PARÓQUIA DE ALMODÔVAR
Quarta, 30 de
Abril de 2014
Esquema da página:
Liturgia do dia
Intenções do Apostolado
da Oração para o mês corrente
Atividades paroquiais
QUARTA da semana II de Páscoa
QUARTA
_______________________________________________
S. Pio V, papa – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
Ev Jo 3, 16-21
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
Ev Jo 3, 16-21
________________________________________________________________
S.
PIO V
Nota histórica
Nota Histórica:
Nasceu
perto de Alessândria (Itália) no ano 1504. Entrou na Ordem dos Pregadores e
ensinou Teologia. Consagrado bispo e elevado a cardeal, foi finalmente eleito
papa em 1566. Continuou decididamente a reforma da Igreja, iniciada no Concílio
Tridentino, promoveu a propagação da fé e reformou o culto divino. Morreu no
dia 1 de Maio de 1572.
MISSA DA FÉRIA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO
Senhor, que pelo mistério pascal de Cristo restaurastes a dignidade da natureza humana e lhe destes a nova esperança da ressurreição, fazei-nos viver em amor constante o mistério que anualmente celebramos na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 5, 17-26
«Os homens que metestes na prisão estão no templo a ensinar o povo»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, o sumo sacerdote e
todo o seu grupo, isto é, o partido dos saduceus, enfurecidos contra os
Apóstolos, mandaram-nos prender e meteram-nos na cadeia pública. Mas, durante a
noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão, levou-os para fora e
disse-lhes: «Ide apresentar-vos no templo, a anunciar ao povo todas estas
palavras de vida». Tendo ouvido isto, eles entraram no templo de madrugada e
começaram a ensinar. Entretanto, chegou o sumo sacerdote com o seu grupo.
Convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos israelitas e mandaram buscar os
Apóstolos à cadeia. Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão; e
voltaram para avisar: «Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os
guardas de sentinela à porta. Abrimo-la, mas não encontrámos ninguém lá
dentro». Ao ouvirem estas palavras, o comandante do templo e os príncipes dos
sacerdotes ficaram muito perplexos, perguntando entre si o que se tinha passado
com os presos. Entretanto, veio alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes
na cadeia estão no templo a ensinar o povo». Então o comandante do templo foi
lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas sem violência, porque tinham
receio de serem apedrejados pelo povo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9
SALMO RESPONSORIAL Sal. 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9
(R. cf. 7a ou Aleluia)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. Refrão
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. Refrão
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia. Refrão
ALELUIA Jo 3, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho
Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 3, 16-21
«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»
Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus a
Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para
que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque
Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja
salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já
está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a
causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as
trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más
ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam
denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas
obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que pela admirável permuta de dons neste sacrifício nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O caminho da liberdade é sempre espinhoso, difícil, porque não
está em causa apenas a liberdade de um, mas a de todos».
D. ANTÓNIO VITALINO
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1.
Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no
conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a
passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3.
Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: Atos 5, 17-26: A palavra de Deus ilumina e salva os que a acolhem
com fé e lhe correspondem, como endurece e cega os que se obstinam em se lhe
fecharem. Enquanto, aos primeiros, os encanta, aos segundos, irrita-os, e eles
acabam por serem por ela preteridos. Mas a palavra de Deus não pode ser
julgada; é ela que julga. Foi assim que os Apóstolos, depois de terem sido
presos, acabaram por ser libertados e vieram a ser encontrados a anunciar, de
novo, essa mesma palavra, pela qual tinham estado prisioneiros.
Jo 3, 16-21: Cristo é o grande dom de Deus aos homens, é a fonte da
salvação. É a luz que ilumina mais fortemente que todas as demais luzes. Ao
lado d’Ele, todas as outras luzes não passam de trevas. Quem d’Ele se aproximar
praticará obras de bem e não terá nenhum receio de ser visto pelos homens; ao
contrário, o que d’Ele se afastar tem receio de que os homens o vejam, porque
as suas obras o hão-de envergonhar.
ORAÇÃO: Deus de misericórdia infinita, que inflamastes Santa Catarina de Sena no amor divino, chamando-a à contemplação da paixão do Senhor e ao serviço da Igreja, fazei que o vosso povo, associado ao mistério de Cristo, se alegre para sempre na manifestação da sua glória.
ATIVIDADES PAROQUIAIS
09.00 horas: Missa em Almodôvar
+
Francisco Sebastião Gil
+
Maria José Cristina
17.00 horas: Catequese infantil
18.00
horas: Corte Zorrinho
+ Manuel Belchior Eugénio e Matilde
da Costa
21.00
horas: Reunião de catequistas
21.30
horas: Ensaio de canto
INTENÇÕES DO SANTO
PADRE
Abril
2014
Universal
Ecologia e Justiça:
Ecologia e Justiça:
Para que os governantes
promovam o respeito pela criação uma
justa distribuição dos bens e
dos recursos naturais.
