segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013



pARÓQUIA DE ALMODÔVAr

Terça, 12 de Fevereiro


Esquema da página:

I.              Liturgia do dia
II.            Frase do dia
III.           Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
IV.          Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente.
V.            Atividades da paróquia.
VI.          Voz do Pastor



LITURGIA DIA A DIA
Terça, V Semana do tempo comum


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 94, 6-7

Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.

ORAÇÃO COLECTA
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa protecção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Gen 1, 20 – 2, 4ª

«Façamos o homem à nossa imagem e semelhança»

Leitura do Livro do Génesis

Disse Deus: «Povoem as águas inúmeros seres vivos e voem as aves na terra sob o firmamento do céu». Deus criou os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas, segundo as suas espécies, e todos os animais voadores, segundo as suas espécies. Deus viu que isto era bom; e abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei as águas dos mares e multipliquem-se as aves sobre a terra». Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia. Disse Deus: «Produza a terra seres vivos, segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies». E assim sucedeu. Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. Deus viu que isto era bom. Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele o criou homem e mulher. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra». Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim sucedeu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. Assim se completaram o céu e a terra e tudo o que eles contêm. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado. Deus abençoou e santificou o sétimo dia, porque nele descansou de todo o trabalho da criação. Esta é a origem do céu e da terra, quando foram criados.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 8, 4-5.6-7.8-9 (R. 2a)

Refrão: Como é admirável o vosso nome em toda a terra,
Senhor, nosso Deus!
Repete-se

Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos,
a lua e as estrelas que lá colocastes,
Que é o homem para que Vos lembreis dele,
o filho do homem para dele Vos ocupardes? Refrão

Fizestes dele quase um ser divino,
de honra e glória o coroastes;
destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos,
tudo submetestes a seus pés: Refrão

Ovelhas e bois, todos os rebanhos,
e até os animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos. Refrão

ALELUIA Salmo 118 (119), 36a.29b
Refrão: Aleluia Repete-se
Inclinai o meu coração para as vossas ordens
e dai-me a graça de cumprir a vossa lei. Refrão

EVANGELHO Mc 7, 1-13

«Deixais o mandamento de Deus
para vos prenderdes à tradição dos homens»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém. Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. – Na verdade, os fariseus e os judeus em geral só comem depois de lavar cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre –. Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?». Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens». Jesus acrescentou: «Sabeis muito bem desprezar o mandamento de Deus, para observar a vossa tradição. Porque Moisés disse: ‘Honra teu pai e tua mãe’; e ainda: ‘Quem amaldiçoar o seu pai ou a sua mãe deve morrer’. Mas vós dizeis que se alguém tiver bens para ajudar os seus pais necessitados, mas declarar esses bens como oferta sagrada, nesse caso fica dispensado de ajudar o pai ou a mãe. Deste modo anulais a palavra de Deus com a tradição que transmitis. E fazeis muitas coisas deste género».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho
para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9

Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.

Ou Mt 5, 5-6
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Deus de bondade,
que nos fizestes participantes do mesmo pão e do mesmo cálice,
concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.



«Toda a Mãe-Terra nos fala no Criador»


 

                       Método de oração Bíblica

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.



1.  LEITURA: Gen 1, 20 – 2, 4: No vértice da criação está o homem. De todas as criaturas, é ele a mais perfeita imagem do seu Criador. E é sua missão conduzir a criação inteira até àquele grau de desenvolvimento que Deus para ela sonhou, e para atingir o qual lhe imprimiu dinamismos nunca assaz conhecidos. Por isso, só com os olhos postos em Deus é que o homem conseguirá realizar-se como homem no meio da criação e continuá-la, desenvolvendo-a e aperfeiçoando-a cada vez mais, porque tudo está em gérmen no ato criador saído das mãos de Deus.

Mc 7, 1-13: Jesus procura fazer compreender a diferença que existe entre o mandamento de Deus e a tradição dos homens, porque, no tempo em que estes factos se passavam, os usos e costumes que os homens tinham acrescentado à lei de Deus chegavam a deturpar a própria lei, como no caso citado; certos hábitos religiosos de invenção humana passavam à frente da justiça e da caridade. É sempre uma grande tentação ficar preso à letra, e não conseguir, por isso, chegar até ao espírito; mas «a letra mata, o espírito é que dá a vida».

