quarta-feira, 20 de março de 2013



 PARÓQUIA DE ALMODÔVAr

Quinta, 21 de Março


Esquema da página:

I.                  Liturgia do dia
II.               Frase do dia
III.           Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
IV.            Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
V.               Atividades da paróquia
VI.     A voz do Pastor


LITURGIA DIA A DIA
Quinta da V semana da Quaresma

ANTÍFONA DE ENTRADA Hebr 9, 15
Cristo é o mediador da nova aliança. Pela sua morte, os eleitos recebem a herança eterna prometida.


ORAÇÃO COLETA
Atendei, Senhor, as nossas súplicas e olhai benignamente por aqueles que esperam na vossa misericórdia, para que, purificados das suas culpas, vivam santamente e alcancem as vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Gen 17, 3-9
«Será pai de um grande número de nações»

Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Abrão caiu de rosto por terra e Deus falou-lhe assim: «Esta é a minha aliança contigo: Serás pai de um grande número de nações. Já não te chamarás Abrão, mas Abraão será o teu nome, porque farei de ti o pai de um grande número de nações. Farei que tenhas incontável descendência que dês origem a povos e de ti sairão reis. Estabelecerei a minha aliança contigo e com a tua descendência, de geração em geração. Será uma aliança perpétua, para que Eu seja o teu Deus e o Deus dos teus futuros descendentes. A ti e à tua futura descendência darei a terra em que tens habitado como estrangeiro, toda a terra de Canaã, em posse perpétua. Serei o vosso Deus». Deus disse ainda a Abraão: «Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência futura de geração em geração».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 4-5.6-7.8-9 (R. 8a)
Refrão: O Senhor recorda a sua aliança para sempre. Repete-se

Procurai o Senhor e o seu poder,
buscai sempre a sua face.
Recordai as suas maravilhas,
os seus prodígios e os oráculos da sua boca. Refrão

Vós, descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
o Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac. Refrão



ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão


EVANGELHO Jo 8, 51-59
«Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte». Responderam-Lhe os judeus: «Agora sabemos que tens o demónio. Abraão morreu, os profetas também, mas Tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra, nunca sofrerá a morte’. Serás Tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também morreram. Quem pretendes ser?» Disse-lhes Jesus: «Se Eu Me glorificar a Mim próprio, a minha glória não vale nada. Quem Me glorifica é meu Pai, Aquele de quem dizeis: ‘É o nosso Deus’. Vós não O conheceis, mas Eu conheço-O; e se dissesse que não O conhecia, seria mentiroso como vós. Mas Eu conheço-O e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria». Disseram-Lhe então os judeus: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?!» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Antes de Abraão existir, ‘Eu sou’». Então agarraram em pedras para apedrejarem Jesus, mas Ele ocultou-Se e saiu do templo.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor, para o sacrifício que Vos apresentamos e fazei que ele sirva para a nossa conversão e para a salvação de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Paixão do Senhor I


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 8, 32
Para nos salvar, Deus não poupou o seu próprio Filho,
mas entregou-O à morte por todos nós.
Com Ele tudo nos deu.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados, concedei-nos, por este sacramento, com que nos alimentais na vida presente, a comunhão convosco na vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





«A árvore quando floresce, edscobre sempre o seu sítio, a sua missão e o seu nome»
Anónimo

 

                       Método de oração Bíblica

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: - Gen 17, 3-9: Abraão, que Jesus vai recordar no Evangelho, aparece aqui como o homem com quem Deus faz Aliança e que, por isso mesmo, se torna o pai de todo o futuro povo de Deus. Abraão é igualmente o símbolo de todos os que se entregam, confiadamente, ao poder da palavra de Deus, e, por isso, se tornam instrumento providencial da ação de Deus entre os homens e objeto da sua divina intimidade.

Jo 8, 51-59: Toda a obra de Jesus é o que é e tem o valor que tem por Ele ser quem é: o Filho de Deus, imagem do Pai. Aquele que estabelece a aliança entre o Pai e os homens. Esta aliança já vem de longe: um dos seus grandes momentos foi quando Deus a fez com Abraão. Mas Jesus é maior do que Abraão, e é antes dele e será depois dele. Por isso, a aliança selada no sangue da sua cruz é aliança eterna, que havemos de recordar perpetuamente, como também Ele jamais a esquecerá.

MEDITAÇÃO: - Deus pronuncia sobre cada um de nós um nome novo, tal como o fez Jesus ao chamar os discípulos para a missão. Com que nome me trata e chama Deus? Para que me chama e envia neste mundo? Escutemos, acolhamos e agradecemos.
oração: - Senhor, qual é minha missão aqui e agora? Quero acolher a tua missão.


INTENÇÕES DO SANTO PADRE - MARÇO

Intenção Geral:
Respeito pela natureza
Para que cresça o respeito pela natureza, obra de Deus confiada à nossa responsabilidade.

Intenção Missionária:
Clero anunciador do Evangelho
Para que os bispos, sacerdotes e diáconos sejam anunciadores incansáveis do Evangelho até aos confins da terra.


