quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013



 PARÓQUIA DE ALMODÔVAr

Quinta, 21 de Fevereiro


Esquema da página:

I.                   Liturgia do dia
II.                Frase do dia
III.             Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
IV.             Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente.
V.                Atividades da paróquia.
VI.             A voz do Pastor



LITURGIA DIA A DIA
Quarta da I semana da Quaresma



ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 5, 2-3

Ouvi, Senhor, as minhas palavras, atendei o meu clamor.
Escutai a voz da minha súplica,
ó meu Rei e meu Deus.

ORAÇÃO COLETA

Concedei-nos, Senhor, a graça de pensar sempre o que é recto e de o pôr em prática com diligência; e, porque não podemos existir sem Vós, fazei-nos viver segundo a vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Est 4, 17

« Leitura do Livro de Ester

Naqueles dias, a rainha Ester, tomada de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor e fez esta súplica ao Senhor, Deus de Israel: «Meu Senhor, nosso único Rei, vinde socorrer-me, porque estou só e não tenho outro auxílio senão Vós e corre perigo a minha vida. Desde criança, ouvi dizer na minha tribo paterna que Vós, Senhor, escolhestes Israel entre todos os povos e os nossos pais entre os seus antepassados, para serem a vossa herança perpétua, e cumpristes tudo o que lhes tínheis prometido. Lembrai-Vos de nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação. Fortalecei-me, Rei dos deuses e Senhor dos poderosos. Ponde em meus lábios palavras harmoniosas, quando estiver na presença do leão, e mudai o seu coração, para que deteste o nosso inimigo e o arruíne com todos os seus cúmplices. Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono, porque não tenho ninguém senão Vós, Senhor».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.7c-8 (R. 3a)

Refrão: Quando Vos invoco,
sempre me atendeis, Senhor
. Repete-se

De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei-de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo. Refrão

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. Refrão

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos. Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 50 (51), 12a.14ª

Refrão: Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor. Repete-se
Criai em mim, Senhor, um coração puro,
dai-me de novo a alegria da salvação. Refrão

EVANGELHO Mt 7, 7-12

«Quem pede recebe»

E no Evangelho é agora o próprio Jesus que insiste em que devemos “pedir”, “procurar”, “bater à porta”. Orar ao Senhor não é humilhante; é antes acto de confiança, afirmação de fé, caminho de paz. Jesus também pediu ao Pai nas horas difíceis. E a penitência é um caminho difícil, mas conduz à libertação pascal. Só o braço poderoso de Deus nos pode fazer passar da escravidão à libertação, da morte à vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi e dar-se-vos-á, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe, quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á. Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão, ou uma serpente se lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos Céus as dará àqueles que Lhas pedem! Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam fazei-lho vós também: esta é a Lei e os Profetas».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Acolhei benignamente, Senhor, os dons e as preces do vosso povo e convertei a Vós os nossos corações. Por Nosso Senhor.

Prefácio da Quaresma

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 7, 8

Quem pede recebe,
quem procura encontra,
a quem bate à porta, abrir-se-á.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Senhor nosso Deus, que nos concedeis a participação nestes santos mistérios como garantia da nossa renovação espiritual, fazei que eles nos sirvam de remédio no presente e no futuro. Por Nosso Senhor.





«Nunca c0nsegui nada sozinho. Milhões de pessoas anseiam pela paz. Por isso não menosprezemos o valor da oração».
Kofi Annan


 

                       Método de oração Bíblica

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: Est 4, 17: De novo, o tema da oração, mas hoje sobretudo da oração de súplica. À medida que experimentamos a nossa insuficiência, vamos sentindo, cada vez mais, a necessidade de recorrer ao Senhor, que é a nossa força. Em tais circunstâncias, só o orgulhoso não sabe dirigir-se a Deus e rezar. Em momento especialmente difícil da vida do seu povo, Ester, a israelita condenada à morte com todos os demais, “presa de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor”, como se lê nesta primeira leitura.

Mt 7, 7-12: E no Evangelho é agora o próprio Jesus que insiste em que devemos “pedir”, “procurar”, “bater à porta”. Orar ao Senhor não é humilhante; é antes acto de confiança, afirmação de fé, caminho de paz. Jesus também pediu ao Pai nas horas difíceis. E a penitência é um caminho difícil, mas conduz à libertação pascal. Só o braço poderoso de Deus nos pode fazer passar da escravidão à libertação, da morte à vida.

