terça-feira, 12 de março de 2013



 PARÓQUIA DE ALMODÔVAr

Quarta, 13 de Março

Esquema da página:

I.                  Liturgia do dia
II.               Frase do dia
III.           Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
IV.            Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
V.               Atividades da paróquia
VI.            Voz do Pastor.


LITURGIA DIA A DIA
Quarta da IV semana da Quaresma

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 68, 14
A Vós, Senhor, elevo a minha súplica.
Pela vossa bondade, respondei-me e salvai-me.

ORAÇÃO COLETA
Senhor, que aos justos dais o prémio e aos pecadores arrependidos concedeis o perdão, compadecei-Vos daqueles que Vos suplicam, para que a confissão das nossas culpas nos alcance o perdão dos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Is 49, 8-15

«Eu te formei para renovar a aliança do povo, para restaurar a terra»

Leitura do Livro de Isaías

Assim fala o Senhor: «No tempo da graça, Eu te ouvi; no dia da salvação, Eu te ajudei. Eu te formei e designei para renovar a aliança do povo, para restaurar a terra e reocupar as herdades devastadas; para dizer aos prisioneiros: ‘Saí para fora’ e àqueles que vivem nas trevas: ‘Vinde para a luz’. Hão-de alimentar-se em todos os caminhos e acharão pastagem em todas as encostas. Não sentirão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles, porque Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá às nascentes da água. De todas as minhas montanhas farei caminhos e as minhas estradas serão niveladas. Ei-los que vêm de longe: uns do Norte e do Poente, outros da terra de Sinim. Rejubilai, ó céus; exulta, ó terra; montes, soltai gritos de alegria, porque o Senhor consola o seu povo e tem compaixão dos seus pobres. Sião dizia: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim’. Pode a mulher esquecer-se da criança que amamenta e não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Mas ainda que ela o esquecesse, Eu nunca te esquecerei».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 8-9.13cd-14.17-18 (R. 8a)
Refrão: Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Ou: Senhor, sois um Deus clemente e compassivo. Repete-se

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas. Refrão

O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos. Refrão

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 11, 25a.26

Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem acredita em Mim nunca morrerá. Refrão

EVANGELHO Jo 5, 17-30

«Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida,
assim o Filho dá vida a quem Ele quer»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo». Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus. Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há-de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados. Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer. O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar, para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita n’Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida. Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora – e já chegou – em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão. Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo; e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem. Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz: Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados. Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Nós Vos pedimos, Senhor, que o poder deste sacrifício nos purifique do antigo pecado, nos faça crescer na vida nova e nos alcance a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 3, 17

Deus enviou o seu Filho ao mundo,
não para o condenar mas para o salvar.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Não permitais, Senhor, que os dons celestes por nós recebidos sejam motivo de condenação para os vossos fiéis, a quem os deixastes como remédio de salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



“Quem não se quer mover não tem direito a que o empurrem”.


 
                       Método de oração Bíblica

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.



Is 49, 8-15: Esta leitura anuncia o regresso do exílio, utilizando até linguagem que já se tinha referido à saída do Egipto. De facto, a história do povo de Deus é toda ela uma história pascal que deste mundo, a partir de todos os recantos da terra, nos leva ao Pai. A Quaresma é um tempo oportuno para tomar consciência deste regresso a Deus, de quem o pecado nos afastou.

Jo 5, 17-30: Jesus continua a manifestar-Se como Aquele que é a Vida e que dá a Vida. Tal como o Pai! E tal como o Pai, segundo a poética descrição do Génesis, faz a criação em seis dias e, no último, dá a vida ao homem, assim Jesus ressuscita e dá a Vida no “último dia”. Mas esse dia é para já aquele que se inaugura na sua ressurreição, e, para cada um de nós, no Batismo. Nele se exerce o juízo de Deus, condenando o pecado e chamando à graça, destruindo a morte e dando a Vida. Assim se revela a “compaixão”, o amor de Deus por nós!

MEDITAÇÃO: - Ouve-se muitas vezes em tempo de crise: E agora, onde está Deus? Mas Deus está sempre com o doente e contra a enfermidade; com o pobre, contra a pobreza; com o que sofre contra o sofrimento… e quer continuar nessa direção connosco.

ORAÇÃO: Estou aqui, Senhor, conta comigo.


INTENÇÕES DO SANTO PADRE - MARÇO

Intenção Geral:
Respeito pela natureza
Para que cresça o respeito pela natureza, obra de Deus confiada à nossa responsabilidade.

Intenção Missionária:
Clero anunciador do Evangelho
Para que os bispos, sacerdotes e diáconos sejam anunciadores incansáveis do Evangelho até aos confins da terra.


