PARÓQUIA DE ALMODÔVAR
Terça, 18 de
Março de 2014
Esquema da página:
Liturgia do dia
Intenções do Apostolado
da Oração para o mês corrente
Atividades paroquiais
A Voz do Pastor
Terça da
II semana da quaresma
Terça
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Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Is 1, 10. 16-20; Sal 49 (50), 8-9. 16bc-17. 21 e 23
Ev Mt 23, 1-12
Missa da féria, pf. da Quaresma.
L 1 Is 1, 10. 16-20; Sal 49 (50), 8-9. 16bc-17. 21 e 23
Ev Mt 23, 1-12
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S.
CIRILO DE JERUSALÉM, bispo e doutor da Igreja
Nota histórica:
Nasceu de pais cristãos no ano 315.
Sucedeu na Sé de Jerusalém ao bispo Máximo no ano 348. Por causa da sua
oposição aos arianos foi mais que uma vez condenado ao exílio. Testemunham a
sua atividade pastoral os sermões em que explicava aos fiéis a verdadeira
doutrina da fé, a Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja. Morreu no ano 386.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 12,
4-5
Iluminai os meus olhos, Senhor, para que não adormeça na morte e o meu inimigo não possa dizer: «Consegui vencê-lo».
ORAÇÃO
Guardai, Senhor, a vossa Igreja com amor eterno e, porque sem Vós não se pode manter, com a vossa ajuda seja livre do mal e conduzida à salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 1, 10.16-20
«Aprendei a fazer o bem, respeitai o direito»
Leitura do Livro de Isaías
Iluminai os meus olhos, Senhor, para que não adormeça na morte e o meu inimigo não possa dizer: «Consegui vencê-lo».
ORAÇÃO
Guardai, Senhor, a vossa Igreja com amor eterno e, porque sem Vós não se pode manter, com a vossa ajuda seja livre do mal e conduzida à salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 1, 10.16-20
«Aprendei a fazer o bem, respeitai o direito»
Leitura do Livro de Isaías
Escutai a palavra do Senhor, chefes de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, povo de Gomorra: «Lavai-vos, purificai-vos, afastai dos meus olhos a malícia das vossas ações, deixai de praticar o mal e aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva. Vinde então para discutirmos as nossas razões, – diz o Senhor. Ainda que os vossos pecados sejam como o escarlate, ficarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã. Se fordes dóceis e obedientes, comereis os bens da terra. Mas se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados pela espada». Assim falou a boca do Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 49 (50), 8-9.16bc-17.21.23 (R. 23b)
Refrão: A quem segue o caminho reto
darei a salvação de Deus. Repete-se
Ou: A quem procede retamente
farei ver a salvação de Deus. Repete-se
Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa
nem os cabritos do teu rebanho. Refrão
Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras. Refrão
Considerai isto, vós que esqueceis a Deus,
não aconteça que vos extermine,
sem haver quem vos salve.
Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho reto darei a salvação de Deus.
Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 18, 31
Refrão: Louvor a Vós, Jesus Cristo, Rei da eterna glória. Repete-se
Deixai todos os vossos pecados, diz o Senhor;
criai um coração novo e um espírito novo. Refrão
EVANGELHO Mt 23, 1-12
«Dizem e não fazem»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam as filactérias e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai-nos, Senhor, por estes mistérios, para que nos purifiquem dos defeitos terrenos e nos conduzam aos bens celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio da Quaresma
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 9, 2-3
Cantarei todas as vossas maravilhas. Quero alegrar-me e exultar em Vós. Cantarei ao vosso nome, ó Altíssimo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que o alimento da vossa mesa sagrada nos ajude a viver mais santamente e nos alcance o auxílio constante da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Quem
se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
Jesus
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1.
Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no
conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a
passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3.
Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
Leitura Is
1, 10.16-20: Com frequência a palavra de Deus declara, de forma muito
positiva, em que vem a consistir a conversão. Hoje diz-nos: “Fazei o bem”, e
mais concretamente: “Protegei o oprimido...”. Ao que vive na justiça é que Deus
fará ver a sua salvação (Salmo). A fé vive-se em toda a vida e não apenas em
certos momentos. Mas a Quaresma é um tempo particularmente denso, no qual
havemos de aprender, de novo, a viver, todos os dias, da fé. Só assim poderemos
ter parte na Ressurreição, no termo da grande caminhada.
