PARÓQUIA DE ALMODÔVAR
Terça, 25 de Junho
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
III.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente
IV.
Atividades paroquiais
V. Voz do Pastor
V. Voz do Pastor
Terça da XII semana do Tempo Comum
Terça
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo, o baluarte salvador do seu Ungido. Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança, sede o seu pastor e guia através dos tempos. ORAÇÃO COLETA Senhor, fazei-nos viver a cada instante no temor e no amor do vosso Santo nome, porque nunca a vossa providência abandona aqueles que formais solidamente no vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. LEITURA I (anos ímpares) Gen 13, 2.5-18 «Não haja questões entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os teus» Leitura do Livro do Génesis
Abrão
era muito rico em rebanhos, prata e ouro, e Lot, que acompanhava Abrão,
também tinha rebanhos, manadas e tendas. Mas a região não permitia que
habitassem juntos: os seus bens eram tão grandes que não podiam viver em
comum. Houve assim uma contenda entre os pastores de Abrão e os de Lot. Nesse
tempo, os cananeus e os ferezeus habitavam aquela terra. Abrão disse a Lot:
«Não haja questões entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os teus, uma
vez que somos irmãos. Não tens toda a região à tua frente? Peço-te que te
separes de mim: se fores para a esquerda, eu irei para a direita; se fores
para a direita, eu irei para a esquerda». Lot ergueu os olhos e viu que a
planície do Jordão até Soar era toda irrigada. - Antes de o Senhor ter
destruído Sodoma e Gomorra, era como o jardim do Senhor, como a terra do
Egipto - Lot escolheu toda a planície do Jordão e dirigiu-se para oriente.
Assim eles se separaram um do outro: Abrão estabeleceu-se na terra de Canaã e
Lot estabeleceu-se nas planícies, armando as suas tendas até Sodoma, cujos
habitantes eram perversos e pecavam gravemente contra o Senhor. O Senhor
disse a Abrão, depois de Lot se ter separado dele: «Ergue os olhos e, do
lugar onde estás, olha para o norte e para o sul, para oriente e para
ocidente. Toda a região que vês, dá-la-ei a ti e à tua descendência para
sempre. Tornarei a tua descendência tão numerosa como a poeira da terra: quem
puder contar os grãos da poeira da terra poderá contar os teus descendentes.
Levanta-te e percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura, porque
eu ta darei». Abrão levantou as suas tendas e foi estabelecer-se junto ao
Carvalho de Mambré, em Hebron, e aí construiu um altar ao Senhor.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 14 (15), 2-3ab.3cd-4ab.5 (R. 1b) Refrão: Quem habitará, Senhor, no vosso santuário? Repete-se Ou: Ensinai-nos, Senhor: quem habitará na vossa casa? Repete-se O que vive sem mancha e pratica a justiça e diz a verdade que tem no seu coração e guarda a sua língua da calúnia. Refrão O que não faz mal ao seu próximo, nem ultraja o seu semelhante, o que tem por desprezível o ímpio, mas estima os que temem o Senhor. Refrão O que não falta ao juramento mesmo em seu prejuízo e não empresta dinheiro com usura, nem aceita presentes para condenar o inocente. Quem assim proceder jamais será abalado. Refrão ALELUIA Jo 8, 12 Refrão: Aleluia Repete-se Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; quem Me segue terá a luz da vida. Refrão EVANGELHO Mt 7, 6.12-14 «Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam fazei-o também a eles» Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não deis aos cães o que é santo, nem
lanceis aos porcos as vossas pérolas, não vão eles calcá-las aos pés e
voltar-se para vos despedaçarem. Tudo quanto quiserdes que os homens vos
façam fazei-o também a eles, pois nisto consiste a Lei e os Profetas. Entrai
pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à
perdição e muitos são os que seguem por eles. Como é estreita a porta e
apertado o caminho que conduz à vida e como são poucos aqueles que os
encontram!»
Palavra
da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Por este sacrifício de reconciliação e de louvor, purificai, Senhor, os nossos corações, para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 144, 15 Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor, e a seu tempo lhes dais o alimento. Ou Jo 10, 11.15 Eu sou o Bom Pastor e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Senhor, que nos renovastes pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo, fazei que a participação nestes mistérios nos alcance a plenitude da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo |
«
Tudo quanto quiserdes que os homens vos
façam fazei-o também a eles».
JESUS
JESUS
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
1.
Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3.
Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: - Gen 13, 2.5-18:
Chegando à terra a que o Senhor o chamara, Abraão estabelece-se aí, depois de
ter combinado com Lot, seu sobrinho, a partilha da terra. A divisão faz-se na
melhor ordem, devido à atitude cordata de Abraão. Depois, Deus renova a sua
promessa, larga como o horizonte que dali se avista, rica em dons, numerosos
como os grãos de poeira da terra agora prometida. Assim são os começos da
história do povo de Deus!
Mt 7, 6.12-14: Esta leitura, embora breve, é um conjunto de máximas independentes umas das outras: não se devem apresentar as afirmações da fé a quem não as saberia compreender e as iria utilizar mal, como não era lícito atirar aos cães as carnes dos sacrifícios; depois, a “regra de oiro” do convívio entre pessoas, mas apresentada de forma positiva: fazei-o também a eles; finalmente, a doutrina dos “dois caminhos”, bem conhecida da antiguidade. São formas diversas da sabedoria evangélica.
MEDITAÇÃO: - Devemos todos pôr em prática os ensinamentos de Jesus e aprofundar os nossos conhecimentos bíblicos. Estas meditações no dia a dia são um passo. Que mais posso fazer?
