pARÓQUIA
DE ALMODÔVAr
Quarta, 19 de Dezembro
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Frase do dia
III.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
IV.
Informação paroquial
V.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente.
VI.
A voz do Pastor
LITURGIA DIA A DIA
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«É preciso viver bem o advento para merecer um
Santo Natal”.
Método de oração Bíblica
1. Leitura: Lê, respeita, situa o
que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica,
escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA - Lc 1, 5-25 : Na aurora do Novo
Testamento, o anúncio do nascimento do Precursor manifesta, mais ainda que o do
nascimento de Sansão, os insondáveis caminhos de Deus, sempre cheios de
misericórdia e portadores da salvação para os homens. Esta só não atingirá quem
não a acolher na fé, como, a princípio, aconteceu com Zacarias, que, por isso,
ficou mudo.
Meditação: - A história da salvação tem sempre protagonistas humanos que escutam a Palavra e acreditam na capacidade de Deus de tornar possível o aparentemente impossível. Hoje cada um de nós continua a ser destinatárioda sua voz e chamados a ser seus mediadores no mundo.
ORAÇÃO: Obrigado,
Senhor, por seres nosso companheiro e construtor da história.
AGENDA
PAROQUIAL
09.00 horas: Missa em Almodôvar
14.00
horas: Funeral em Gomes Aires
15.00 horas: Missa em Corte Zorrinho
21.00 horas: Ensaio de canto
INTENÇÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO:
MÊS DE DEZEMBRO:
Intenção Geral:
EMIGRANTES, SERES HUMANOS A
RESPEITAR
Para que, em todo o mundo, os emigrantes sejam acolhidos, especialmente pelas comunidades cristãs, com generosidade e autêntica caridade.
Para que, em todo o mundo, os emigrantes sejam acolhidos, especialmente pelas comunidades cristãs, com generosidade e autêntica caridade.
Intenção Missionária:
CRISTO, LUZ PARA A HUMANIDADE
Para que Cristo Se revele a toda a
humanidade com a luz que procede de Belém e se reflete no rosto da sua Igreja.
A
VOZ DO PASTOR:
Fascínio
da criança e Natal de Jesus
1.
O sofrimento das crianças comove
Quando, nestes dias,
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América do Norte, falava das
vítimas dos disparos tresloucados de um jovem de Newtown, a maioria crianças
entre os 5 e os 6 anos, e lembrava casos semelhantes ocorridos na América,
comoveu-se e teve de limpar algumas lágrimas que lhe corriam da vista. Dizia
ele que nessa noite os pais dessas crianças não as poderiam abraçar e
dizer-lhes que as amavam, como ele e sua esposa o fariam com seus filhos. E
apelava para a oração.
Na verdade, o
sofrimento e a morte de pessoas indefesas, sobretudo se vítimas da maldade e da
violência de adultos, toca profundamente a nossa sensibilidade e muitos
perguntam como isso é possível. Alguns até fazem disso motivo para pôr Deus em
causa e bani-lo da sua mente.
Pensa-se, e bem, na
ajuda psicológica dos sobreviventes e das famílias atingidas. Mas muitas vezes
esquece-se a ajuda espiritual, proveniente da fé e da oração. Obama pediu
oração. O pároco da única paróquia católica de Newtown acorreu ao local poucos
minutos depois, para ajudar as famílias e as pessoas da escola onde se deu o
massacre. E a diocese pediu aos padres da vizinhança para irem ajudar. A
paróquia organizou momentos de oração durante toda a noite, mantendo a igreja
aberta.
Na Europa laica
ignora-se muitas vezes o poder e a ajuda da oração e da fé. Embora não devendo
lembrar-nos de Deus apenas quando nos sentimos impotentes, a fé em Deus, a
educação moral e religiosa e a família contribuem para evitar tragédias como
esta. Como alguém dizia, retirando Deus dos nossos ambientes e desvalorizando a
família, permitimos que o egoísmo, a frieza e a violência determinem as
relações humanas e sociais.
Sem abertura à
transcendência, na fé, sem a experiência de amar e ser amado desde a concepção
e o nascimento, o que apenas pode acontecer em famílias estruturadas, reina o
egoismo coletivo e o bem comum torna-se o parente pobre da vida social,
laboral, económica e política. Por isso não nos admiremos com a situação presente.
Mas não pactuemos com ela.
2. Natal mostra-nos o caminho
Sentindo os problemas e
angústias do nosso tempo, pergunto-me o que fazer, para construirmos uma
sociedade mais fraterna. Como cristãos, como celebrar e viver o Natal?
Em primeiro lugar,
acolhendo a manifestação do amor sem limites de Deus para com a sua criatura,
assumindo a nossa condição, em tudo igual a nós, excepto no pecado,
confiando-se a nós e entregando-se por nós. Ainda
que uma mãe esqueça o filho que trouxe nas suas entranhas e amamenta, diz
Deus pelo profeta Isaias (49, 15), eu não
me esquecerei de vós. Diante da criança de Belém ajoelharam-se os pastores
e os sábios, reconhecendo nela a glória de Deus e o Salvador prometido. O mesmo
se pede a cada um de nós, um coração simples, acolhedor, aberto, contemplativo
e grato.
Em segundo lugar,
alargando a nossa gratidão e amor a todos aqueles que fazem parte da nossa
vida, das nossas relações desde que nascemos. A família de sangue é a primeira
instância do nosso trajeto de vida. Daí a tradição tão própria do Natal, o
encontro da família. Apesar da crise e da austeridade, todos tentaremos
reunir-nos à volta da mesma mesa, indo ao encontro daqueles que ainda ou já não
podem vir até nós, devido à idade ou doença. Oxalá também nos juntemos à volta
da mesa na oração da comunidade de fé, a família espiritual, em que Deus se
torna presente como amigo e salvador de todos!
Por último, saltando
muitas etapas da nossa vivência de Natal, acolhendo também como membros da
nossa família, porque também filhos de Deus, todos os que sofrem por falta de
amor, de teto, de trabalho e de pão. Nesta relação de gratuidade para quem não
nos pode retribuir, vivemos a profundidade do Natal, do amor gratuito e
solidário de Deus para connosco.
Não nos esqueçamos de
partilhar os nossos presentes e sobretudo o nosso tempo e presença junto
daqueles que a sociedade esquece e marginaliza. Se gosta de ajudar e tem pouco
tempo ou quer permanecer anónimo, saiba que a diocese de Beja tem um fundo de
emergência social, gerido pela Caritas, com o NIB nº 001 000 001 988 939 001
445 e agradece a sua generosidade para poder ajudar quem mais precisa.
Com esta visão e estas atitudes
natalícias, cantemos também nós: Glória a
Deus nos céus e paz na terra aos homens de boa vontade. A todos os
diocesanos, leitores e ouvintes, o Bispo de Beja deseja Natal de amor e de paz
e um ano de 2013 rico em vivências de boa vizinhança e solidariedade.
†
António Vitalino, Bispo de Beja.
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