terça-feira, 4 de junho de 2013

     

 PARÓQUIA DE ALMODÔVAR


 Quarta, 05 de Junho


Esquema da página:

        I.            Liturgia do dia
     II.            Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
   III.            Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
  IV.            Atividades paroquiais
     V.            A voz do Pastor.


LITURGIA DIÁRIA
Quarta da IX semana do tempo comum



Quarta
São Bonifácio
Nota Histórica
Nasceu na Inglaterra, cerca do ano 673. Fez a profissão religiosa e viveu como monge no mosteiro de Exeter. No ano 719 partiu para a Alemanha a pregar o Evangelho e obteve excelentes resultados. Consagrado bispo, governou a Igreja de Mogúncia e, com a ajuda de vários colaboradores, fundou ou restaurou diversas Igrejas na Baviera, na Turíngia e na Francónia; também convocou concílios e promulgou leis. Quando evangelizava os frisões, foi assassinado pelos pagãos; o seu corpo foi sepultado no mosteiro de Fulda

Missa:

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 24, 16.18
Olhai para mim, Senhor, e tende compaixão, porque estou só e desamparado. Vede a minha miséria e o meu tormento e perdoai todos os meus pecados.

ORAÇÃO COLETA
Deus todo-poderoso e eterno,
cuja providência não se engana em seus decretos,
humildemente Vos suplicamos:
afastai de nós todos os males
e concedei-nos todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Tob 3, 1-11a.16-17a
«A prece de ambos foi escutada pelo Deus da glória»

Leitura do Livro de Tobias

Naqueles dias, eu, Tobit, de alma angustiada, gemendo e chorando, comecei a dizer entre suspiros a seguinte oração: «Vós sois justo, Senhor, e são justas todas as vossas obras. Os vossos caminhos são misericórdia e fidelidade, Vós sois o juiz do mundo. Agora, Senhor, lembrai-Vos de mim e olhai para mim. Não me castigueis pelos meus pecados e erros, nem pelos dos meus antepassados, que cometemos na vossa presença, desobedecendo aos vossos mandamentos. Por isso Vós nos entregastes à pilhagem, ao cativeiro e à morte, ao escárnio, à zombaria e ao insulto de todos os povos entre os quais nos dispersastes. Na verdade, todas as vossas sentenças são justas, quando me tratais assim, por causa dos meus pecados e pelos dos meus antepassados, porque não cumprimos os vossos mandamentos, nem procedemos fielmente para convosco. Mas agora tratai-me como for do vosso agrado, ordenai que me seja tirada a vida, para que eu desapareça da face da terra e em terra me venha a tornar. Para mim, na verdade, é melhor morrer do que viver, pois tive de ouvir ofensas caluniosas e sinto uma grande tristeza. Senhor, fazei que eu me livre desta aflição, deixai-me partir para a eterna morada. Não afasteis de mim o vosso rosto, Senhor, porque para mim é melhor morrer do que suportar tão grande aflição na minha vida e ter de ouvir tantos insultos». No mesmo dia, sucedeu que Sara, filha de Raguel, que vivia em Ecbátana da Média, também foi insultada por uma serva de seu pai. Ela tinha casado sete vezes, mas Asmodeu, o demónio malfazejo, matava-lhe os maridos, antes de viverem com ela, conforme está prescrito às esposas. A serva dizia-lhe: «És tu que matas os teus maridos: já casaste com sete homens e não usaste o nome de nenhum deles. Porque nos tratas mal por causa da sua morte? Vai-te com eles e que nunca se veja nascer de ti filho nem filha». Nesse dia, Sara entristeceu-se profundamente e começou a chorar. Subiu à sala do andar superior da casa de seu pai e quis enforcar-se. Mas, reflectindo, pensou: «Talvez insultem meu pai e lhe digam: ‘Só tinhas uma filha querida e ela enforcou-se por causa das suas desgraças’. Assim faria descer meu pai à morada dos mortos, cheio de desgosto na sua velhice. É melhor que, em vez de me enforcar, eu suplique ao Senhor que me faça morrer, para não mais ter de ouvir insultos na minha vida. Então estendeu as mãos para a janela e começou a rezar. Nesse momento, a prece de ambos foi escutada pelo Deus da glória e o Anjo Rafael foi enviado para dar remédio a Tobit e a Sara.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 24 (25), 2-3. 4-5ab. 6-7bc. 8-9 (R. cf. 1b)
Refrão: Senhor, meu Deus, em Vós confio. Repete-se

