pARÓQUIA
DE ALMODÔVAr
Quinta, 31 de Janeiro
Quinta, 31 de Janeiro
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Frase do dia
III.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
IV.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente.
V.
Atividades da paróquia
VI.
A voz do Pastor.
LITURGIA DIA A DIA
Terça da
III Semana do tempo comum
S. JOÃO BOSCO, presbítero
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«Onde a moral e a
religião são remetidas para o âmbito do exclusivamente privado, faltam os meios
para formar e manter uma comunidade
unida».
Bento XVI
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Método de oração Bíblica
1. Leitura: Lê, respeita, situa o
que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica,
escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA
- Hebr 10, 19-25:
O escritor sagrado faz um grande apelo à fidelidade. São muitos os motivos da
nossa esperança e, por isso, não tem sentido o desânimo nem pode haver lugar
para desleixos. Jesus Cristo, o Sacerdote da nova Aliança, abriu o caminho a
todos para chegarmos ao Santuário celeste. Toda a nossa vida sobre a terra
há-de ser avançar, na fé, na esperança e na caridade, para esse Santuário,
vivendo na Casa de Deus, que é a Igreja, na prática das boas obras, fiéis à
assembleia litúrgica, onde a fé se anima e a comunidade se constrói.
Mc 4, 21-25: Quatro pequenas parábolas estão aqui resumidas. São afirmações genéricas, que podem ter aplicação em circunstâncias diversas, mas aqui parecem aplicar-se à atitude que se deve ter diante da doutrina de Jesus, a luz que é preciso difundir, generosamente, de mãos largas, que isso aproveitará a quem a recebe e a quem a dá. A palavra de Deus é como uma lâmpada; o seu sentido deve ser revelado, para que sejam manifestos aos homens os desígnios de Deus.
MEDITAÇÃO:-
A leitura da realidade que o
evangelho de hoje faz do seu tempo, serve-nos de método para a análise dos
tempos atuais, em que devemos viver com um espírito bem desperto. Hoje é
preciso ter de coração aberto à proximidade de Deus, apoiar no dia a dia a
nossa esperança nessa presença fiel que nos ampara, e olhar com estímulo os
nossos irmãos, para que vivam no amor participando na comunidade cristã na qual
nos animamos mutuamente.
ORAÇÃO: Creio,
Senhor, na força da tua Palavra. Creio que pode preparar a terra que sou. Creio
e confio!
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INTENÇÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO:
INTENÇÕES
DO SANTO PADRE – JANEIRO 2013
Intenção
Geral
CONHECER CRISTO, TESTEMUNHAR A FÉ
Para
que, neste Ano da Fé, os cristãos aprofundem o conhecimento do mistério de
Cristo e testemunhem a própria fé com alegria.
Intenção Missionária
CRISTÃOS DO MÉDIO ORIENTE
Para
que as comunidades do Médio Oriente recebam, do Espírito Santo, a força da
fidelidade e da perseverança, particularmente quando são discriminadas
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ATIVIDADES PAROQUIAIS:
09.00 horas: Missa em Almodôvar
17.00 horas: catequese
juvenil
21.00 horas: adoração ao Santíssimo.
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A
VOZ DO PASTOR:
Testemunhas
da fé em tempo de crise
1.
O que se espera da Igreja
É frequente baterem à
porta das igrejas, sobretudo das casas paroquiais e também episcopais, não para
buscar instrução ou apoio espiritual e moral nas dificuldades, mas para pedir
ajuda material. Muitos usam o telefone, a internet e alguns também o correio,
para expor os seus problemas económicos e financeiros, em alguns casos
exagerando, para suscitar a compaixão. Quando se dispõe de algum tempo e se
investiga discretamente, descobrimos, por vezes, alguns profissionais da
pedincha e que vivem desafogadamente. Em tempo de verdadeira crise e de muitos
casos de pobreza envergonhada, há quem se aproveite, prejudicando aqueles que
verdadeiramente precisam de ser ajudados. Por isso os trabalhadores sociais, as
instituições e o voluntariado devem desenvolver práticas de proximidade, para
que ninguém fique esquecido nas suas verdadeiras necessidades e os escassos
meios disponíveis possam ser canalizados para quem precisa.