2. MEDITAÇÃO: - Toda a criação sore as dores de parto até ao presente (Rom. 8,22). Descobrimos que a natureza está sofrendo a contaminação, a deflorestação, a extinção das espécies. Que fizemos ou estamos fazendo os “humanos à imagem de DEsu” com este dom e responsabilidade que recebemos?

 3. ORAÇÃO: Deus Criador, ajuda-nos a assumir as nossas responsabilidades de continuidade dessa obra tua na qual “tudo é muito bom”.



INTENÇÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO:


INTENÇÕES DO SANTO PADRE – FEVEREIRO 2013
Intenção Geral
Famílias dos emigrantes:
Para que as famílias dos emigrantes sejam apoiadas e acompanhadas nas suas dificuldades, de modo particular as mães.

Intenção Missionária
Vítimas da guerra, agentes de paz:
Para que aqueles que sofrem por causa da guerra e dos conflitos sejam protagonistas de um futuro de paz.


ATIVIDADES PAROQUIAIS:
                                              
                                               09.00 horas: Missa em Almodôvar


A VOZ DO PASTOR:

Verdade e coerência de fé e de vida
Mensagem do Bispo de Beja para a Quaresma de 2013

1. Valores do mundo e do Evangelho
A crise económica e financeira que o mundo atravessa e atingiu Portugal de modo a obrigar-nos a pedir ajuda externa, sem a qual muitos dos nossos serviços públicos e muitas famílias ficariam sem recursos para funcionar e sobreviver, veio acordar-nos da ilusão em que assentávamos o nosso relativo bem estar. Agora fala-se, escreve-se, discute-se, protesta-se, fazem-se greves, criticam-se governos e políticos anteriores e presentes, mas dá a impressão que ainda poucos se deram conta das ilusões sobre as quais baseiam os seus protestos. Todos querem voltar ao mesmo estilo e nível de vida, construindo sobre isso os seus projetos de felicidade.
Jesus Cristo, a sua vida e mensagem, continuadas na missão da Igreja, alerta-nos para outras prioridades, que, por vezes, se contrapõem aos nossos habituais desejos. Ao jovem rico que lhe pergunta que deve fazer para alcançar a vida eterna, para além do cumprimento dos mandamentos da lei, que ele já seguia fielmente, Jesus responde: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me» (Mt 19,21).
Esta radicalidade de espírito e de estilo de vida é pedida a todos os discípulos de Cristo. Os bens deste mundo são para administrar e nunca podem constituir um fim em si mesmos, como se fossem a finalidade da nossa vida, o nosso Deus.
A vida cristã e sobretudo esta fase do ano de oração da Igreja, chamada Quaresma, vem acordar-nos para os valores e atitudes fundamentais do Evangelho, procurando compreendê-los com toda a verdade e, com coerência, conformando a nossa vida com eles, para sermos autênticos discípulos de Jesus Cristo, cuja paixão, morte e ressurreição celebramos na Páscoa.

2. Aprofundamento do ser cristão
Ninguém opta por um estilo de vida sem sentido, sem convicção de que é possível e atraente. Cristo não quis e não quer escravos, mas pessoas livres, entusiastas, convencidas e alegres, apesar do caminho proposto ser exigente. Por isso também hoje precisamos de conhecer melhor a pessoa de Jesus, o seu testemunho de vida e a sua mensagem. Não podemos ser cristãos frios ou mornos, apenas por tradição. Temos de formar a nossa fé, conhecer as razões da nossa esperança e viver de acordo com elas.
Este ano da fé proclamado pelo Papa Bento XVI e o tempo da Quaresma são propícios para este aprofundamento. Na diocese de Beja estamos a celebrar um Sínodo, ou seja, um tempo de consciencialização da nossa fé cristã e corresponsabilização na vida e missão da Igreja. Para isso foram elaborados subsídios de reflexão em grupo, com alguns textos do Evangelho e do Concílio Vaticano II. Nesta primeira fase do Sínodo olharemos para a Igreja que somos e queremos ser e sobre os modos e meios de construção dessa Igreja, livre, leve e alegre, para que seja fermento de comunhão e de vida fraterna no mundo em que vivemos. Por isso é importante que nos serviços, movimentos e paróquias formemos grupos de reflexão, a fim de darmos o nosso contributo para a realização comunitária do nosso ser cristão.