2. MEDITAÇÃO: - Jesus convida-nos a viver com confiança no Pai, a pedir, buscar e chamar, porque sabe que Deus está desejando dar-se, deixar-se encontrar e responder ao nosso apelo. Essa foi a experiência do salmista que canta agradecido: “Quando te invoquei, me escutaste, ganhei entusiasmo na minha alma”.
Não podemos deixar de alar com confiança a Deus sobre as nossas e a dos nossos irmãos. Jesus convida-nos a agir assim. Sabemos que a nossa oração não muda o coração de Deus, mas sim o nosso. Na oração nos relacionamos com Deus que nos espera para partilhar alegrias, inquietações e esperanças.

3. ORAÇÃO: Aqui estou, Senhor. Quero partilhar um pouco do tempo contigo todos os dias.


INTENÇÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO:


INTENÇÕES DO SANTO PADRE – FEVEREIRO 2013
Intenção Geral
Famílias dos emigrantes:
Para que as famílias dos emigrantes sejam apoiadas e acompanhadas nas suas dificuldades, de modo particular as mães.

Intenção Missionária
Vítimas da guerra, agentes de paz:
Para que aqueles que sofrem por causa da guerra e dos conflitos sejam protagonistas de um futuro de paz.



ATIVIDADES PAROQUIAIS:

                                  09.00 horas: Missa em Almodôvar
                           17.00 horas: Catequese infantil.
                           21.00 horas: Adoração ao Santíssimo
                           21.30 horas: Reunião Sinodal dos membros do MCC.
                          
                                              

Voz do Pastor:

De onde vimos, para onde vamos e como caminhamos?
Nota para a primeira semana da Quaresma

1. À procura do sentido da vida
Um destes dias, viajando a caminho de Fátima, ouvia pela radio testemunhos de pessoas a narrar a sua fuga da guerra, deixando tudo o que tinham conseguido durante muitos anos de trabalho e levando apenas as pessoas do seu agregado familiar, alguns bens, sobretudo dinheiro e mantimentos para os primeiros tempos. A certa altura faltaram os alimentos e o dinheiro tinha perdido o valor cambial, pelo que começaram a vender os outros bens a troco de alimentos e combustível. Habituados a um relativo bem estar, ficaram assustados quando viram uma criança saltar do colo da mãe, para apanhar cascas de laranja e comer. Por fim, procuraram trabalho a troco de comida, mas depressa foram despedidos por não terem licença de trabalho nem residência.
Estas histórias de vida precária, sem estabilidade nem segurança, mas com grande vontade de sobreviver e vencer, fizeram aflorar em mim memórias do meu percurso pessoal, em Portugal e no estrangeiro e surgir muitas interrogações. Afinal de onde vimos e para onde vamos? Que sentido tem a existência humana? Porquê uns parecem ser bem sucedidos e outros esmorecem e ficam pelo caminho? Porquê ainda hoje a muitos não chegam as migalhas que caem da mesa dos ricos? Porquê tantas desigualdades e rivalidades no mundo, se tudo deixamos no dia da nossa morte?
Ao mesmo tempo, ouço a resposta de Jesus ao tentador, no evangelho do primeiro domingo da Quaresma: nem só de pão vive o homem (Lc 4, 4).  A que o evangelho de S. Mateus (Mt 4, 4) acrescenta: mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Por isso pergunto-me, e a vós que me escutais ou ledes: de quê vivemos nós e como nos alimentamos? A prioridade da nossa vida é o ventre, o dinheiro, o prazer, os bens materiais? Que significado tem para nós a voz de Deus, a sua palavra pronunciada pelos profetas e, sobretudo, a sua Palavra encarnada, Jesus Cristo?

