segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



 PARÓQUIA DE ALMODÔVAr

Terça, 26 de Fevereiro


Esquema da página:

I.                  Liturgia do dia
II.               Frase do dia
III.           Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
IV.            Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente.
V.               Atividades da paróquia.
VI.            Voz do pastor



LITURGIA DIA A DIA
Terça da II semana da Quaresma


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 12, 4-5

Iluminai os meus olhos, Senhor, para que não adormeça na morte e o meu inimigo não possa dizer: «Consegui vencê-lo».

ORAÇÃO COLETA

Guardai, Senhor, a vossa Igreja com amor eterno e, porque sem Vós não se pode manter, com a vossa ajuda seja livre do mal e conduzida à salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 1, 10.16-20

«Aprendei a fazer o bem, respeitai o direito»

Leitura do Livro de Isaías

Escutai a palavra do Senhor, chefes de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, povo de Gomorra: «Lavai-vos, purificai-vos, afastai dos meus olhos a malícia das vossas acções, deixai de praticar o mal e aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. Vinde então para discutirmos as nossas razões, – diz o Senhor. Ainda que os vossos pecados sejam como o escarlate, ficarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã. Se fordes dóceis e obedientes, comereis os bens da terra. Mas se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados pela espada». Assim falou a boca do Senhor.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 49 (50), 8-9.16bc-17.21.23 (R. 23b)

Refrão: A quem segue o caminho reto
darei a salvação de Deus
. Repete-se

Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa
nem os cabritos do teu rebanho. Refrão

Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras. Refrão

Considerai isto, vós que esqueceis a Deus,
não aconteça que vos extermine,
sem haver quem vos salve.
Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho recto darei a salvação de Deus.
Refrão

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 18, 31

Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se
Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo.
Refrão

EVANGELHO Mt 23, 1-12

«Dizem e não fazem»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Santificai-nos, Senhor, por estes mistérios, para que nos purifiquem dos defeitos terrenos e nos conduzam aos bens celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio da Quaresma

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 9, 2-3

Cantarei todas as vossas maravilhas. Quero alegrar-me e exultar em Vós. Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Fazei, Senhor, que o alimento da vossa mesa sagrada nos ajude a viver mais santamente e nos alcance o auxílio constante da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Não se chega à verdade se não através do amor ».
Santo Agostinho

 

                       Método de oração Bíblica

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.



LEITURA: Is 1, 10.16-20: Com frequência a palavra de Deus declara, de forma muito positiva, em que vem a consistir a conversão. Hoje diz-nos: “Fazei o bem”, e mais concretamente: “Protegei o oprimido...”. Ao que vive na justiça é que Deus fará ver a sua salvação (Salmo). A fé vive-se em toda a vida e não apenas em certos momentos. Mas a Quaresma é um tempo particularmente denso, no qual havemos de aprender, de novo, a viver, todos os dias, da fé. Só assim poderemos ter parte na Ressurreição, no termo da grande caminhada.

Mt 23, 1-12: Já a leitura anterior nos traçava um caminho de justiça e de santidade. Segui-lo, é estar na escola que leva a Deus. De contrário, estaríamos condenados juntamente com os escribas e fariseus, que “dizem e não fazem”, ainda que ocupem a cadeira de mestres, ou então o que fazem é por ostentação, para serem tidos por grandes. Mas os que a si mesmos se elevam por orgulho e vã glória a si mesmos traçam o caminho escorregadio da humilhação, que os não levará nunca ao monte da Transfiguração, que ontem se erguia diante de nós
MEDITAÇÃO: No caminho quaresmal encontramo-nos com a humildade como valor, ao qual o evangelho nos convida. Teresa de Jesus dir-nos-ia: “humildade é andar na verdade”. Somos autênticos no nosso trabalho, com os nossos amigos, vizinhos, família, …? Somos autênticos connosco próprios?

3. ORAÇÃO: Senhor, ajuda-me a ser humilde.



INTENÇÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO:


INTENÇÕES DO SANTO PADRE – FEVEREIRO 2013
Intenção Geral
Famílias dos emigrantes:
Para que as famílias dos emigrantes sejam apoiadas e acompanhadas nas suas dificuldades, de modo particular as mães.

Intenção Missionária
Vítimas da guerra, agentes de paz:
Para que aqueles que sofrem por causa da guerra e dos conflitos sejam protagonistas de um futuro de paz.



ATIVIDADES PAROQUIAIS:

                                   09.00 horas: Missa em Almodôvar
                            11.00 horas: Missa em Gomes Aires
                            15.30 horas: Missa na Semblana
                            16.30 horas: Reunião em Gomes Aires (Sínodo)
                            17.30 horas: Catequese juvenil
                            21.00 horas: Catequese de adultos (matrimónio).
                             