ORAÇÃO: -
Senhor, que possa mais e mais aprofundar as razões da minha existência.
APOSTOLADO DA ORAÇÃO – JUNHO 2014
Intenção Geral:
Diálogo entre os povos
Para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Diálogo entre os povos
Para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Intenção Missionária:
Nova evangelização
Para que, nos ambientes onde se vive uma maior secularização, as comunidades cristãs possam promover com eficácia uma nova evangelização.
Nova evangelização
Para que, nos ambientes onde se vive uma maior secularização, as comunidades cristãs possam promover com eficácia uma nova evangelização.
ATIVIDADES PAROQUIAIS
09.00:
Missa em Almodôvar
10.00
horas: Missa em Santa Clara a Nova
21.00 horas: Terço seguido de
reunião de catequistas
Voz do Pastor:
Cimentar a esperança
1. A doutrina social da Igreja e a crise
De 17 a 19 de Junho os bispos portugueses
reuniram-se em Fátima, para escutar especialistas da economia, da politica, do
mundo do trabalho e da doutrina social da Igreja, para compreender melhor as
razões da presente crise económica e social e analisar até que ponto podem
contribuir para ajudar a encaminhar soluções sólidas. Alguns intervenientes
desafiaram os participantes, bispos e vigários gerais das dioceses, a serem
artífices da esperança do povo português, muito desiludido com os políticos.
Embora sendo muito sensível a esta tarefa,
continuo muito perplexo sobre o modo como poderemos ajudar a levantar a
esperança e a auto-estima do nosso povo, tendo em conta que a grande maioria já
não frequenta as nossas igrejas para nos escutar e os meios de comunicação
baralham as nossas ideias com contravalores e contra testemunhos, de modo a
dificultar a compreensão das razões da nossa esperança. Apesar disso atrevo-me
a continuar a escrever estas breves notas, na expectativa de ajudar alguns leitores
e ouvintes.
Neste sentido tenho estado a aplicar os
princípios e os valores da doutrina social da Igreja a diversas situações da
nossa sociedade. Falei do destino universal dos bens, do bem comum, da subsidiariedade,
do amor (caridade), etc. Falta lembrar um dos princípios, a solidariedade, que
muitos confundem com assistencialismo, caridadezinha ou doação do que nos
sobra, do supérfluo, mas que é muito mais que isso, embora não o exclua. Por
isso é importante apresentar este princípio como um dos pilares da vida social
de qualquer sistema politico democrático, sem o qual a democracia é posta em
causa.
2. Democracia justa e solidariedade
Qualquer organização social e politica
assenta na participação dos seus membros, sobretudo quando se trata de pessoas
adultas, dotadas de dignidade e liberdade. No caso da convivência pacífica e
coesa das pessoas isso pressupõe uma relação fundamental entre elas e uma
atenção especial entre si, sobretudo quando alguém está em situação de
debilidade ou sofre alguma fragilidade. É esta atitude de reciprocidade, que
torna sólidas, firmes e coesas as relações entre os membros da sociedade. A
isto chamamos solidariedade, que pode atingir um grau heróico na caridade,
quando se ama o próximo sem esperar retribuição. Mas é do interesse da própria
democracia, para que funcione sem perturbações, que ela seja justa, que esteja
organizada de modo a não favorecer o domínio dos ricos, dos inteligentes ou dos
espertos (espertalhões e corruptos), dos sortudos sobre os mais débeis.
A atitude solidária aprende-se e educa-se,
a começar pela família, na escola, nas universidades, nas empresas, nas atividades
dos tempos livres, no desporto e nas igrejas e religiões baseadas na fé em Deus
e no amor. Todos somos poucos para ajudar a humanidade a enveredar pelos
caminhos da sua própria realização pacífica, que não acontecerá sem a
orientação da vida dos seus membros de uns para os outros, sem a solidariedade
e direi mesmo sem a abertura de todos à transcendência, como afirmou D. José
Policarpo, Patriarca emérito, na conferência final das jornadas dos bispos. Uma
sociedade de pessoas que vivem para si, em função de si mesmas, não
ultrapassará a crise económica e financeira nem ajudará a recuperar a esperança,
uma virtude essencial da vida humana e da vida cristã, entrelaçada na fé e na
caridade, que constitui a perfeição da solidariedade e do cristianismo. Estas
assim denominadas virtudes teologais aprofundam a nossa relação com Deus, o
transcendente e imanente na sua obra prima, e uns com os outros, pois quem diz
que ama a Deus e não ama os irmãos, mente. Fé, esperança e amor que não se
testemunham, não se apegam, apagam-se, dizia o nosso grande mestre da língua
portuguesa António Vieira.
E termino esta breve nota, que remata o
conjunto de notas sobre os princípios da doutrina social da Igreja, pequeno
contributo para ajudar na superação da crise, com o desafio aos leitores e
ouvintes: mudemos de mentalidade e de linguagem e perguntemo-nos sobre o que
podemos fazer pelos outros e pelo nosso pais, cada um segundo os dons e
capacidades que tem, em vez de continuarmos a lamentarmo-nos e a exigir dos
outros e do pais aquilo que satisfaça os nossos prazeres e bem estar
individual. Contando com a liberdade egoísta de alguns e de algumas classes
sociais, se a maioria enveredar por este caminho e esta nova mentalidade, se
sairmos à rua a demonstrar pelos outros, pelos marginalizados e mais débeis,
fortaleceremos a esperança dos nossos concidadãos, os desempregados, os doentes
e os explorados e neutralizaremos os que apenas pensam em si e no seu bem
estar.
† António Vitalino, bispo de Beja
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