segunda-feira, 10 de junho de 2013

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 PARÓQUIA DE ALMODÔVAR


 Terça, 11 de Junho


Esquema da página:

        I.            Liturgia do dia
     II.            Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
   III.            Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
  IV.            Atividades paroquiais
     V.            A Voz do Pastor


Terça da X semana do Tempo Comum
São Barnabé

 


11  Junho

Nota Histórica
Era natural da ilha de Chipre e foi um dos primeiros fiéis de Jerusalém. Pregou o Evangelho em Antioquia e acompanhou S. Paulo na sua primeira viagem apostólica. Interveio no Concílio de Jerusalém. Voltou à sua pátria, onde pregou o Evangelho; e aí morreu
Missa

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Actos 11, 24
O bem-aventurado São Barnabé,
homem bom, cheio de fé e do Espírito Santo,
mereceu ser contado entre os Apóstolos.

ORAÇÃO COLETA
Senhor nosso Deus,
que mandastes escolher São Barnabé,
homem cheio de fé e do Espírito Santo,
para levar aos pagãos a mensagem da salvação,
fazei que o Evangelho de Cristo,
de que ele foi apóstolo corajoso,
continue a ser anunciado fielmente em palavras e obras.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Actos 11, 21b-26; 13, 1-3
«Era um homem bom
e cheio do Espírito Santo e de fé»


Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias,
foi grande o número dos que abraçaram a fé
e se converteram ao Senhor.
A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém
e mandaram Barnabé a Antioquia.
Quando este chegou e viu a ação da graça de Deus,
encheu-se de alegria e exortou a todos
a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero;
era realmente um homem bom
e cheio do Espírito Santo e de fé.
Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor.
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo
e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia.
Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro
e ensinaram muita gente.
Foi em Antioquia que, pela primeira vez,
se deu aos discípulos o nome de «cristãos».
Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores:
Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene,
Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes
e Saulo.

Estando eles a celebrar o culto e a jejuar,
disse-lhes o Espírito Santo:
«Separai Barnabé e Saulo
para o trabalho a que os chamei».
Então, depois de terem jejuado e orado,
impuseram-lhes as mãos e deixaram-nos partir.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3c-4.5-6 (R. cf. 2b)
Refrão: O Senhor manifestou a salvação a todos os povos.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.

ALELUIA Mt 28, 19a.20b

Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Refrão


EVANGELHO Mt 10, 7-13
«Recebestes de graça; dai de graça»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus Apóstolos:
«Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,
sarai os leprosos, expulsai os demónios.
Recebestes de graça; dai de graça.
Não adquirais ouro, prata ou cobre,
para guardardes nas vossas bolsas;
nem alforge para o caminho,
nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado;
porque o trabalhador merece o seu sustento.
Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia,
procurai saber de alguém que seja digno
e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar.
Ao entrardes na casa, saudai-a,
e se for digna, desça a vossa paz sobre ela;
mas se não for digna, volte para vós a vossa paz».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, com a vossa bênção estes dons
e acendei em nós o fogo do vosso amor
que levou São Barnabé a anunciar aos pagãos
a luz do Evangelho.
Por Nosso Senhor.

Prefácio dos Apóstolos I ou II

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 15
Já não vos chamo servos mas amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nesta memória gloriosa de São Barnabé,
nos destes o penhor da vida eterna,
concedei-nos a graça
de entrarmos um dia na plenitude do mistério
que hoje celebramos neste sacramento.
Por Nosso Senhor.

