pARÓQUIA
DE ALMODÔVAr
Terça, 04 de Dezembro
Esquema da página:
I.
Liturgia do dia
II.
Frase do dia
III.
Oração bíblica na base
das leituras da Missa do dia
IV.
Informação paroquial
V.
Intenções do
Apostolado da Oração para o mês corrente
VI.
Voz do Pastor: Nota
semanal de D. António Vitalino, bispo de Beja.
LITURGIA DIA A DIA
Segunda, I semana do
Advento
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“Nos
dias do Senhor nascerá a justiça e a paz para sempre”.
Método de oração Bíblica
1. Leitura: Lê, respeita, situa o
que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o Senhor, suplica,
escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da
Sua Palavra.
LEITURA:
Is 11, 1-10 A vinda do Filho de Deus
inaugura a era da paz universal, Ele que de judeus e pagãos fez um só povo.
Esta era de paz, que só será perfeita quando Ele vier no fim dos tempos, é aqui
descrita com imagens como as do paraíso reencontrado. E, como no princípio,
tudo será fruto da ação do Espírito de Deus, Espírito que Jesus recebeu do Pai
em plenitude, e nos comunicou a nós também. Jesus aplicou um dia a Si próprio
esta passagem do profeta (cf. Lc 4,16ss).
Lc 10, 21-24:
Toda a vida de Jesus, o Messias enviado pelo Pai, manifestou que Ele estava
cheio do Espírito Santo, que vivia movido por Ele e por Ele estava unido ao
Pai, como se vê nesta passagem. A ação do Espírito Santo há-de revelar-se
particularmente a partir do Mistério Pascal do Senhor e será essa ação do
Espírito Santo que vai renovar a face da terra, como se há-de cantar no último
dia do Tempo Pascal, no dia de Pentecostes. Desde já começamos a olhar para
esse ponto de chegada da Páscoa do Senhor.
MEDITAÇÃO: Também a nós se revelou Jesus e continua a revelar-se. Conhecemos a Jesus com mais ou menos profundidade, e podemos ir avançando nesse caminho descobrindo o seu rosto no evangelho da vida. Qual é tua experiência pessoal, no que se refere ao seguimento de Jesus? Já sentiste como Deus se revela aos que não complicam e olham a realidade com simplicidade?
Oração: Senhor ajuda-me a esperar em Ti.
AGENDA
PAROQUIAL:
Almodôvar
Missa
às 09.00 horas:
14.00-18.30 horas: Catequese juvenil
21.00
horas: Novena de preparação para a festa da Imaculada Conceição.
21.00
horas: Ultreia
21.00
horas: Confissões em Ourique.
INTENÇÕES DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO:
MÊS DE DEZEMBRO:
Intenção Geral:
EMIGRANTES, SERES HUMANOS A
RESPEITAR
Para que, em todo o mundo, os emigrantes sejam acolhidos, especialmente pelas comunidades cristãs, com generosidade e autêntica caridade.
Para que, em todo o mundo, os emigrantes sejam acolhidos, especialmente pelas comunidades cristãs, com generosidade e autêntica caridade.
Intenção Missionária:
CRISTO, LUZ PARA A HUMANIDADE
Para que Cristo Se revele a toda a
humanidade com a luz que procede de Belém e se reflete no rosto da sua Igreja.
A Voz do
Pastor
Sínodo
diocesano de Beja
1.
Busca da Verdade
A Verdade te libertará,
é o lema escolhido para o nosso Sínodo diocesano de Beja, singularizando uma
frase de Jesus (Jo 8, 32), dirigida aos judeus que começavam a acreditar na sua
Palavra. Mas o que é a Verdade e como
a podemos conhecer?, perguntou Pilatos a Jesus (Jo 18, 38), mas sem intenção de
aderir a ela?
É
próprio do ser humano o desejo profundo de conhecer a verdade do seu ser,
descobrir o sentido da sua existência e de tudo o que o rodeia, assim como de
sentir-se amado. Esta é uma inquietação que acompanha toda a história da
humanidade. Muitas e variadas respostas têm sido dadas, no entanto continuamos
a procurar. Jesus Cristo não hesitou em afirmar: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Quem me vê, vê o Pai (Jo 14, 5).
Apesar
desta afirmação clara e convicta, os seus discípulos, depois de terem
acompanhado Jesus durante três anos, terem visto os seus milagres e a sua vida
toda entregue ao Pai e aos seus contemporâneos mais sofredores, muitos
rejeitados pela sociedade instalada no poder político e religioso, apesar disso
não compreenderam o Mestre, que veio para servir e dar a vida pela nossa
salvação, e não para ser servido. Por isso Jesus lhes diz: o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse (Jo 14, 25).