Pela
Evangelização
Esperança para quem sofre:
Para que o Senhor
Ressuscitado encha de esperança o coração
daqueles que experimentam a
dor e a doença.
A Voz do Pastor
Liberdade e liberdades
1. Liberdade política
Todos
os anos o povo português comemora o 25 de Abril, há dias pela 40ª vez, com um
dia feriado, com muitas manifestações públicas e muitos discursos, uns
eufóricos e outros carregados de desilusão. Este ano até a Associação dos
Capitães 25 de Abril quis discursar na Assembleia da República para manifestar
que não foram cumpridos os ideais da revolução dos cravos.
Deus
queixa-se do seu povo, libertado da escravidão do Egito, porque nas agruras do
caminho da liberdade através do deserto quer voltar à escravidão, com saudade
das cebolas do Egito, trocando a liberdade pelo estômago. Nas últimas semanas
lembrei-me muitas vezes deste episódio do povo bíblico ao ouvir e ler certos
comentários sobre a situação atual e a desilusão de muitos, inclusive de alguns
que intervieram ativamente no derrube do regime do Estado Novo.
As
motivações económicas são importantes, mas não podem ser nem as únicas nem as
prioritárias. Além disso dependem de muitos fatores e os recursos não são
ilimitados. Por isso qualquer democracia precisa de regulamentar e criar
equilíbrios entre muitos princípios e valores fundamentais. Mesmo os ideais da
revolução francesa, liberdade, igualdade, fraternidade, hoje afirmados pela
Carta dos Direitos Humanos e na base de qualquer democracia, precisam de ser
complementados por outros valores, nem sempre aceites por todo o povo. Por isso
temos a tripartição dos poderes numa sociedade democrática: judicial,
deliberativo e executivo, que nem sempre conseguem criar os equilíbrios
democráticos necessários. Os dois últimos podem ser mudados através de
eleições, mas os três só mesmo através de revolução, cuja moralidade pode ser
contestada, sobretudo quando implica violência.
Como
se costuma dizer, a democracia é o melhor de todos os regimes imperfeitos.
Também na democracia dos porcos há sempre alguns que são mais iguais que os
outros, segundo o famoso romance de Orson Welles. O caminho da liberdade é
sempre espinhoso, difícil, porque não está em causa apenas a minha liberdade,
mas a de todos. E para que se respeite a dignidade fundamental da pessoa humana
é preciso ter em atenção os mais débeis, as crianças, os idosos, os doentes,
etc. Por isso a liberdade como expressão fundamental da pessoa não pode ser
absoluta e a conceção de pessoa tem de implicar a relação em muitas dimensões:
consigo, com os outros, com a natureza e, no fundo, com Deus. Nos últimos
decénios todas as democracias têm tentado regulamentar a liberdade religiosa,
mas ainda há um longo caminho a percorrer, nesta e noutras áreas. O pior que
nos pode acontecer é cairmos na indiferença, no desinteresse e num
individualismo e egoísmo fechado ao interesse comunitário.
2. Liberdade de espírito
No
dia 27 de abril, na cerimónia de canonização de dois Papas, João XXIII e João
Paulo II, o Papa Francisco dizia do primeiro que foi uma pessoa dócil ao
Espírito Santo, com uma grande liberdade de espírito, que deu início a uma
grande revolução na vida da Igreja, convocando o concílio ecuménico Vaticano
II.
Aqui
está o cerne da questão da liberdade, que pode subsistir mesmo em regimes não
democráticos, pois a liberdade de consciência, aberta às relações fundamentais,
não pode ser acorrentada ou encarcerada. Alcançar esta liberdade não depende só
de nós, da educação recebida na família e na sociedade. É uma meta sempre
distante, mas no horizonte do nosso caminho de vida, na complexidade das
relações humanas e transcendentes.
Jesus
afirma no evangelho que é a verdade que nos tornará verdadeiramente livres. Mas
o que é a verdade, perguntou Pilatos a Jesus e ficou sem resposta. Esta
obtem-se através de um longo percurso, e não depende apenas das nossas
capacidades. Por isso a feliz expressão do Papa Francisco sobre a docilidade ao
Espírito Santo da pessoa do bom Papa João XXIII tem aqui todo o sentido e
dar-nos-ia matéria para uma longa reflexão, que deixo aqui à consideração dos
leitores e ouvintes, convidando-os a abrir-se à verdade que nos transcende, a
escutar os outros, a tentar compreendê-los e sobretudo a invocar o Espírito
Santo através da intercessão destes novos santos da Igreja católica, homens de
carne e osso, que conhecemos, que admiramos e marcaram as nossas vidas, a
Igreja e o mundo.
Até
para a semana, se Deus quiser
†
António Vitalino, Bispo de Beja
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