Liturgia das horas

Dos Tratados de São Cromácio, bispo,
sobre o Evangelho de São Mateus

(Tract. 5, 1.3-4: CCL 9, 405-407) (Sec. IV)

Vós sois a luz do mundo

Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, e assim brilhe para todos os que estão em casa. O Senhor chamou aos seus discípulos sal da terra, porque eles deviam condimentar, por meio da sabedoria celeste, os corações dos homens que o demónio tornara insensatos. E também lhes chama luz do mundo, porque, iluminados por Ele, que é a luz verdadeira e eterna, se tornaram também eles uma luz que brilha nas trevas.
O Senhor é o Sol de justiça; é com toda a razão, portanto, que chama aos seus discípulos luz do mundo, porque é por meio deles que irradia sobre o mundo inteiro a luz da sua própria ciência; com efeito, eles afugentaram do coração dos homens as trevas do erro, manifestando a luz da verdade.
Iluminados por eles, também nós passámos das trevas à luz, como diz o Apóstolo: Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; vivei como filhos da luz. E noutro passo: Não sois filhos da noite nem das trevas, mas sois filhos da luz e filhos do dia.
Com razão diz também São João numa sua Epístola: Deus é luz; e quem permanece em Deus está na luz, como também Ele próprio está na luz. Portanto, uma vez que temos a felicidade de estar libertos das trevas do erro, devemos andar sempre na luz, como filhos da luz que somos. Por isso diz o Apóstolo: Vós brilhais entre eles como estrelas no mundo, ostentando a palavra da vida.
Se assim não fizermos, ocultaremos e obscureceremos com o véu da nossa infidelidade, para prejuízo tanto nosso como dos outros, uma luz tão útil e necessária. Eis a razão porque incorreu em castigo aquele servo que, recebendo o talento para o fazer dar juros no Céu, preferiu escondê-lo a colocá-lo no banco.
Por conseguinte, aquela lâmpada resplandecente, que foi acesa para nossa salvação, deve brilhar sempre em nós. Temos a lâmpada dos mandamentos de Deus e da graça espiritual, da qual afirmou David: O vosso mandamento é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos. E dela disse também Salomão: O preceito da lei é uma lâmpada.
Por isso é nosso dever não ocultar esta lâmpada da lei e da fé, mas colocá-la sempre no candelabro da Igreja para salvação de todos, a fim de gozarmos nós da luz da própria verdade e de serem iluminados todos os crentes.


«Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus».
jesus

                      
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA


     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

LEITURA: - É a ação do Espírito Santo que impulsa o surgimento de profetas e mestres. Ele guia a caminhada da comunidade que por sua vez conferem a Barnabé e a Saulo um mandato de missão mediante a imposição das mãos.

MEDITAÇÃO: - Também nós recebemos o mandato do Espírito que nos envia em missão. Mateus oferece-nos as pistas: a leitura dos Atos nos acentua a necessidade de que vivamos e nos sintamos enviados pela comunidade (paroquial, religiosa…). Existem duas tentações: a de conceber a missão a partir de uma conceção individualista e pensar que esta sempre culminará no êxito.

ORAÇÃO: Senhor nosso Deus, fazei que o Evangelho de Cristo, continue a ser anunciado fielmente em palavras e obras.


APOSTOLADO DA ORAÇÃO – JUNHO 2014
Intenção Geral
Diálogo entre os povos
Para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Intenção Missionária
Nova evangelização
Para que, nos ambientes onde se vive uma maior secularização, as comunidades cristãs possam promover com eficácia uma nova evangelização.



ATIVIDADES PAROQUIAIS
                   10.30 horas: Missa em Almodôvar
                   17.30 horas: Catequese infantil
                   21.00 horas: Oração do terço.
        

A VOZ DO PASTOR:

Dia de Portugal e o bem comum
1. Restaurar a confiança e a auto-estima
Nas breves notas das últimas semanas tenho estado a refletir sobre alguns valores e princípios que devem orientar a nossa vida social e política em ordem à construção do bem comum, não apenas do nosso país, mas do mundo global em que vivemos. Por motivo do 10 de junho, Dia de Portugal, das Comunidades e de Luís de Camões, achei por bem incluir este evento como contributo para a afirmação coletiva do nosso povo em ordem ao desenvolvimento do nosso lugar no mundo dos povos e das nações. Na multiplicidade dos ângulos de visão, resolvi fazê-lo a partir da perspetiva das nossas comunidades espalhadas pelo mundo, que constituem mais de um terço dos portugueses na atualidade, sem contarmos os luso-descendentes.
Enquanto em Portugal se ouve conversas de maldizer e destrutivas na rua e nos órgãos de comunicação social, até mesmo feitas por representantes eleitos pelos portugueses em órgãos políticos nacionais, nos dez anos que vivi entre emigrantes e em vários encontros em que tenho participado nos últimos tempos, sempre vi e ouvi afirmações de grande orgulho em ser português e reclamações em poder fazê-lo em ambientes por vezes adversos, mesmo no que respeita a costumes da religiosidade popular. Pequenos grupos de portugueses na diáspora pedem a presença de membros da hierarquia e de autoridades civis por ocasião da celebração das suas festas religiosas e culturais, assim como a colaboração na educação religiosa e escolar dos seus descendentes. Ficam contentes quando anuímos e ganha força neles o amor pelo seu país, sobretudo quando membros das comunidades locais dos países de acolhimento também participam e os nossos representantes dialogam com eles de igual para igual, sem subserviência, mas com respeito e gratidão pelas boas relações.
Estas experiências levam-me a poder afirmar que a auto-estima e a confiança são importantes na construção da nossa identidade, em qualquer lugar que nos encontremos. Olhando o reverso da medalha, concluo que a maledicência, a desconfiança, a falta de respeito pela dignidade das pessoas e das nossas instituições e o retraimento em círculos fechados de grupos e famílias, impedem a nossa afirmação na sociedade e no mundo, rompendo o processo de construção da nossa identidade e personalidade. Por isso, a nossa Igreja, os nossos políticos e comunicadores devem estar atentos às comunidades portuguesas na diáspora e reaprender a falar de Portugal e da lusitanidade a partir delas. Somos, na verdade, um povo em mobilidade, peregrino do mundo, com um forte contributo para a construção duma sociedade afirmativa e coesa, multicultural e com personalidade corporativa.

2. A língua e os afetos
Os Lusíadas e o seu autor Luís de Camões afirmaram a língua e o povo português no mundo do último milénio. Fernando Pessoa refletiu  em profundidade sobre o que é ser português, o modo de o ser e como se exprime.
Muitos pensadores têm repensado Portugal, mas creio que é uma tarefa sempre a recomeçar e sem fim à vista. Todos podemos dar o nosso modesto contributo para descobrir e dar a conhecer a alma portuguesa, não num sentido saudosista do passado, mas para valorizar o contributo do povo português na construção dum mundo mais coeso e fraterno, justo, pacífico e solidário.
Mas ninguém dá o que não tem. Por isso precisamos de começar a fazer o trabalho de casa. Descobrir a nossa identidade profunda e perceber como podemos enriquecer o nosso meio. A crítica mordaz, o pessimismo e a falta de esperança não ajudam no discernimento.
Os Lusíadas terminam com a palavra inveja, a causa do desmoronamento do império construído pelos valorosos lusitanos. É por isso que afirmo a importância de descobrir e olhar Portugal a partir da alma saudosa, valente e grata das comunidades migrantes. Cada vez mais se acentua que o conhecimento verdadeiro implica emoção, afeto e não apenas inteligência pura. E os emigrantes amam o seu pais natal, cultivam uma saudade afetuosa pelo seu pais. Eles ainda não desistiram de Portugal. Quem cá ficou é que parece já não amar o seu pais e o seu povo e sem afeto não se conhece nem se contribui para o seu bem, o bem comum.
Termino esta breve nota louvando e agradecendo aos valorosos membros da grei lusitana, que, espalhados pelo mundo, lutam por uma vida melhor e não desistiram de contribuir para o engrandecimento do seu pais, material e afetivamente.

† António Vitalino, bispo de Beja


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