terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

 
 PARÓQUIA DE ALMODÔVAR

Quarta, 12 fevereiro de 2014


  Esquema da página:

  Liturgia do dia
  Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
  Atividades paroquiais
  A Voz do Pastor




Quarta da V semana do tempo comum


 

Quarta
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 Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 1 Reis 10, 1-10; Sal 36 (37), 5-6. 30-31. 39-40
Ev Mc 7, 14-23
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MISSA (Féria)

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 94, 6-7
Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
O Senhor é o nosso Deus.

ORAÇÃO
Guardai, Senhor, com paternal bondade a vossa família;
e, porque só em Vós põe a sua confiança,
defendei-a sempre com a vossa proteção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 1 Reis 10, 1-10
«A rainha de Sabá viu toda a sabedoria de Salomão»

Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias, a rainha de Sabá ouviu falar na fama de Salomão e veio experimentá-lo com enigmas. Entrou em Jerusalém com um numeroso séquito, camelos carregados de perfumes, grande quantidade de ouro e pedras preciosas. Ao chegar à presença de Salomão, expôs-lhe tudo o que tinha na mente. Salomão respondeu a todas as suas perguntas e não houve nada de obscuro que o rei não pudesse esclarecer. Vendo a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, o palácio por ele construído e as provisões da sua mesa, as instalações dos seus oficiais, o serviço e as vestes do seu pessoal, os seus copeiros e os holocaustos que oferecia no templo do Senhor, ficou maravilhada e disse ao rei: «Realmente era verdade o que ouvi dizer no meu país acerca de ti e da tua sabedoria. Eu não quis acreditar no que diziam, antes de vir e ver com os meus olhos; mas de facto nem sequer me tinham dito a metade. Tu excedes em sabedoria e opulência a fama que chegara aos meus ouvidos. Felizes os teus vassalos, felizes os teus servos, que estão sempre diante de ti e ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor, teu Deus, que te manifestou a sua benevolência, colocando-te no trono de Israel! É pelo eterno amor que dedica a Israel que o Senhor te fez reinar, para exerceres o direito e a justiça». Por fim, ela deu ao rei cento e vinte talentos de ouro, abundantíssimos perfumes e pedras preciosas. Nunca se viram tantos perfumes como os que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 36 (37), 5-6.30-31.39-40 (R. 30a)
Refrão: A boca do justo proclama a sabedoria. Repete-se

Confia ao Senhor o teu destino
e tem confiança, que Ele actuará.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e como o sol do meio-dia os teus direitos. Refrão

A boca do justo profere a sabedoria
e a sua língua proclama a justiça.
A lei de Deus está no seu coração
e não vacila nos seus passos. Refrão

A salvação dos justos vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende,
porque n’Ele procuraram refúgio. Refrão


ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia. Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
consagrai-nos na verdade. Refrão

EVANGELHO Mc 7, 14-23
«O que sai do homem é que o torna impuro»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus chamou de novo para junto de Si a multidão e disse-lhes: «Escutai-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando Jesus, ao deixar a multidão, entrou em casa, os discípulos perguntaram-Lhe o sentido da parábola. Ele respondeu-lhes: «Vós também não entendestes? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não pode torná-lo impuro, porque não entra no coração, mas no ventre, e depois vai parar à fossa?». Assim, Jesus declarava puros todos os alimentos. E continuou: «O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior dos homens é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles que o tornam impuro».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que criastes o pão e o vinho para auxílio da nossa fraqueza
concedei que eles se tornem para nós
sacramento de vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 106, 8-9
Dêmos graças ao Senhor pela sua misericórdia,
pelos seus prodígios em favor dos homens,
porque Ele deu de beber aos que tinham sede
e saciou os que tinham fome.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de bondade,que nos fizestes participantes do mesmo pão
e do mesmo cálice,concedei que, unidos na alegria e no amor de Cristo,
dêmos fruto abundante para a salvação do mundo.
Por Nosso Senhor.

.
«Como as flores se abrem ao calor do sol e se fecham ao chegar a noite, assim o coração humano se abre ao nosso sorriso e se fecha frente a um rosto mal-humorado».

São José Freinademetz


MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA


     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


Leitura: Reis 10, 1-10: A rainha de Sabá, um reino do sul da Arábia, ou, talvez aqui, uma colónia da mesma origem situada ao norte, vem a Jerusalém atraída pela fama de Salomão, o mais sábio e poderoso rei do seu tempo naquelas partes do mundo. Talvez nesta visita houvesse também razões comerciais, o que seria muito natural naquelas regiões, que viviam da troca de produtos. Mas foi sobretudo a sabedoria de Salomão que encantou a rainha. Um dia, porém, Jesus, a Sabedoria de Deus, incriada e n’Ele encarnada entre os homens, dirá que, com a sua presença, está no meio de nós Alguém maior do que Salomão (Mt 12, 41-42).

