PARÓQUIA DE
ALMODÔVAr
Quinta, 21 de Março
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Frase do dia
III.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
IV.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente
V.
Atividades da paróquia
VI. A voz do Pastor
LITURGIA DIA A DIA
Quinta
da V semana da Quaresma
ANTÍFONA
DE ENTRADA Hebr 9, 15
Cristo é o mediador da nova aliança. Pela sua morte, os eleitos recebem a herança eterna prometida. ORAÇÃO COLETA Atendei, Senhor, as nossas súplicas e olhai benignamente por aqueles que esperam na vossa misericórdia, para que, purificados das suas culpas, vivam santamente e alcancem as vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. LEITURA I Gen 17, 3-9 «Será pai de um grande número de nações» Leitura do Livro do Génesis Naqueles dias, Abrão caiu de rosto por terra e Deus falou-lhe assim: «Esta é a minha aliança contigo: Serás pai de um grande número de nações. Já não te chamarás Abrão, mas Abraão será o teu nome, porque farei de ti o pai de um grande número de nações. Farei que tenhas incontável descendência que dês origem a povos e de ti sairão reis. Estabelecerei a minha aliança contigo e com a tua descendência, de geração em geração. Será uma aliança perpétua, para que Eu seja o teu Deus e o Deus dos teus futuros descendentes. A ti e à tua futura descendência darei a terra em que tens habitado como estrangeiro, toda a terra de Canaã, em posse perpétua. Serei o vosso Deus». Deus disse ainda a Abraão: «Guardarás a minha aliança, tu e a tua descendência futura de geração em geração». Palavra do Senhor. SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 4-5.6-7.8-9 (R. 8a) Refrão: O Senhor recorda a sua aliança para sempre. Repete-se Procurai o Senhor e o seu poder, buscai sempre a sua face. Recordai as suas maravilhas, os seus prodígios e os oráculos da sua boca. Refrão Vós, descendentes de Abraão, seu servo, filhos de Jacob, seu eleito, o Senhor é o nosso Deus e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão Ele recorda sempre a sua aliança, a palavra que empenhou para mil gerações, o pacto que estabeleceu com Abraão, o juramento que fez a Isaac. Refrão ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO cf. Salmo 94 (95), 8ab Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações. Refrão EVANGELHO Jo 8, 51-59 «Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia» Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte». Responderam-Lhe os judeus: «Agora sabemos que tens o demónio. Abraão morreu, os profetas também, mas Tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra, nunca sofrerá a morte’. Serás Tu maior do que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas também morreram. Quem pretendes ser?» Disse-lhes Jesus: «Se Eu Me glorificar a Mim próprio, a minha glória não vale nada. Quem Me glorifica é meu Pai, Aquele de quem dizeis: ‘É o nosso Deus’. Vós não O conheceis, mas Eu conheço-O; e se dissesse que não O conhecia, seria mentiroso como vós. Mas Eu conheço-O e guardo a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; ele viu-o e exultou de alegria». Disseram-Lhe então os judeus: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?!» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Antes de Abraão existir, ‘Eu sou’». Então agarraram em pedras para apedrejarem Jesus, mas Ele ocultou-Se e saiu do templo. Palavra da salvação. ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Olhai com bondade, Senhor, para o sacrifício que Vos apresentamos e fazei que ele sirva para a nossa conversão e para a salvação de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Prefácio da Paixão do Senhor I ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 8, 32 Para nos salvar, Deus não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O à morte por todos nós. Com Ele tudo nos deu. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados, concedei-nos, por este sacramento, com que nos alimentais na vida presente, a comunhão convosco na vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. |
|
«A
árvore quando floresce, edscobre sempre o seu sítio, a sua missão e o seu nome»
Anónimo
Método
de oração Bíblica
1. Leitura: Lê, respeita, situa o
que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica,
escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA:
- Gen
17, 3-9: Abraão, que Jesus vai recordar no Evangelho,
aparece aqui como o homem com quem Deus faz Aliança e que, por isso mesmo, se
torna o pai de todo o futuro povo de Deus. Abraão é igualmente o símbolo de
todos os que se entregam, confiadamente, ao poder da palavra de Deus, e, por
isso, se tornam instrumento providencial da ação de Deus entre os homens e objeto
da sua divina intimidade.
Jo 8, 51-59: Toda a obra de Jesus é o que é e tem o valor que tem por Ele ser quem é: o Filho de Deus, imagem do Pai. Aquele que estabelece a aliança entre o Pai e os homens. Esta aliança já vem de longe: um dos seus grandes momentos foi quando Deus a fez com Abraão. Mas Jesus é maior do que Abraão, e é antes dele e será depois dele. Por isso, a aliança selada no sangue da sua cruz é aliança eterna, que havemos de recordar perpetuamente, como também Ele jamais a esquecerá.
MEDITAÇÃO: - Deus pronuncia sobre cada um de nós um nome novo, tal como o fez Jesus ao chamar os discípulos para a missão. Com que nome me trata e chama Deus? Para que me chama e envia neste mundo? Escutemos, acolhamos e agradecemos.
oração:
- Senhor, qual é minha missão aqui e agora? Quero acolher a tua missão.
INTENÇÕES DO SANTO PADRE - MARÇO
Intenção Geral:
Respeito pela
natureza
Para que cresça o respeito pela natureza, obra de Deus confiada à nossa responsabilidade.
Para que cresça o respeito pela natureza, obra de Deus confiada à nossa responsabilidade.
