PARÓQUIA DE ALMODÔVAR
Quarta, 03 de Julho
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
III.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente
IV.
Atividades paroquiais
Quarta
da XIII semana do Tempo Comum
Quarta
. TOMÉ, Apóstolo
3 Julho
Nota Histórica
Tomé é
conhecido entre os Apóstolos especialmente pela sua incredulidade que se
desvaneceu na presença de Cristo ressuscitado; ele proclamou a fé pascal da
Igreja: «Meu Senhor e meu Deus». Sobre a sua vida nada se sabe ao certo, além
dos pormenores contidos no Evangelho. Diz-se que pregou o Evangelho na Índia.
Desde o séc. VI celebra-se no dia 3 de Julho a memória da trasladação do seu
corpo para Edessa.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 117,
28
Eu Vos dou graças, porque sois o meu Deus. Eu Vos glorifico, porque sois o meu Salvador. Diz-se o Glória. ORAÇÃO COLECTA Concedei-nos, Deus omnipotente, a graça de celebrar com alegria a festa do apóstolo São Tomé, de modo que, ajudados pela sua intercessão, tenhamos a vida pela fé em Jesus Cristo, que ele reconheceu como Senhor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. LEITURA I Ef 2, 19-22 «Edificados sobre o alicerce dos Apóstolos» Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios Irmãos: Já não sois estrangeiros nem hóspedes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, que tem Cristo como pedra angular. Em Cristo, toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo do Senhor; e em união com Ele, também vós sois integrados na construção, para vos tornardes, no Espírito Santo, morada de Deus. Palavra do Senhor. SALMO RESPONSORIAL Salmo 116 (117), 1.2 (R. Mc 16, 15) Refrão: Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho. Louvai o Senhor, todas as nações, aclamai-O, todos os povos. É firme a sua misericórdia para connosco, a fidelidade do Senhor permanece para sempre. ALELUIA Jo 20, 29 Refrão: Aleluia. Repete-se Disse o Senhor a Tomé: «Porque Me viste, acreditaste; felizes os que acreditam sem terem visto. Refrão EVANGELHO Jo 20, 24-29 «Meu Senhor e meu Deus!» Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João Naquele tempo, Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Palavra da salvação. ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Nós Vos apresentamos, Senhor, a homenagem do nosso ministério, na festa do apóstolo São Tomé, e Vos pedimos que conserveis em nós os vossos dons ao celebrarmos este sacrifício de louvor. Por Nosso Senhor. Prefácio dos Apóstolos ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 20, 27 Disse Jesus a Tomé: Com a tua mão reconhece o lugar dos cravos. Não sejas incrédulo, mas fiel. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Deus eterno e todo-poderoso, que nos destes neste sacramento o Corpo do vosso Filho Unigénito, fazei que, acreditando, com São Tomé, que Ele é nosso Deus e Senhor, dêmos testemunho, em palavras e obras, desta fé que professamos. Por Nosso Senhor. |
Liturgia
das horas
|
Das
Homilias de São Gregório Magno, papa,
sobre os Evangelhos (Hom. 26, 7-9: PL 76, 1201-1202) (Sec. VI) Meu Senhor e meu Deus
Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles
quando veio Jesus. Só este discípulo estava ausente; e, ao voltar e ouvir
contar o que acontecera, negou-se a acreditar no que ouvia. Veio outra vez o
Senhor e apresentou ao discípulo incrédulo o seu lado para que lhe pudesse
tocar, mostrou-lhe as mãos e, mostrando-lhe também a cicatriz das suas
chagas, curou a ferida daquela incredulidade. Que pensais, irmãos caríssimos,
de tudo isto? Julgais porventura ter acontecido por acaso que aquele
discípulo estivesse ausente naquela ocasião, que ao voltar ouvisse contar,
que ao ouvir duvidasse, que ao duvidar tocasse e que ao tocar acreditasse?
