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PARÓQUIA DE
ALMODÔVAR
Terça, 11 de Junho
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
III.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente
IV.
Atividades paroquiais
V.
A Voz do Pastor
Terça da X semana do Tempo Comum
São Barnabé
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11 Junho
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«Ide
e proclamai que está próximo o reino dos Céus».
jesus
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
1.
Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3.
Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: - É a ação do Espírito Santo que
impulsa o surgimento de profetas e mestres. Ele guia a caminhada da comunidade
que por sua vez conferem a Barnabé e a Saulo um mandato de missão mediante a
imposição das mãos.
MEDITAÇÃO:
- Também nós recebemos o mandato do Espírito que nos envia em missão. Mateus
oferece-nos as pistas: a leitura dos Atos nos acentua a necessidade de que
vivamos e nos sintamos enviados pela comunidade (paroquial, religiosa…).
Existem duas tentações: a de conceber a missão a partir de uma conceção
individualista e pensar que esta sempre culminará no êxito.
ORAÇÃO: Senhor
nosso Deus, fazei que o Evangelho de Cristo, continue a ser anunciado fielmente
em palavras e obras.
APOSTOLADO DA ORAÇÃO – JUNHO 2014
Intenção Geral
Diálogo entre os povos
Para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Diálogo entre os povos
Para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Intenção Missionária
Nova evangelização
Para que, nos ambientes onde se vive uma maior secularização, as comunidades cristãs possam promover com eficácia uma nova evangelização.
Nova evangelização
Para que, nos ambientes onde se vive uma maior secularização, as comunidades cristãs possam promover com eficácia uma nova evangelização.
ATIVIDADES PAROQUIAIS
10.30
horas: Missa em Almodôvar
17.30
horas: Catequese infantil
21.00
horas: Oração do terço.
A VOZ DO PASTOR:
Dia de Portugal e o bem
comum
1. Restaurar a confiança e a auto-estima
Nas breves notas das últimas semanas tenho estado a
refletir sobre alguns valores e princípios que devem orientar a nossa vida
social e política em ordem à construção do bem comum, não apenas do nosso país,
mas do mundo global em que vivemos. Por motivo do 10 de junho, Dia de Portugal,
das Comunidades e de Luís de Camões, achei por bem incluir este evento como
contributo para a afirmação coletiva do nosso povo em ordem ao desenvolvimento
do nosso lugar no mundo dos povos e das nações. Na multiplicidade dos ângulos
de visão, resolvi fazê-lo a partir da perspetiva das nossas comunidades
espalhadas pelo mundo, que constituem mais de um terço dos portugueses na
atualidade, sem contarmos os luso-descendentes.
Enquanto em Portugal se ouve conversas de maldizer e
destrutivas na rua e nos órgãos de comunicação social, até mesmo feitas por
representantes eleitos pelos portugueses em órgãos políticos nacionais, nos dez
anos que vivi entre emigrantes e em vários encontros em que tenho participado
nos últimos tempos, sempre vi e ouvi afirmações de grande orgulho em ser português
e reclamações em poder fazê-lo em ambientes por vezes adversos, mesmo no que
respeita a costumes da religiosidade popular. Pequenos grupos de portugueses na
diáspora pedem a presença de membros da hierarquia e de autoridades civis por
ocasião da celebração das suas festas religiosas e culturais, assim como a
colaboração na educação religiosa e escolar dos seus descendentes. Ficam
contentes quando anuímos e ganha força neles o amor pelo seu país, sobretudo
quando membros das comunidades locais dos países de acolhimento também
participam e os nossos representantes dialogam com eles de igual para igual,
sem subserviência, mas com respeito e gratidão pelas boas relações.
Estas experiências levam-me a poder afirmar que a
auto-estima e a confiança são importantes na construção da nossa identidade, em
qualquer lugar que nos encontremos. Olhando o reverso da medalha, concluo que a
maledicência, a desconfiança, a falta de respeito pela dignidade das pessoas e
das nossas instituições e o retraimento em círculos fechados de grupos e
famílias, impedem a nossa afirmação na sociedade e no mundo, rompendo o
processo de construção da nossa identidade e personalidade. Por isso, a nossa
Igreja, os nossos políticos e comunicadores devem estar atentos às comunidades
portuguesas na diáspora e reaprender a falar de Portugal e da lusitanidade a
partir delas. Somos, na verdade, um povo em mobilidade, peregrino do mundo, com
um forte contributo para a construção duma sociedade afirmativa e coesa,
multicultural e com personalidade corporativa.
2. A língua
e os afetos
Os Lusíadas e o seu autor Luís de Camões afirmaram a língua e o
povo português no mundo do último milénio. Fernando Pessoa refletiu em profundidade sobre o que é ser português,
o modo de o ser e como se exprime.
Muitos pensadores têm repensado Portugal, mas creio que é uma
tarefa sempre a recomeçar e sem fim à vista. Todos podemos dar o nosso modesto
contributo para descobrir e dar a conhecer a alma portuguesa, não num sentido
saudosista do passado, mas para valorizar o contributo do povo português na
construção dum mundo mais coeso e fraterno, justo, pacífico e solidário.
Mas ninguém dá o que não tem. Por isso precisamos de começar a
fazer o trabalho de casa. Descobrir a nossa identidade profunda e perceber como
podemos enriquecer o nosso meio. A crítica mordaz, o pessimismo e a falta de
esperança não ajudam no discernimento.
Os Lusíadas terminam com a palavra inveja, a causa do
desmoronamento do império construído pelos valorosos lusitanos. É por isso que
afirmo a importância de descobrir e olhar Portugal a partir da alma saudosa,
valente e grata das comunidades migrantes. Cada vez mais se acentua que o
conhecimento verdadeiro implica emoção, afeto e não apenas inteligência pura. E
os emigrantes amam o seu pais natal, cultivam uma saudade afetuosa pelo seu
pais. Eles ainda não desistiram de Portugal. Quem cá ficou é que parece já não
amar o seu pais e o seu povo e sem afeto não se conhece nem se contribui para o
seu bem, o bem comum.
Termino esta breve nota louvando e agradecendo aos valorosos
membros da grei lusitana, que, espalhados pelo mundo, lutam por uma vida melhor
e não desistiram de contribuir para o engrandecimento do seu pais, material e
afetivamente.
† António Vitalino, bispo de Beja
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