  ATIVIDADES PAROQUIAIS:
                           
                                      09.00 horas: Missa em Almodôvar
                                      14.00 horas: catequese infantil
                                      17.00 horas: Funeral em Graça de Padrões
                                      21.00 horas: Ensaio de canto
                                      21.00 horas: Reunião de escuteiros
                                      21.00 horas: Confissões em Ourique
                                     
                                     


A Voz do pastor:
Regresso a casa

1. Alegria do regresso a casa
Na sua autobiografia, Joseph Ratzinger, futuro Papa Bento XVI e agora Papa emérito, narra a enorme alegria da sua família, quando, tendo terminado a segunda grande guerra mundial, depois de ele mesmo ter regressado a casa, liberto do campo de prisioneiros de guerra, o seu irmão Jorge, que tinha sido destacado para a Itália e já há várias semanas fora libertada pelos aliados do domínio fascista e nazi, julgando-o morto ou desaparecido, como tantos outros milhões de soldados, finalmente entrou pela porta dentro. Todos sabemos do enorme sofrimento das famílias, quando desaparece algum membro, criança, jovem ou idoso, sem saber se está vivo ou morto, e se espera a notícia do seu paradeiro ou destino.
Um dia Jesus contou uma história parecida, que pôs a descoberto  a veracidade dos nossos sentimentos e o contraste com o procedimento de Deus para connosco. É a parábola do pai que tinha dois filhos e o mais novo resolveu abandonar a casa paterna e ir gozar a liberdade, sem as peias dos afectos familiares. Importante é o desfecho da narrativa, quando esse filho decide regressar a casa e o pai lhe faz uma festa, na alegria de saber que ele estava vivo e voltou para a família. O outro irmão, que sempre ficou em casa, é que não gostou da atitude do pai e recusou-se a participar na alegria da família.

2. Povo desavindo e com desigualdades profundas
Ao refletir sobre estas histórias e outras parecidas, recordei muitos casos, uns que conheci através dos meios de comunicação social e outros por contato com pessoas implicadas. Mas logo me ocorreu o desfecho da parábola evangélica. Será que nos alegramos quando alguém regressa a casa? Acolhemo-lo bem? Fazemos festa?
A Igreja pode ser considerada como uma família, chamada a ser fermento, símbolo e sacramento da unidade de todo o género humano, na comunhão com Deus e os irmãos. Seremos verdadeiramente sinais de fraternidade, pessoas abertas e acolhedoras, sempre dispostas a integrar novos membros na comunidade, mesmo que já tenham pertencido à família dos discípulos de Jesus e se tenham afastado, ou, pelo contrário, empurramos para fora quem não cai na nossa simpatia? Fazemos acepção de pessoas ou temos um amor preferencial pelos mais fracos, pobres, doentes, crianças, idosos, pecadores?
Se na família eclesial há desavenças e desigualdades, elas são muito maiores na sociedade a que pertencemos. Mesmo nas manifestações de descontentamento com as politicas de austeridade nota-se alguma contradição, cujas causas são mais profundas que os cortes nas remunerações e nas reformas. Nas multidões de manifestantes ou nos grupos mais pequenos sabemos que não há o espírito de família, mas interesses pessoais ou de classe. Quando até os reformados milionários manifestam descontentamento, embora entre eles esteja também quem contribuiu para a crise, administrando empresas em seu favor, esquecendo-se que, acima de direitos adquiridos, está a justiça, o bem comum, o destino universal dos bens, a solidariedade e a fraternidade, radicada na dignidade e igualdade da pessoa humana.
Os governos eleitos democraticamente têm de orientar as politicas por esses princípios fundamentais, e não a partir de interesses de classes ou lobbies.
Mas é difícil conseguir o equilíbrio nas sociedades num mundo global, respeitando a liberdade e a dignidade das pessoas e o princípio da subsidiariedade da sociedade civil. Há sempre fugas, pois nem todos os países e instituições seguem os mesmos princípios.

3. Chamados a reconciliar a família humana
No meio deste panorama complexo, os cristãos, olhando para a vida e mensagem de Jesus Cristo, precisam de se converter e orientar as suas vidas e ação no sentido de curar muitas feridas e ajudar a restaurar o sentido de família e de povo.
S. Paulo, na segunda carta aos Coríntios (5, 15 ss), exorta os leitores a ser embaixadores de Cristo e instrumentos de reconciliação. Eis aqui bem definida a missão da Igreja, hoje mais necessária que nunca. Reconciliados com Deus e com o nosso próximo, alargando os nossos olhares para além dos nossos grupos e comunidades, sentindo o sofrimento do nosso povo e da humanidade, não podemos cruzar os braços.
Bento XVI, Papa emérito, concretizando o evangelho e a doutrina social da Igreja para o nosso tempo, deixou-nos um magistério clarividente, que muito nos ajudará a discernir o nosso papel na Igreja e na sociedade. Invoquemos a luz do alto para a eleição do novo Papa, sucessor de Pedro e garante da comunhão eclesial, para que, em união com o colégio episcopal, dê um forte impulso à missão da Igreja na atualidade.

† António Vitalino, bispo de Beja







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