sois o meu protector. Refrão A minha boca proclamará a vossa justiça, dia após dia a vossa infinita salvação. Desde a juventude Vós me ensinais e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios. Refrão ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do
Pai. Repete-se
Salve, Senhor, nosso Rei, obediente ao Pai, que fostes levado como manso cordeiro à morte na cruz. Refrão EVANGELHO Jo 13, 21-33.36-38
«Um
de vós há-de entregar-me...
Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes». Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele
tempo, estando Jesus à mesa com os discípulos, sentiu-Se intimamente
perturbado e declarou: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me
entregará». Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem de quem
falava. Um dos discípulos, o predileto de Jesus, estava à mesa, mesmo a seu
lado. Simão Pedro fez-lhe sinal e disse: «Pergunta-Lhe a quem Se refere». Ele
inclinou-Se sobre o peito de Jesus e perguntou Lhe: «Quem é, Senhor?» Jesus
respondeu: «É aquele a quem vou dar este bocado de pão molhado». E, molhando
o pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão. Naquele momento, depois de
engolir o pão, Satanás entrou nele. Disse- lhe Jesus: «O que tens a fazer,
fá-lo depressa». Mas nenhum dos que estavam à mesa compreendeu porque lhe
disse tal coisa. Como Judas era quem tinha a bolsa comum, alguns pensavam que
Jesus lhe tinha dito: «Vai comprar o que precisamos para a festa»; ou então,
que desse alguma esmola aos pobres. Judas recebeu o bocado de pão e saiu
imediatamente. Era noite. Depois de ele sair, Jesus disse: «Agora foi
glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado
n’Ele, também Deus O glorificará em Si mesmo e glorificá l’O-á sem demora.
Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Haveis de
procurar-Me e, assim como disse aos judeus, também agora vos digo: não podeis
ir para onde Eu vou». Perguntou-Lhe Simão Pedro: «Para onde vais, Senhor?».
Jesus respondeu: «Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora;
seguir-Me-ás depois». Disse-Lhe Pedro: «Senhor, por que motivo não posso
seguir-Te agora? Eu darei a vida por Ti». Disse-Lhe Jesus: «Darás a vida por
Mim? Em verdade, em verdade te digo: Não cantará o galo, sem que Me tenhas
negado três vezes».
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai
com bondade, Senhor, para a oblação dos vossos filhos: Vós que os fazeis
participar neste mistério de salvação, fazei que alcancem a plenitude da vida
eterna. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Paixão do Senhor II ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 8, 32
Para nos salvar, Deus não poupou o seu próprio
Filho.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,
que nos saciais com os vossos dons sagrados, concedei-nos, por este
sacramento com que nos alimentais na vida presente, a comunhão convosco na
vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
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«Porque preocupar-me? Não assunto meu pensar em
mim. Assunto meu é pensar em Deus. É próprio de Deus pensar em mim».
Simone Weil
Método
de oração Bíblica
1. Leitura: Lê, respeita, situa o
que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica,
escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA:
- Is 49, 1-6: Esta
leitura é o ‘Segundo cântico do Servo do Senhor’. Para realizar os seus
desígnios de salvação em relação aos homens, Deus chama o seu Servo. E, embora
possa vir a parecer que a vida do Servo foi inútil, Deus fez dele a luz para
todos os povos da terra. O cântico é posto na boca do próprio Servo, que é
Jesus. É Ele quem fala. Embora servo sofredor, Ele é enviado para levar a
salvação a toda a terra.
Jo 13, 21-33.36-38:
Vão-se acumulando os antecedentes imediatos da Paixão. Jesus anuncia a traição
de Judas e a negação de Pedro. Depois da rejeição dos meios oficiais, vem agora
a traição e a negação dos seus. Estamos já na última Ceia. S. João vai
interpretando os acontecimentos de maneira simbólica: atrás do pão, Satanás
entra em Judas; já era noite; a morte de Jesus é a sua glorificação; Pedro
segui-l’O-à depois; Jesus está cada vez mais abandonado dos homens, ao mesmo
tempo que é o seu Salvador.
MEDITAÇÃO:
- Quando perdemos o sentido da nossa vida podemos dizer o que João disse a
respeito de Judas: “é noite”, fez-se
escuro e não podemos ver o caminho. Apoiar em Deus a nossa fraqueza e acreditar
na sua força é o modo de nos abrirmos à luz que Ele nos vai oferecendo.
oração:
- Senhor, protege a minha vida porque Vos sou fiel.
INTENÇÕES DO SANTO PADRE - MARÇO
Intenção Geral:
Respeito pela
natureza
Para que cresça o respeito pela natureza, obra de Deus confiada à nossa responsabilidade.
Para que cresça o respeito pela natureza, obra de Deus confiada à nossa responsabilidade.