  ATIVIDADES PAROQUIAIS:
                           
                                      09.00 horas: Missa em Almodôvar
                                      21.00 horas: Confissões em Almodôvar.


A voz do Pastor:

Caminhar, edificar, anunciar

1. Sempre a caminho
Na breve homilia da Missa com os Cardeais, após o Conclave, o Papa recém-eleito, que adoptou o nome de Francisco, dizia que a Igreja e os cristãos são um povo sempre em movimento, num caminhar rumo à “terra prometida”, seguindo as pegadas e o evangelho de Cristo. Interpelados por Cristo, na obediência à sua palavra, deixamos um mundo, construído a partir de nós e voltado para nós mesmos, abrindo-nos a Deus e aos nossos semelhantes. O Papa advertia que muitos, como Pedro em Cesareia, professam a fé em Cristo como Messias e Filho de Deus, mas pensando num Messias vitorioso e glorioso, num seguimento de Cristo sem cruz. Se assim for, o cristianismo nada mais será que uma instituição piedosa, dizia ele, uma ONG sócio-caritativa, apenas voltada para a dimensão material da vida humana, sem o horizonte da vida eterna. O próprio Papa, cardeais, bispos, padres nada mais seriam que um nome, uma função, e não discípulos de Cristo, afirmou o Papa.
Este povo peregrino de batizados, a partir da fé, tem de orientar-se a partir do Cristo como a Bíblia e a fé da Igreja no-lo dão a conhecer. Por isso, o verdadeiro discípulo de Cristo tem de ser missionário, sempre a radicar a sua vida no Mestre e contribuir para o crescimento e fortalecimento do Povo de Deus, sem medo da cruz.

2. Povo chamado e enviado a anunciar
Na mesma homilia, o Papa Francisco dizia que, escutando o chamamento de Jesus e seguindo-O, carregando a cruz, não podemos ser meros espectadores ou repetidores da sua vida e mensagem. Precisamos de ser sempre evangelizados, para construir a nossa vida sobre Ele, como rocha firme, sem medo do sofrimento, da cruz, da incompreensão. Precisamos de anunciar e testemunhar a nossa fé, num mundo indiferente ou até mesmo adverso de Cristo, do seu Evangelho, dos seus discípulos.
Os cristãos são, pois, um povo sempre em movimento, que, partindo da profissão de fé em Jesus Cristo, edifica a sua vida e relações ao modo de Cristo e anuncia, transmite e testemunha essa vida nova em Cristo ao mundo.
Estava eu a refletir sobre esta mensagem, expressa em poucas palavras e de modo simples e direto, veio-me à mente uma interrogação sobre a minha própria vida e missão de bispo, assim como dos colaboradores nesta diocese de Beja. Será que pautamos a nossa vida pela de Cristo, nos abrimos como Ele a Deus e às pessoas que vivem nesta terra alentejana? Que Igreja, Povo de Deus, estamos a construir? Como a edificamos?

3. A comunidade escolar de Santa Maria na Sé de Beja
Com estes pensamentos na mente, fui celebrar a Eucaristia do quinto domingo da Quaresma e encontrei a Sé Catedral repleta de jovens e adultos, muitos deles professores e funcionários da Escola de Santa Maria de Beja, que comemora neste mês de Março vinte anos de existência. Quis esta comunidade escolar assinalar também com a Eucaristia esse acontecimento, embora muitas pessoas e famílias ligadas a esta escola raramente participe nas celebrações da Igreja. Para mim foi um grande sinal de que ninguém é excluído do amor de Cristo e da missão da Igreja.
Qual não foi o meu espanto ao ver o silêncio, a atenção e participação da assembleia, bem apoiada por um coro de crianças e jovens, por diversos músicos, incluído órgão, por acólitos, por leitores e outros intervenientes em diversos momentos da celebração.
Reconhecendo a autonomia das instituições, constatei uma vez mais quanto é importante que todos colaboremos na construção de uma nova sociedade, mais justa, solidária e fraterna. Família, escola, Igreja e outros intervenientes nas sociedades modernas precisam de colaborar na formação das novas gerações, na transmissão de valores e ideais que ajudem a estruturar os nossos cidadãos no sentido positivo da verdade e vocação do ser humano.
Reconheci também que perdemos muito tempo e recursos em questões secundárias ou a proteger classes privilegiadas, que se pautam pelo egoísmo e não pelo bem comum. E, uma vez mais, me afloraram à mente palavras e gestos do nosso novo Papa, que, recordando S. Francisco de Assis, cujo nome e exemplo assumiu, disse: precisamos de ser mais uma Igreja pobre e para os pobres. Foram eles os preferidos de Cristo e da Igreja nos períodos em que foi mais coerente e missionária, de acordo com o mandato recebido.
Também nesta diocese, bispo, clero e colaboradores na missão, precisamos todos de assumir estas prioridades, novas expressões, métodos, linguagens e pedagogias na evangelização, a fim de sermos a Igreja de Jesus Cristo. Espero que o Sínodo diocesano nos ajude.

† António Vitalino, bispo de Beja

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