2.  Povo errante, em terra estrangeira
Muitas vezes sentimos que esta não é a nossa pátria definitiva. O nosso coração sente-se deslocado no terreno que pisa. Constatando a fragilidade da nossa vida e daquilo que suporta o nosso relativo bem estar, sabemos agradecer o que temos e somos? Acolhemos a vida como um dom a oferecer ou como um direito egoísta?
Vivemos um tempo de grande insegurança familiar, laboral, económica, política e até religiosa. Vemos muitos lares a desfazer-se, promessas de amor fiel e apaixonado a serem quebradas, empresas a falir, o desemprego a crescer, os jovens mais preparados a emigrar, os políticos e governantes a contradizerem-se e sem medidas que assegurem o nível de vida dos cidadãos.
Diariamente fazemos a experiência da precariedade. Até a renúncia do Santo Padre nos apanhou de surpresa no princípio da semana passada e nos acordou para uma nova realidade do papado. A estrutura mais estável da sociedade ao longo de séculos também é frágil. Tudo isto nos interpela para descobrirmos as prioridades da vida. Onde e em quem pomos a nossa esperança? Nos homens, em Deus, nos bens materiais, no poder, nas glórias e vaidades humanas?
Ao iniciar a sua vida pública Jesus experimentou todas essas tentações. Trata-se de coisas boas, mas que nos podem reter e prender no caminho da vida, roubando-nos a dignidade e liberdade de filhos de Deus e irmãos uns dos outros.
Jesus dá prova da sua grande liberdade e fidelidade a Deus e à missão que lhe foi confiada: salvar a humanidade, reconduzindo-a para a verdade do seu ser, feita para amar. Nada pode preencher o íntimo do ser humano, revelar o seu sentido integral, senão o encontro com o outro, no qual Deus se manifesta e entrega.
Para fazermos esta experiência da vida plena em Deus, precisamos de nos esvaziar de nós mesmos. Ajuda-nos a escuta da Palavra de Deus, a contemplação do mistério da vida de Jesus, a comunhão e o amor fraterno, a partilha com os irmãos do que temos e somos.

3. A resistência às tentações do caminho e a Fé
Na sua mensagem para a Quaresma deste ano, o Papa Bento XVI afirma que crer na caridade suscita caridade. Contemplando o amor que Deus nos tem, manifestado na vida de Jesus Cristo, somos impelidos a responder com amor, querendo e fazendo o bem a quem Ele ama. Este é um processo sempre a caminho, nunca concluido. O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor, sempre aberto ao amor do próximo. A caridade é, pois, a vida da fé, afirma o Papa, que nos conforma cada vez mais a Cristo.
Quando Pedro e os apóstolos, depois de terem recebido o Espírito Santo, testemunhavam diante da multidão, reunida em Jerusalém, que Jesus, aquele que tinham morto, estava vivo, tinha ressuscitado e era o único salvador, o Messias prometido, os ouvintes, emocionados, perguntaram-lhes: que devemos fazer? Os apóstolos responderam: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo” (Act 2, 38). S. Paulo escreve aos Romanos, trecho lido na segunda leitura do primeiro domingo da Quaresma: “se confessardes com a boca: «Jesus é o Senhor», e acreditardes no vosso coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, sereis salvos. É que acreditar com o coração leva a obter a justiça, e confessar com a boca leva a obter a salvação” (Rom. 10, 9-10).
A Quaresma é realmente um tempo propício para reavivarmos a fé do nosso batismo, que nos dá a verdadeira vida, a vida eterna. Confessar a fé em Jesus Salvador, com a boca e o coração, leva-nos a dizer não ao pecado, a uma vida contrária ao amor a Deus e aos irmãos, a resisitir às tentações do materialismo, do poder e das glórias e vaidades do mundo, para vivermos mais à maneira de Jesus, que entregou a sua vida para nossa salvação.
Escutemos, pois, mais a palavra de Jesus, olhemos para o seu testemunho de vida, sejamos mais uns para os outros e fortaleçamos a nossa comunhão fraterna, a começar pela família, as nossas comunidades paroquiais e movimentos. Arranjemos mais tempo para escutar, em grupo, a mensagem evangélica e façamos uma leitura da nossa vida à luz dessa palavra, para na Páscoa podermos sentir a alegria da ressurreição e de uma vida nova, toda informada pelo Espírito de Deus, pela caridade.
Foram elaboradas catequeses no âmbito da celebração do nosso Sínodo diocesano, para que as façamos em pequenos grupos e demos o nosso contributo para a renovação da vida cristã e eclesial nesta diocese. Respondamos com amor a Cristo, à Igreja e aos nossos irmãos, que vivem nesta diocese. Expressemos aquilo que somos e queremos ser como cristãos e membros do Povo de Deus. Somos pecadores, mas chamados a ser santos, como Jesus é santo. A profissão da fé, com a boca e o coração, com os olhos fixos em Jesus, renovará em nós a esperança e a força do amor. Assim também daremos o nosso contributo valioso para vencer o desânimo e a falta de alegria e criatividade que domina a nossa sociedade.
  
† António Vitalino, Bispo de Beja




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