segunda-feira, 24 de junho de 2013


PARÓQUIA DE ALMODÔVAR


 Terça, 25 de Junho


Esquema da página:

        I.            Liturgia do dia
     II.            Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
   III.            Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
  IV.            Atividades paroquiais
V.         Voz do Pastor


Terça da XII semana do Tempo Comum



Terça

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo,
o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.

ORAÇÃO COLETA
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso Santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Gen 13, 2.5-18
«Não haja questões entre mim e ti,
nem entre os meus pastores e os teus»

Leitura do Livro do Génesis
Abrão era muito rico em rebanhos, prata e ouro, e Lot, que acompanhava Abrão, também tinha rebanhos, manadas e tendas. Mas a região não permitia que habitassem juntos: os seus bens eram tão grandes que não podiam viver em comum. Houve assim uma contenda entre os pastores de Abrão e os de Lot. Nesse tempo, os cananeus e os ferezeus habitavam aquela terra. Abrão disse a Lot: «Não haja questões entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os teus, uma vez que somos irmãos. Não tens toda a região à tua frente? Peço-te que te separes de mim: se fores para a esquerda, eu irei para a direita; se fores para a direita, eu irei para a esquerda». Lot ergueu os olhos e viu que a planície do Jordão até Soar era toda irrigada. - Antes de o Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, era como o jardim do Senhor, como a terra do Egipto - Lot escolheu toda a planície do Jordão e dirigiu-se para oriente. Assim eles se separaram um do outro: Abrão estabeleceu-se na terra de Canaã e Lot estabeleceu-se nas planícies, armando as suas tendas até Sodoma, cujos habitantes eram perversos e pecavam gravemente contra o Senhor. O Senhor disse a Abrão, depois de Lot se ter separado dele: «Ergue os olhos e, do lugar onde estás, olha para o norte e para o sul, para oriente e para ocidente. Toda a região que vês, dá-la-ei a ti e à tua descendência para sempre. Tornarei a tua descendência tão numerosa como a poeira da terra: quem puder contar os grãos da poeira da terra poderá contar os teus descendentes. Levanta-te e percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura, porque eu ta darei». Abrão levantou as suas tendas e foi estabelecer-se junto ao Carvalho de Mambré, em Hebron, e aí construiu um altar ao Senhor.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 14 (15), 2-3ab.3cd-4ab.5 (R. 1b)
Refrão: Quem habitará, Senhor, no vosso santuário? Repete-se
Ou: Ensinai-nos, Senhor:
quem habitará na vossa casa? Repete-se

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia. Refrão

O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante,
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor. Refrão

O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado. Refrão

ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão

EVANGELHO Mt 7, 6.12-14
«Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam
fazei-o também a eles»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, não vão eles calcá-las aos pés e voltar-se para vos despedaçarem. Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles, pois nisto consiste a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição e muitos são os que seguem por eles. Como é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida e como são poucos aqueles que os encontram!»
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
purificai, Senhor, os nossos corações,
para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 144, 15
Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor,
e a seu tempo lhes dais o alimento.

Ou Jo 10, 11.15
Eu sou o Bom Pastor
e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovastes
pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo,
fazei que a participação nestes mistérios
nos alcance a plenitude da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo



« Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles».
JESUS

                   
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA


     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: - Gen 13, 2.5-18: Chegando à terra a que o Senhor o chamara, Abraão estabelece-se aí, depois de ter combinado com Lot, seu sobrinho, a partilha da terra. A divisão faz-se na melhor ordem, devido à atitude cordata de Abraão. Depois, Deus renova a sua promessa, larga como o horizonte que dali se avista, rica em dons, numerosos como os grãos de poeira da terra agora prometida. Assim são os começos da história do povo de Deus!

Mt 7, 6.12-14: Esta leitura, embora breve, é um conjunto de máximas independentes umas das outras: não se devem apresentar as afirmações da fé a quem não as saberia compreender e as iria utilizar mal, como não era lícito atirar aos cães as carnes dos sacrifícios; depois, a “regra de oiro” do convívio entre pessoas, mas apresentada de forma positiva: fazei-o também a eles; finalmente, a doutrina dos “dois caminhos”, bem conhecida da antiguidade. São formas diversas da sabedoria evangélica.

MEDITAÇÃO: - Devemos todos pôr em prática os ensinamentos de Jesus e aprofundar os nossos conhecimentos bíblicos. Estas meditações no dia a dia são um passo. Que mais posso fazer?

ORAÇÃO: - Senhor, que possa mais e mais aprofundar as razões da minha existência.



APOSTOLADO DA ORAÇÃO – JUNHO 2014
Intenção Geral:
Diálogo entre os povos
Para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Intenção Missionária:
Nova evangelização
Para que, nos ambientes onde se vive uma maior secularização, as comunidades cristãs possam promover com eficácia uma nova evangelização.



