terça-feira, 5 de novembro de 2013


 PARÓQUIA DE ALMODÔVAR


Quarta, 06 de novembro


  Esquema da página:

  Liturgia do dia
  Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
  Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
  Atividades paroquiais
   A voz do Pastor




Quarta da XXXI Semana do tempo comum



Quarta

S. NUNO DE SANTA MARIA, religioso

Nota histórica

Nuno Álvares Pereira, fundador da Casa de Bragança, nasceu em Santarém (Portugal) a 24 de Junho de 1360. Como Condestável do reino de Portugal, foi militar invencível; mas, vencendo-se a si mesmo, pediu a admissão, como irmão leigo, na Ordem do Carmelo. Tinha uma admirável piedade e confiança para com a Santíssima Virgem Maria. Sentia grande satisfação em pedir esmolas pelas portas, desempenhar os ofícios mais humildes na casa de Deus, e mostrou sempre grande compaixão e liberalidade para com os pobres. Morreu no domingo da Ressurreição do ano 1431 (1 de Abril).

Missa

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. 2 Tim 4, 7-8
Combati o bom combate,
terminei a carreira,
guardei a fé.
O Senhor me dará a coroa da justiça.

ORAÇÃO COLETA
Senhor nosso Deus, que destes ao bem-aventurado Nuno de Santa Maria a graça de combater o bom combate e o tornastes exímio vencedor de si mesmo, concedei aos vossos servos que, dominando como ele as seduções do mundo, com ele vivam para sempre na pátria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Sir 44, 1-3ab.4.6-7.10.13-14
«O seu nome vive através das gerações»

Leitura do Livro de Ben-Sirá

Celebremos os louvores dos homens ilustres, dos nossos antepassados através das gerações. O Senhor realizou neles a sua glória, a sua grandeza desde os tempos mais antigos. Eram poderosos nos seus reinos, homens de fama pelos seus feitos grandiosos e bons conselheiros pela sua inteligência. Eram guias do povo pelos seus conselhos, pela sua inteligência na instrução do povo e pelas sábias palavras no seu ensino. Homens ricos e poderosos, viviam em paz em suas casas. Todos eles alcançaram fama entre os seus contemporâneos e glorificados já em seus dias. Foram homens virtuosos e as suas obras não foram esquecidas. A sua descendência permanece para sempre e jamais se apagará a sua memória. Os seus corpos repousam em paz e o seu nome vive através das gerações.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 17 (18), 2b-3. 18a e 19 e 20b. 22 e 24 (Refr. 2b)
Refrão: Eu Vos amo, Senhor: sois a minha força.

Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador,
meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
meu protetor, minha defesa e meu salvador.

Salvou-me de inimigos poderosos,
que se levantaram contra mim no dia da adversidade;
mas o Senhor veio em meu auxílio;
salvou-me porque me tem amor.

Porque eu segui o caminho do Senhor
e não pequei contra o meu Deus.
Tenho sido irrepreensível diante d’Ele
e guardei-me de cometer o pecado.

ALELUIA Mt 5, 3
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão

EVANGELHO Lc 14, 25-33
«Quem não renunciar a todos os seus bens
não pode ser meu discípulo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de bondade, que no bem-aventurado Nuno de Santa Maria, vencido o homem velho, formastes nele o homem novo à vossa imagem, concedei que também nós nos renovemos para sermos dignos de Vos oferecer este sacrifício de reconciliação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 111, 9
Repartiu com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pela virtude redentora deste sacramento, conduzi-nos sempre, Senhor, pelos caminhos do vosso amor, a exemplo do bem-aventurado Nuno de Santa Maria, e completai até ao dia de Cristo Jesus a boa obra que em nós começastes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


«Quem não pensa no que faz, acaba pensando no que fez».
  Anónimo


MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA


     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: Sir 44, 1-3ab.4.6-7.10.13-14: O elogio, que o autor sagrado faz dos homens ilustres de Israel, pode aplicar-se, com toda a justiça, ao Beato Nuno. Com efeito, ele foi grande não só pelo heroísmo e generosidade com que serviu o povo e pelas benemerências que lhe prestou, mas também, e acima de tudo, pelas suas preclaras virtudes morais, em que foi tão rica a sua vida.

Lc 14, 25-33: No desejo de viver, mais perfeitamente, o ideal de santidade, próprio de todo o batizado, o Beato Nuno quis imitar, mais de perto, a Cristo. Por isso, renunciando às honras e comodidades do mundo, escolheu um caminho de humildade, pobreza e obediência, para, como Cristo, servir melhor os homens, seus irmãos. Longe de se tornar inútil, a sua vida adquiriu uma maior projeção social.
O seu exemplo ajudou muitos cristãos a alcançar a vitória sobre o mal. O seu empenho em servir os pobres continua a ser fonte de inspiração para todos aqueles que trabalham pela liberdade e justiça no mundo.

ORAÇÃO: - Senhor, ajuda-me a crer sempre na vida eterna.