Senhor, meu Deus, em Vós confio,
Não seja confundido
nem escarneçam de mim os inimigos.
Não serão confundidos os que esperam em Vós,
mas serão confundidos
os que sem razão faltam à palavra. Refrão

Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador. Refrão

Lembrai-Vos, Senhor, das vossas misericórdias
e das vossas graças que são eternas.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência,
por causa da vossa bondade, Senhor. Refrão

O Senhor é bom e reto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer a sua aliança. Refrão

ALELUIA Jo 11, 25a.26
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor:
quem acredita em Mim não morrerá.
Refrão


EVANGELHO Mc 12, 18-27
«Não é Deus de mortos, mas de vivos»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, foram ter com Jesus alguns saduceus – que afirmam não haver ressurreição – e perguntaram-lhe: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão, que deixe esposa sem filhos, esse homem deve casar-se com a viúva, para dar descendência a seu irmão’. Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem deixar descendência. O segundo casou com a viúva e também morreu sem deixar descendência. O mesmo sucedeu ao terceiro. E nenhum dos sete deixou descendência. Por fim morreu também a mulher. Na ressurreição, quando voltarem à vida, de qual deles será ela esposa? Porque todos os sete se casaram com ela». Disse-lhes Jesus: «Não andareis vós enganados, ignorando as Escrituras e o poder de Deus? Na verdade, quando ressuscitarem dos mortos, nem eles se casam, nem elas são dadas em casamento; mas serão como os Anjos nos Céus. Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no Livro de Moisés, no episódio da sarça ardente, como Deus disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’? Ele não é Deus de mortos, mas de vivos. Vós andais muito enganados».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Confiando na vossa bondade, Senhor,
trazemos ao altar os nossos dons,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 16, 6
Escutai, Senhor, as minhas palavras,
respondei-me quando Vos invoco.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração vos será concedido,
diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guiai, Senhor, com o vosso Espírito
aqueles que alimentais com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
de modo que, dando testemunho de Vós,
não só com palavras mas em obras e verdade,
mereçamos entrar no reino dos Céus.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



«Eu sou a ressurreição e a vida».

JESUS


                      
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA


     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURA: Tob 3, 1-11a.16-17ª: Esta passagem manifesta o sentido e o valor da oração, que sai do coração contrito, humilde e confiante. Tobit, o homem fiel e bom, não reza apoiado nas suas boas obras. Antes, pelo contrário, a sua oração é uma longa confissão de seus pecados. Porque os reconhece, confessa-os, e, porque os confessa, também a sua oração é atendida.

Mc 12, 18-27: Os saduceus, embora da linhagem sacerdotal de Israel, interrogam Jesus, de modo quase grosseiro, para ver se apanham o Senhor numa cilada, com um problema que diz respeito a mortos. Jesus mostra-lhes que eles são mestres, mas ignorantes. Lêem as Escrituras, mas não lhes entendem o espírito; são materialistas. E, citando também a Escritura, Jesus mostra como Deus, que já em Moisés Se revelara aos seus antepassados como Deus vivo, Ele, que é fiel, assim continua a ser, vivo e fonte de vida. A ressurreição é possível.

ORAÇÃO:
Deus todo-poderoso e eterno, afastai de nós todos os males e concedei-nos todos os bens.


APOSTOLADO DA ORAÇÃO – JUNHO 2014
Intenção Geral
Diálogo entre os povos
Para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.

Intenção Missionária
Nova evangelização
Para que, nos ambientes onde se vive uma maior secularização, as comunidades cristãs possam promover com eficácia uma nova evangelização.



ATIVIDADES PAROQUIAIS

                   09.00 horas: Missa em Almodôvar
                   10.00 horas: Funeral em Almodôvar
                   17.00 horas: Catequese infantil
                   21.00 horas: Terço, seguido de Ensaio de canto
        


VOZ DO PASTOR:

Contributo para a construção do bem comum

1. Pão para o corpo e para o espírito
Dai-lhes vós de comer, assim desafiou Jesus os seus discípulos, preocupados com a multidão que tinha vindo ouvi-Lo, desanimada com as autoridades civis e religiosas do seu tempo e que se assemelhava a um rebanho sem pastor. Este mesmo desafio nos fez Jesus, ao celebrarmos a solenidade do Corpo de Deus, este ano pela primeira vez a um domingo e não na quinta-feira a seguir ao domingo da Santíssima Trindade, por causa das medidas de austeridade, sem fim e solução à vista, apesar dos sacrifícios feitos por tantas famílias que ficaram sem trabalho remunerado ou sem clientes para os seus pequenos comércios familiares.
E qual é a nossa resposta? Talvez muito semelhante à dos apóstolos: não temos senão cinco pães e dois peixes. Onde iremos nós arranjar dinheiro para alimentar tanta gente esfomeada? Não temos nenhuma fortuna, não cobramos impostos, não temos empresas produtivas e com mercado, para poder remunerar tanta gente sem trabalho, desanimada e à deriva, como a multidão do evangelho.
Qual é a resposta de Jesus? Dizei às pessoas para ficar, já que fizeram tão grande esforço para vir até aqui, para me ouvir e confiar os seus doentes e preocupações. Trazei-me os cindo pães e os dois peixes. Jesus tomou os pães e os peixes, levantou os olhos para o céu, para Deus seu Pai, abençoou-os, deu graças e mandou reparti-los. E qual não foi o espanto dos apóstolos e da multidão, quando todos comeram, ficaram saciados e ainda sobrou. Jesus mandou recolher as sobras, para não se estragarem, para não haver desperdícios. A narrativa evangélica não diz o que Jesus fez com as sobras. Mas, na narração de S. João (todos os quatro evangelhos descrevem esta cena e milagre da vida de Jesus), aproveitou para instruir a multidão sobre a busca do verdadeiro alimento, que mata a fome profunda do ser humano. Quem crê em mim tem a vida eterna. Quem come o meu corpo e bebe o meu sangue não morrerá jamais. Aqui está a resposta perene para a fome da humanidade. Buscai primeiro o alimento que vem do céu, e tudo o resto vos será dado por acréscimo. Quem se alimenta da palavra de Jesus sabe repartir com todos. Fica saciado, partilha e ainda sobra.

2. A festa e o trabalho
Esta festa do Corpo de Deus não diminui a produtividade, mas, para quem tem fé, escuta e segue os ensinamentos de Jesus, se alimenta da sua palavra e da sua vida, aprende a optimizar os seus recursos e energias, para que todos tenham a vida em abundância. Todos e não só alguns. A fé em Jesus dá origem à melhor gestão das energias pessoais e dos recursos do mundo. Um gestor cristão escreveu um livro intitulado: o amor como princípio fundamental da gestão e da economia. E o Papa Bento XVI escreveu a sua encíclica social intitulada: a caridade na verdade.
O alimento desse amor é a Palavra de Jesus, a sua vida, o seu testemunho, o seu corpo e sangue, a Eucaristia, que celebramos sacramentalmente na Missa, para sermos pessoas que vivem eucaristicamente, ou seja, dando graças a Deus por tudo o que recebem e oferecendo-se e partilhando os dons recebidos.
A Madre Teresa de Calcutá passava horas em oração diante do Santíssimo e muitas mais horas a cuidar dos pobres, a recolhê-los nas casas que ia fundando com ajuda de outras companheiras, vendo neles os Cristos de hoje, em carne e osso, tornando-se irmãs e até servas deles. É conhecida a resposta que deu ao jornalista inglês, que passou uns tempos a observar a vida da madre Teresa e da sua obra com os pobres, quando, no final, avaliou o trabalho dela, observando que ainda poderia ajudar muitos mais pobres se usasse para isso as duas horas que todas as manhãs passava diante do Santíssimo exposto. Ao que ela respondeu, que o jornalista não tinha compreendido o fundamento da sua vida e ação. Sem o alimento do alto, não seria possível a dedicação aos pobres. O voluntarismo e filantropia, sem o alimento da caridade, que vem pela fé em Deus, que se revelou e entregou por nós em Jesus, depressa se esgotaria em cansaço e na procura do descanso e bem estar egoísta.
Concluo afirmando: sem descanso, sem amor, sem festa, o trabalho torna-se escravidão e pouco produtivo. Creio que a nossa falta de produtividade não resulta de termos mais ou menos feriados, mas de não vivermos a vida como um dom e uma oferta, que se alimenta do Pão que vem do céu na oração e na caridade.

† António Vitalino, bispo de Beja 


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