PARÓQUIA DE ALMODÔVAR
Quinta, 03 de abril de 2014
Esquema da página:
Liturgia do dia
Intenções do Apostolado
da Oração para o mês corrente
Atividades paroquiais
Quinta
da IV semana da quaresma
QUinta
_______________________________________________
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Ex 32, 7-14; Sal 105 (106), 19-20. 21-22. 23
Ev Jo 5, 31-47
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Ex 32, 7-14; Sal 105 (106), 19-20. 21-22. 23
Ev Jo 5, 31-47
_________________________________________________
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo
104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder, procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO
Senhor, que, na vossa clemência infinita, nos purificais pela penitência e nos santificais pelas boas obras, fazei que perseveremos fielmente na observância dos vossos preceitos e cheguemos confiantes às festas pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 32, 7-14
«Perdoai a culpa do vosso povo»
Leitura do Livro do Êxodo
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder, procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO
Senhor, que, na vossa clemência infinita, nos purificais pela penitência e nos santificais pelas boas obras, fazei que perseveremos fielmente na observância dos vossos preceitos e cheguemos confiantes às festas pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 32, 7-14
«Perdoai a culpa do vosso povo»
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, o Senhor falou a Moisés, dizendo: «Desce depressa, porque o teu povo, que tiraste da terra do Egipto, corrompeu-se. Não tardaram em desviar-se do caminho que lhes tracei. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: ‘Este é o teu Deus, Israel, aquele que te fez sair da terra do Egipto’». O Senhor disse ainda a Moisés: «Tenho observado este povo: é um povo de dura cerviz. Agora deixa que a minha indignação se inflame contra eles e os destrua. De ti farei uma grande nação». Então Moisés procurou aplacar o Senhor seu Deus, dizendo: «Por que razão, Senhor, se há-de inflamar a vossa indignação contra o vosso povo, que libertastes da terra do Egipto com tão grande força e mão tão poderosa? Porque hão-de dizer os egípcios: ‘Foi com má intenção que o Senhor os fez sair, para lhes dar a morte nas montanhas e os exterminar da face da terra’? Abandonai o furor da vossa ira e desisti do mal contra o vosso povo. Lembrai-Vos de Abraão, de Isaac e de Israel, vossos servos, a quem jurastes pelo vosso nome: ‘Farei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e dar-lhe-ei para sempre em herança toda a terra que vos prometi’». Então o Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 19-20.21-22.23 (cf. 8a)
Refrão: Para glória do vosso nome, salvai-nos, Senhor. Repete-se
Fizeram um bezerro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram a sua glória
pela figura de um boi que come feno. Refrão
Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho. Refrão
E pensava já em exterminá-los,
se Moisés, o seu eleito,
não intercedesse junto d’Ele
e aplacasse a sua ira para os não destruir. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 3, 16
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se
Deus amou tanto o mundo
que entregou o seu Filho Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 5, 31-47
«Outro vos acusará: Moisés,
em quem pusestes a vossa esperança»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus disse aos judeus: «Se Eu der testemunho de Mim mesmo, o meu testemunho não será considerado verdadeiro. É outro que dá testemunho de Mim e Eu sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro. Vós mandastes emissários a João Baptista e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos. João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar – as obras que realizo – dão testemunho de que o Pai Me enviou. E o Pai, que Me enviou, também Ele deu testemunho de Mim. Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua figura e a sua palavra não habita em vós, porque não acreditais n’Aquele que Ele enviou. Examinais as Escrituras, pensando encontrar nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de Mim e não quereis vir a Mim para encontrar essa vida. Não é dos homens que Eu recebo glória; mas Eu conheço-vos e sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis; mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis. Como podeis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não procurais a glória que vem só de Deus? Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai: o vosso acusador será Moisés, em quem pusestes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Deus omnipotente, que a oblação deste sacrifício nos purifique de toda a mancha e nos fortaleça contra todos os males. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jer 31, 33
Imprimirei a minha lei na sua alma,
gravá-la-ei no seu coração.
Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por estes sacramentos que recebemos, Senhor, purificai-nos de toda a culpa, para que, livres da opressão do pecado, nos alegremos com a plenitude da graça celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Oração,
trabalho e sacrifício. Quero dar-me totalmente e lutar toda a minha vida pelos
meus queridos chineses».
S. JOSÉ FREINADEMETRZ
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1.
Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no
conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a
passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3.
Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
Leitura: Ex 32, 7-14: Apesar das obras que Deus realiza a favor do seu povo, tanto na
saída do Egipto como depois na travessia do deserto, este mesmo povo, “de dura
cerviz”, provoca o Senhor com os seus pecados, como hoje se lê na adoração do
bezerro de ouro à imitação do que tinha visto fazer aos egípcios, que adoravam
o boi Ápis. Valeu-lhes a intercessão de Moisés, que apela diante de Deus para a
glória do meu nome que mais se manifestará no perdão do que no castigo.
Jo 5, 31-47: Diante das obras de Jesus, só o orgulho e a má fé podem fechar o coração. Tudo e todos dão testemunho a seu favor: João Baptista, as Escrituras, Moisés... Só um povo de “cabeça dura”, que não dobra o pescoço, poderá não se abrir a Deus que Se revela na palavra e nas obras de Jesus. O Filho de Deus veio ao mundo como revelação do Pai; a sua missão é revelar o Pai aos homens e levar os homens ao Pai. Em Cristo, Deus deixou de ser distante para os homens, e que graça maior devia haver do que ter Deus junto de si e ser levado a Deus pelo próprio Filho de Deus feito homem! A Quaresma é tempo particularmente oportuno para nos encontrarmos em Cristo e por Ele sermos levados ao Pai!
ORAÇÃO: - Concedei-nos, Senhor, que nos consagremos totalmente a Vós.
ATIVIDADES PAROQUIAIS
09.00 horas: Missa
em Almodôvar
+ Maria Aida
Pinheiro Ramos e Barros
+
José Domingos Dores Bota
21.00
horas: Adoração ao Santíssimo.
21.00
horas: Reunião de Chefes de escuteiros
INTENÇÕES DO SANTO
PADRE
Abril
2014
Universal
Ecologia e Justiça:
Ecologia e Justiça:
Para que os governantes promovam o respeito pela criação e uma justa distribuição dos bens e dos recursos naturais.
Pela
Evangelização
Esperança para quem sofre:
Para que o Senhor
Ressuscitado encha de esperança o coração
daqueles que experimentam a
dor e a doença.
VOZ
DO PASTOR
Vida
e esperança
1. Vida sem esperança
Ouve-se
muitas vezes dizer, sobretudo a médicos e amigos no caso de doença grave, que
enquanto há vida há esperança, pois esta é a última coisa a morrer. Mas também
constato que há muita gente a viver sem esperança. São mortos vivos. Por isso não apenas se diz que a esperança é a última coisa
a morrer, mas também a primeira a nascer. Ainda há pouco, numa terra da
nossa diocese, aconteceu que, não aparecendo o coveiro no momento de enterrar
um defunto, foram encontrá-lo enforcado. No contexto da atual crise económica
há muita gente a perder a esperança e alguns não aguentam a pressão, pondo
termo à vida. O padre António Moreira, falecido há
poucos dias de um cancro no pâncreas, durante os dois anos de doença dizia-me sempre
que estava curado e podia retomar o trabalho, ao que eu respondia para se
confiar a Deus e aos médicos, deixando as preocupações pelo trabalho ao bispo.
Foi um exemplo de esperança para todos.
Como
fortalecer a esperança nas situações de doença, de crises afetivas, familiares,
sociais e económicas. Esta é a principal missão da Igreja e dos discípulos de
Jesus Cristo, enviados a curar os enfermos, consolar os tristes e anunciar a
boa nova. Por isso o Papa Francisco repete muitas vezes: não vos deixeis roubar a esperança. E espero que não estejamos sós
nesta tarefa de incutir esperança ao nosso povo. Mas espero também que os
cristãos não deixem sós os profissionais do acompanhamento psicológico, pois há
causas que transcendem o nível psicológico. Sem fé em Deus será difícil manter
e animar a esperança em muitas situações graves da vida.