                                              

VOZ DO PASTOR:
MODELOS DE FÉ

1. Necessidade de modelos de vida
É natural termos pessoas ou figuras como modelos de conduta, para o bem ou para o mal, heróis ou vítimas da luta pela verdade, o amor e a justiça. Também os crentes têm os seus modelos. Na liturgia do segundo domingo da Quaresma escutámos o apelo de S. Paulo aos Filipenses: Irmãos: Sede meus imitadores e ponde os olhos naqueles que procedem segundo o modelo que tendes em nós. E qual era o modelo de S. Paulo? Nas suas cartas ouvimo-lo muitas vezes dizer: para mim viver é Cristo... Tudo considero como lixo comparado com Jesus Cristo. Então Paulo aponta-nos para Cristo, a quem os Filipenses conheceram pelas suas palavras e testemunho de vida.
Seria muito proveitoso para todos nós examinar quais são os nossos modelos de conduta e aprofundar as razões de os ter adoptado e se realmente os seguimos. Precisamos de conhecer melhor os modelos da nossa fé, não apenas os do passado, mas também aqueles que no-los transmitiram, para os amarmos e seguirmos com maior fidelidade e verdade. Hoje vou apresentar como modelo uma grande figura da Igreja, que há um ano nos deixou, D. Manuel Falcão, bispo emérito de Beja.

2. D. Manuel Falcão, modelo de fé cristã
Na conclusão do seu opúsculo, acabado de escrever no dia 1 de janeiro de 2012, poucas semanas antes da morte e com o titulo: Uma existência envolta em mistérios, lemos como palavras de conclusão: O que aqui deixo escrito para os meus familiares e amigos mais íntimos, reflecte as minhas reflexões e meditações neste termo da minha vida, graças a mais tempo livre e sobretudo à perspectiva de ter de prestar contas a Deus de toda a minha vida, e de pensar que Ele, na sua misericórdia, me perdoa e me quer levar a com Ele conviver por toda a eternidade.
Aqui temos uma das últimas confissões de fé de D. Manuel Falcão, cuja vida e testemunho queremos novamente agradecer a Deus, na certeza de que ele convive para sempre com Deus, tendo-se cumprido a sua fé e esperança em Deus, em quem acreditou desde a infância e cuja fé testemunhou pela sua vida apostólica, por sua caridade e partilha fraterna com a diocese e muitos que a ele recorriam e também por seus escritos, repletos da sabedoria de Deus, muitos deles impressos em livros, revistas e jornais, alguns até em formato digital, como é o caso da Enciclopédia católica popular, a obra mais consultada na página oficial da Igreja Católica em Portugal, ecclesia.
Por toda a sua vida e ministério, grande parte a serviço desta diocese de Beja, estamos gratos a D. Manuel.  Continuaremos a agradecer a Deus e a usufruir do seu legado, agora também da sua intercessão junto de Deus, para cuja visão face a face encaminhou toda a sua vida. Agora pode, com toda a verdade, dizer aquilo que S. Pedro proferiu no monte Tabor (Lc 9, 28-32): «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Agora proclama para sempre a glória de Deus, terminado na terra o longo processo da transfiguração em Cristo, como o citado opúsculo documenta.
Nascido em Lisboa, a 10 de Novembro de 1922, de pais e família cristã, D. Manuel Falcão aprendeu cedo a contemplar e acreditar nos mistérios da vida humana e do universo, orientando toda a sua vida, estudo e trabalho para a sua compreensão, sempre aberto à iluminação a partir de Deus, como um dom acolhido, acreditado, rezado, celebrado, testemunhado e vivido. A sua educação familiar, escolar, cultural e religiosa ajudaram a sua inteligência fulgurante a viver cada vez mais fascinado pelo mistério do mundo e de Deus, legando-nos testemunhos palpáveis dessa vida com sentido, planificada e orientada a partir daí. Isso foi bem notório a quem conviveu com ele mais de perto, como foi o meu caso, nos seus últimos treze anos de vida, que terminou a 21 de Fevereiro de 2012, durante o descanso da noite, adormecendo para sempre aqui na terra e acordando para a glória de Deus, na vida eterna.
Para expressar publicamente esta gratidão a D. Manuel e à família Franco Falcão, o bispo de Beja convocou os diocesanos para uma celebração na Sé catedral, a 24 de Fevereiro, pelas 18,00 horas, na qual participaram muitos membros do clero, seminaristas e numerosos fiéis e também alguns irmãos e sobrinhos de D. Manuel, a quem a diocese e a Igreja em Portugal deve eterna gratidão.
Aqui fica, uma vez mais, a expressão da nossa gratidão por tão claro e firme testemunho e modelo de fé, coerente na vida e nos seus escritos. Este agradecimento estende-se também ao Papa Bento XVI, que no dia 11 de Fevereiro anunciou a sua resignação para o dia 28. Ficará na história como testemunha luminosa da fé, em dialogo com a razão e a ciência, na viragem do século e confessor da verdade e coerência na vida da Igreja. Peço aos diocesanos oração agradecida por ele e suplicante pelo próximo Papa, que aguardamos ainda durante esta Quaresma.
† António Vitalino, bispo de Beja

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