quarta-feira, 17 de abril de 2013



       

 PARÓQUIA DE ALMODÔVAR


Quinta, 18 de Abril


Esquema da página:

I.       Liturgia do dia
II.      Frase do dia
III.    Oração bíblica na base das leituras da Missa do dia
IV.      Intenções do Apostolado da Oração para o mês corrente
V.        Atividades da paróquia
VI       A voz do Pastor



LITURGIA DIÁRIA

Quinta da III semana de Páscoa




ANTÍFONA DE ENTRADA Ex 15, 1-2
Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória.
O Senhor é a minha força e a minha alegria.
Ele é o meu Salvador. Aleluia.

ORAÇÃO COLETA
Deus eterno e omnipotente, que, neste tempo pascal, nos fi¬zestes conhecer mais profundamente a grandeza do vosso amor, aumentai em nós os dons da vossa graça, a fim de que, libertos das trevas do pecado, possamos aderir mais firmemente à vossa palavra de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 8, 26-40
«Ali está água. Que me impede de ser batizado?»

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, o Anjo do Senhor disse a Filipe: «Levanta-te e dirige-te para o sul, pelo caminho deserto que vai de Jerusalém para Gaza». Filipe partiu e dirigiu-se para lá. Quando ia a caminho, encontrou-se com um eunuco etíope, que era alto funcionário de Candace, rainha da Etiópia, e administrador geral do seu tesouro. Tinha ido a Jerusalém para adorar a Deus e regressava ao seu país, sentado no seu carro, a ler o livro do profeta Isaías. O Espírito de Deus disse a Filipe: «Aproxima-te e acompanha esse carro». Filipe aproximou-se do carro e, ouvindo o etíope a ler o profeta Isaías, perguntou-lhe: «Entendes, porventura, o que estás a ler?». Ele respondeu: «Como é que eu posso entender sem ninguém me explicar?» Convidou então Filipe a subir para o carro e a sentar-se junto dele. A passagem da Escritura que ele ia a ler era a seguinte: «Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca. Foi humilhado e não se lhe fez justiça. Quem poderá falar da sua descendência? Porque a sua vida desapareceu da terra». O eunuco perguntou a Filipe: «Diz-me, por favor: de quem é que o profeta está a falar? De si próprio ou de outro?». Então Filipe tomou a palavra e, a partir daquela passagem da Escritura, anunciou-lhe Jesus. Ao passar por um lugar onde havia água, o eunuco exclamou: «Ali está água. Que me impede de ser baptizado?». Mandou parar o carro, desceram ambos à água e Filipe batizou-o. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe e o eunuco deixou de o ver. Mas continuou o seu caminho cheio de alegria. Filipe encontrou-se em Azoto e foi anunciando a boa nova a todas as cidades por onde passava, até que chegou a Cesareia.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 65 (66), 8-9.16-17.20 (R. 1)
Refrão: A terra inteira aclame o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Povos da terra, bendizei o nosso Deus,
fazei ressoar os seus louvores.
Foi Ele quem conservou a nossa vida
e não deixou que nossos pés vacilassem. Refrão

Todos os que temeis a Deus, vinde e ouvi,
vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram
e minha língua O louvou. Refrão

Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece,
nem me retirou a sua misericórdia. Refrão

ALELUIA Jo 6, 51
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente. Refrão


EVANGELHO Jo 6, 44-51
«Eu sou o pão vivo que desce do Céu»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício, nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal

ANTÍFONA DA COMUNHÃO 2 Cor 5, 15
Cristo morreu por todos os homens,
para que já não vivam para si mesmos,
mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou. Aleluia.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente».

JESUS







                       MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA



     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 
     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.




LEITURA:  Atos 8, 26-40: O peregrino de Jerusalém, que regressa agora à sua terra, a Etiópia, e no caminho encontra Filipe e é por ele evangelizado, é uma das primeiras pessoas de origem estranha ao antigo povo de Deus a receber o batismo de Jesus. O batismo aparece aqui profundamente ligado à fé e esta tem como tema central Jesus Cristo, o Servo sofredor, que dá a vida para salvação dos homens. É esta a fé de todo o que é batizado.

Jo 6, 44-51: A compreensão dos dons de Deus é já, por si, grande dom de Deus. É o Pai quem atrai os homens para o Filho, como é pelo Filho que o Pai nos dá a vida. De novo, Jesus Se contrapõe ao maná que caiu do Céu no tempo de Moisés. O verdadeiro Pão do Céu é Ele próprio, que na Eucaristia Se torna o alimento do seu povo. Na Cruz, Ele deu a vida por nós; na Eucaristia, dá-nos o sacramento da sua passagem da morte à vida, e assim, pela Eucaristia, Ela faz chegar até nós essa mesma vida.


ORAÇÃO:
 - O pão nosso de cada dia nos dai hoje…!



INTENÇÕES DO SANTO PADRE - ABRIL

Intenção Geral:

Fé celebrada, fonte de vida
- Para que a celebração pública e orante da fé seja fonte de vida para os crentes.