3. Fé, caridade e partilha fraterna
Mas a vida cristã não é apenas conhecimento, reflexão, saber. A fé impele para a vontade de conformar a vida com aquele em quem acreditamos, Jesus Cristo, que nos diz: se me tendes amor, cumpri os meus mandamentos... Amai-vos uns aos outros como eu vos amei (Jo 15, 12).
Na sua mensagem para a Quaresma deste ano, o Papa Bento XVI afirma que crer na caridade suscita caridade. Contemplando o amor que Deus nos tem, manifestado na vida de Jesus Cristo, somos impelidos a responder com amor, querendo e fazendo o bem a quem Ele ama. Este é um processo sempre a caminho, nunca concluido. O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor, sempre aberto ao amor do próximo. A caridade é, pois, a vida da fé, afirma o Papa, que nos conforma cada vez mais a Cristo, de modo a podermos exclamar como S. Paulo: já não sou eu que vivo, mas Cristo (e os que Ele ama e quer salvar) que vive em mim (cf Gl 2, 20).
A fé e a caridade são dois dons de Deus e duas atitudes que se entrelaçam na vida do cristão, cuja origem está em Deus e cuja meta também o é, envolvendo aqueles com quem vivemos, de modo a olhá-los e tratá-los com os olhos e o coração de Cristo. Exemplo forte desta verdade e atitude foi a Madre Teresa de Calcutá.
Esta atitude leva-nos a uma profunda e verdadeira comunhão e partilha de valores e de bens materiais e espirituais com o nosso próximo. Daí que ninguém que acredita em Deus e ama Jesus Cristo pode ficar indiferente a quem sofre. Por isso na Quaresma os cristãos são mais sensíveis à partilha e solidariedade com quem mais precisa. A Quaresma, com as indicações que dá tradicionalmente para a vida cristã, convida-nos precisamente a alimentar a fé com uma escuta mais atenta e prolongada da Palavra de Deus e a participação nos Sacramentos e, ao mesmo tempo, a crescer na caridade, no amor a Deus e ao próximo, nomeadamente através do jejum, da penitência e da esmola, diz o Papa na sua Mensagem.
Neste tempo de Quaresma é habitual fazer-se um ofertório especial para a Caritas diocesana e nacional, no terceiro domingo e também uma renúncia em benefício de algumas intenções indicadas pelas dioceses. Na Quaresma de 2012 a diocese de Beja orientou o resultado dessa renúncia e partilha para duas finalidades: metade para o fundo diocesano de emergência social e outra metade para a diocese de Quelimane, em Moçambique, agradecendo a colaboração do Padre Erbério, que esteve na Amareleja. Até 5 de Fevereiro foram entregues na Cúria diocesana 16.297,33 €.
Este ano queremos orientar o produto da renúncia para três finalidades, mantendo-se uma delas, ou seja, um terço para o fundo de emergência social através da Caritas diocesana; outro terço para os pobres das missões dos Vicentinos em Moçambique, confrades dos religiosos a paroquiar no concelho de Santiago do Cacém e a animar as missões populares na diocese; e o último terço para ajudar o Carmelo de Beja, agora com 10 irmãs, algumas provenientes do Quénia.
Olhemos para os nossos irmãos mais pobres e aprendamos a descobrir neles o rosto de Cristo, que disse, sempre que fizerdes o bem a um dos mais pequeninos é a mim que o fazeis. Assim teremos um encontro mais intenso e profundo com Cristo e os nossos irmãos mais carenciados, dando-nos oportunidade de crescer na fé e na capacidade de amar, pois é dando que se recebe.
Desejo a todos continuação de uma Santa Quaresma em clima sinodal.

† António Vitalino, Bispo de Beja

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