Tudo isto não aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A bondade de Deus atuou de modo admirável, a fim de que aquele discípulo que duvidara, ao tocar as feridas do corpo do seu Mestre curasse as feridas da nossa incredulidade. Mais proveitosa foi para a nossa fé a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos que não duvidaram; porque, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde tocar, a nossa alma põe de parte toda a dúvida e confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e tocou, tornou-se testemunha da realidade da ressurreição. Tocou e exclamou: Meu Senhor e meu Deus. Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, acreditaste. Ora, como o apóstolo Paulo diz: A fé é o fundamento dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que a fé é a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que se vê já não é objecto de fé, mas de conhecimento directo. Então, se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: Meu Senhor e meu Deus. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver. Muita alegria nos dá o que se segue: Felizes os que não viram e acreditaram. Por esta frase, não há dúvida que somos nós especialmente visados, pois não O vimos em sua carne, mas possuímo-l’O no nosso espírito. Somos nós visados, desde que as obras acompanhem a nossa fé. Na verdade só acredita verdadeiramente aquele que procede segundo a fé que professa. Pelo contrário, daqueles que têm fé apenas de palavras, diz São Paulo: Professam conhecer a Deus, mas negam-n’O por obras. A este respeito diz São Tiago: A fé sem obras é morta. |
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
felizes os que acreditam sem terem visto».
Jesus
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: Lê, respeita, situa
o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que
leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que
leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor,
suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua
Palavra
LEITURA: - Identificam-se
o Crucificado e o Ressuscitado – ver a apalpar as chagas das mãos e do peito. É
o Mesmo, embora em diversa forma de existir. O Ressuscitado é a plena
participação da vida divina por um humano.
MEDITAÇÃO: É a presença do Ressuscitado que transforma o grupo dos discípulos. Desaparecem os medos, enchem-se de uma alegria desconhecida e recuperam a paz. Descobrem o sopro da vida sobre eles e abrem as portas: sentem-se enviados a viver a mesma missão que ele recebera do Pai. Temos necessidade de viver da sua presença, dos seus critérios e do seu Espírito. Numa palavra: deixar que seja Ele o inspirador da nossa ação.
ORAÇÃO: - Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz, concedei que nos deixemos seduzir por Ti.
INTENÇÕES DO SANTO PADRE - JULHO
Intenção
Geral: Jornada Mundial da Juventude:
Para que a Jornada Mundial da Juventude no Brasil anime todos os jovens cristãos a tornarem-se discípulos e missionários do Evangelho.
Para que a Jornada Mundial da Juventude no Brasil anime todos os jovens cristãos a tornarem-se discípulos e missionários do Evangelho.
Intenção
Missionária: Evangelização na Ásia:
Para que, na Ásia, se abram as portas aos mensageiros do Evangelho.
Para que, na Ásia, se abram as portas aos mensageiros do Evangelho.
ATIVIDADES
PAROQUIAIS
09.00
horas: Missa em Almodôvar
21.00
horas: ensaio de canto
O grupo do Movimento dos Cursos de Cristandade de
Almodôvar, teve hoje o seu momento de convívio no Parque das Merendas. Foi um desejarmos mutuamente boas férias , mas também
de partilharmos a amizade e o ideal de viver de Jesus e de continuar a sua
missão no nosso meio. Há muito para caminhar, mas também graças Àquele que nos
chamou, muito caminho já foi percorrido…
Elementos do Grupo do Movimento de Cursistas durante o convívio. |
A
Voz do Pastor:
Emigrar e peregrinar
1.
À procura de melhor vida
Devido
à crise económica que Portugal e outros países atravessam, muitas pessoas
deixam as suas terras e tentam encontrar noutros países aquilo que não
encontram perto, trabalho melhor remunerado e condições de vida mais
satisfatórias. Nisto reside a principal causa da emigração em massa, de gente
nova bem formada e com especialização profissional, mas também de outras
pessoas em idade ativa, que não resignam perante o desemprego ou o subemprego. Muitos milhares de portugueses tem emigrado nos
últimos tempos, para todas as partes do mundo e não apenas para os países da
comunidade europeia. Ao mesmo tempo, muitos imigrantes, que procuraram em
Portugal melhores condições de vida, estão a regressar aos seus países de
origem ou a emigrar para outros.
Esta
convulsão social afeta profundamente o panorama do nosso pais, que envelhece
rapidamente e diminui a população ativa, com reflexos na estabilidade familiar,
escolar e também eclesial. Por isso a Igreja em Portugal sente a urgência em
acompanhar este fluxo de pessoas, como aconteceu no tempo dos descobrimentos e
também há 50 anos, quando se fundou a Obra Católica Portuguesa das Migrações.