Intenção Missionária:

Igrejas, sinal de ressurreição
- Para que as Igrejas locais das zonas de missão sejam sinal e instrumento de esperança e de ressurreição.





  ATIVIDADES PAROQUIAIS:

                   09.00 horas: Missa em Almodôvar
                   14.00 horas: Catequese infantil
                   21.00 horas: Adoração ao Santíssimo



A Voz do pastor:

Esperança realizada

1. Chamados a responder às esperanças da humanidade
Alegrai-vos na esperança (Rom 12, 12), escrevia S. Paulo aos Romanos e a nós também. Mas quais são as nossas esperanças e as da humanidade, através dos tempos? Aqui não se trata das esperanças dos outros, mas das nossas próprias. Aquilo que nos anima e dá sentido ao nosso viver e pode ser sinal para os nossos contemporâneos, que vemos muito preocupados com o seu bem-estar e até mesmo desanimados.

É nesta situação que os cristãos na Igreja são chamados a dar um testemunho de esperança, não apenas com palavras, mas de verdade e de facto. No entanto, todos compreenderão que o fundamento da esperança cristã e as respostas daí provenientes nem sempre são aquilo que a maioria das pessoas deseja: alimento, vestuário, habitação, trabalho bem remunerado, condições de vida saudáveis, etc. Embora não sejam essas as respostas concretas dadas pela Igreja, indiretamente podem contribuir para isso. Se todos os cristãos, sejam políticos, empresários, trabalhadores por conta de outrem, professores ou alunos, reformados ou crianças, clérigos ou leigos, se imbuídos do espírito de Jesus Cristo e da doutrina social da Igreja, poderão dar um forte contributo para mudar a situação, indo à raiz de muito mal estar pessoal e comunitário.

Tentarei nas próximas notas apontar alguns desses contributos. Hoje vou falar para os meus colaboradores mais próximos e pedir-lhes para se juntarem a mim nesta causa humanitária e nacional, para darmos ao nosso povo razões profundas e concretas de esperança.

2. Esperança radicada na fé
Ao longo da história do povo de Israel até Jesus Cristo houve muitos períodos de desilusão, em que parecia não se poderem cumprir as promessas feitas aos seus antepassados, a partir de Abraão. Guerras, fome, exílio, escravidão, destruição do templo, símbolo da sua unidade nacional como povo, etc. Com Jesus Cristo aponta-se para outros fundamentos e modos de realização da esperança, extensiva a todos os povos.

Jesus chama, instrui e envia os discípulos a anunciar a boa nova, a curar os doentes, a proclamar a paz, o perdão e a misericórdia. Ele mesmo se entrega por todos e promete enviar o seu Espírito, para que eles possam ser testemunhas, amando mesmo os inimigos como Ele, sem medo, obedecendo antes a Deus que aos homens.

Foram testemunhas deste calibre que transformaram muitos corações, famílias e sociedades, insuflando princípios evangélicos de organização social e política. Na interação entre as diversas culturas e as testemunhas, algumas até com o dom da vida, pelo martírio, foi surgindo um corpo doutrinal, hoje compendiado na doutrina social da Igreja, sendo os documentos do Concílio Vaticano II e as encíclicas sociais expoentes máximos disso. Estamos a comemorar o cinquentenário desse concílio e da encíclica Pacem in terris, cuja releitura recomendamos.

Mas os documentos não bastam. Precisamos de testemunhas, de mensageiros ao modo de Jesus Cristo. Estamos  a celebrar na Igreja uma semana de oração pelas vocações ministeriais e consagradas. Em primeiro lugar, temos de pedir a Deus o dom dessas vocações autênticas e coerentes, que demonstrem que o estilo de vida de Jesus Cristo e a sua doutrina não são impossíveis. Precisamos de testemunhas que servem gratuitamente o seu próximo, de bons pastores que não deixam a comunidade humana entregue a si mesma, ao sofrimento e desânimo. Essas testemunhas carecem de uma fé profunda, que se encontra com a pessoa de Jesus Cristo, que acredita que com Ele é possível vencer os poderes de egoísmo e de morte e semear nas relações humanas critérios de amor, perdão, confiança, entreajuda, justiça e solidariedade.

Sozinhos não venceremos os poderes de morte, que parecem dominar as relações humanas, familiares, económicas e politicas. Por isso, nesta semana, que culmina com a festa do Bom Pastor, no quarto domingo de Páscoa, vamos implorar, com fé e persistência, a ajuda do alto. Cultivando os diferentes modelos de oração, não deixemos de implorar o fortalecimento das vocações ministeriais e consagradas existentes na nossa Igreja e o surgimento de novas vocações para o serviço da fé, o fortalecimento da esperança e da caridade nas comunidades, de modo que sejam fermento, sal e luz para a sociedade humana e politica.

Precisamos de arrumar a nossa casa, a partir das nossas prioridades, para prestarmos um melhor serviço, com mais carinho, atenção e ternura, ao modo do Bom Pastor, como o Papa Francisco nos vem dizendo e mostrando.

† António Vitalino, bispo de Beja


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