Mc 7, 14-23:A fonte de todo o bem ou de todo o mal que o homem vier a praticar está no seu coração. Com as palavras que hoje ouvimos proclamar quer o Senhor fazer-nos compreender que é a atitude do coração que dá o verdadeiro sentido a todas as acções dos homens. Por isso, é o coração que, antes de mais, deve ser purificado. De facto, o coração é o que há de mais astucioso e perverso (Jer 17,9); mas Deus é maior do que o nosso coração (1 Jo 3, 20).

ORAÇÃO: - Senhor, que faça uma profunda experiência de Ti e de tua Palavra.
                                                   
INTENÇÕES DO SANTO PADRE - FEVEREIRO 2014

Universal:
Idosos na Igreja e na sociedade
Para que a sabedoria e experiência de vida dos idosos sejam reconhecidas na Igreja e na sociedade.
Pela Evangelização:
Colaboração na missão
Para que os sacerdotes, religiosos e leigos colaborem com generosidade na missão de evangelizar
.

ATIVIDADE PAROQUIAL
                            14.00 horas: Funeral em Almodôvar
                            17.00 horas: Catequese juvenil.
                           

A VOZ DO PASTOR:

Corpos intermédios e corresponsabilidade

1.    Importância dos corpos intermédios
Fala-se muito em reformar e reestruturar o Estado, mas empurra-se toda a responsabilidade da iniciativa para as cúpulas e depois, quando as decisões não agradam, protesta-se. Aliás, isto acontece não apenas a nível político, social e empresarial, mas também a nível da Igreja. Quando assim é, dificilmente os organismos funcionam bem. Os sistemas centralistas e piramidais infantilizam os cidadãos, os membros do grupo e da empresa e desresponsabiliza-os do seu contributo para a vida e progresso da sociedade e da respetiva associação a que pertencem.
Ultimamente temos assistido a muitas trapalhadas, que trazem os cidadãos desmotivados e desanimados. Apetece citar aqui o dito popular: anda e desanda e não sai da cepa torta. Dá impressão que até as próprias cúpulas já não se entendem, enroladas nos novelos que elas próprias teceram. Reduzir despesas e aumentar receitas nos orçamentos, reduzir concelhos e depois apenas algumas freguesias, aumentar impostos, mas reduzir benefícios, para alguns, pois os que mais ganham acabam por ter uma exceção, pelos mais diversos motivos. Reduzir tribunais, centros de saúde, escolas, mas criar mega-agrupamentos. Por outro lado, centralizar a administração, a cultura, a saúde e querer lutar contra a desertificação do interior, mas retirando daí o que ainda o pode tornar atrativo, tudo isto parece ser contraditório.
Como proceder, para fomentar o progresso, respeitando a dignidade das pessoas, a corresponsabilidade e a igualdade de direitos e deveres? Penso que desapareceria a aparente contradição, se tivéssemos hábitos de corresponsabilidade na construção do bem comum. Se respeitássemos o princípio da subsidiariedade, um dos princípios da doutrina social da Igreja. Mas para isso é necessário que o poder central, que afinal deve estar ao serviço dos cidadãos, não impossibilite a iniciativa particular com normas e exigências exageradas e sugando todos os recursos para a administração central.
Quem está mais perto das pessoas, lá onde elas vivem, conhece melhor as situações, sabe como conseguir as melhores soluções e motivar os seus concidadãos. Uma boa organização lança mão dos corpos intermédios necessários para unir forças e obter os melhores resultados. São estes elos da cadeia que faltam em várias áreas da nossa sociedade e daí o desalento e ineficácia em que estamos mergulhados.

2. Os corpos intermédios na Igreja
Estas considerações afloraram-me à mente por altura da instituição de um acólito, um ministério ou serviço na vida e missão da Igreja. Na missa paroquial de Ourique institui ontem, dia 9 de fevereiro, o Amadeu, seminarista vindo de Lazarim, diocese de Lamego, para a nossa diocese e que tem estado a estagiar com o padre José Manuel.
Os ministérios são serviços intermédios na missão da Igreja. Atualmente temos apenas o de leitor e acólito como ministérios instituídos. Antigamente havia mais e em alguns países há muitos mais, como prevê o próprio direito canónico. A Igreja em alguns países está florescente graças a esses ministérios. O bispo, o pároco ou o diácono só de vez em quando podem estar nas comunidades locais e exercer o serviço específico para que estão qualificados. Entretanto são os agentes locais, catequistas, leitores, acólitos, etc. que mantem a dinâmica comunitária, de modo que se tornem comunidades vivas, sempre em crescimento e formação. Quanto mais pessoas participarem na missão e vida das comunidades, respeitando as suas capacidades e responsabilidades, mais vivas e animadas se tornam.
Estamos a viver um sínodo na diocese de Beja. Talvez será de repensar os dinamismos de corresponsabilidade nesta Igreja e dotá-la dos serviços e ministérios necessários, para que tenhamos comunidades vivas, verdadeiras células em crescimento e multiplicação contínua, superando o centralismo clerical. Mas para isso temos de rever também a qualidade e utilidade do nosso serviço, sem receio de partilhar as responsabilidades, pois é de serviço que se trata, e não de poder.

† António Vitalino, bispo de Beja



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