PARÓQUIA DE ALMODÔVAr
Quinta, 21 de Fevereiro
Esquema
da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Frase do dia
III.
Oração bíblica na base das leituras da Missa
do dia
IV.
Intenções do Apostolado da Oração para o mês
corrente.
V.
Atividades da paróquia.
VI.
A voz do Pastor
LITURGIA DIA A DIA
Quarta da
I semana da Quaresma
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 5, 2-3
Ouvi, Senhor, as minhas palavras, atendei o meu clamor.
Escutai a voz da minha súplica,
ó meu Rei e meu Deus.
ORAÇÃO COLETA
Concedei-nos, Senhor, a graça de pensar sempre o que é recto e de o pôr em prática com diligência; e, porque não podemos existir sem Vós, fazei-nos viver segundo a vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Est 4, 17
« Leitura do Livro de Ester
Naqueles dias, a rainha Ester, tomada de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor e fez esta súplica ao Senhor, Deus de Israel: «Meu Senhor, nosso único Rei, vinde socorrer-me, porque estou só e não tenho outro auxílio senão Vós e corre perigo a minha vida. Desde criança, ouvi dizer na minha tribo paterna que Vós, Senhor, escolhestes Israel entre todos os povos e os nossos pais entre os seus antepassados, para serem a vossa herança perpétua, e cumpristes tudo o que lhes tínheis prometido. Lembrai-Vos de nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação. Fortalecei-me, Rei dos deuses e Senhor dos poderosos. Ponde em meus lábios palavras harmoniosas, quando estiver na presença do leão, e mudai o seu coração, para que deteste o nosso inimigo e o arruíne com todos os seus cúmplices. Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono, porque não tenho ninguém senão Vós, Senhor».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 137 (138), 1-2a.2bc-3.7c-8 (R. 3a)
Refrão: Quando Vos invoco,
sempre me atendeis, Senhor. Repete-se
De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos hei-de cantar-Vos
e adorar-Vos, voltado para o vosso templo santo. Refrão
Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma. Refrão
A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 50 (51), 12a.14ª
Refrão: Louvor e glória a Vós, Jesus Cristo, Senhor. Repete-se
Criai em mim, Senhor, um coração puro,
dai-me de novo a alegria da salvação. Refrão
EVANGELHO Mt 7, 7-12
«Quem pede recebe»
E no Evangelho é agora o próprio Jesus que insiste em que devemos “pedir”, “procurar”, “bater à porta”. Orar ao Senhor não é humilhante; é antes acto de confiança, afirmação de fé, caminho de paz. Jesus também pediu ao Pai nas horas difíceis. E a penitência é um caminho difícil, mas conduz à libertação pascal. Só o braço poderoso de Deus nos pode fazer passar da escravidão à libertação, da morte à vida.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi e dar-se-vos-á, procurai e encontrareis, batei à porta e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe, quem procura encontra e a quem bate à porta abrir-se-á. Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão, ou uma serpente se lhe pedir peixe? Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos Céus as dará àqueles que Lhas pedem! Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam fazei-lho vós também: esta é a Lei e os Profetas».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons e as preces do vosso povo e convertei a Vós os nossos corações. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 7, 8
Quem pede recebe,
quem procura encontra,
a quem bate à porta, abrir-se-á.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, que nos concedeis a participação nestes santos mistérios como garantia da nossa renovação espiritual, fazei que eles nos sirvam de remédio no presente e no futuro. Por Nosso Senhor.
«Nunca
c0nsegui nada sozinho. Milhões de pessoas anseiam pela paz. Por isso não
menosprezemos o valor da oração».
Kofi Annan
Método
de oração Bíblica
1. Leitura: Lê, respeita, situa o
que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica,
escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA: Est 4, 17: De
novo, o tema da oração, mas hoje sobretudo da oração de súplica. À medida que
experimentamos a nossa insuficiência, vamos sentindo, cada vez mais, a
necessidade de recorrer ao Senhor, que é a nossa força. Em tais circunstâncias,
só o orgulhoso não sabe dirigir-se a Deus e rezar. Em momento especialmente
difícil da vida do seu povo, Ester, a israelita condenada à morte com todos os
demais, “presa de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor”, como se lê
nesta primeira leitura.
Mt 7,
7-12: E no Evangelho é agora o próprio
Jesus que insiste em que devemos “pedir”, “procurar”, “bater à porta”. Orar ao
Senhor não é humilhante; é antes acto de confiança, afirmação de fé, caminho de
paz. Jesus também pediu ao Pai nas horas difíceis. E a penitência é um caminho
difícil, mas conduz à libertação pascal. Só o braço poderoso de Deus nos pode
fazer passar da escravidão à libertação, da morte à vida.