Foi realmente o
Espírito Santo que deu aos discípulos a sabedoria e a força para serem
testemunhas de Jesus morto e ressuscitado (Act 2, 1 ss). E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo,
que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem (Act 5, 32). E quando
surgem os problemas nas primeiras comunidades cristãs, compostas por convertidos
provenientes do judaísmo e do paganismo, os Apóstolos reúnem-se em Jerusalém,
fazem o discernimento da atitude a adotar, para que, apesar da diferença
cultural, convivam em paz. Deus não fez
qualquer acepção entre eles (os convertidos provenientes do paganismo) e nós,
visto ter purificado os seus corações pela fé (Act 15, 9), diz Pedro aos
participantes dessa primeira magna assembleia, o primeiro sínodo da vida da
Igreja.
Também nós hoje,
cristãos residentes no Alentejo, nos reunimos para discernir, com a luz e a
força do Espírito Santo, porquê somos discípulos tão tímidos de Jesus, não
compreendemos e não aderimos à Verdade que nos propõe e o testemunho da nossa
fé não atrai os nossos contemporâneos. As causas da indiferença estarão apenas
de um lado, da parte de fora dos muros das nossas igrejas e das nossas
comunidades, ou também do lado de dentro?
A atitude de Pilatos
está generalizada neste mundo global. Vivemos muito para nós mesmos e não a
partir dos outros, da Verdade, que nos liberta. Estamos prisioneiros do nosso
individualismo. Por isso precisamos de nos abrir ao Espirito Santo e com Ele
ver a nossa vida e os nossos contemporâneos, para os olharmos com os olhos de
Jeus e nos aproximamos deles com um coração compassivo e misericordioso como o
do nosso Mestre, para que quem está de fora possa também hoje dizer: vede como eles se amam e quem está
dentro exclame: ai de mim se não
evangelizar (1 Co 9, 16).
2. Descobrir caminhos de esperança
Se
amamos a Deus, que se manifestou ao mundo em Jesus Cristo, na sua vida e
mensagem, e se, como Jesus Cristo, amamos os nossos irmãos, sobretudo os mais
desprotegidos da sorte e dos poderes deste mundo, iremos ajudar os nossos
contemporâneos e conterrâneos a descobrir a verdade do seu ser e o sentido da
sua vida e estaremos a ser portadores da boa nova para a nossa sociedade
deprimida.
A Palavra da Verdade está perto de
cada um de nós, está na nossa boca e coração, para que a possamos pôr em prática,
podemos também nós constatar com o livro do Deuteronómio (30, 14). Mas a
Verdade tem muitas linguagens e modos de expressão. Decifrar essas linguagens,
de acordo com a sensibilidade de cada pessoa e da cultura do nosso tempo é um
dos compromissos deste Sínodo. A beleza expressa nas artes, na música, na
liturgia, na literatura e sobretudo na Palavra revelada apontam-nos caminhos de
missão e evangelização. Mas há uma linguagem universal e de todos os tempos,
acessível a todos, mas infelizmente muito negligenciada: a do amor ao próximo,
como foi vivido por Jesus Cristo.
Na
segunda leitura proclamada na celebração da Missa votiva do Divino Espírito
Santo, num trecho da carta de S. Paulo aos Filipenses, isso está muito bem
expresso: tende entre vós os mesmos
sentimentos e a mesma caridade, numa só alma e num só coração...
Se
as nossas vidas, as nossas comunidades, as paróquias, os movimentos, serviços e
atividades apostólicas tiverem por trás esta atitude fundamental, seremos
compreendidos não apenas pelos que habitualmente falam a nossa linguagem, mas
também pela maioria dos que vivem outras referências culturais e prestaremos um
grande serviço ao nosso povo, ajudando-o a descobrir o sentido da vida humana e
a dignidade da pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, para viver no e
para o amor. O resto é uma questão de aprendizagem, para sabermos exprimir as
razões da nossa fé. Aqui começa a catequese, a formação cristã, que não pode
ser simples repetição das verdades da fé, mas leitura e meditação orante da
Palavra de Deus e das grandes interpelações da humanidade.
O
Sínodo diocesano pretende despertar-nos para a nossa vida e missão, não apenas
a partir de dentro da Igreja. mas também a partir de fora, dos sinais dos
tempos, das pessoas que buscam a verdade das suas vidas e as águas cristalinas
que dessedentam os caminhantes pelos desertos do mundo. Neste Sínodo queremos
escutar os clamores do nosso povo e, no acolhimento e diálogo, na reflexão e na
oração, descobrir caminhos e rotas seguros para o nosso peregrinar através da
história.
†
António Vitalino, Bispo de Beja
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