Talvez todos sejamos
culpados desta mentalidade materialista e assistencialista que apenas espera da
Igreja ajuda material, quando a sua verdadeira missão é de despertar nas
pessoas a sua verdadeira e profunda dignidade, em que a fé, a esperança, a
caridade, o amor e a entreajuda fraterna desempenham um papel importante na
solução dos problemas. A pessoa humana não se alimenta e satisfaz apenas com o
bem estar material. Já o apóstolo Pedro dizia ao mendigo que estava à porta do
templo a pedir esmola: ouro nem prata não
tenho, mas o que tenho isso te dou: em nome do Senhor Jesus te ordeno:
levanta-te e anda (Act 3, 6).
Muitos portugueses
sofrem pelo desemprego, pela falta de recursos para fazer frente aos seus
compromissos familiares, sociais e culturais. Mas a maior doença que nos bate à
porta é a depressão por falsas esperanças e projetos não realizados. A ambição
material, o individualismo e a falta de planeamento têm atirado com muitas
pessoas e empresas para a bancarrota e a falência. Nisto precisamos todos de
nos converter e reestruturar as nossas vidas e fortalecer os nossos laços
familiares e sociais, tornando-nos mais próximos e atentos uns aos outros.
2. Testemunhas da fé e do amor ao
próximo
No dia 2 de Fevereiro,
a Igreja celebra a festa litúrgica da Apresentação do Senhor e associa a essa
festa o dia da vida consagrada, ou seja, daqueles e daquelas que, por amor a
Jesus Cristo e ao Seu Reino, que inclui toda a criação, se desprenderam dos
bens materiais, do projeto de constituir família pelo casamento e de planear a
vida a partir das suas próprias ideias e vontade e se consagraram a Deus ao
serviço da Igreja, inserindo-se numa comunidade de irmãos e irmãs que abraçaram
o mesmo ideal de vida. São as comunidades de vida consagrada ou religiosa,
popularmente denominadas de frades e de freiras.
No decurso da história
apareceram muitos movimentos de vida consagrada, mantendo-se uns e outros
desapareceram. A Igreja e o mundo deve muito a estes movimentos e Portugal
também. Muitos testemunhos de oração, de amor a Deus e ao próximo, de obras
culturais e sociais tiveram aí a sua origem. Quando Portugal entrou na Nato,
uma alta patente militar do Reino Unido veio ao nosso país inspecionar os
nossos quarteis. No final exclamou: se em
Portugal não tivesse havido monges e frades, também não haveria quarteis.
Na realidade, muitos dos antigos conventos, com a exclaustração em 1834,
passaram a edifícios públicos. Até então a vida cristã no Alentejo era
assegurada sobretudo a partir dos conventos.
A construção da
identidade cristã dos portugueses deve muito aos consagrados. Ainda hoje se
fala com muito carinho dos missionários e das irmãs. Mas o seu grande
testemunho e ajuda foi e é sobretudo de ordem espiritual. Quantas pessoas,
depois de exporem as suas mágoas a um missionário ou irmã, partem para as suas
vida com outra atitude!
É esta alma e este
espírito que falta a muitos, de uma parte e de outra, para levantar o ânimo dos
portugueses. Por isso já muitos reconheceram que as causas da presente crise
não são apenas de ordem económica e financeira. E também não o será o remédio
para a cura.
O
Papa Bento XVI, na carta Porta da Fé (nº 13), com a qual convocou o Ano da Fé
que estamos a viver, afirma: Pela fé,
homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em
simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos
de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se
fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a
palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça
para todos (cf. Lc 4, 18-19).
Imploremos
do Senhor o dom de homens e mulheres que assim nos testemunhem a fé, vivida no
desprendimento, na vida fraterna e no amor ao próximo. Obrigado, irmãs e
consagrados que viveis nesta diocese de Beja, pelo vosso testemunho de fé e de vida
apostólica.
†
António Vitalino, Bispo de Beja
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