2. MEDITAÇÃO: - Jesus convida-nos a viver com confiança no Pai, a pedir, buscar e chamar, porque sabe que Deus está desejando dar-se, deixar-se encontrar e responder ao nosso apelo. Essa foi a experiência do salmista que canta agradecido: “Quando te invoquei, me escutaste, ganhei entusiasmo na minha alma”.
Não podemos deixar de alar com confiança a Deus sobre as
nossas e a dos nossos irmãos. Jesus convida-nos a agir assim. Sabemos que a
nossa oração não muda o coração de Deus, mas sim o nosso. Na oração nos
relacionamos com Deus que nos espera para partilhar alegrias, inquietações e
esperanças.
3. ORAÇÃO: Aqui estou, Senhor. Quero partilhar um pouco do tempo
contigo todos os dias.
INTENÇÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO:
INTENÇÕES
DO SANTO PADRE – FEVEREIRO 2013
Intenção Geral
Famílias dos emigrantes:
Para que as famílias dos emigrantes sejam apoiadas e acompanhadas
nas suas dificuldades, de modo particular as mães.
Intenção Missionária Vítimas da guerra, agentes de paz:
Para que aqueles que sofrem por causa da guerra e dos conflitos
sejam protagonistas de um futuro de paz.
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ATIVIDADES PAROQUIAIS:
09.00 horas:
Missa em Almodôvar
17.00
horas: Catequese infantil.
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo
21.30 horas: Reunião
Sinodal dos membros do MCC.
Voz do
Pastor:
De onde vimos, para onde vamos e como caminhamos?
Nota para a primeira
semana da Quaresma
1. À procura do sentido da vida
Um
destes dias, viajando a caminho de Fátima, ouvia pela radio testemunhos de
pessoas a narrar a sua fuga da guerra, deixando tudo o que tinham conseguido
durante muitos anos de trabalho e levando apenas as pessoas do seu agregado
familiar, alguns bens, sobretudo dinheiro e mantimentos para os primeiros
tempos. A certa altura faltaram os alimentos e o dinheiro tinha perdido o valor
cambial, pelo que começaram a vender os outros bens a troco de alimentos e
combustível. Habituados a um relativo bem estar, ficaram assustados quando
viram uma criança saltar do colo da mãe, para apanhar cascas de laranja e
comer. Por fim, procuraram trabalho a troco de comida, mas depressa foram
despedidos por não terem licença de trabalho nem residência.
Estas
histórias de vida precária, sem estabilidade nem segurança, mas com grande
vontade de sobreviver e vencer, fizeram aflorar em mim memórias do meu percurso
pessoal, em Portugal e no estrangeiro e surgir muitas interrogações. Afinal de
onde vimos e para onde vamos? Que sentido tem a existência humana? Porquê uns
parecem ser bem sucedidos e outros esmorecem e ficam pelo caminho? Porquê ainda
hoje a muitos não chegam as migalhas que caem da mesa dos ricos? Porquê tantas
desigualdades e rivalidades no mundo, se tudo deixamos no dia da nossa morte?
Ao
mesmo tempo, ouço a resposta de Jesus ao tentador, no evangelho do primeiro
domingo da Quaresma: nem só de pão vive o
homem (Lc 4, 4). A que o evangelho
de S. Mateus (Mt 4, 4) acrescenta: mas de
toda a palavra que sai da boca de Deus. Por isso pergunto-me, e a vós que
me escutais ou ledes: de quê vivemos nós e como nos alimentamos? A prioridade
da nossa vida é o ventre, o dinheiro, o prazer, os bens materiais? Que
significado tem para nós a voz de Deus, a sua palavra pronunciada pelos
profetas e, sobretudo, a sua Palavra encarnada, Jesus Cristo?
2.
Povo errante, em terra estrangeira
Muitas
vezes sentimos que esta não é a nossa pátria definitiva. O nosso coração
sente-se deslocado no terreno que pisa. Constatando a fragilidade da nossa vida
e daquilo que suporta o nosso relativo bem estar, sabemos agradecer o que temos
e somos? Acolhemos a vida como um dom a oferecer ou como um direito egoísta?
Vivemos
um tempo de grande insegurança familiar, laboral, económica, política e até
religiosa. Vemos muitos lares a desfazer-se, promessas de amor fiel e
apaixonado a serem quebradas, empresas a falir, o desemprego a crescer, os
jovens mais preparados a emigrar, os políticos e governantes a contradizerem-se
e sem medidas que assegurem o nível de vida dos cidadãos.