Para estudar a melhor maneira de acompanhar as famílias e os seus emigrantes
estão reunidos em Vila Real, durante esta primeira semana de julho, os
secretariados diocesanos da mobilidade humana com as estruturas da conferência
episcopal encarregadas deste setor e de 11 a 18 de agosto vamos celebrar a 41ª
semana nacional de migrações, que este ano tem como lema: peregrinação de fé e de esperança. Terá como ponto alto a
peregrinação do migrante ao santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto,
presidida pelos bispos da Comissão episcopal e pelo arcebispo do Luxemburgo,
onde vive uma numerosa comunidade de língua portuguesa.
Que
pode a Igreja fazer pelos emigrantes e pelas famílias afetadas por este
fenómeno? Com o olhar clarividente de Jesus Cristo e o seu coração
misericordioso e compassivo, temos de também nos fazer ao largo e não ficar a
lastimar-nos como o velho do Restelo, contentando-nos com uma pastoral de
manutenção do pequeno resto. Não se trata de abandonar os nossos lugares de
missão, mas de os alargar para lá onde se encontram as pessoas, dentro do
espírito missionário e da colaboração com as Igrejas dos países de acolhimento
dos nossos emigrantes. Temos de ser mais pró-ativos, missionários e
colaborantes com a Igreja católica, como o foram os nossos antepassados, embora
dispusessem de menos meios de conhecimento e de ação. Apesar do seu exíguo
presbitério, a diocese de Beja está a colaborar com a Igreja do Reino Unido, em
Londres, onde reside uma numerosa comunidade de língua portuguesa, creio que
superior ao número de habitantes da área diocesana. É o padre Pedro Rodrigues,
há quase 6 anos entre os nossos emigrantes.
2. Peregrinos de Fátima
Durante dois
dias muitos diocesanos de Beja também emigraram das suas terras, ou dito com
mais propriedade, peregrinaram até Fátima, para aí exprimirem a sua fé e
devoção mariana e se congregarem em grande assembleia, formada por alentejanos
e muitos outros peregrinos das mais diversas partes do mundo. Fiquei emocionado
e disse-o na homilia do dia 30, ao ver tantos diocesanos juntos e unidos à
volta da imagem de Nossa Senhora de Fátima, por ela conduzidos até ao trono e
fonte da graça, Jesus Cristo. Nunca em Beja consegui juntar tantos diocesanos e
tanto clero com os seus paroquianos. É o fenómeno de Fátima e de Nossa Senhora.
Só ela nos desinstala, torna peregrinos de Deus e enche o nosso coração.
Sei que as
grandes emoções passam depressa. Vivemos num mundo e num tempo de mudanças
céleres e precisamos de parar um pouco, em reflexão e contemplação do mistério
de Deus e da nossa vida, para não nos esvaziarmos do cerne da humanidade, que
promana de Deus e nos é comunicado pelo seu Espírito na comunhão dos santos.
Nos limites
desta breve nota fica o apelo para, de vez em quando, em grupo, nas comunidades
paroquiais, nos movimentos ou a sós, reavivarmos esta condição de peregrinos.
Estamos a realizar um sínodo, isto é, a tentar unir as forças, a fé e a vida de
todos os diocesanos, para descobrirmos a nossa missão como cristãos nos
diferentes ambientes e locais do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral.
Talvez
ainda não tenhamos descoberto o caminho do nosso peregrinar como Igreja
diocesana e os meios e apoios de que dispomos para ir percorrendo as diversas
etapas dessa peregrinação. Apetece-me apontar uma das orações de S. Francisco
de Assis, o inspirador do atual Papa, como inspiração desse caminho: Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa
paz. Onde há ódio, que eu leve o Amor; Onde há ofensa, que eu leve o Perdão;
Onde há discórdia, que eu leve a União; Onde há dúvida, que eu leve a Fé. Onde
há erro, que eu leve a Verdade; Onde há desespero, que eu leve a Esperança; Onde
há tristeza, que eu leve a Alegria; Onde há trevas, que eu leve a Luz.
Oh Mestre, fazei que eu procure
menos ser consolado do que consolar; Ser compreendido do que compreender; Ser
amado do que amar. Porque é dando que se recebe; É perdoando que se é perdoado;
É morrendo que se ressuscita para a Vida Eterna.
†
António Vitalino, bispo de Beja
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