INTENÇÕES DO SANTO PADRE
- NOVEMBRO -
Intenção Geral:
Sacerdotes em dificuldades.
Para que os sacerdotes em dificuldades encontrem conforto no seu sofrimento, sustento nas suas dúvidas e confirmação na sua fidelidade.
Intenção Missionária:
Missão Continental na América Latina.
Para que a Missão Continental tenha como fruto o envio de missionários da América Latina para outras Igrejas.



ATIVIDADES PAROQUIAIS

          09.30 horas: Missa em Almodôvar
                                   + Raul Guerreiro – 7º dia
                        15.00 horas: funeral em São Barnabé
                   21.00 horas: Ultreia


A Voz do Pastor:


Formar para a vida



1.    Preparar para a vida
O ser humano depende de uma relação e desenvolve-se numa rede de relações, nas quais encontra o seu lugar, dando e recebendo. A relação primordial e fundamental encontra-se na família, a partir dos pais. A inserção na rede de relações exige preparação, estudo e prática.
Neste mês de novembro, que iniciou sob o signo de todos os santos, agora, sem direito a dia santo, só recordados pelos católicos, a que se seguiu a comemoração dos fiéis defuntos, que leva aos cemitérios grande parte da população portuguesa, lembramos que a nossa relação não é apenas com os vivos, mas também com os falecidos. A isto a fé católica chama comunhão dos santos.
Enquadrar assim a nossa vida na história da humanidade, com passado, presente e futuro, alarga o horizonte das nossas relações e faz surgir em nós um sentimento de pertença a uma nova cidadania, a que aludimos na frase anterior. Mas também precisamos de ser formados para este novo mundo de relações. A oração da Igreja é o melhor exercício dessa relação. Assim faz sentido a memória orante dos nossos antepassados. Ao fazê-lo, surge em nós uma paz profunda e a nossa vida ganha o sentido da eternidade.
Mas quem nos forma para este mundo rico de relações? A família, a Igreja, mas também uma escola que eduque para os valores e uma sociedade que se oriente por eles desempenham um papel imprescindível na formação da identidade e da cidadania global da pessoa humana. Por isso nunca é demais investigar o nexo destas relações e formar para a abertura aos valores que contribuem para a realização plena da humanidade.

2. A formação nos seminários
No próximo domingo começa nas dioceses portuguesas a semana dos seminários, altura para nos interrogarmos sobre o seu papel na vida da Igreja e da nossa sociedade. Já lá vão os tempos em que muitos dos nossos jovens, depois do ensino primário, iam para os seminários, sobretudo os filhos de famílias com menos recursos económicos para pagar estudos nos poucos liceus, longe da maioria das nossas aldeias. Muitos abandonavam os seminários, alguns já em fase adiantada dos estudos. Apesar disso, ainda hoje se ouve da boca de antigos alunos dos seminários e de suas famílias de que foram beneficiados com a educação recebida.
Como sabemos, os seminários surgiram como imposição do concílio de Trento, no século XVI, para a formação do clero. A reforma protestante e o pluralismo religioso que surgiu na Europa e depois foi levado para os novos mundos então descobertos, obrigava a uma formação mais profunda e homogénea do que a recebida na família, nas comunidades crentes junto dos párocos e nas universidades.
Este tipo de preparação do clero trouxe vantagens, mas também alguns malefícios. Nos escritos do Novo Testamento lemos como surgiam as comunidades crentes no Senhor Jesus Cristo e como se organizavam, de modo a constituirem verdadeiras fraternidades, em que os dons eram exercidos e partilhados para o bem comum.
Modelo dessas comunidades era a de Jerusalém, descrita no livro dos Atos dos Apóstolos. Os que acreditavam em Jesus Cristo e recebiam o batismo eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão (a Eucaristia) e às orações. Partilhavam os bens com os mais pobres, de modo que ninguém entre eles passava necessidade (cf Atos 2, 42 ss e 4, 32 ss).
Neste ambiente comunitário surgiam os dons, graças e carismas para o serviço e o bem de todos. Este foi o melhor seminário, ou seja, viveiro das vocações necessárias para a vida das comunidades cristãs. Este deverá também ser o modelo de formação dada nos seminários. As comunidades dos seminários não se podem fechar em si mesmas. Precisam da relação com as comunidades reais e estas também de se relacionar com os seus seminários.
Os formadores, os párocos e os bispos precisam de estar atentos, para que nos seminários se cultive este tipo de formação. Por vezes ouvem-se queixas acerca do clero jovem. Acusa-se de individualista, ditador, fechado numa liturgia ritualista, com relações humanas deficientes. Por isso a Igreja, as comunidades cristãs e os formadores devem cultivar uma relação humana, orante e de entreajuda, também económica, procurando sempre os melhores meios para formar um clero segundo o Coração de Jesus, compassivo, misericordioso, atento aos pobres e aos pecadores.
Também em relação aos seminários se pode aplicar a norma de que precisam de reforma constante, não fazendo deles estruturas fechadas e intocáveis. Neste sentido, não esqueçamos os nossos seminários, os seus formadores e seminaristas. Rezemos por eles. Que os seminários se abram às comunidades e estas aos seminários, para que surjam as vocações para o serviço missionário, para que o Reino de Deus cresça!

† António Vitalino, bispo de Beja





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