Diariamente
fazemos a experiência da precariedade. Até a renúncia do Santo Padre nos
apanhou de surpresa no princípio da semana passada e nos acordou para uma nova
realidade do papado. A estrutura mais estável da sociedade ao longo de séculos
também é frágil. Tudo isto nos interpela para descobrirmos as prioridades da
vida. Onde e em quem pomos a nossa esperança? Nos homens, em Deus, nos bens
materiais, no poder, nas glórias e vaidades humanas?
Ao
iniciar a sua vida pública Jesus experimentou todas essas tentações. Trata-se
de coisas boas, mas que nos podem reter e prender no caminho da vida,
roubando-nos a dignidade e liberdade de filhos de Deus e irmãos uns dos outros.
Jesus
dá prova da sua grande liberdade e fidelidade a Deus e à missão que lhe foi
confiada: salvar a humanidade, reconduzindo-a para a verdade do seu ser, feita
para amar. Nada pode preencher o íntimo do ser humano, revelar o seu sentido
integral, senão o encontro com o outro, no qual Deus se manifesta e entrega.
Para
fazermos esta experiência da vida plena em Deus, precisamos de nos esvaziar de
nós mesmos. Ajuda-nos a escuta da Palavra de Deus, a contemplação do mistério da
vida de Jesus, a comunhão e o amor fraterno, a partilha com os irmãos do que
temos e somos.
3. A resistência às tentações do
caminho e a Fé
Na
sua mensagem para a Quaresma deste ano, o Papa Bento XVI afirma que crer na
caridade suscita caridade. Contemplando o amor que Deus nos tem, manifestado na
vida de Jesus Cristo, somos impelidos a responder com amor, querendo e fazendo
o bem a quem Ele ama. Este é um processo sempre a caminho, nunca concluido. O
cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor,
sempre aberto ao amor do próximo. A caridade é, pois, a vida da fé, afirma o
Papa, que nos conforma cada vez mais a Cristo.
Quando
Pedro e os apóstolos, depois de terem recebido o Espírito Santo, testemunhavam
diante da multidão, reunida em Jerusalém, que Jesus, aquele que tinham morto,
estava vivo, tinha ressuscitado e era o único salvador, o Messias prometido, os
ouvintes, emocionados, perguntaram-lhes: que devemos fazer? Os apóstolos
responderam: «Convertei-vos e peça cada
um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados;
recebereis, então, o dom do Espírito Santo” (Act 2, 38). S. Paulo escreve
aos Romanos, trecho lido na segunda leitura do primeiro domingo da Quaresma: “se confessardes com a boca: «Jesus é o
Senhor», e acreditardes no vosso coração que Deus o ressuscitou de entre os
mortos, sereis salvos. É
que acreditar com o coração leva a obter a justiça, e confessar com a boca leva
a obter a salvação” (Rom. 10, 9-10).
A
Quaresma é realmente um tempo propício para reavivarmos a fé do nosso batismo,
que nos dá a verdadeira vida, a vida eterna. Confessar a fé em Jesus Salvador,
com a boca e o coração, leva-nos a dizer não ao pecado, a uma vida contrária ao
amor a Deus e aos irmãos, a resisitir às tentações do materialismo, do poder e
das glórias e vaidades do mundo, para vivermos mais à maneira de Jesus, que
entregou a sua vida para nossa salvação.
Escutemos,
pois, mais a palavra de Jesus, olhemos para o seu testemunho de vida, sejamos
mais uns para os outros e fortaleçamos a nossa comunhão fraterna, a começar
pela família, as nossas comunidades paroquiais e movimentos. Arranjemos mais
tempo para escutar, em grupo, a mensagem evangélica e façamos uma leitura da
nossa vida à luz dessa palavra, para na Páscoa podermos sentir a alegria da
ressurreição e de uma vida nova, toda informada pelo Espírito de Deus, pela
caridade.
Foram
elaboradas catequeses no âmbito da celebração do nosso Sínodo diocesano, para
que as façamos em pequenos grupos e demos o nosso contributo para a renovação
da vida cristã e eclesial nesta diocese. Respondamos com amor a Cristo, à
Igreja e aos nossos irmãos, que vivem nesta diocese. Expressemos aquilo que
somos e queremos ser como cristãos e membros do Povo de Deus. Somos pecadores,
mas chamados a ser santos, como Jesus é santo. A profissão da fé, com a boca e
o coração, com os olhos fixos em Jesus, renovará em nós a esperança e a força
do amor. Assim também daremos o nosso contributo valioso para vencer o desânimo
e a falta de alegria e criatividade que domina a nossa sociedade.
†
António Vitalino, Bispo de Beja
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