Intenção Missionária:
Clero anunciador
do Evangelho
Para que os bispos, sacerdotes e diáconos sejam anunciadores incansáveis do Evangelho até aos confins da terra.
Para que os bispos, sacerdotes e diáconos sejam anunciadores incansáveis do Evangelho até aos confins da terra.
ATIVIDADES PAROQUIAIS:
10.00
horas: Missa em Almodôvar
17.00
horas: Confissões em Aldeia dos Fernandes.
A palavra do Pastor
Começar
tudo de novo
Páscoa
2013
1. Primavera e Páscoa
Todos
os anos passamos por quatro estações, muito diferentes entre si, sendo a
primavera a que mais maravilhas e beleza nos proporciona. Com exceção dos
amantes dos desportos de inverno ou os veraneantes das praias, para a maioria
das pessoas é a estação mais desejada. E não preciso de explicar porquê.
Para
os judeus e os cristãos é no início desta estação, por altura da lua cheia, que
se celebra a festa mais importante da sua fé, a Páscoa, que para uns faz
memória da libertação da escravidão no Egito e para os segundos da paixão,
morte e ressurreição de Jesus, que reconcilia a humanidade pecadora com Deus, liberta
da raiz da escravidão e dá a certeza da possibilidade de uma nova primavera da
vida.
Ao
constatar tantos sinais de morte, de falta de esperança, de crise na politica,
nas finanças, na economia, na sociedade, nas empresas e na família,
interrogo-me e grito: quem nos libertará desta escravidão? Levanto os olhos e
contemplo um corpo suspenso na cruz. Recordo as narrativas dos Evangelhos sobre
a vida do crucificado. Viveu fazendo o bem, falou com autoridade e anunciou um
novo Reino, aproximou-se de quem estava doente e curou, usou de misericórdia e
não teve receio de chamar pecadores para seus discípulos, acusado e difamado
não quis defender-se com os meios humanos, proclamou o perdão e o amor aos
inimigos e ao morrer pediu perdão para os algozes. Mataram-no, sendo inocente,
mas o seu amor foi mais forte que a morte, porque Deus o ressuscitou, está
vivo. Esta é a Páscoa dos cristãos, a aurora dos novos tempos, a primavera de
uma vida nova e de uma nova criação. Com a ressurreição de Cristo tudo começa
de novo.
2. Chamados e enviados a anunciar
novos tempos
A
Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado, lembrado apenas entre os
cristãos, dentro dos templos. O ressuscitado aparece aos seus discípulos
atemorizados, dá-lhes o seu Espírito e envia-os a todo o mundo, a anunciar tudo
o que ele ensinou e fez, a fazer discípulos, baptizando-os, isto é,
inserindo-os na sua morte e ressurreição, para que vivam ao seu modo, amando
como ele o fez.
Este
fermento de uma nova vida, pessoal e comunitária, continua a levedar as massas,
por vezes de modo quase imperceptível e invisível. Com a eleição do novo Papa
Francisco tornou-se bem patente. Mesmo os não crentes sentiram a nostalgia de
uma nova maneira de ser e de viver, que dá esperança a um mundo acorrentado por
inúmeros grilhões, que trazem a humanidade deprimida e a impedem de viver na
alegria da fraternidade universal, numa atitude de atenção e cuidado para com a
natureza e os mais frágeis, crianças, doentes e idosos.
O
desenvolvimento do mundo não é apenas na ordem do progresso económico e
tecnológico, mas também na dimensão moral e espiritual. Subsistem algumas
fontes de corrupção, vírus mortais da esperança. A afirmação da fé na Páscoa de
Jesus Cristo continuará a ser a vacina mais eficaz contra os inimigos de uma
vida humana sadia e com sentido de eternidade.
A
celebração da nossa fé pascal, na alegria da reconciliação com Deus e uns com
os outros, no anúncio e testemunho da misericórdia manifestada em Jesus Cristo
e que interpela os seus discípulos a sê-lo também, vai transformando a nossa
vida, tornando-a conforme a Ele. É o fermento de uma vida nova, de que a
humanidade carece.
Felicito
as comunidades do Caminho neo-catecumenal que, nas tardes dos domingos do tempo
pascal, estarão no parque de merendas da cidade de Beja a anunciar a alegria da
fé, que brota da ressurreição de Jesus. Saúdo também os grupos sinodais
espalhados pela diocese, que têm estado a refletir sobre a Igreja que somos e
queremos ser, mais próxima de todos, mais simples, desprendida, missionária e
alegre, para alimentar a esperança de um mundo deprimido, escravizado pelos
poderes financeiro, económico e politico, porque desconhece a energia vital que
brota da cruz e da ressurreição de Cristo.
Nesta
fé, manifestada e alimentada na memória da paixão, morte e ressurreição de
Cristo, desejo a todos os diocesanos, ouvintes e leitores, santa alegria
pascal.
†
António Vitalino, bispo de Beja
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