Intenção Missionária:
Clero anunciador
do Evangelho
Para que os bispos, sacerdotes e diáconos sejam anunciadores incansáveis do Evangelho até aos confins da terra.
Para que os bispos, sacerdotes e diáconos sejam anunciadores incansáveis do Evangelho até aos confins da terra.
ATIVIDADES PAROQUIAIS:
09.00
horas: Missa em Almodôvar
21.00
horas: Confissões em Almodôvar.
A voz do
Pastor:
Caminhar,
edificar, anunciar
1. Sempre a caminho
Na
breve homilia da Missa com os Cardeais, após o Conclave, o Papa recém-eleito,
que adoptou o nome de Francisco, dizia que a Igreja e os cristãos são um povo
sempre em movimento, num caminhar rumo à “terra prometida”, seguindo as pegadas
e o evangelho de Cristo. Interpelados por Cristo, na obediência à sua palavra,
deixamos um mundo, construído a partir de nós e voltado para nós mesmos,
abrindo-nos a Deus e aos nossos semelhantes. O Papa advertia que muitos, como
Pedro em Cesareia, professam a fé em Cristo como Messias e Filho de Deus, mas
pensando num Messias vitorioso e glorioso, num seguimento de Cristo sem cruz.
Se assim for, o cristianismo nada mais será que uma instituição piedosa, dizia
ele, uma ONG sócio-caritativa, apenas voltada para a dimensão material da vida
humana, sem o horizonte da vida eterna. O próprio Papa, cardeais, bispos,
padres nada mais seriam que um nome, uma função, e não discípulos de Cristo,
afirmou o Papa.
Este
povo peregrino de batizados, a partir da fé, tem de orientar-se a partir do
Cristo como a Bíblia e a fé da Igreja no-lo dão a conhecer. Por isso, o
verdadeiro discípulo de Cristo tem de ser missionário, sempre a radicar a sua
vida no Mestre e contribuir para o crescimento e fortalecimento do Povo de Deus,
sem medo da cruz.
2. Povo chamado e enviado a
anunciar
Na
mesma homilia, o Papa Francisco dizia que, escutando o chamamento de Jesus e
seguindo-O, carregando a cruz, não podemos ser meros espectadores ou
repetidores da sua vida e mensagem. Precisamos de ser sempre evangelizados,
para construir a nossa vida sobre Ele, como rocha firme, sem medo do
sofrimento, da cruz, da incompreensão. Precisamos de anunciar e testemunhar a
nossa fé, num mundo indiferente ou até mesmo adverso de Cristo, do seu
Evangelho, dos seus discípulos.
Os
cristãos são, pois, um povo sempre em movimento, que, partindo da profissão de
fé em Jesus Cristo, edifica a sua vida e relações ao modo de Cristo e anuncia,
transmite e testemunha essa vida nova em Cristo ao mundo.
Estava
eu a refletir sobre esta mensagem, expressa em poucas palavras e de modo
simples e direto, veio-me à mente uma interrogação sobre a minha própria vida e
missão de bispo, assim como dos colaboradores nesta diocese de Beja. Será que
pautamos a nossa vida pela de Cristo, nos abrimos como Ele a Deus e às pessoas
que vivem nesta terra alentejana? Que Igreja, Povo de Deus, estamos a
construir? Como a edificamos?
3. A comunidade escolar de Santa
Maria na Sé de Beja
Com
estes pensamentos na mente, fui celebrar a Eucaristia do quinto domingo da
Quaresma e encontrei a Sé Catedral repleta de jovens e adultos, muitos deles
professores e funcionários da Escola de Santa Maria de Beja, que comemora neste
mês de Março vinte anos de existência. Quis esta comunidade escolar assinalar
também com a Eucaristia esse acontecimento, embora muitas pessoas e famílias
ligadas a esta escola raramente participe nas celebrações da Igreja. Para mim
foi um grande sinal de que ninguém é excluído do amor de Cristo e da missão da
Igreja.
Qual
não foi o meu espanto ao ver o silêncio, a atenção e participação da
assembleia, bem apoiada por um coro de crianças e jovens, por diversos músicos,
incluído órgão, por acólitos, por leitores e outros intervenientes em diversos
momentos da celebração.
Reconhecendo
a autonomia das instituições, constatei uma vez mais quanto é importante que
todos colaboremos na construção de uma nova sociedade, mais justa, solidária e
fraterna. Família, escola, Igreja e outros intervenientes nas sociedades
modernas precisam de colaborar na formação das novas gerações, na transmissão
de valores e ideais que ajudem a estruturar os nossos cidadãos no sentido
positivo da verdade e vocação do ser humano.
Reconheci
também que perdemos muito tempo e recursos em questões secundárias ou a
proteger classes privilegiadas, que se pautam pelo egoísmo e não pelo bem
comum. E, uma vez mais, me afloraram à mente palavras e gestos do nosso novo
Papa, que, recordando S. Francisco de Assis, cujo nome e exemplo assumiu,
disse: precisamos de ser mais uma Igreja
pobre e para os pobres. Foram eles os preferidos de Cristo e da Igreja nos
períodos em que foi mais coerente e missionária, de acordo com o mandato
recebido.
Também
nesta diocese, bispo, clero e colaboradores na missão, precisamos todos de
assumir estas prioridades, novas expressões, métodos, linguagens e pedagogias
na evangelização, a fim de sermos a Igreja de Jesus Cristo. Espero que o Sínodo
diocesano nos ajude.
†
António Vitalino, bispo de Beja
Sem comentários:
Enviar um comentário