Mt 23, 1-12: Já a leitura anterior nos traçava um caminho de justiça e de santidade. Segui-lo, é estar na escola que leva a Deus. De contrário, estaríamos condenados juntamente com os escribas e fariseus, que “dizem e não fazem”, ainda que ocupem a cadeira de mestres, ou então o que fazem é por ostentação, para serem tidos por grandes. Mas os que a si mesmos se elevam por orgulho e vã glória a si mesmos traçam o caminho escorregadio da humilhação, que os não levará nunca ao monte da Transfiguração, que ontem se erguia diante de nós.
ORAÇÃO: - Senhor, que, vossa Igreja seja livre do mal e conduzida à salvação.
ATIVIDADES PAROQUIAIS
09.00
horas: Missa em Almodôvar
+
Lígia Raimundo Lino – 1º anivers.
+Rosalina
Maria dos Santos e familiares
+
Bárbara Maria, marido e genro
11.00
horas: Funeral em Entradas (Castro Verde)
15.00
horas: Missa e Funeral em Gomes Aires
15.00
horas: Funeral em Castro Verde
17.00
horas: Catequese infantil
21.00
horas: Ultreia.
INTENÇÕES DO SANTO
PADRE
Março
UNIVERSAL:
Respeito pela dignidade da mulher
PELA
EVANGELIZAÇÃO:
Que
os jovens respondam ao chamamento do Senhor.
A VOZ DO PASTOR:
Cansaço
e Reanimação
1.
Tirado do nosso meio
No percurso do nosso
caminho, de vez em quando, são retirados da nossa companhia alguns amigos e
colegas. Isto aconteceu, de modo muito drástico, na semana passada, quando, no
dia 12 de março, do grupo dos bispos portugueses reunidos em Fátima em retiro
anual, D. José Policarpo, Cardeal e Patriarca emérito de Lisboa, foi retirado
do nosso meio para a plenitude da vida na eternidade, a meta final do nosso
caminho. É sempre um choque inesperado, sobretudo quando tudo parece estar a
decorrer com normalidade e a pessoa em causa está envolvida nas nossas conversas
e preocupações, como foi o caso.
Aproveito a primeira
parte desta nota para prestar homenagem a este grande homem da Igreja, que
esteve muito presente no meu próprio percurso em momentos importantes. O meu
contato pessoal começou apenas em 1977, quando D. José Policarpo era professor
de teologia na Universidade Católica de Lisboa, frequentada pelos nossos
estudantes carmelitas, que comigo residiam em Santo António dos Cavaleiros,
onde eu era pároco. Um ano depois era ordenado bispo auxiliar de Lisboa, tendo
vindo algumas vezes às paróquias a mim confiadas, a primeira vez a Frielas,
para crismar. Chegou antes de mim, a conduzir o seu carro e falava com as
pessoas em frente da igreja, com toda a simplicidade. Depois disso muitas vezes
nos encontramos, sobretudo nas reuniões da vigararia de Loures, que ele
acompanhava. Até que um dia fui chamado a ser seu colega como bispo auxiliar de
Lisboa, em 1996, reunindo-nos amiúde com o Cardeal Patriarca de Lisboa de
então, D. António Ribeiro.
Tenho saudades desse
tempo, sobretudo das reuniões do conselho episcopal, em que partilhávamos
colegialmente as preocupações da diocese, do clero, alegrias e tristezas e
procurávamos, em conjunto, as melhores soluções. A agenda era sempre grande e
alguns pontos, emitidas as opiniões de todos, passavam para a reunião seguinte,
até se amadurecer a decisão final. D. António Ribeiro era mestre em conduzir as
reuniões, sem perda de tempo. D. José, D. António Rodrigues, D. Albino Cleto,
D. Januário e eu próprio partilhávamos as nossas opiniões até encontrar a
melhor solução pastoral. Por vezes D. José ajudava-me a explicitar algumas
ideias, tornando-as mais compreensíveis para os participantes. De todos estes
colegas só restamos dois nos caminhos do aquém.