Estes
pensamentos surgiram-me ao ler os textos que a liturgia da Igreja propõe para o
quinto domingo da Quaresma. No evangelho fala-se da morte e reanimação de um
amigo de Jesus, Lázaro. No diálogo de consolação de Jesus com as duas irmãs do
morto, Marta e Maria, lemos: «Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e
todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?»
Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que
havia de vir ao mundo». O que significa isto neste contexto de alguém
perseguido, Jesus, a quem procuram para fazer desaparecer e que perde um amigo,
cuja perda o comove e faz chorar, mas que deseja consolar quem também sofre
muito com isso, as suas irmãs Marta e Maria?
2. Refazer as fontes da esperança
Perante
este e outros casos semelhantes, que amiúde nos afetam e fazem parte da vida e
missão da Igreja, clero e fiéis, temos que, em primeiro lugar, fazer o problema
e a tristeza dos outros a nossa. Comover-nos e até chorar perante a dor de quem
sofre, como Jesus. Sem esta empatia serão fúteis todas as outras palavras e
gestos que possamos pronunciar ou ter. Até mesmo as frases piedosas soam a oco
e revoltam quem sofre. O ministério da consolação passa pelo silêncio, emoção e
lágrimas de solidariedade.
Mas
quem tem fé, quem acredita, não pode permanecer numa tristeza sem esperança. A
interrogação de Jesus às suas amigas Marta e Maria é o início do reacender da
chama da esperança. No fundo de elas mesmas são desafiadas a responder, a
reagir entre acreditar no sentido da existência ou no absurdo perante a morte
absoluta, biológica e pessoal, sem possibilidade de qualquer relação no futuro.
Quem acredita em Deus, mesmo que tenha morrido, vive. E quem vive e acredita em
Deus, nunca morrerá. Como será isso possível? Parece um contrasenso, algo
contraditório e impossível. Mas a pergunta faz ecoar e vibrar as fíbras profundas da fé ou até mesmo despertar a fé e uma
nova maneira de ver e reagir perante o sofrimento e a morte. Mais palavras e
razões são inúteis nessa situação ou até serão ofensivas de quem sofre.
A
terceira atitude de quem quer consolar é acompanhar as pessoas ao local da dor,
ao sepulcro. Em silêncio, quando muito num gemido orante, encarar com as
pessoas as causas do sofrimento, como fez Jesus, indo com as pessoas até ao
túmulo de Lázaro. No evangelho diz-se que houve o milagre da ressurreição de
Lázaro. Eu diria que se tratou de uma reanimação, dum voltar ao convívio dos
amigos. Mas não sabemos por quanto tempo. Penso que aí aconteceu também a
ressurreição das pessoas enlutadas. A reanimação da sua fé em Deus e no sentido
da vida.
Esta
é a ressurreição que o evangelho quer operar em nós, que por vezes parecemos
mortos vivos, corpos que se movem, mas sem fé, sem alma, sem a crença de Marta,
que, perante a pergunta de Jesus, afirma: Eu
creio, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.
Sem
pretender tirar todas as ilações da liturgia deste quinto domingo da Quaresma,
penso que a oração da Igreja nos quer ajudar a reanimar a nossa fé e abrir à
confissão da fé aqueles que se preparam para ser admitidos ao batismo na noite
de Páscoa. As comunidades crentes devem ajudar as pessoas que procuram Deus na
sua vida e se confrontam com muitas situações de sofrimento e de dor, a
abrir-se à pessoa de Jesus, suas palavras,
gestos e atitudes, a fim de descobrir aí uma nova possibilidade de relação para
além do sofrimento e da morte. A morte do Justo e dos crentes abre-nos um
caminho de esperança, que desejamos reanimar e fortalecer na nossa caminhada
quaresmal, para que ninguém no-la roube. É esta
esperança que nos leva para o campo de missão, para a semear no coração e na
vida dos Alentejanos, dispersos e isolados, que clamam pela nossa proximidade.
Sem este percurso de proximidade não poderemos cantar o cântico novo do aleluia pascal.
†
António Vitalino, Bispo de Beja
Sem comentários:
Enviar um comentário