ATIVIDADES PAROQUIAIS
                            09.00: Missa em Almodôvar
                            10.00 horas: Missa em Santa Clara a Nova
                            21.00 horas: Terço seguido de reunião de catequistas
Voz do Pastor:

Cimentar a esperança


1. A doutrina social da Igreja e a crise
De 17 a 19 de Junho os bispos portugueses reuniram-se em Fátima, para escutar especialistas da economia, da politica, do mundo do trabalho e da doutrina social da Igreja, para compreender melhor as razões da presente crise económica e social e analisar até que ponto podem contribuir para ajudar a encaminhar soluções sólidas. Alguns intervenientes desafiaram os participantes, bispos e vigários gerais das dioceses, a serem artífices da esperança do povo português, muito desiludido com os políticos.
Embora sendo muito sensível a esta tarefa, continuo muito perplexo sobre o modo como poderemos ajudar a levantar a esperança e a auto-estima do nosso povo, tendo em conta que a grande maioria já não frequenta as nossas igrejas para nos escutar e os meios de comunicação baralham as nossas ideias com contravalores e contra testemunhos, de modo a dificultar a compreensão das razões da nossa esperança. Apesar disso atrevo-me a continuar a escrever estas breves notas, na expectativa de ajudar alguns leitores e ouvintes.
Neste sentido tenho estado a aplicar os princípios e os valores da doutrina social da Igreja a diversas situações da nossa sociedade. Falei do destino universal dos bens, do bem comum, da subsidiariedade, do amor (caridade), etc. Falta lembrar um dos princípios, a solidariedade, que muitos confundem com assistencialismo, caridadezinha ou doação do que nos sobra, do supérfluo, mas que é muito mais que isso, embora não o exclua. Por isso é importante apresentar este princípio como um dos pilares da vida social de qualquer sistema politico democrático, sem o qual a democracia é posta em causa.

2. Democracia justa e solidariedade
Qualquer organização social e politica assenta na participação dos seus membros, sobretudo quando se trata de pessoas adultas, dotadas de dignidade e liberdade. No caso da convivência pacífica e coesa das pessoas isso pressupõe uma relação fundamental entre elas e uma atenção especial entre si, sobretudo quando alguém está em situação de debilidade ou sofre alguma fragilidade. É esta atitude de reciprocidade, que torna sólidas, firmes e coesas as relações entre os membros da sociedade. A isto chamamos solidariedade, que pode atingir um grau heróico na caridade, quando se ama o próximo sem esperar retribuição. Mas é do interesse da própria democracia, para que funcione sem perturbações, que ela seja justa, que esteja organizada de modo a não favorecer o domínio dos ricos, dos inteligentes ou dos espertos (espertalhões e corruptos), dos sortudos sobre os mais débeis.
A atitude solidária aprende-se e educa-se, a começar pela família, na escola, nas universidades, nas empresas, nas atividades dos tempos livres, no desporto e nas igrejas e religiões baseadas na fé em Deus e no amor. Todos somos poucos para ajudar a humanidade a enveredar pelos caminhos da sua própria realização pacífica, que não acontecerá sem a orientação da vida dos seus membros de uns para os outros, sem a solidariedade e direi mesmo sem a abertura de todos à transcendência, como afirmou D. José Policarpo, Patriarca emérito, na conferência final das jornadas dos bispos. Uma sociedade de pessoas que vivem para si, em função de si mesmas, não ultrapassará a crise económica e financeira nem ajudará a recuperar a esperança, uma virtude essencial da vida humana e da vida cristã, entrelaçada na fé e na caridade, que constitui a perfeição da solidariedade e do cristianismo. Estas assim denominadas virtudes teologais aprofundam a nossa relação com Deus, o transcendente e imanente na sua obra prima, e uns com os outros, pois quem diz que ama a Deus e não ama os irmãos, mente. Fé, esperança e amor que não se testemunham, não se apegam, apagam-se, dizia o nosso grande mestre da língua portuguesa António Vieira.
E termino esta breve nota, que remata o conjunto de notas sobre os princípios da doutrina social da Igreja, pequeno contributo para ajudar na superação da crise, com o desafio aos leitores e ouvintes: mudemos de mentalidade e de linguagem e perguntemo-nos sobre o que podemos fazer pelos outros e pelo nosso pais, cada um segundo os dons e capacidades que tem, em vez de continuarmos a lamentarmo-nos e a exigir dos outros e do pais aquilo que satisfaça os nossos prazeres e bem estar individual. Contando com a liberdade egoísta de alguns e de algumas classes sociais, se a maioria enveredar por este caminho e esta nova mentalidade, se sairmos à rua a demonstrar pelos outros, pelos marginalizados e mais débeis, fortaleceremos a esperança dos nossos concidadãos, os desempregados, os doentes e os explorados e neutralizaremos os que apenas pensam em si e no seu bem estar.


† António Vitalino, bispo de Beja



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