Quando, a 27 de março
de 1997, D. José foi nomeado bispo coadjutor de Lisboa, com direito a suceder
ao Patriarca D. António Ribeiro, este dizia-nos à mesa do jantar: pedi ao Papa a resignação, que não ma
concedeu, mas Deus vai-ma dar em breve. E assim foi. A 4 de março de 1998
faleceu e sucedeu-lhe D. José Policarpo, que se tornou então o meu bispo e a
quem ajudei nas grandes mudanças operadas a partir de então: os serviços do
Patriarcado passaram para S. Vicente de Fora e a residência dos bispos para os
Olivais, após realização de obras de recuperação e adaptação. Sob a sua
orientação como Patriarca, servi a diocese de Lisboa até à vinda para Beja, a
10 de abril de 1999. Assumi além das vigararias da zona pastoral do Oeste,
também as que ele acompanhava como bispo auxiliar, as do termo de Lisboa. Por
vezes encontrávamo-nos no Pego, em Alvorninha, na sua casa natal, tomando aí
alguma refeição por ele preparada. Homem simples e de cultura superior,
inteligente e prático, próximo de Deus e das pessoas, a quem serviu, como
colega, amigo, professor, conselheiro e bispo, que Deus lhe conceda a
bem-aventurança da vida plena.
2.
Cansados junto à fonte
No terceiro domingo da
Quaresma a liturgia da Igreja apresenta-nos o episódio de Jesus a caminho de
Jerusalém junto ao poço de Jacob, em diálogo com uma samaritana. Sem espaço
para uma reflexão pormenorizada sobre o sentido deste encontro, deixo aqui
apenas algumas pistas de leitura e aplicação ao nosso percurso quaresmal.
No episópio em causa
lemos que Jesus, cansado, se sentou junto a um poço e que pede de beber a uma
mulher samaritana, que aí foi buscar água, mas que se admira de um judeu falar
com ela e lhe fazer um pedido, pois os inimigos não se falam nem muito menos se
pedem favores. Depois lemos que o pedinte pode dar a beber um líquido muito mais
precioso e que torna a quem o bebe numa nascente para a vida eterna e adorador
do verdadeiro Deus em espírito e verdade, em qualquer tempo ou lugar.
É desta bebida, que só
Cristo pode dar, que todos precisamos, para não pararmos fatigados no nosso
caminho e para continuarmos rumo à meta final. O ser humano tem sede do
infinito e não pode contentar-se com a bebida de todos os dias, necessária, mas
insuficiente para o levar até à meta. Como se chama esta bebida e quem a pode
dar? O próprio Jesus Cristo o diz: Eu sou
o Caminho, a Verdade e a Vida...(Jo 14, 6). Vinde a Mim, vós todos que andais
fatigados, que Eu vos aliviarei...(Mt 11, 28).
E onde e como
encontramos Cristo? A minha resposta pode não satisfazer a todos. Por isso
apenas aconselho a que ninguém deixe de a procurar, de caminhar até o seu
espírito fazer a experiência feliz desse encontro, pois quem procura encontra.
Ou melhor, Ele está em nós e espera, com paciência e respeito pela nossa
liberdade, até que batamos à porta, para Ele nos abrir e cear connosco (Ap 3, 20), ou seja, satisfazer todos os
anseios do nosso coração. Muitos fizeram a experiência desse encontro feliz no
seu percurso de vida no aquém, como a Samaritana, o apóstolo Paulo e tantos
outros. Recordo uma das muitas narrações da experiência do encontro pessoal na
fé e que ficou célebre. Trata-se de Santo Agostinho, que, no livro X, nº 27-28
da sua obra as Confissões assim a descreve: Tarde te amei, ó Beleza tão antiga
e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro de mim, e eu lá fora, a
procurar-te... Tu me chamaste, gritaste por mim e venceste a minha surdez.
Brilhaste, e o teu esplendor afugentou a minha cegueira. Exalaste o teu
perfume, respirei-o e suspiro por ti. Eu te saboreei, e agora tenho fome e sede
de ti. Tocaste-me, e o desejo da tua paz me inflama. Quando me unir a ti com
todo o meu ser, não sentirei mais dor ou fadiga. A minha vida, cheia de ti,
será então a verdadeira vida...
† António Vitalino
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